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OS CINCO PAÍSES MAIS NOVOS DO MUNDO

1°- SUDÃO DO SUL


Republic of South Sudan
República do Sudão do Sul

Bandeira Brasão

Sudão do Sul (em inglês: South Sudan) ou Sudão Meridional, oficialmente República do


Sudão do Sul (em inglês: Republic of South Sudan) é um país encravado localizado no
nordeste da África. Tem esse nome devido à localização geográfica, ao sul do Sudão.
O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República
do Sudão, quando ocorreu a independência deste no ano de 1956. Após a Primeira Guerra
Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia
durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou
novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro
de 2005 no Quênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M). Em 9 de julho
de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente. Em 14 de julho de 2011, o Sudão
do Sul tornou-se um Estado-membro das Nações Unidas (ONU). O país entrou para a União
Africana em 28 de julho de 2011.
Além da divisa com o Sudão ao norte, o Sudão do Sul faz fronteira a leste com a Etiópia, ao sul
com o Quênia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste com a República Centro-
Africana.
O Sudão do Sul, também chamado de Novo Sudão, possui quase todos os seus órgãos
administrativos em Juba, a capital, que é também a maior cidade, considerando a população
estimada. Há um projeto de transferir a capital sul-sudanesa para Ramciel. Apesar de ser rico
em petróleo, o Sudão do Sul é um dos países mais pobres do mundo, com altas taxas de
mortalidade infantil, e um sistema de saúde muito precário, considerado um dos piores do
mundo. Em termos de educação somente 27% da população acima dos 15 anos sabe ler e
escrever, chegando a 84% o índice de analfabetismo entre as mulheres e boa parte das
crianças não frequentam unidades escolares.
No Sudão do Sul encontram-se 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão localizadas
sobretudo na região de Abyei, que correspondem a 98% da receita do novo país. No norte
também encontram-se os oleodutos responsáveis pelo transporte do petróleo até o Mar
Vermelho.
HISTÓRIA
Os povos do Nilo — os Dinka, Nueres, Shilluk, e outros — entraram pela primeira vez no
Sudão do Sul em algum momento antes do século X. Durante o período que vai do século
XV ao século XIX, as migrações tribais, em grande parte da área de Bahr el Ghazal, trouxeram
esses povos aos seus locais atuais. O povo não nilótico Zandes, que entrou no Sudão do Sul
no século XVI, estabeleceu o maior estado da região. Os Zandes são o terceiro maior grupo
étnico do Sudão do Sul. Eles são encontrados na faixa de floresta
tropical do estado de Equatória Ocidental e no estado de Bahr al-Ghazal Ocidental.
No século XVIII, o povo Avungara entrou e rapidamente impôs sua autoridade sobre os
Azandes. O poder dos Avungaras permaneceu praticamente sem contestação até a chegada
dos ingleses no final do século XIX. Barreiras geográficas impediram a propagação do Islã para
os sulistas, permitindo-lhes manter a sua herança social e cultural, bem como suas instituições
políticas e religiosas.
No século XVIII, os azandes tiveram relações difíceis com seus vizinhos, os
povos Moru, Mundu, Pöjulu e pequenos grupos de Bahr el Ghazal, devido à política
expansionista do rei destes, Gbudwe. No século XIX, os azandes lutaram contra
os franceses, belgas e madistas para manter sua independência. O Egito, sob o governo
do Quediva Ismail Paxá, tentou primeiro controlar a região na década de 1870, estabelecendo
a província de Equatória na porção sul. O primeiro governador egípcio da província foi Samuel
White Baker, comissionado em 1869, seguido por Charles George Gordon em 1874 e por Emin
Paxá em 1878. A revolta Madista da década de 1880 desestabilizou a nova província e
Equatória deixou de existir como posto avançado egípcio em 1889. Importantes assentamentos
na Equatória incluíam: Lado, Gondokoro, Dufile e Wadelai. Em 1947, as esperanças britânicas
de unir o sul do Sudão com Uganda foram frustradas pela Conferência de Juba, que unificou o
norte e o sul do Sudão.
INDEPENDÊNCIA (2011)
O referendo da independência
A Constituição Interina do Sudão do Sul foi assinada em 5 de dezembro de 2005, e previu
para 2011 a realização de um referendo quando o povo da região decidiria pela manutenção da
autonomia regional estabelecida no tratado de Naivasha, da constituição interina do Sudão do
Sul e da constituição nacional interina da República do Sudão de 2005, ou pela independência.
O referendo foi realizado a partir do dia 7 de janeiro de 2011, e três dias antes do fim do prazo
estabelecido para os sudaneses votarem, a participação dos eleitores era superior a 40%,
anunciou Souad Ibrahim, porta-voz da Comissão Eleitoral. Este era a percentagem mínima
exigida para que o referendo de independência do Sudão do Sul fosse validado.
Os resultados foram amplamente favoráveis à independência, com 98,81% dos votos a
conduzir o país à independência.
Divisão sem precedentes
O período de independência das colônias africanas começou há cerca de 50 anos com uma
regra importante. As fronteiras seriam indivisíveis. Ao longo de décadas, países surgiram, mas
sempre respeitando o princípio conhecido no jargão da diplomacia como uti possidetis (o que
você possui).
Do ponto de vista estratégico, fazia sentido que as linhas políticas traçadas pelas potências
europeias no final do século XIX fossem a base para os novos Estados, por mais arbitrária que
sua criação tivesse sido.
Por meio de forte domínio militar os países europeus impediram que as diferentes tribos
criassem fronteiras diferentes daquelas que haviam sido, por eles, arbitrariamente criadas.
Essa imposição é uma das razões históricas para os frequentes conflitos entre tribos que
ocorrem até o dia de hoje.
Sempre que se buscou quebrar essa regra, houve ou represálias por parte dos dominadores,
ou um número imenso de mortes ocasionadas pela guerra entre tribos. A tentativa do sudeste
da Nigéria de se separar em 1967 gerou a Guerra de Biafra, que deixou 1 milhão de mortos
Não há precedente africano, assim, para a secessão do sul do Sudão. O caso mais próximo
seria o da Eritreia, que se separou da Etiópia em 1993. Contudo, a região separatista havia
sido colonizada de forma separada pela Itália antes de ser englobada pelos etíopes em 1951.
Quanto ao Sudão, trata-se da divisão de uma mesma ex-colônia britânica, gerando um divórcio
que será sentido por muito tempo em lugares como Somália, Angola e Marrocos, para ficar
apenas em poucos países africanos com fortes movimentos secessionistas.
2°- KOSOVO
República do Kosovo

Bandeira Brasão de armas


O Kosovo (às vezes escrito Cossovo, Cosovo ou Kossovo) (em sérvio, Косово;
em albanês Kosova) é um país de reconhecimento limitado localizado na península dos
Bálcãs (no sudeste da Europa), na região da antiga Jugoslávia. Com uma área de 10 887 km²,
o Kosovo é um país sem litoral, no centro dos Bálcãs, e faz fronteira com o território
incontestado da Sérvia ao norte e leste, Macedônia do Norte ao sudeste, Albânia ao sudoeste
e Montenegro ao Oeste. Possui paisagens variadas e diversas, além de clima temperado. A
maior parte do centro do Kosovo é dominado pelas vastas planícies dos campos de Metohija e
Kosovo. Os Alpes Albaneses e as Montanhas Šar situam-se ao sudoeste e sudeste,
respectivamente.
O território kosovar fez parte dos impérios Romano, Bizantino, Búlgaro, Sérvio e Otomano e,
no século XX, passou às mãos do Reino da Sérvia, e da Iugoslávia. Após o falhanço das
negociações internacionais para atingir um consenso sobre o estado constitucional aceitável,
o governo provisório do Kosovo declarou-se unilateralmente um país independente
da Sérvia em 17 de fevereiro de 2008, sob o nome República do Kosovo,
sendo reconhecido no dia seguinte pelos Estados Unidos e alguns países europeus, tais como
a França, Portugal, Reino Unido e a Alemanha. Porém, o Kosovo ainda é reivindicado pela
Sérvia e não recebeu o reconhecimento de outros países como a Rússia, Brasil[27] e Espanha.
Até 11 de fevereiro de 2014, o Kosovo tinha recebido 109 reconhecimentos diplomáticos como
estado independente, mas alguns países retiraram esses reconhecimentos. Obteve
reconhecimento oficial de 96 (49,74%) dos 193 estados-membros das Nações Unidas; 22
(81%) dos 27 estados membros da União Europeia; 25 (86%) dos 29 estados membros da
OTAN; 34 (60%) dos 57 estados membros da Organização para a Cooperação Islâmica.
O governo sérvio reivindica o território como parte integral da Sérvia, correspondendo
à Província Autônoma de Kosovo e Metohija (em sérvio, Аутономна покрајина Косово и
Метохија, Autonomna pokrajina Kosovo i Metohija, e em albanês Krahina Autonome e
Kosovës dhe Metohisë). A maior parte da população do Kosovo é de origem albanesa, com
uma minoria sérvia que representa aproximadamente 5% da população kosovar. O
primeiro presidente do protetorado foi Fatmir Sejdiu, do partido LDK (Lidhja Demokratike e
Kosovës, "Liga Democrática do Kosovo"). O primeiro primeiro-ministro foi Hashim Thaçi.
O Kosovo possui uma economia de renda média baixa e experimentou um sólido crescimento
econômico nas últimas décadas pelas instituições financeiras internacionais. O país tem
crescido todos os anos desde o início da crise financeira de 2007–2008.[32] O Kosovo é membro
do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Conselho de Cooperação Regional e
solicitou a adesão à Interpol e o status de observador na Organização para a Cooperação
Islâmica.
HISTÓRIA
Foi parte do Império Otomano entre 1389 e 1912. A região esteve sob a dependência
de Escópia tendo constituído uma província separada apenas em 1877.
Em 1912, apesar de ser uma zona de maioria albanesa, foi integrada à Sérvia e não ao
principado da Albânia, criado naquele ano. Ocorreram rebeliões albanesas entre 1878 e 1881 e
entre 1918 e 1924. Entre 1941 e 1944 foi anexada à Albânia, sob ocupação italiana. Após a
reintegração à Iugoslávia tornou-se região autónoma, mas integrada à república da Sérvia.
Em 1991 declarou a independência, que não foi reconhecida pela comunidade internacional. A
tensão entre separatistas de origem albanesa e o governo central da Iugoslávia, liderado pelo
presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao longo de 1998. No ano seguinte, um
grupo de líderes iugoslavos e da comunidade albanesa em Kosovo e representantes das
principais potências mundiais foi formado para negociar um acordo de paz que colocasse fim
aos conflitos entre os guerrilheiros do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan Milosevic, mas
a reunião em fevereiro de 1999, na região no castelo de Rambouillet, na França, fracassou.
A OTAN atacou a Iugoslávia em 24 de março de 1999, dando início à Guerra do Kosovo. A
Otan atacou alvos iugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as
forças sérvias e se formou um grande número de refugiados.
Em 3 de junho de 1999, líderes ocidentais e iugoslavos chegaram a um acordo para o fim
da guerra. Em 10 de junho, foi assinado o acordo para encerrar o conflito.
O Parlamento sérvio em 27 de dezembro de 2007 votou, por ampla maioria, moção de
condenação contra qualquer tentativa de independência do Kosovo. A província tem sido
administrada pelas Nações Unidas, através da Missão de Administração Interina, e
pela OTAN desde a guerra de 1999 entre os sérvios e albaneses étnicos separatistas.
Em 17 de fevereiro de 2008, Rússia, China e Sérvia se opõem ao reconhecimento internacional
da independência Estado do Kosovo, que seria declarado definitivamente nesta data junto à
ONU. Os Russos sempre se opuseram aos movimentos separatistas do Kosovo. O então
presidente russo Vladimir Putin declarou que "o reconhecimento da independência do Kosovo
seria ilegal e imoral", pois reacenderiam os conflitos na região dos Bálcãs. O discurso anti-
separatista de Putin foi engrossado pelo Ministro de Relações Exteriores da Rússia Serguei
Lavrov. Segundo o ministro, "é a primeira vez que se aborda a saída de uma região de dentro
de um Estado soberano", o que, segundo ele, poderia acirrar conflitos semelhantes em outras
200 regiões em todo mundo.
Em contrapartida, o Kremlin sugere a criação do que poderia ser chamado "mapa do caminho",
o projeto sugere uma série de autonomias, mas não ocorreria a independência do Kosovo,
assim como acontece em Hong Kong. A Rússia sugere supostos interesses comerciais
ocidentais com a criação do Estado do Kosovo, denunciando ainda que o envio de uma missão
da União Europeia à região não tinha "base legal".
Mesmo diante da declaração do presidente sérvio de que a Sérvia jamais reconhecerá a
independência do Kosovo, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi convocou e realizou uma
sessão extraordinária do parlamento, onde os 109 deputados presentes votaram a favor da
independência da província. Thaci solicita o envio de uma missão internacional liderada pela
União Europeia para substituir a missão da ONU que administra a província desde 1999.
A oposição de países como Sérvia, Rússia e China ao reconhecimento internacional da
província torna-se ainda mais latente, com a possibilidade de conflitos na região. Segundo
enviados da BBC, a situação é crítica e beira a um colapso, podendo a qualquer momento
estourar um conflito entre a maioria albanesa e os sérvios. No dia 16 de fevereiro de 2008, um
dia antes da sessão extraordinária, mil sérvios se reuniram para protestar contra a
independência kosovar. O delicado cenário em questão se tornou ainda mais explosivo após o
primeiro-ministro Vojislav Kostunica declarar aos sérvios residentes na região do Kosovo que
não abandonem suas casas, pois não são obrigados a reconhecer nenhuma forma de
declaração independência.
A Rússia está em negociação com a ONU, pedindo para que ela não reconheça a atual
independência, por temer que isso vire um novo estopim de movimentos separatistas e
reivindicações unilaterais de regiões que se auto-declararam independentes. A Sérvia, junto
aos seus aliados econômicos e étnicos, temem pelas minorias não albanesas na região do
Kosovo (principalmente ao norte), por tratados de livre-circulação antes estabelecido pelos
Estados do Bálcãs e pela região ser considerada um coração cultural e religioso.
A União Europeia irá discutir sobre Kosovo durante um encontro dos ministros do exterior dos
27 países-membros do bloco no dia 18 de fevereiro, em Bruxelas. Países com grupos étnicos
minoritários temem, assim como a Rússia, que Kosovo seja um exemplo internacional.
INDEPENDÊNCIA
Independência do Kosovo e Reacção internacional à declaração de independência do Kosovo
de 2008
3°- SÉRVIA
República da Sérvia

Bandeira Brasão de armas

A Sérvia (em sérvio: Србија, transl. Srbija, pronunciado: [sř̩ bija]), oficialmente República da


Sérvia (em sérvio: Република Србија, transl. Republika Srbija, pronunciado: [repǔblika sř̩ bija]),
é um país europeu, cuja capital é Belgrado, localizado no sudeste da Europa, na região
balcânica. Faz fronteira a sudoeste com Montenegro, país do qual se separou em 2006, a
oeste com a Bósnia e Herzegovina, a noroeste com a Croácia, ao sul com a Macedônia do
Norte e com a Albânia, ao leste com a Romênia e com a Bulgária e ao norte com a Hungria.
A maioria albanesa instalada no Cossovo proclamou unilateralmente a "independência" da
província do sul em 17 de fevereiro de 2008 como a "República do Cossovo". O governo sérvio,
tal como o russo, o espanhol e outros, não a reconhece, reivindicando-a como Província
Autônoma de Kosovo e Metóquia.
É uma ex-república iugoslava tendo integrado, até junho de 2006,
uma confederação com Montenegro denominada Sérvia e Montenegro. No dia 5 de junho do
mesmo ano, a Sérvia declarou sua independência, 2 dias após Montenegro ter feito o mesmo.
No entanto, a Sérvia foi reconhecida como o estado sucessor da união, que por sua vez
sucedia a República Federal da Iugoslávia. A 22 de dezembro de 2009 a Sérvia apresentou a
candidatura oficial de adesão à União Europeia.
Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, a Sérvia tem sido a fundadora da maioria
dos Estados eslavos meridionais, que pertenciam originalmente ao Reino dos Sérvios, Croatas
e Eslovenos (rebatizado mais tarde de Reino da Iugoslávia). Fez parte da então República
Socialista Federativa da Iugoslávia, da República Federal da Iugoslávia e da União de Estado
da Sérvia e Montenegro. Após um referendo no Montenegro, em 2006, o estado federal foi
dissolvido e a República da Sérvia, com base na carta constitucional, reconheceu a
independência de Montenegro em 5 de junho daquele ano.
A Sérvia possui duas províncias autônomas: Voivodina e Cossovo e Metóquia. Desde
o bombardeio da OTAN na Jugoslávia, em 1999, Cossovo e Metóquia está sob ocupação
da Organização das Nações Unidas. Instituições provisórias de "Auto-Governo" do Cossovo,
onde os albaneses compõem a maioria étnica, se iniciaram em 17 de fevereiro de 2008, sob
forte protesto da Sérvia, que não reconhece a independência do Cossovo nem a declaração
ilegal de "soberania", usando como base a sua própria constituição, além da Resolução 1244
do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A situação de conflito entre o governo sérvio e
o poder instalado no Cossovo ainda se estende, e vários países se posicionaram sobre o feito.
A República da Sérvia é membro da Organização das Nações Unidas (ONU), do Conselho da
Europa, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da Parceria para
a Paz e da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro. É, também, um candidato
oficial à adesão à União Europeia (UE), além de ser um país militarmente neutro, e tem o
estatuto de observador na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
HISTÓRIA
As culturas de Vinča e Starčevo foram as primeiras civilizações neolíticas na área que hoje é
históricamente Sérvia, entre o sétimo e o terceiro milênio a.C.. O mais importante sítio
arqueológico deste momento é Lepenski Vir. As civilizações mais antigas que habitaram a área
antes da conquista romana, realizada no século I a.C., eram os ilírios, trácios, dácios e celtas.
Os celtas construíram muitas fortificações e são creditados pela fundação de muitas cidades
modernas na Sérvia, como Kalemegdan e Belgrado. Os gregos chegaram, em sua expansão,
ao sul da Sérvia moderna no século IV a.C, chegando ao ponto mais ao norte do império
de Alexandre, o Grande. A Sérvia contemporânea inclui (na totalidade ou em parte) províncias
clássicas como Mésia, Panônia, Prevalitana, Dalmácia, Dácia e Macedônia. A cidade
de Sirmium, no norte, foi uma das capitais do Império Romano, durante a tetrarquia. Também
foram encontrados vestígios importantes em Viminacium. Pelo menos dezessete imperadores
romanos nasceram na região agora ocupada pela Sérvia.
O atual território da Sérvia fez parte das província romana de Ilírico e da Mésia Superior a partir
do ano 29 a.C.. No século VII, a região foi imigrada pelos eslavos, vindo da Galícia (Europa
Central). Vassalos do Império Romano do Oriente, os sérvios se diferenciaram dos croatas por
sua conversão ao cristianismo bizantino por volta de 875 e pela adopção do alfabeto cirílico.
A Igreja Ortodoxa Sérvia ganhou autonomia no século XIII, quando teve São Sava como seu
arcebispo.
Durante a Idade Média, o país teve um apogeu durante o reinado de Estêvão Uresis
IV (r. 1331–1355), seguido de um rápido declínio. Após a derrota frente aos turcos na batalha
de Kossovo Poliê (1389), a Sérvia demorou a ser incorporada ao Império Otomano.
Entre 1459 e 1804, a Sérvia esteve formalmente sob o controle dos otomanos, apesar de três
invasões austríacas e numerosas rebeliões. O Islão teve um período de expansão durante esta
fase, levando à conversão de muitos sérvios. Estes convertidos recusavam-se a serem
chamados de sérvios, adoptando a denominação de muslimani e, posteriormente,
de bosníacos, uma vez que viviam majoritariamente na região conhecida como Bósnia - razão
pela qual são também chamados de bósnios muçulmanos.
A Sérvia foi ainda um principado autónomo (face ao Império Austríaco) entre 1817 e 1878, um
principado independente entre 1878 e 1882 e um reino independente entre 1882 e 1918.
No início do século XX, lutava para formar a Iugoslavia, um Estado envolvendo toda a
região balcânica. Como resultado das Guerras balcânicas (1912-1913), incorporou
a Macedónia do Norte e o Cossovo, berço original da nacionalidade sérvia. Durante a Primeira
Guerra Mundial, teve uma atuação destacada, e a partir de 1918 passou a ser um
dos estados integrantes do Reino da Jugoslávia (que se converteu em República Socialista
após 1945), tomando o nome de República Socialista Federal da Iugoslávia em 1963. Em
2003, passou-se a denominar Sérvia e Montenegro. E em 2006, após uma votação para a
independência do Montenegro, consumou-se enfim a dissolução formal da federação. A 17 de
fevereiro de 2008, o "parlamento" do Cossovo aprovou, unilateralmente, a declaração da
"independência" da província feita pelo até então primeiro-ministro cossovar Hashim Thaçi (da
qual é formalmente indiciado por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio. ) durante
uma sessão especial na capital, Pristina. A sessão contou com a presença de 104
parlamentares.
GEOGRAFIA
A Sérvia situa-se nos Bálcãs (uma região histórica e geograficamente distinta do sudeste
da Europa) e na Panónia (uma região da Europa Central). Faz fronteira com a Albânia,
o Montenegro, a Bósnia e Herzegovina, a Bulgária, a Croácia, a Hungria, a Macedónia do
Norte, e a Roménia. A Sérvia não tem saída ao mar, se bem que o rio Danúbio proporcione o
acesso de barco até à Europa central e ao mar Negro.
O território da Sérvia abrange desde os planos, ricos, férteis da região nortenha de Vojvodina,
montanhas de rocha de calcário e vales a leste, e, a sudeste, montanhas e colinas antigas. O
norte é dominado pelo rio Danúbio. Um afluente, o rio Morava, atravessa as regiões mais
montanhosas do sul.
4°- MONTENEGRO
MontenegroЦрна Гора (Montenegrin)
Crna Gora

Escudo
Bandeira 

Montenegro (Montenegrin Crna Gora) é um país do sudeste europeu localizado na península


dos Balcãs, que tem quase 300 km de costa às margens do Mar Adriático. Faz fronteira com o
norte pela Bósnia e Herzegovina e Sérvia; Albânia no sudeste; Croácia a oeste; e com
kosovo no leste. Possui uma área de 13 812 km²,1em que 625 266 pessoas vivem de acordo
com o último censo realizado em 2011. Oficialmente, e de acordo com o artigo 5º da
Constituição de Montenegro, existem duas capitais oficiais: a principal e mais populosa cidade
que é a Podgorica, e a capital monárquica e histórica que é a Cetiña, que é concedido o status
de Old Royal Capital.
Por muitos séculos, o território, como o Principado de Zeta, foi governado por uma sucessão de
dinastias, obtendo seu status internacional como uma nação independente no Congresso de
Berlim (1878), tornando-se mais tarde o Reino de Montenegro. Após a Primeira Guerra
Mundial, o país chegou a um acordo com a Sérvia para formar uma federação que culminaria
na formação do estado conhecido como Reino dos Sérvios, croatas e eslovenos e com o fim
da Segunda Guerra Mundial, esse reino tornou-se parte da República Socialista Federal da
Iugoslávia, na qual Montenegro permaneceria até sua desintegração em 1992.
Após essa desintegração foi integrada à República Federal da Iugoslávia e desde 2003
constituída em conjunto com a Sérvia a federação da Sérvia e Montenegro. Um referendo foi
realizado em 2006, no qual 55,5% da população apoiava a independência e a constituição de
um novo Estado, proclamado em junho daquele ano. O país é membro da OTAN e candidato
oficial para a adesão à União Europeia.
HISTÓRIA
O território atual de Montenegro foi habitado por séculos após a queda do Império Romano do
Ocidente por várias tribos eslavas, misturadas com ávaros, ilírios e romanos, produto da
dominação desses povos sobre a região. Essas tribos formaram durante o
século X um principado chamado Doclea (Duklja), cuja independência foi reconhecida pelo
Papa Gregório VII em 1077, mas que permaneceu um afluente do Império Bizantino. No
entanto, em 1186 foi conquistado por Stefan Nemanja, grande príncipe do reino
sérvio de Rascia.
A região costeira de Montenegro tinha uma história semi-independente após a queda do
Império Romano do Oeste. Nessa área, a população neo latino permaneceu conectada ao
mundo latino graças ao comércio marítimo, principalmente com Veneza. Desta forma, manteve
sua língua dalmácia e só estava nominalmente sujeita aos príncipes eslavos do interior de
Montenegro. A partir do ano 1000, a República de Veneza começou a estender seus domínios
na área de Kotor (o Cattaro veneziano). De 1420 a 1797 houve a Albânia veneziana, um
domínio veneziano ao redor da Baía de Kotor (Cattaro) que atingiu a costa do norte
da Albânia e pertencia à Dalmácia veneziana.
Rei Nicolau I.

Sob a influência direta da Sérvia, o Principado de Zeta foi formado e a conversão da população


para a Igreja Ortodoxa ocorreu. Em 1356, Zeta alcançou sua independência do reino da Sérvia,
enfrentando ao longo do século XV invasões do Império Otomano que conquistaram todo o
principado em 1496, embora não tenha conseguido subjugar a igreja local. Em 1516, sob a
influência de Veneza e do Patriarcado de Belgrado foi formado o Principado-Bispado de
Montenegro, um estado teocrático e afluente do Império Otomano governado pelo príncipe-
bispo de Cetinje ou vladika. Em 1852, Vladyka Danilo II Petrović Njegoš transformou o país em
um estado laico ao tomar o título de knjaz (príncipe).
Em 1860 tornou-se príncipe Nicolau I, que declarou guerra ao Império Otomano em 1861.
Apesar de um início difícil, a Sérvia e o Império Russo tornaram-se seus aliados em 1877
na chamada Guerra Russo-Turca, alcançando a vitória em 1878. Após o Congresso de Berlim,
a independência de Montenegro quase foi assegurada e seu território quase dobrou. Em 1896,
o príncipe conseguiu o casamento de sua filha Elena de Montenegro com o herdeiro do trono
do Reino da Itália, o futuro Victor Emmanuel III. Em 1910, Montenegro tornou-se um reino em
um período de prosperidade do país, que durou mesmo após as guerras dos Balcãs de 1913.

Proclamação do Reino de Montenegro em 28 de agosto de 1910


No entanto, em 1914, após o início da Primeira Guerra Mundial, Montenegro aliou-se à Sérvia
contra os Impérios Centrais, mas o pequeno exército montenegrino finalmente teve que se
render ao Império Austro-Húngaro em 25 de janeiro de 1916. O rei fugiu para Bordeaux e, após
a libertação do país, uma assembleia depôs-o e a Sérvia anexou o reino em 29 de novembro
de 1918, antes da formação do Reino dos Sérvios, croatas e eslovenos em 1º de dezembro e
que se tornou o Reino da Iugoslávia em 1929. Montenegro inicialmente formou a banovina de
Zeta, cujo território foi significativamente reduzido em 1939 formando o território atual do país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Montenegro foi ocupado pela Itália, que anexou à
Sua Dalmácia o território da Baía de Kotor (o Cattaro veneziano) até setembro de 1943 e
também estabeleceu o Estado independente de Montenegro em 1941. Este estado fascista
(que durou de 1941 a 1944) foi palco de uma sangrenta guerra civil, especialmente quando
ficou sob o controle da Alemanha nazista no final de 1943. A insurgência contra a ocupação foi
muito importante em Montenegro, de onde vieram vários dos mais proeminentes líderes do
Exército de Libertação Partidária, como Arso Jovanović, Sava Kovačević, Svetozar
Vukmanović Tempo, Milovan Đilas e Peko Dapčević.
Brasão de armas da República Socialista de Montenegro (1946-1992).

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Reino da Iugoslávia tornou-se a República Federal
Socialista da Iugoslávia em 1946. Com essa mudança, Montenegro deixou de depender
diretamente da Sérvia (como aconteceu entre 1918 e 1941) obtendo alguma autonomia como
República Socialista de Montenegro. Devido às suas características como a menor das seis
repúblicas que compõem a Iugoslávia, Montenegro recebeu grandes contribuições do governo
federal tornando-se um estado parcialmente próspero.
Em 1992, a República Socialista Federal se desintegrou, mas Montenegro e Sérvia decidiram
permanecer unidos formando a República Federal da Iugoslávia. O embargo à Iugoslávia como
resultado das guerras que enfrentou contra a Croácia e a Bósnia-Herzegovina durante a
primeira metade da década de 1990 afetou significativamente a economia de Montenegro, que
subsistiu devido ao tráfico ilegal.
No entanto, a tensão entre sérvios e montenegrinos devido à posição desigual de ambos os
grupos na República Federal aumentou ao longo dos anos. Como forma de equalizar a
importância de ambos os Estados, a confederação da Sérvia e Montenegro foi criada em 2002.
No entanto, vários grupos começaram a pressionar pela independência, que foi aprovada por
meio de um plebiscito realizado em 21 de maio de 2006 por 55,5% dos eleitores. Finalmente, o
Parlamento de Montenegro proclamou a independência do país em 3 de junho de 2006. Foi
reconhecido nos dias seguintes por vários países do mundo, incluindo a Sérvia, em 15 de
junho, e finalmente entrou como o 192º membro das Nações Unidas, em 28 de junho.
Montenegro se candidatou para se tornar um membro da União Europeia. Em 18 de dezembro
de 2010, o Conselho Europeu decidiu conceder-lhe o status de "candidato oficial" para a
adesão à União.
5°- TIMOR-LESTE
República Democrática de Timor-Leste
(português)

Bandeira Brasão de armas

Timor-Leste, oficialmente República Democrática de Timor-Leste (em tétum: Timor


Lorosa'e, oficialmente Repúblika Demokrátika Timór-Leste), é um dos países mais jovens do
mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oe-
Cusse Ambeno, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do
ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem
ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oe-
Cusse Ambeno, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul.
Com 14 874 quilómetros quadrados de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície
equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas, o que ainda é
consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros, Sergipe. Sua capital é Díli,
situada na costa norte.
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo
hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficiais do
país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual
constituição de Timor-Leste. Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste
asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas
da Melanésia, o que o colocaria na Oceania e, por conseguinte, faria dele uma nação
transcontinental.
O país foi colonizado pelo Império Português no século XVI e era conhecido como Timor
Português até a descolonização do país. No final de 1975, Timor-Leste declarou sua
independência, mas no final daquele ano foi invadido e ocupado pela Indonésia e foi anexado
como a 27ª província do país no ano seguinte. Em 1999, após um ato
de autodeterminação patrocinado pelas Nações Unidas, o governo indonésio deixou o controle
do território e Timor-Leste tornou-se o primeiro novo Estado soberano do século XXI, em 20 de
maio de 2002. Após a independência, o país tornou-se membro das Nações Unidas e
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em 2011, Timor-Leste anunciou a intenção
de participar da Associação de Nações do Sudeste Asiático através da apresentação de uma
carta de candidatura para se tornar o décimo primeiro membro do grupo. É um dos dois únicos
países predominantemente cristãos no sudeste da Ásia, sendo o outro as Filipinas.
Timor-Leste tem uma renda média inferior à da economia mundial, sendo que 37,4% da
população do país vive abaixo da linha de pobreza internacional, o que significa viver com
menos de 1,25 dólar dos Estados Unidos por dia, e cerca de 50% da população
é analfabeta. O país continua a sofrer os efeitos colaterais de uma luta de décadas pela
independência contra a ocupação indonésia, que danificou severamente a infraestrutura do
país e matou pelo menos cem mil pessoas. O país é classificado no 128º lugar no Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). No entanto, teve o sexto maior crescimento percentual
do produto interno bruto no mundo em 2013.
HISTÓRIA
Período pré-colonial
De acordo com alguns antropólogos, um pequeno grupo de caçadores e agricultores já
habitava a ilha de Timor por volta de 12 mil a.C. Há documentos que comprovam a existência
de um comércio esporádico entre Timor e a China a partir do século VII, ainda que esse
comércio se baseasse principalmente na venda de escravos, cera de abelha e sândalo,
madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria
praticamente toda a ilha. Por volta do século XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo
ao reino de Java. O nome Timor provém do nome dado pelos Malaios à ilha onde está situado
o país, Timur, que significa "Leste".
Domínio português

Monumento a Nossa Senhora em Díli, com o brasão do Timor Português

O primeiro contato europeu com a ilha foi feito pelos portugueses quando estes lá chegaram
em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o
território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital
do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica, e na década
seguinte, de água, esgoto, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas
rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste,
promovendo a formação de partidos políticos, tendo em vista a independência do território.
Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas no território, estas foram
obrigadas a deixar a ilha de Timor e a refugiarem-se em Ataúro, quando se dá início à Guerra
Civil entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) e as forças
da União Democrática Timorense (UDT). A FRETILIN saiu vitoriosa da guerra civil e proclamou
a independência a 28 de novembro do mesmo ano, o que não foi reconhecido por Portugal.
A proclamação da independência por um partido da FRETILIN de tendência marxista levou a
que a Indonésia invadisse Timor-Leste. Em 7 de dezembro, os militares indonésios
desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do
repúdio da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram
Portugal como potência administradora do território.
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA E ERA CONTEMPORÂNEA
Xanana Gusmão, o primeiro presidente do país após a restauração da independência

Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do
país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20
de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente. Em 2005, a
cantora colombiana Shakira gravou uma música-protesto intitulada de Timor. A música, escrita
e composta pela cantora, fala de como a comunicação social ocidental deu importância ao
caso da independência de Timor-Leste há alguns anos, e como agora essa mesma
comunicação social, televisões e rádios já não se interessavam por este país.
Em 2006, após uma greve que levou a uma demissão em massa nas forças armadas leste-
timorenses, um clima de tensão civil emergiu em violência no país. Em 26 de junho, o então
primeiro-ministro Mari Bin Amude Alkatiri deixou o cargo, assumindo interinamente a
coordenação ministerial José Ramos Horta, que, em 8 de julho, foi indicado para o cargo pelo
presidente Xanana Gusmão, pondo fim ao clima vigente.
A situação permanece razoavelmente estável devido à intervenção militar vinda da Malásia,
da Austrália, da Nova Zelândia e à pressão política e militar de Portugal que tenta apoiar Timor-
Leste no seu desenvolvimento. José Ramos Horta era apontado pela imprensa portuguesa
como um dos sucessores de Kofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos Horta
não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese.
Na segunda volta das eleições de 9 de maio de 2007, Ramos-Horta foi eleito Presidente da
República, em disputa com Francisco Guterres Lu Olo, sucedendo a Xanana Gusmão no
cargo. A 6 de agosto de 2007, José Ramos-Horta indica Xanana Gusmão, ex-presidente da
República , como 4.º primeiro-ministro da história do país sucedendo a Estanislau da Silva.
Xanana Gusmão, líder do renovado Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-
Leste (CNRT), apesar de 2.º classificado nas eleições legislativas de junho com 24,10% dos
votos (atrás dos adversários da FRETILIN, de Francisco Lu-Olo), alcançou uma série de
acordos pós-eleitorais com as restantes forças políticas da oposição que conferem ao seu
governo um estatuto de estabilidade.
Em 11 de fevereiro de 2008, Ramos Horta sofreu um atentado perto da sua casa em Díli. Neste
atentado, os guardas de sua residência mataram o ex-oficial do Exército de Timor-
Leste, Alfredo Reinado (rebelado desde maio de 2006), acusado perante o Supremo Tribunal
do país de homicídio, após a onda de violência causada pela sua expulsão do exército junto
com 598 outros militares por desobediência. O mesmo grupo também é acusado de efetuar
disparos contra a residência do primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, mas nada foi
esclarecido ainda em relação a este segundo ataque, que não deixou vítimas.
Em março de 2011, a ONU entregou o controle operacional da força policial às autoridades de
Timor-Leste. As Nações Unidas encerraram a sua missão de manutenção de paz no país em
31 de dezembro de 2012.
Francisco Guterres, do partido de centro-esquerda Frente Revolucionária de Timor-Leste
Independente (Fretilin), é presidente de Timor-Leste desde maio de 2017. O principal partido
da coligação, Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste, liderado pelo herói da
independência Xanana Gusmão, esteve no poder de 2007 a 2017, mas o líder da Fretilin, Mari
Alkatiri, formou um governo de coligação após as eleições parlamentares de julho de 2017. No
entanto, o novo governo minoritário logo caiu, resultando numa segunda eleição geral em maio
de 2018. Em junho de 2018, o ex-presidente e lutador pela independência, Jose Maria de
Vasconcelos, tornou-se o novo primeiro-ministro. Timor-Leste tornou-se um Estado parte
da Convenção do Património Mundial da UNESCO em 31 de janeiro de 2017.

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