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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Reino da Iugoslávia tornou-se a República Federal
Socialista da Iugoslávia em 1946. Com essa mudança, Montenegro deixou de depender
diretamente da Sérvia (como aconteceu entre 1918 e 1941) obtendo alguma autonomia como
República Socialista de Montenegro. Devido às suas características como a menor das seis
repúblicas que compõem a Iugoslávia, Montenegro recebeu grandes contribuições do governo
federal tornando-se um estado parcialmente próspero.
Em 1992, a República Socialista Federal se desintegrou, mas Montenegro e Sérvia decidiram
permanecer unidos formando a República Federal da Iugoslávia. O embargo à Iugoslávia como
resultado das guerras que enfrentou contra a Croácia e a Bósnia-Herzegovina durante a
primeira metade da década de 1990 afetou significativamente a economia de Montenegro, que
subsistiu devido ao tráfico ilegal.
No entanto, a tensão entre sérvios e montenegrinos devido à posição desigual de ambos os
grupos na República Federal aumentou ao longo dos anos. Como forma de equalizar a
importância de ambos os Estados, a confederação da Sérvia e Montenegro foi criada em 2002.
No entanto, vários grupos começaram a pressionar pela independência, que foi aprovada por
meio de um plebiscito realizado em 21 de maio de 2006 por 55,5% dos eleitores. Finalmente, o
Parlamento de Montenegro proclamou a independência do país em 3 de junho de 2006. Foi
reconhecido nos dias seguintes por vários países do mundo, incluindo a Sérvia, em 15 de
junho, e finalmente entrou como o 192º membro das Nações Unidas, em 28 de junho.
Montenegro se candidatou para se tornar um membro da União Europeia. Em 18 de dezembro
de 2010, o Conselho Europeu decidiu conceder-lhe o status de "candidato oficial" para a
adesão à União.
5°- TIMOR-LESTE
República Democrática de Timor-Leste
(português)
O primeiro contato europeu com a ilha foi feito pelos portugueses quando estes lá chegaram
em 1512 em busca do sândalo. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o
território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Díli, a capital
do Timor Português, apenas nos anos 1960 começou a dispor de luz elétrica, e na década
seguinte, de água, esgoto, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas
rurais, continuava atrasado.
Até agosto de 1975, Portugal liderou o processo de autodeterminação de Timor-Leste,
promovendo a formação de partidos políticos, tendo em vista a independência do território.
Quando as forças pró-indonésias atacaram as forças portuguesas no território, estas foram
obrigadas a deixar a ilha de Timor e a refugiarem-se em Ataúro, quando se dá início à Guerra
Civil entre a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) e as forças
da União Democrática Timorense (UDT). A FRETILIN saiu vitoriosa da guerra civil e proclamou
a independência a 28 de novembro do mesmo ano, o que não foi reconhecido por Portugal.
A proclamação da independência por um partido da FRETILIN de tendência marxista levou a
que a Indonésia invadisse Timor-Leste. Em 7 de dezembro, os militares indonésios
desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do
repúdio da Assembleia-geral e do Conselho de Segurança da ONU, que reconheceram
Portugal como potência administradora do território.
INDEPENDÊNCIA POLÍTICA E ERA CONTEMPORÂNEA
Xanana Gusmão, o primeiro presidente do país após a restauração da independência
Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do
país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20
de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente. Em 2005, a
cantora colombiana Shakira gravou uma música-protesto intitulada de Timor. A música, escrita
e composta pela cantora, fala de como a comunicação social ocidental deu importância ao
caso da independência de Timor-Leste há alguns anos, e como agora essa mesma
comunicação social, televisões e rádios já não se interessavam por este país.
Em 2006, após uma greve que levou a uma demissão em massa nas forças armadas leste-
timorenses, um clima de tensão civil emergiu em violência no país. Em 26 de junho, o então
primeiro-ministro Mari Bin Amude Alkatiri deixou o cargo, assumindo interinamente a
coordenação ministerial José Ramos Horta, que, em 8 de julho, foi indicado para o cargo pelo
presidente Xanana Gusmão, pondo fim ao clima vigente.
A situação permanece razoavelmente estável devido à intervenção militar vinda da Malásia,
da Austrália, da Nova Zelândia e à pressão política e militar de Portugal que tenta apoiar Timor-
Leste no seu desenvolvimento. José Ramos Horta era apontado pela imprensa portuguesa
como um dos sucessores de Kofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos Horta
não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese.
Na segunda volta das eleições de 9 de maio de 2007, Ramos-Horta foi eleito Presidente da
República, em disputa com Francisco Guterres Lu Olo, sucedendo a Xanana Gusmão no
cargo. A 6 de agosto de 2007, José Ramos-Horta indica Xanana Gusmão, ex-presidente da
República , como 4.º primeiro-ministro da história do país sucedendo a Estanislau da Silva.
Xanana Gusmão, líder do renovado Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-
Leste (CNRT), apesar de 2.º classificado nas eleições legislativas de junho com 24,10% dos
votos (atrás dos adversários da FRETILIN, de Francisco Lu-Olo), alcançou uma série de
acordos pós-eleitorais com as restantes forças políticas da oposição que conferem ao seu
governo um estatuto de estabilidade.
Em 11 de fevereiro de 2008, Ramos Horta sofreu um atentado perto da sua casa em Díli. Neste
atentado, os guardas de sua residência mataram o ex-oficial do Exército de Timor-
Leste, Alfredo Reinado (rebelado desde maio de 2006), acusado perante o Supremo Tribunal
do país de homicídio, após a onda de violência causada pela sua expulsão do exército junto
com 598 outros militares por desobediência. O mesmo grupo também é acusado de efetuar
disparos contra a residência do primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão, mas nada foi
esclarecido ainda em relação a este segundo ataque, que não deixou vítimas.
Em março de 2011, a ONU entregou o controle operacional da força policial às autoridades de
Timor-Leste. As Nações Unidas encerraram a sua missão de manutenção de paz no país em
31 de dezembro de 2012.
Francisco Guterres, do partido de centro-esquerda Frente Revolucionária de Timor-Leste
Independente (Fretilin), é presidente de Timor-Leste desde maio de 2017. O principal partido
da coligação, Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste, liderado pelo herói da
independência Xanana Gusmão, esteve no poder de 2007 a 2017, mas o líder da Fretilin, Mari
Alkatiri, formou um governo de coligação após as eleições parlamentares de julho de 2017. No
entanto, o novo governo minoritário logo caiu, resultando numa segunda eleição geral em maio
de 2018. Em junho de 2018, o ex-presidente e lutador pela independência, Jose Maria de
Vasconcelos, tornou-se o novo primeiro-ministro. Timor-Leste tornou-se um Estado parte
da Convenção do Património Mundial da UNESCO em 31 de janeiro de 2017.