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Número: 8
Professor: Sandro Dominiquini
Data: 23/05/2022
GEOPOLÍTICA DA ÁFRICA
CONFLITOS AFRICANOS
É importante saber que, a principal causa dos conflitos no continente africano foi a partilha
das terras pelos colonizadores europeus sem respeitar a presença de povos originários.
EGITO:
No norte da África desencadeou-se uma série de levantes contra governos autoritários em
2011, conhecida como Primavera Árabe. A partir de manifestações na Tunísia, outros
manifestantes tomaram as ruas em países vizinhos. O Egito foi afetado por essas
manifestações e Hosni Mubarak, que estava na presidência desde 1981, foi destituído em
2011. Desde então o país não conseguiu reestabelecer a estabilidade econômica.
Em 2012, Mohamed Morsi assume a presidência do Egito apoiado pela Irmandade
Mulçumana, mas em 2013 um golpe de Estado liderado pelo Ministro da defesa, Abdul Fatah
Khalil al-Sisi derrubou Mohamed, fazendo com que o mesmo fosse condenado à prisão por
crimes de tortura civil.
ÁFRICA DO SUL:
Na África do Sul, por muitas décadas, vigorou um sistema de separação racial conhecido
como apartheid. Os direitos sociais dos negros eram restritos e controlados pelos brancos.
Assim, havia escolas, residências e hospitais diferentes para brancos e negros. Brancos não
podiam casar com negros e os negros frequentavam locais destinados aos brancos somente
para ocupar vagas de trabalho pelas quais os brancos não se interessavam.
O apartheid foi instaurado pelos britânicos como política oficial em 1948 e teve fim em 1991,
após décadas de resistência. Um dos nomes mais importantes dessa resistência foi Nelson
Mandela que, por sua oposição, foi torturado e ficou preso por 27 anos. Sua ideia ganhou
peso nacional e internacional e despertou o repúdio a esse sistema.
ECONOMIA AFRICANA:
A economia africana experimentou um crescimento inédito nas duas primeiras décadas do
século XXI. Com o aumento da demanda por petróleo, gás natural e alimentos, o continente
se beneficiou do incremento de preços. Também o perdão da dívida externa, em 2005,
realizada por motivos humanitários a 14 países africanos, teve um efeito positivo na região.
MINÉRIOS:
Países como a Tanzânia registram taxas de crescimento de 6% ao ano, desde 2006, graças ao
aumento do preço do ouro no mercado internacional.
Em Bostwana, o crescimento é de 5% ao ano, por conta das reservas de diamante. O país
destina a maior parte dos recursos em financiar, gratuitamente, a educação primária.
PETRÓLEO E GÁS:
Os maiores produtores de petróleo no continente são: Argélia, Líbia, Egito, Nigéria, Guiné-
Equatorial, Gabão e Congo-Brazzaville, Angola. Sudão, Mauritânia, São Tomé e Príncipe e
Chade despontam como novos produtores.
A África possui 10% das reservas mundiais de petróleo e 8% das reservas de gás.
TURISMO:
Em países do norte da África, como o Egito, Marrocos e Tunísia, o turismo tem um
importante papel na economia. Esta atividade também é importante fonte de rendimento para
Cabo Verde e a maioria dos países costeiros tanto no Oceano Atlântico, como no Índico.
Os parques naturais do Quênia e da África do Sul atraem turistas interessados em ver os
grandes animais selvagens. A caça, ainda que polêmica, é responsável pelas receitas desses
países também.
Segundo dados elaborados pela ONU, o turismo na África, de 2011 a 2014, representou cerca
de 8,5% do PIB e gerou 2,1 milhões de empregos.
Cumpre destacar que as mulheres ocupam um terço destes postes de trabalho. Desde 1996, o
turismo na África cresce uma taxa de 9% ao ano.
TECNOLOGIA AFRICANA:
Países africanos como o Marrocos, Nigéria e África do Sul estão começando a se beneficiar
com a tecnologia espacial mundial militar, econômica e socialmente falando.
É o que informa Abishur Prakash, geopolítico do Center of Innovating the Future, que estuda
como as novas tecnologias, incluindo inteligência artificial e manipulação genética,
transformam a geopolítica.
No ano passado, o satélite Mohammed VI-A foi lançado. Ele foi o primeiro satélite de
imagem de alta resolução da África, dando ao Marrocos um novo poder no norte do
continente.
Sua criação mostra que o país não está mais se conformando com o status quo do passado,
aceitando acordos comerciais unilaterais, e, agora, se volta ao espaço de maneira quase que
independente. No Marrocos, o satélite serve para mapear a região, além de gerenciar
desastres naturais, e outras nações, como Argélia e Espanha, já se preocupam com questões
como espionagem militar.
Mas, além do Marrocos, outros países africanos também estão fazendo ações no espaço,
como é o caso da África do Sul, que orbitou seu primeiro satélite em 1999 e, agora, está se
preparando para lançar o primeiro satélite privado do continente. Outra nação que vale a
menção é a Etiópia, que abriu o primeiro observatório da África Oriental em 2015,
estabelecendo um cronograma de lançamento para seu satélite próprio (três a cinco anos).