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Refere-se a uma situação em que coexistem atitudes, crenças, identidades, interesses, normas
ou valores opostos. Isso pode levar a um desacordo ativo entre as pessoas. É provável que
surjam conflitos quando indivíduos ou grupos num determinado processo de tomada de
decisão sentem que os seus valores estão a ser ignorados; ou quando não conseguem chegar
a acordo sobre a racionalidade do valor subjacente, ou sobre a forma como os valores serão
integrados, negociados ou reconciliados para informar uma determinada decisão. Quando
diferentes valores colidem numa situação de tomada de decisão, o conflito pode ser descrito
como um conflito de valores.
O presente trabalho busca abordar os factores de instabilidade que geram conflitos em África.
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Principais factores de instabilidade que geram conflitos em África
A África é o terceiro continente mais extenso (depois da Ásia e da América) com cerca de 30
milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É
o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de
pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um sétimo da população mundial, e
54 países independentes. O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais
do planeta. Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas
e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus,
bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos.
Dos trinta países mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo,
baixa expectativa de vida), pelo menos 21 são africanos. Apesar disso existem alguns países
com um padrão de vida razoável, mas não existe nenhum país realmente desenvolvido na
África.
Segundo a National Library of Medicine, as raízes dos conflitos armados em países em vias
de desenvolvimento incluem a pobreza extrema; desigualdades políticas, sociais e
económicas entre grupos; estagnação económica; serviços governamentais deficientes; alto
desemprego; degradação ambiental; e incentivos individuais (económicos) para combater.
Para Aremu, Johnson Olaosebikan, os conflitos em África foram causados por uma
multiplicidade de factores como: fronteiras arbitrárias criadas pelas potências coloniais,
composição étnica heterogênea dos estados africanos, política inepta a
liderança, corrupção, efeito negativo do peso da dívida externa e pobreza.
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1. O problema resultante da composição étnica dos estados
africanos
Carment, D. (1994) e as Nações Unidas (1987) apresentaram que nos mais de 180 estados do
mundo, apenas um pequeno número é etnicamente homogêneo. Isto sugere que os Estados
multiétnicos continuam a ser uma característica da política internacional e que o conflito
étnico não é apenas uma ameaça para o continente africano, mas também uma ameaça para
toda a comunidade internacional (Ryan 1990:14; Instituto Del Tercer, 1997:160). No entanto,
não se pode negar o facto de os conflitos étnico-políticos terem estado em evidente aumento
em África ao longo do século XX.
Aremu, Johnson Olaosebikan (2011), afirma que a clavagem étnica e a discriminação política
contra as minorias estão tão enraizadas em África que, a etnia, não é nada mais para além de
uma força geradora de conflitos.
Entre os factores que parecem confirmar esta ideia está o genocídio de Ruanda, também
conhecido como genocídio tútsi, foi um massacre em massa de pessoas do grupo étnico tútsi,
tuás e hútus moderados, promovido por hútus, em Ruanda, que ocorreu entre 7 de abril e 15
de julho de 1994 e que durou 100 dias.
1 Reino de Ruanda, estado tradicional da África Oriental, hoje República de Ruanda. Acredita-se
que a área tenha sido colonizada pelos Hutu em algum momento entre os séculos V e XI e depois
pelos Tutsis a partir do século XIV. Os Tutsis, um povo pastoral, estabeleceram domínio sobre os
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tútsis invadiram a região, antes dominada pelos hútus, e ocuparam cargos governamentais
formando quase que inteiramente a elite económica.
Hutu, que eram agricultores. Segundo a tradição, Ruganzu I Bwimba, um líder tutsi, fundou um reino
na região de Bwanacambwe, perto de Kigali, no século XV ou XVI. O que hoje é o centro de Ruanda
foi absorvido no século XVI, e as comunidades Hutu periféricas foram subjugadas pelo mwami (“rei”)
Ruganzu II Ndori no século XVII. As fronteiras do reino foram delimitadas no final do século XIX por
Kigeri IV Rwabugiri, considerado o maior rei de Ruanda. Em 1900, Ruanda era um estado unificado
com uma estrutura militar centralizada.
2 Darwinismo social é uma adaptação feita, no final do século XIX, por muitos autores que tentaram
aplicar os princípios da teoria da evolução, de Charles Darwin, no funcionamento das sociedades
humanas; e, com isso, acabaram criando algumas distorções. A ideia geral do darwinismo social é
usar conceitos como “seleção natural” e “luta pela sobrevivência” para explicar a competição entre os
indivíduos ou os grupos humanos, assim como Darwin o fez com as demais espécies animais e
vegetais.
O darwinismo social pode ser exemplificado por duas correntes. Uma delas apresenta um viés racista
e colonialista que se desenvolveu no continente europeu. Essa vertente não coloca em primeiro
plano a disputa entre indivíduos, mas o conflito entre raças e povos ao redor do mundo. No tocante à
desigualdade social, o darwinismo social atribui a brecha entre ricos e pobres à maior “aptidão” dos
primeiros para sobreviverem e prosperarem.
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do mês de abril, em que se fez circular o boato de que a minoria tútsi planejava o genocídio
dos hútus.
O genocídio foi organizado por membros da elite política principal dos hútus, muitos dos
quais ocupavam cargos nos níveis mais altos do governo nacional. A maioria dos
historiadores concorda que um genocídio contra os tútsis havia sido planejado por pelo
menos um ano. No entanto, o assassinato do presidente ruandês Juvénal Habyarimana em 6
de abril de 1994 criou um vácuo de poder e encerrou os acordos de paz. Os assassinatos
genocidas começaram no dia seguinte quando soldados, policiais e milícias executaram
líderes políticos e militares tútsis e hútus moderados.
A maioria das vítimas foi morta em suas próprias aldeias ou cidades, muitas por seus
vizinhos e companheiros de aldeia. Gangues hútus procuravam vítimas escondidas em igrejas
e edifícios escolares. A milícia assassinou vítimas com facões e rifles. Estima-se que 500 000
a 1 100 000 ruandenses foram mortos, cerca de 70% da população tútsi, embora historiadores
atuais questionem estes números, afirmando que o total de fatalidades pode ter sido menor,
não superando 800 000 no geral. A violência sexual também foi abundante, sendo que
estima-se que entre 250 000 e 500 000 mulheres tenham sido estupradas durante o genocídio.
O massacre terminou com a vitória militar da Frente Patriótica de Ruanda.
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2. Pobreza e conflito em África: uma relação complexa
África é um dos continentes mais pobres do mundo. Isto se deve em grande parte a
condições ambientais adversas, corrupção e enormes dívidas externas que exacerbam as
condições de pobreza (IIffe, 1995). Por exemplo, a desertificação contribuiu para a fome em
vários estados africanos, tais como como a Etiópia e o Mali. Como resultado, o número de
pessoas que vivem em condições extremas a pobreza na África Subsaariana cresceu de 217
milhões em 1987 para mais de 300 milhões em 1998 (Corbett 2005). Se, portanto, for
verdade o ditado de que um homem faminto é um homem raivoso, então os conflitos
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poderão, durante muito tempo, fazer parte de África devido a esta situação de pobreza
absoluta que prevalece em todo o continente.
Há muita discordância sobre a relação específica entre pobreza e conflito. Enquanto uma
escola de pensamento afirma que a pobreza causa conflitos, a outra escola de pensamento
argumenta que apenas o inverso é verdadeiro. Defendo que a pobreza é ao mesmo tempo
causa e consequência do conflito. O relacionamento é em dois sentidos: a pobreza leva ao
conflito e vice-versa.
O impacto da guerra
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Refugiados sudaneses num campo de refugiados em Chade
Cabo Delgado, província de Moçambique que alberga uma das maiores reservas de gás
natural do mundo é, desde 2017, palco de ataques armados por insurgentes. Os seus
promotores, alguns como Bonomado Machude Omar ou Inn Omar, foram revelados pelas
Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Por coincidência, ou não, Cabo Delgado também está se recuperando de choques climáticos
consecutivos, incluindo o ciclone Kenneth de 2019, o ciclone mais forte a atingir a parte
norte de Moçambique, e enormes inundações no início de 2020. A situação agravou-se
seriamente entre 2021-2022, com a escalada de ataques a localidades e capitais de distritos da
província. Compartilho a ideia de que a natureza do conflito de Cabo Delgado, como realçam
Constantino (2020) e Fundo Monetário Internacional - FMI (2019), é comum em países ricos
em recursos naturais e particularmente exportadores de recursos petrolíferos (incluindo gás),
4 O grupo wahhabi autodenomina-se Ansar al-Sunna (ou Ahlu Sunnah Wa-Jamo) - Defensores da
Tradição - mesmo nome de um grupo insurgente sunita iraquiano que lutou contra as tropas norte-
americanas, entre 2003 e 2007. Por vezes, o próprio grupo também se autodenomina Al-Shabaab,
(que em árabe significa «a juventude»,[10] sendo que este nome também aparece grafado como
Machababo[10] em português moçambicano), apesar de não estar claro se possui ligações com o
grupo somali com o mesmo nome e embora haja somalis no norte de Moçambique.[11][12] Relatos
mencionaram que este grupo fundamentalista islâmico é composto principalmente de moçambicanos
dos distritos de Mocímboa da Praia, Palma e Macomia, mas também inclui estrangeiros da Tanzânia
e da Somália.[13]
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tal como é o contexto de Moçambique, caracterizado por instituições fracas, elevados níveis
de desigualdades sociais e de pobreza. São exemplos de países que sofrem situações
similares, os da região da Bacia do Lago Chade (Chade e Nigéria, dentre outros), que são
vítimas da insurgência do Boko Haram5.
Maquenzi e Feijó (2019) defendem a tese, segundo a qual, o baixo nível de escolaridade e
assimetrias regionais fazem com que indivíduos que estão em situação de vulnerabilidade
resolvam aliar-se aos grupos radicais islâmicos.
Na mesma perspetiva, Fonseca e Lasmar (2017), afirmam que uma parte significativa dos
voluntários recrutados para pertencerem ao grupo radical são atraídos por promessas de um
salário pela luta. Normalmente, essas pessoas não possuem grandes expetativas profissionais
e veem na luta uma forma de rendimento. De acordo com os que participaram nas sessões de
doutrinação, a apologia da primazia aos
locais na distribuição de empregos constitui o argumento mais sedutor.
O leva a crer que o conflito em Cabo Delgado não é contra o governo: é contra o Estado e
contra o modo de vida da esmagadora maioria da população, particularmente a muçulmana.
Exército moçambicano
5 Boko Haram (em tradução literal: "a educação ocidental ou não-islâmica é um pecado", nas línguas
faladas no Norte da Nigéria), oficialmente, em árabe: جماعة أهل السنة للدعوة والجهاد, translit. 'ǧamāʿat ahl
as-sunna li-d-daʿwa wa-l-ǧihād', Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad ("Pessoas Dedicadas
aos Ensinamentos do Profeta para Propagação e Jihad) é uma organização jihadista fundamentalista
islâmica sunita, de métodos terroristas, que busca a imposição da Xaria no norte da Nigéria. Está
também ativa no Chade e nos Camarões
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3. Conflitos políticos sobre questões económicas
Conflitos políticos podem surgir de diferenças de opinião sobre variadas questões. Podem se
manifestar de diversas formas como debates, protestos, polarização e até mesmo confrontos
mais graves. Muitas vezes reflete divisões profundas na sociedade em relação a valores e
prioridades.
● Políticas Fiscais e Tributárias: Debates sobre políticas fiscais, como impostos sobre
renda, consumo e propriedade, muitas vezes geram conflitos políticos. Diferentes
grupos podem ter opiniões divergentes sobre quem deve ser tributado e em que
medida, levando a debates acalorados sobre justiça fiscal e equidade.
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● Regulação Financeira: Questões relacionadas à regulação do sistema financeiro,
controle de bancos e instituições financeiras, e medidas para evitar crises econômicas
também podem ser fontes de conflito político. Diferentes visões sobre a intervenção
do governo na economia e a proteção dos consumidores financeiros podem criar
divisões políticas significativas.
● Bem-Estar Social e Gastos Públicos: Decisões sobre gastos públicos em áreas como
saúde, educação, previdência social e assistência social costumam ser objeto de
conflito político. Diferentes ideologias sobre o papel do Estado na provisão de
serviços sociais e preocupações com o equilíbrio fiscal influenciam as discussões
sobre essas políticas.
Esses são apenas alguns exemplos de como as questões econômicas podem se tornar fontes
de conflito político. É importante reconhecer que as decisões econômicas têm implicações
profundas na distribuição de poder, riqueza e oportunidades, o que muitas vezes gera divisões
significativas na sociedade e na arena política.
A guerra de Biafra, que ocorreu na Nigéria entre 1967 e 1970, pode ser vista como um
conflito político relacionado a questões econômicas. Uma das principais causas do conflito
foi a disputa pela distribuição de recursos econômicos, especialmente relacionados à
produção de petróleo na região sudeste da Nigéria, onde o povo Igbo, predominantemente,
buscava maior autonomia e controle sobre seus recursos naturais.
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Isso levou a um movimento separatista liderado pela região sudeste, que declarou sua
independência como a República de Biafra em 1967. O governo nigeriano viu essa secessão
como uma ameaça à sua integridade territorial e aos seus interesses econômicos, o que
culminou na guerra de Biafra.
Ainda também o conflito em Darfur, no Sudão, tem raízes profundas tanto políticas quanto
econômicas. Embora a seca e a escassez de recursos naturais, como água e terras aráveis,
tenham desempenhado um papel significativo na intensificação das tensões na região, o
conflito em Darfur é amplamente considerado como um conflito político com fortes
implicações econômicas.
Além disso, a marginalização política e econômica das comunidades locais por parte do
governo central do Sudão desempenhou um papel central no conflito em Darfur. A
discriminação étnica e as tensões entre grupos agrários e nômades também contribuíram para
a eclosão do conflito.
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4. A Corrupção
4. Erosão da confiança nas instituições: A corrupção mina a confiança dos cidadãos nas
instituições governamentais, o que pode levar à deslegitimação do governo e ao surgimento
de movimentos de oposição que, em alguns casos, recorrem à violência para expressar suas
demandas.
Portanto, embora a corrupção por si só possa não ser a causa direta de conflitos, ela
certamente contribui para criar condições propícias para o surgimento e a perpetuação de
instabilidades em vários países africanos. O combate à corrupção e o fortalecimento das
instituições transparentes e responsáveis são fundamentais para promover a estabilidade e a
paz duradoura no continente africano.
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A República Democrática do Congo (RDC) é um exemplo notável de como a corrupção
desempenhou um papel significativo no incitamento de conflitos. A exploração corrupta dos
vastos recursos minerais do país, incluindo diamantes, cobalto, cobre e outros minerais
valiosos, tem sido uma fonte central de instabilidade e violência na RDC ao longo de
décadas.
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Para enfrentar efetivamente esses desafios, é crucial abordar a corrupção no setor de
mineração da RDC por meio de medidas que promovam a transparência, responsabilidade e
governança eficaz. Isso inclui o fortalecimento das instituições reguladoras, o combate ao
contrabando e à extração ilegal, a promoção da participação da sociedade civil na supervisão
da indústria mineral e a garantia de que os lucros gerados pelos recursos naturais sejam
utilizados para beneficiar toda a população.
A luta contra a corrupção no setor mineral da RDC é fundamental não apenas para promover
o desenvolvimento sustentável do país, mas também para contribuir para a construção da paz
duradoura e da estabilidade em uma região historicamente afetada por conflitos violentos.
A Segunda Guerra do Congo, também conhecida como a Grande Guerra Africana, foi um
conflito complexo que ocorreu na República Democrática do Congo entre 1998 e 2003. Este
conflito envolveu múltiplos atores locais, regionais e internacionais, e teve raízes profundas
em questões políticas, étnicas, econômicas e territoriais. A corrupção desempenhou um papel
significativo na perpetuação e intensificação desse conflito.
Durante a Segunda Guerra do Congo, a luta pelo controle dos recursos minerais da RDC foi
um dos principais impulsionadores da violência e dos conflitos armados. Grupos armados e
milícias lutaram para controlar áreas ricas em minerais como ouro, diamantes, cobalto e
coltan, cuja exploração ilegal era facilitada pela corrupção e pela falta de regulamentação
eficaz.
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Portanto, a relação entre a corrupção no setor de mineração, a busca pelo controle dos
recursos naturais e a Segunda Guerra do Congo é evidente. A exploração corrupta desses
recursos contribuiu para a intensificação dos conflitos armados e para o sofrimento
generalizado da população congolesa durante esse período tumultuado da história do país.
Em contextos de conflito, a corrupção pode minar os esforços para alcançar acordos de paz
duradouros, desviando recursos que deveriam ser usados para reconstruir as comunidades
afetadas e fortalecer as instituições pós-conflito. Além disso, a corrupção pode alimentar
tensões ao privilegiar certos grupos em detrimento de outros, exacerbando divisões étnicas,
políticas ou socioeconômicas.
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Conclusão
A corrupção sistêmica é outro fator crucial que contribui para a instabilidade na África. A
corrupção mina a eficácia das instituições governamentais, prejudica o desenvolvimento
econômico, alimenta desigualdades e mina a confiança dos cidadãos nas estruturas de
governança.
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