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Guerra Civil Na Síria

Um panorama geral sobre o assunto


Origem
A Guerra Civil Síria, conflito que acontece
desde 2011, foi iniciada pelos protestos da
Primavera Árabe. A reação violenta do
governo de Bashar al-Assad levou ao
surgimento de uma oposição armada.
Estima-se que, até o momento, cerca de 600
mil pessoas morreram vítimas desse
conflito.
Contexto
histórico

A Síria é governada de maneira ditatorial por


Bashar al-Assad desde 2000 e pela família al-
Assad desde a década de 1970. Protestos
começaram por conta da insatisfação da
população sobre a forma como a família al-
Assad governa o país.
Protestos
Os primeiros protestos aconteceram em
Deraa (sul da Síria) e lá um acontecimento
simbólico mobilizou o país contra Bashar
al-Assad. Em março de 2011, estudantes
foram presos depois de realizar uma
pichação contra o presidente do país com a
mensagem que anunciava que ele seria o
próximo governante a cair.
Protestos
A resposta do governo foi mobilizar
a polícia secreta da Síria para
prender os estudantes, que foram
conduzidos para interrogatório,
onde foram torturados. O que
provocou mais protestos contra
Bashar al-Assad.
Grupo Rebelde
A principal força rebelde era o Exército
Livre da Síria (ELS), que surgiu em
julho de 2011, e era formado,
principalmente, por soldados desertores.
Tal grupo possuía características
seculares (não estava sujeito a nenhuma
ordem religiosa).
Grupo Rebelde

A partir de 2012, o ELS perdeu força, e,


desde 2016, esse grupo passou a ser
abertamente dependente do apoio
oferecido pela Turquia.
Grupo Rebelde

Em vídeos, populares da Síria aparecem auxiliando os


militares que desertaram e foram alvejados após se
recusarem a cumprir ordens oficiais. De forma
gradual, o número de desertores foi crescendo cada
vez mais, pois o governo fazia uso de armas letais
para a repressão dos revoltosos e as utilizavam para
sitiar territórios da Síria como Deir ez-Zor,
Talkalakh, Hama e Baniyas.
Grupo Rebelde
Um grande montante dos soldados que se
recusavam a cumprir ordens foram
assassinados pelo Exército Sírio. No ano de
2011, para conter os excessos do exército, um
grupo de oficiais se juntou a Riad al-Assad
(militar sírio) e anunciaram a constituição do
Exército Livre da Síria.
Estado Islâmico
A continuidade da guerra na Síria levou o
autoproclamado califado Estado Islâmico (EI) a
infiltrar-se nesse país a partir do final de 2013.
Califado é um tipo de reino islâmico que se
considera como o sucessor direto do profeta
Muhammad (como é conhecido Maomé entre os
muçulmanos), que iniciou a pregação do islã no
século VII.
Estado Islâmico
Houve o rompimento do Estado Islâmico com a Al-
Qaeda, o que o levou a atuar de maneira independente e
de acordo com seus interesses. Assim, em 2013, o grupo
aliou-se a grupos rebeldes fundamentalistas organizados
na Síria, com a guerra em andamento. Em 2014, a
política do Estado Islâmico mudou, e o grupo rompeu
com os seus aliados nesse país, passando a atuar de
maneira independente.
Estado Islâmico

Seus seguidores atacaram e dominaram


várias cidades sírias, com o objetivo de
expandir o seu califado por todo o mundo
por meio da imposição da sharia, a lei
islâmica interpretada com base no
Alcorão.
Interferência
Estrangeira
A guerra civil na Síria segue em curso mesmo após 10
anos de conflito, principalmente pela intervenção de
potências estrangeiras, que, por meio do
financiamento financeiro e militar a grupos atuantes
no conflito, perpetuam a disputa na Síria. Os países
que mais intervieram nesse conflito foram os Estados
Unidos, a Rússia e a Turquia.
nterferência Estrangeira
Os Estados Unidos atuaram na guerra, principalmente,
no combate contra o Estado Islâmico e lideraram
milhares de ataques aéreos contra posições dominadas
pelo EI. Além disso, em abril de 2017, os EUA
atacaram uma base aérea do governo sírio após
acusarem Bashar al-Assad de ter autorizado um ataque
químico contra civis na província de Idlib.
Intervenção Estrangeira
ARússia participa do conflito desde 2015, quando
enviou tropas para atuarem ao lado do exército de
Bashar al-Assad e impedirem que rebeldes e o EI
derrotassem as tropas do governo, que, naquele
momento, estavam enfraquecidas. As forças russas
fizeram uma série de bombardeios em posições
dominadas por rebeldes e pelo EI. O governo sírio é
um importante aliado dos russos na região.
Intervenção
Estrangeira
A Rússia participa do conflito desde 2015, quando
enviou tropas para atuarem ao lado do exército de
Bashar al-Assad e impedirem que rebeldes e o EI
derrotassem as tropas do governo, que, naquele
momento, estavam enfraquecidas. As forças russas
fizeram uma série de bombardeios em posições
dominadas por rebeldes e pelo EI. O governo sírio é
um importante aliado dos russos na região.
Intervenção Estrangeira
Por fim, a Turquia entrou no conflito alegando lutar
contra o crescimento do Estado Islâmico. No
entanto, existem denúncias feitas por observadores
internacionais que afirmam que ela chegou a
comprar petróleo do EI. Além disso, essa nação luta
contra a milícia formada pelos curdos, uma minoria
étnica historicamente perseguida na Turquia por
causa de seu movimento separatista.
Encerramento
Apesar da longa duração, o cenário para o futuro
da Síria não é animador, pois os analistas
internacionais não veem possibilidade de término
do conflito para breve. Essa visão é reforçada
pelo fato de que nem o governo sírio, nem os
grupos rebeldes, nem as potências estrangeiras
sinalizam para o encerramento das hostilidade.
Fim

Fonte: InfoEscola e EscolaKids

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