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Desde 1963, após um golpe de estado, a Síria é governada pelo Partido Baath.[102] Apesar das mudanças de poder no
golpe de estado de 1966 e no golpe de 1970, o Partido Baath continua mantendo-se como a única autoridade na
Síria,[103] através do unipartidarismo.
No último golpe de estado, Hafez al-Assad tomou o poder como presidente, liderando o país por 30 anos e proibindo a
criação de partidos de oposição e a participação de qualquer candidato de oposição em uma eleição.
Em 1982, durante um clima de insurgência islâmica em todo o país, que durou seis anos, Hafez al-Assad aplicou a
tática da "terra arrasada", sufocando a revolta islâmica da comunidade sunita, incluindo a Irmandade Muçulmana,
entre outros.[104] Durante essas operações, milhares de pessoas morreram no massacre de Hama.[105]
O presidente Bashar al-Assad se encontra no poder desde 17 de julho de 2000, sucedendo seu pai. Seu partido
atualmente domina a política síria, incluindo o parlamento. A Frente Nacional Progressista é a única coalizão do
parlamento, composto principalmente pelo Partido Baath (134 assentos) e outros nove membros, representando 35
partidos políticos.
Em entrevista feita em 31 de janeiro de 2011, al-Assad declarou que era tempo de fazer reformas, frente as revoltas de
demanda popular que derrubaram governos no Egito, na Tunísia e no Iêmen, e que falou que uma "nova era" estava
chegando ao Oriente Médio.[111][112] Segundo grupos de oposição, a lentidão ou não cumprimento das promessas de
reformas incitaram a população a se manifestar contra o governo em massa. Os primeiros protestos começaram em
janeiro e foram reprimidos duramente pelo governo.[113] Ainda no mesmo mês, uma manifestação em Ar-Raqqah
terminou com dois mortos. Protestos em Al-Hasakah acabaram sendo dispersos pelas forças de segurança leais ao
governo e centenas foram presos. A rede de televisão árabe Al Jazeera reportou a violência usada pelas forças de al-
Assad na repressão e se disse preocupada com o risco de uma insurreição popular nos moldes da Líbia.[114] O
presidente Assad então afirmou que seu país estaria imune a todos os tipos de protestos em massa como os que
ocorreram no Cairo, Egito.[115]
Os protestos em 18 e 19 de março de 2011 foram os maiores que ocorreram na Síria em décadas, tendo as autoridades
sírias respondido com violência contra os manifestantes. O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, chamou
o uso da força letal de "inaceitável".[122] Já a União Europeia, representada por Catherine Ashton, classificou a
situação do país como "intolerável" e solicitou que reformas ocorressem na Síria.[123]
Falando à Assembleia do Povo, em abril, num discurso transmitido pela televisão, o presidente Bashar al-Assad
declarou que esperava que o governo suspendesse a lei de emergência em vigor há décadas no país, reconhecendo que
há um grande buraco entre o governo e o povo, e que o "governo tinha que atender às aspirações populares".[124] Em
19 de abril, o regime aprovou um decreto que suspendeu o estado de emergência pela primeira vez em 48 anos.[125]
Em março de 2011, o governo sírio aumentou o salário mínimo e os
salários do funcionalismo público, para combater a alta no custo de
vida e ganhar mais apoio popular.[126] Em resposta ao decreto, a
Anistia Internacional declarou que "as promessas do presidente Al-
Assad soam falsas e que as medidas adotadas são muito fracas em
relação às reformas políticas tão necessárias no país".[127]
Portando cartazes e bandeiras nacionais, no país em 22 de abril, com mais de 70 mortos.[128] Segundo a
o povo protesta contra o governo em Anistia Internacional, o número de mortos nas manifestações em
Damasco, capital do país, em 08 de Abril março foi de 228 pessoas. A Human Rights Watch também exigiu do
de 2011. governo sírio, que permita que os cidadãos do país tenham direito à
liberdade de reunião.[129]
O governo continuou a
pressionar a população e
em 26 de abril, tanques do
exército foram enviados à
Daraa, a cidade onde as
Em 23 de agosto, em Istambul na
manifestações começaram
Turquia, nasce o Conselho
na Síria, e tropas abriram Nacional Sírio, o primeiro grande
fogo contra manifestantes grupo dissidente organizado da
Um comício em apoio ao presidente locais, causando pelo oposição síria.[121]
Bashar al-Assad em Lataquia em 20 de
menos 35 mortes. Cerca de
junho de 2010.
500 ativistas foram presos no mesmo dia em todo o país.[130] Em
maio, o governo dos Estados Unidos, através de uma ordem
executiva do presidente Barack Obama, determinou o congelamento de todos os bens e ativos pessoais de Assad e
mais seis integrantes do governo sírio no país, assim como a proibição de cidadãos e empresas norte-americanas de
fazerem negócios com essas pessoas.[131]
Em 12 de novembro de 2011 a Liga Árabe decidiu, por 18 votos a favor, 3 contra (Síria, Líbano e Iémen) e uma
abstenção (Iraque), suspender a Síria da organização, até que o governo de Damasco botasse um fim à violência contra
os manifestantes anti-governamentais.[132]
Em outubro de 2011, a Rússia e a China usaram o veto para bloquear uma resolução do Conselho de Segurança contra
o governo sírio. Em novembro uma agência de notícias síria disse que navios de guerra russos chegaram a águas
territoriais da Síria, indicando ser uma mensagem de Moscou para o Ocidente contra qualquer intervenção,[133]
anteriormente em 2010, de acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti, a Rússia moveu seus primeiros navios
de guerra para a base naval de Tartus, na Síria.[134]
Al-Assad declarou que há uma "conspiração estrangeira" contra o país. O apoio dos Estados Unidos à oposição,
inclusive ocorrendo durante anos, foi revelado pelo Wikileaks em supostos telegramas e assumido pelo governo
americano que fazia isto desde 2006.[135][136] O Washington Post divulgou parcialmente esses telegramas. Ainda
segundo a mensagem, existe um envolvimento do Movimento pela Justiça e Desenvolvimento (MJD) de exilados em
Londres, que teria ligação com a rede de televisão londrina Barada TV transmitida via satélite para a Oposição Síria.
Acredita-se que esses financiamentos começaram em 2005.[137]
No fim de 2011, as forças do governo sírio continuaram a reprimir os manifestantes, prendendo centenas de pessoas e
deixando milhares de vítimas. A oposição síria relatou casos de estupros, assassinatos e alegou que milhares de civis
estavam sendo expulsos de suas casas pelas forças do regime. O governo, por sua vez, negou as acusações.[138] Em
janeiro, uma pesquisa feita pela You Gov Siraj na Síria, encomendada pelo The Doha Debates, financiada pela
Fundação Catar, chegou a conclusão que 55% do povo sírio queria a permanência de Assad no poder por medo de uma
guerra civil ou de uma intervenção militar estrangeira no país. Porém, uma porcentagem similar da população
demonstrou-se favorável a permanência do presidente no poder desde que ele convocasse eleições livres para o seu
cargo. O governo então prometeu eleições, mas a transparência destas foi questionada pelas potências ocidentais e
ativistas fora do país.[139]
No final de fevereiro de 2012, frente ao aumento considerável de protestos e da pressão internacional, o governo sírio
anunciou uma nova Constituição (obtendo o pluripartidarismo e sem necessariamente diminuir a permanência no
cargo ou o poder do Chefe de Estado). O governo central afirmou que a nova lei só entraria em efeito após as próximas
eleições presidenciais marcadas para 2014. O novo artigo 88 determina que o Presidente pode ser eleito por dois
mandatos consecutivos de sete anos cada, sem diminuição de sua autoridade. Se reeleito, Assad poderia se garantir no
poder por mais 16 anos, no mínimo.[140] Aprovada num referendo, onde segundo dados do regime, 57% dos eleitores
compareceram e, segundo o governo, o resultado concluiu que 90% foram a favor.[141][142] O regime sírio afirmou que
o resultado da votação foi "um respaldo às reformas promovidas por Assad" desde o começo da rebelião popular. A
oposição e os países ocidentais classificaram o resultado como sendo falso com objetivos de manter Assad no
poder.[143] Líderes da oposição síria acusaram a votação de ter sido fraudulenta e alegaram que ela "em absoluto não
representava o desejo do povo sírio". "A prova (desta falta de apoio) é o número de manifestações que houve ontem à
noite, o número de greves e o número de mortos que foi registrado enquanto Bashar enganava seu povo", afirmou
Rafif Jouejati, o então porta-voz da oposição.[142] Dias após a votação, o governo de Assad voltou a atacar
manifestantes e cidades em controle de opositores, matando pelo menos 144 pessoas.[144] Segundo um porta-voz da
ONU, a prioridade do governo de Assad deveria ser "por fim à violência e só nessas condições pode ter lugar um
processo político que responda às aspirações dos cidadãos". A União Europeia também reforçou o pedido de rapidez
na transição politica do país e lançou novas sanções contra a nação em resposta a escalada de violência perpetrada
pelo governo.[140]
De acordo com grupos contrários ao regime e com o observatório de direitos humanos da ONU, nenhuma das
reformas prometidas por Al-Assad foram implementadas, enquanto o governo prosseguia com a repressão
politica.[145]
Guerra
Em 1 de fevereiro, Riad al-Asaad, comandante do Exército Livre Sírio, alegou que "metade do território do país não
estava mais sob controle do regime" e que o acesso as áreas sob a mão do governo não eram mais acessíveis. Ele
também afirmou que o moral das tropas de Assad estava baixo. "É por isso que eles estão bombardeando
indiscriminadamente, matando homens, mulheres e crianças", disse ele.[164]
A onda de protestos rapidamente se espalharam pelo mundo, em especial em frente as embaixadas da Síria pelo
mundo. Após a oposição síria ter alertado que mais de 200 pessoas teriam sido mortas em um massacre em Homs em
2 de fevereiro de 2012, sírios exilados e cidadãos comuns de outras nacionalidades protestaram no Cairo, cidade do
Kuwait e em Londres.[165]
Em 12 de abril, ambos os lados, o Governo Sírio e os rebeldes armados da Oposição, entraram em um período de
cessar-fogo mediado pela ONU.[169] Apesar dos planos iniciais de por fim as hostilidades em 10 de abril, o Exército
Sírio continuou sua ofensiva em cidades controladas por opositores, em uma tentativa de ganhar mais terreno, e
acabaram por acatar o armistício apenas no dia 12.[170] Em 15 de abril, ainda havia relatos de bombardeios e combates
em Homs, e também foram reportadas várias mortes por toda a Síria, supostamente em repressões das forças do
governo contra membros da oposição, apesar das promessas de fim das hostilidades feitas pelo presidente Bashar al-
Assad. No dia 16, um grupo de observadores internacionais chegou à Síria para inspecionar como estava a situação do
país.[171]
Em 1 de maio, Hervé Ladsous, Subsecretário-Geral para Operações de Paz das Nações Unidas, disse que ambos os
lados estavam violando o acordo de cessar-fogo de 12 de abril. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que
governo e oposição deveriam cooperar com a proposta de paz.[172][173]
No dia 19 de maio, em Deir ez-Zor, explodiu uma bomba em um atentado suicida que matou 9 civis e feriu 100
gravemente. O atentado foi atribuído à Irmandade Muçulmana.[174]
Em detrimento do acordo de cessar-fogo, os combates no país se intensificaram em maio e no dia 25 desse mês mais
de 100 pessoas foram executadas no "Massacre de Houla", perpetrado durante uma ofensiva militar do governo
sírio.[175] Segundo a ONU, a maior parte das vítimas eram civis que teriam sido sumariamente executado pelas forças
de Bashar al-Assad.[176] Estes eventos acabaram por colocar a já tensa paz em risco.[177] Rupert Colville, porta-voz do
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, disse que acredita "que menos de 20 dos 108
assassinatos podem ter sido provocados por disparos de artilharia e tanques. A maioria das vítimas foram executadas
de forma sumária em dois incidentes diferentes que foram executados, segundo os moradores, por milicianos
favoráveis ao regime".[178] O governo, por sua vez, negou responsabilidade e culpou "grupos terroristas" pelo
incidente.[179] Em 29 de maio, Kofi Annan viajou até à Síria para apelar a ambos os lados e evitar o rompimento total
do cessar-fogo.[180]
Em 30 de maio, o exército rebelde sírio anunciou que eles estavam dando ao presidente Assad 48 horas para se
submeter ao plano de paz internacional e por fim a violência. "O prazo acaba na sexta, às 12h00 (hora local), e ai
estamos livres de qualquer comprometimento anterior e voltaremos a proteger e defender os civis, suas aldeias e suas
cidades", disse um porta-voz das forças militares da oposição.[181]
Em 2 de junho, 57 soldados foram mortos na Síria, o maior número de perdas sofridas pelo governo em um só dia
naquele ponto do conflito.[182] Entre 5 e 13 de junho, o Exército Sírio combateu e derrotou as milícias anti-governo na
cidade de Lataquia, onde foram usados tanques e helicópteros para liquidar as forças opositoras.[184]
Em 6 de junho de 2012, 78 civis foram mortos no chamado "massacre de Al-Qubair". De acordo com ativistas de
direitos humanos, as forças do governo começaram a bombardear o vilarejo com artilharia pesada antes que as
milícias pró-Assad, a Shabiha, avançasse.[185] Observadores da ONU tentaram entrar no vilarejo para tentar
investigar o que havia ocorrido de fato mas foram impedidos pelo governo e depois foram embora ao perceber que
havia combates pela área com vários sons de diversos tiroteios acontecendo.[186] Enquanto isso, os conflitos
avançaram até duas grandes cidades (Damasco e Alepo) que o governo alegava estar tranquila em suas mãos e que sua
população era formado por partidários que apenas queriam a manutenção da estabilidade. Em ambas as cidades,
intensos protestos de caráter mais pacífico estavam acontecendo. Lojistas da capital entraram então em greve e em
Alepo os bairros comerciais também pararam de funcionar, mas em escala menor. Isso foi interpretado por
especialistas como a indicação de que a histórica aliança nas grandes cidades entre os empresários e o governo tinha
finalmente ruído.[187]
No começo de julho de 2012, Manaf Tlass, um general de brigada da Guarda Republicana, desertou o governo, fazendo
dele o mais graduado oficial de alta patente do Exército Sírio a renunciar devido a violência. Diplomatas ocidentais
disseram que este foi o golpe mais duro contra Assad e seu círculo interno de ajudantes.[195] Nawaf al-Fares, o
embaixador sírio no Iraque, que já havia anunciado simpatia pelos movimentos opositores ainda em maio de 2011,
renunciou ao cargo e declarou fidelidade a oposição ainda em julho de 2012.[193]
Em meados de julho, os combates se espalharam pelo país de forma mais violenta. Frente a esses relatos, o Comitê da
Cruz Vermelha internacional declarou o conflito uma "guerra civil".[88] A luta em Damasco, capital do país, se
intensificou devido a uma grande ofensiva rebelde que pretendia dominar a cidade.[196]
Em 18 de julho, o ministro da defesa sírio, Dawoud Rajha, e o cunhado do presidente, o General Assef Shawkat, foram
mortos em um atentado a bomba na capital.[197][198] O chefe da inteligência do governo, Hisham Bekhityar, também
foi ferido na mesma explosão. Tanto o Exército Livre da Síria e o grupo Liwa al-Islam assumiram responsabilidade
pelos ataques.[199] Já o ministro do interior, Mohammad Ibrahim al-Shaar, também foi ferido no atentado mas seu
estado médico não foi confirmado.[200][201] Esses ataques foram os primeiros que conseguiram assassinar altos
membros do governo de Assad em 17 meses de revolta.[198] Em 19 de julho, a cidade de Alepo foi palco de intensos
combates entre forças do governo e da oposição, com ambos os lados lutando ferozmente para garantir o controle
desta que é o maior centro comercial do país.[202]
Com a recente escalada na violência, em 19 de julho, o Conselho de Segurança da ONU, pressionado por Estados
Unidos e União Europeia, votou uma resolução contra o Regime de Bashar Al-Assad. Contudo, como era esperado,
Rússia e China vetaram a resolução e qualquer subsequente sanção contra o governo sírio, evidenciando ainda mais a
divisão da comunidade internacional sobre o conflito.[203] Russos e chineses, que são os principais aliados da Síria,
justificaram o veto alegando que querem ver uma resolução mais igual e que force ambos os lados a parar com a
violência.[204] No mesmo dia, oficiais do governo iraquiano anunciaram que o Exército Livre da Síria haviam tomado
o controle de todos os quatro postos de fronteira entre a Síria e o Iraque, aumentando a preocupação do governo local
com seus cidadãos na região fugindo do conflito no país vizinho.[205] Nesse mesmo dia, por quase 40 minutos, todas
as fronteiras da Síria foram fechadas.[206] No dia 21, foi relatado que cerca de 150 combatentes islâmicos
supostamente procedentes de vários países árabes, incluindo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e
Tunísia, armados com fuzis de assalto AK-47, lança-foguetes e bombas artesanais, ocuparam um posto de fronteira
localizado entre a Síria e Turquia, segundo constatou um fotógrafo da Agence France-Presse (AFP) na região. O
governo culpou extremista da Al-Qaeda pelo incidente e relatou a presença de combatentes estrangeiros no país, o que
foi negado pela oposição.[207] Dois dias depois, a rede de televisão estatal síria mostrou imagens de cadáveres sendo
supostamente de egípcios e jordanos, e anteriormente tinha sido de supostos líbios e tunisianos.[207]
Um soldado do governo sírio em um posto de uma prisão localizada no centro de Alepo.[209] Em 29 de julho,
controle na capital Damasco, em 2012. a agência estatal SANA reportou que o governo estava no
controle do distrito de Hajar al-Aswad, na capital do país. No
mesmo dia, Assad declarou vitória e afirmou que suas tropas
controlavam inteiramente a capital, apesar de na periferia, combates esporádicos ainda podiam ser ouvidos.[210] Em
Alepo, os combates continuavam com as forças do exército sírio lançando vários contra-ataques encima dos rebeldes
armados da oposição.[211]
Em 7 de agosto, vários residentes e trabalhadores de Yandar, uma área próxima a cidade de Homs, foram
massacrados. O jornal SANA, aliada ao governo de Damasco, acusou o Exército Livre sírio pelo massacre, o que foi
negado pela oposição. O número de mortos ainda é incerto. No dia seguinte, em Alepo, rebeldes atacaram um
importante centro da polícia na cidade mas foram repelidos por militares leais a al-Assad.[212]
Em 25 de agosto, na cidade de Darayya, cerca de 400 pessoas foram mortas em um suposto ataque das forças do
governo sírio.[213][214] A milícia Shabiha, leal ao presidente Bashar al-Assad, foi a principal acusada de ter cometido
os assassinatos. Alguns civis, contudo, acusaram as forças do Exército Livre da Síria de algumas das mortes.[213][215]
Desde a intensificação do conflito para uma guerra civil e do aumento das ofensivas militares da oposição, as forças
rebeldes foram acusadas de perpetrarem abusos contra civis simpatizantes do governo e soldados que se
renderam.[215][216] Em Damasco, valas comuns contendo pelo menos 270 corpos foram encontrados na periferia da
cidade. Mais uma vez, as milícias Shabihas foram acusadas de serem os autores do massacre. Em meados de setembro,
um parente do presidente Assad, que era um oficial da Força Aérea Síria, anunciou que havia mudado de lado para a
oposição.[217] Esta foi a primeira deserção de um parente de al-Assad durante o conflito.[217]
Em 18 de setembro, forças rebeldes reportaram que estavam no controle do norte da região de Ar-Raqqah, na
fronteira entre a Síria e a Turquia. Junto com outros postos de controle em poder da oposição com aquele país e
também na fronteira com o Iraque, os rebeldes conquistaram uma importante vitória estratégica e logística,
permitindo com mais facilidade a entrada de suprimentos ao país.[218]
Em 3 de outubro de 2012, tiros de artilharia pesada vindos da Síria atingiram a cidade de Akçakale na Turquia e cinco
cidadãos daquele país foram mortos.[219] Em resposta, a Turquia bombardeou alvos militares em território sírio,
marcando a primeira intervenção estrangeira direta no conflito.[220] O governo turco recorreu a OTAN, que por sua
vez condenou a morte de civis no suposto ataque Sírio ao país vizinho.[221] Eles também pediram que o governo sírio
cesse todas as operações militares agressivas contra seus vizinhos e contra a população.[221] Esta foi a ação militar
mais violenta na fronteira durante toda a guerra civil e a primeira a provocar uma resposta letal estrangeira.[222] O
regime sírio, por sua vez, respondeu que está investigando o incidente e expressou condolências as vítimas.[223] Nesse
mesmo dia, foi registrado vários ataques suicidas em Alepo, onde uma batalha decisiva se desenrola, provocando
dezenas de mortes e deixando mais de uma centena de civis feridos.[224] O grupo Jabhat al-Nusra, ligado a Al-Qaeda,
assumiu a autoria dos ataques.[224]
Ofensivas rebeldes
Em 10 de outubro, forças rebeldes assumiram o controle de
Maarat al-Numan, um local estratégico em Idlib, que
contém estradas importantes que fazem ligação entre as
cidades de Damasco e Alepo.[225] No fim do mês, fortes
bombardeios de aviões do governo sírio forçaram o recuo
das forças rebeldes.[226] Apesar do retrocesso, pesados
combates continuam pelo distrito com o número de mortos
crescendo em ambos os lados.[227][228] Neste meio tempo,
as forças armadas da Síria iniciaram sua maior ofensiva
militar para tomar por completo a cidade de Homs, um dos Um soldado da oposição lutando nas ruas de
principais redutos da oposição.[229] A ofensiva acabou Alepo.
terminando em outro impasse estratégico com nenhum dos
lados conseguindo dar o golpe decisivo no outro.[230]
No dia 25 de outubro, o governo sírio, a pedido da ONU, propôs um fim nas operações militares entre os dias 26 e 29,
devido ao festival muçulmano do Eid al-Adha. Alguns grupos rebeldes, contudo, anunciaram que não respeitariam a
proposta. Durante as festividades, combates irromperam por toda a Síria, e as Nações Unidas denunciaram que ambos
os lados estavam violando o cessar-fogo proposto.[231][232] No dia 26 de outubro, cerca de 70 pessoas morreram em
um atentado a bomba na capital Damasco.[232] A rede de televisão do governo acusou "grupos terroristas" ligados aos
rebeldes pelo atentado, informação negada pelo Exército Livre da Síria, que está a frente da luta armada para derrubar
Bashar al-Assad.[232] Ativistas da oposição afirmaram que o carro-bomba explodiu perto de um playground infantil
construído para o feriado do Eid al-Adha, no distrito de Daf al-Shok, no sul da capital.[232] Em 31 de outubro, o
general Abdullah Mahmud al-Khalidi, um oficial da força aérea síria descrito como um dos mais hábeis aviadores do
país, foi assassinado em Damasco, no distrito de Rukn al-Din, por um grupo de opositores armados.[233]
Em 3 de novembro, numa continuação da contraofensiva rebelde em Idlib, uma base aérea e um aeroporto militar
foram atacados por opositores ao regime sírio. Prédios do governo também foram atacados em Damasco, causando a
morte de 21 soldados que faziam a segurança do local. Em Duma, próxima a capital, uma delegacia e um hospital
também foram tomados por opositores.[234] A notícia destas vitórias também vieram acompanhadas de relatos de
abuso de direitos humanos cometidos por parte da oposição.[235][236] Um vídeo divulgado na imprensa mundial
mostra uma suposta execução de soldados leais ao governo cometido por combatentes rebeldes.[234] Ao grito de "cães
shabihas de Assad", em referência aos milicianos partidários do regime do presidente Bashar al-Assad conhecidos por
cometerem diversas atrocidades contra civis, os guerrilheiros executaram vários membros das forças de segurança do
governo em uma base militar não identificada.[234] A ONU então exigiu que a denúncia fosse investigada e apelou
para que ambos os lados respeitassem as leis internacionais humanitárias.[234] Nesse meio tempo, a liderança da
oposição, reunida em Amã, capital da Jordânia, voltou a descartar qualquer proposta de paz que mantivesse o
presidente Assad no poder e exigiu a renúncia do ditador como único meio de acabar com a violência.[237] O governo,
por sua vez, em uma nota emitida por meio de um jornal estatal, anunciou que não negociará diretamente com o
Conselho Nacional Sírio, definindo-os como "um grupo de mercenários".[237]
Em 18 de novembro, as forças da oposição tomaram o controle de uma das maiores bases militares no norte da Síria, a
Base 46, nos arredores de Alepo, após semanas de intensas lutas contra as forças do governo. O general desertor,
Mohammed Ahmed al-Faj, que comandou as tropas rebeldes, saudou a tomada da base como "uma das nossas
maiores vitórias desde o começo da “revolução” para derrubar o presidente Bashar al-Assad". A oposição alegou ter
matado, pelo menos, 300 militares do governo e ter capturado outros 60 homens. Também foram apreendidos muitas
armas e veículos de combate.[241]
Em dezembro, apesar do aumento da intensidade dos ataques do governo no sul do país, os rebeldes avançaram em
diversas frentes, como na capital Damasco.[242][243] Em 16 de dezembro, a cidade de Hama foi atacada por militares
da oposição, que alegaram ter tomado boa parte da cidade e expulsado as forças do governo da região.[244] No dia 19,
um líder rebelde disse que "dois-terços da zona rural de Hama está sobre controle da oposição".[245] No dia 25 de
dezembro, tropas rebeldes tomaram, após semanas de luta, o município de Harem, na província de Idlib, na fronteira
turca. Nesse mesmo dia, o major-general Abdulaziz al-Sallal, chefe da polícia militar síria, desertou o governo. Al-
Sallal foi o oficial de mais alta patente a desertar o regime desde a deserção do também major-general Adnan Sillue,
que era chefe do departamento de armas químicas sírio.[246]
No começo de janeiro de 2013, milícias islâmicas, incluindo a Jabhat al-Nusra, tomaram a base aérea de Taftanaz, no
norte de Idlib, após semanas de luta. A base militar, uma das maiores no norte do país, era usado pelas forças do
governo como base para lançar ataques de helicópteros e entraga de suprimentos as linhas de frente na região.[247]
Ainda em janeiro, rebeldes islâmicos e militantes curdos trocaram tiros na cidade de Ras al-Ain, intensificando as
tensões étnicas na região.[248]
Guerra de atrito
No inicio de fevereiro, combates violentos continuaram a imperar no norte do país e na capital.[249] Forças rebeldes,
formadas por islamitas, tomaram a cidade de Al-Thawrah, na província de Raqqa, perto de uma das maiores usinas
hidrelétricas do país.[250][251] No dia seguinte, forças da oposição tomaram a base aérea de Jarrah, que fica a 60 km
de Alepo.[252] Em 14 de fevereiro, foi a vez da cidade de Shadadeh cair em mãos das milícias da Jabhat al-Nusra, perto
da fronteira com o Iraque.[253] O governo central sírio respondeu com pesadas ofensivas na região centro-norte da
Síria.[254] Ao menos 30 rebeldes e mais de 100 soldados do governo teriam morrido nos ataques.[254] Em 14 de
fevereiro, rebeldes anti-Assad afirmaram ter matado, em solo sírio, um alto comandante da Guarda Revolucionária
iraniana.[255] O governo de Teerã é um dos principais aliados do ditador sírio.[255]
Em 3 de março de 2013, mais de 200 pessoas (incluindo pelo menos 120 soldados e policiais das forças de segurança
do governo) foram mortos em combates no complexo de Khan al-Assal, fazendo deste um dos dias mais sangrentos da
guerra.[256] Outros 34 soldados do regime teriam sido mortos em combate no mesmo dia, de acordo com o
Observatório Sírio dos Direitos Humanos.[256] O governo respondeu assumindo o controle de várias estradas
importantes que fazem a conexão ao aeroporto internacional de Alepo.[257] A cidade de Raqqa, no nordeste do país,
até então pacifica, também passou a ser palco de intensos tiroteios entre forças contrárias e leais ao governo
Assad.[257] Em 6 de março, a cidade oficialmente caiu, fazendo de Raqqa a primeira capital de uma província na Síria
a ser inteiramente tomada pela oposição.[258] Segundo informações de locais, a população da cidade saiu as ruas e, em
êxtase, derrubaram um enorme pôster do presidente Assad e ainda derrubaram uma enorme estátua erguida em
honra de seu pai, Hafez Assad, no centro da cidade. Dois oficiais de alta patente do governo também teriam sido
capturados.[259]
No dia 8 de maio, militares sírios tomaram a estratégica cidade de Khirbet Ghazaleh na fronteira com a Jordânia.
Segundo informações, mais de mil militantes da oposição armada foram forçados à recuar da região devido a falta de
munição, o que também os levou a se retirar de outras áreas nas proximidades. A tomada desta cidade permitiu ao
governo reabrir uma rota de suprimentos para o município de Daraa.[272] No dia 19 de maio, tropas do exército sírio,
com o apoio de guerrilheiros do Hezbollah, iniciaram uma grande ofensiva contra o município de Al-Qusair, que era
uma importante base estratégica dos rebeldes, e capturaram vários vilarejos que cercam a cidade.[273] Segundo fontes
da rede de televisão árabe Al Jazeera, forças leais ao regime já tinham tomado o controle de boa parte da cidade ao
término do segundo dia de lutas.[274] No começo de junho, o governo já tinha feito progressos consideráveis em Al-
Qusair, controlando mais de dois terços da cidade e boa parte das vilas vizinhas.[275] Contudo, a batalha continuava se
arrastando enquanto forças rebeldes lutavam para manter o pouco terreno que ainda controlavam na região. A
situação humanitária naquela parte do país foi descrita pela ONU como "deplorável".[276] Entre os dias 1 e 2 de junho,
os combates se intensificaram no distrito de Hama e, após violentos tiroteios, as tropas do regime de Assad
conseguiram recapturar alguns vilarejos, de maioria alauita, na região.[277] Em 3 de junho, o exército sírio assumiu o
controle do distrito de Jobar, em Damasco, e conseguiu tomar boa parte da capital do país, encurralando os rebeldes
em quatro bairros na periferia da cidade. Essa vitória comprometeu a principal ofensiva armada da oposição contra
Damasco, que havia começado em fevereiro, sendo a terceira até aquele momento desde o início da guerra.[278]
Ainda em julho, nos distritos de Ar-Raqqah e Al-Hasakah, foram reportados combates entre militantes islâmicos e
soldados rebeldes de grupos curdos, militantes da Frente al-Nusra e do Exército Livre da Síria.[294][295] Segundo
analistas, isso é resultado do maior racha dentro da oposição entre os fundamentalistas radicais e grupos
moderados.[296] No dia 6 de agosto, islâmicos tomaram a cidade curda de Kobani em batalha contra o YPG.[297]
Em resposta ao ataque químico, os Estados Unidos, com apoio da França, do Reino Unido e de alguns outros países,
ameaçaram usar força militar contra o regime de Bashar al-Assad. Rússia, China e Irã, aliados de Damasco,
repudiaram a possibilidade de ataque a Síria.[306] Após semanas de negociações, os governos russo e americano
firmaram um acordo para pressionar o governo sírio a entregar, em um prazo de uma semana, informação sobre seu
arsenal de armas químicas. Isso, segundo o Secretário de Estado da Casa Branca, John Kerry, poderia evitar uma ação
militar americana contra a Síria.[307] Em 16 de setembro, uma investigação independente da ONU afirmou que
"inequivocamente e objetivamente, armas químicas foram utilizadas" no país, mas o relatório não apontou
necessariamente um culpado.[308]
Entre setembro e novembro de 2013, o governo de Bashar al-Assad fez consideráveis avanços nos campos de batalha.
Após um acordo feito com as potências ocidentais para destruir o arsenal químico sírio, evitando assim uma
intervenção militar estrangeira no país, as forças do regime lançaram diversas de operações militares por todo o país,
ganhando terreno em várias cidades chave e em diversas províncias, como Alepo, Homs, Daraa, Deir ez-Zor e
Lataquia. Na província de Rif Dimashq, onde a capital Damasco fica, avanços consideráveis também foram feitos. Não
contando apenas com sua superioridade bélica e numérica, Assad também contava com essencial apoio de milícias
estrangeiras, como o grupo libanês Hezbollah. A oposição, ao fim de 2013, vinha perdendo terreno, tanto nos campos
de batalha quanto no campo diplomático, devido a divisões internas cada vez maiores. Grupos seculares ou
moderados e extremistas muçulmanos chegaram a se combater por controle de algumas regiões, como na cidade de
Raqqa. Na região curda, militantes de grupos como as chamadas Unidades de Proteção Popular também vem
conquistando espaço e terreno, lutando contra forças do governo e também contra fundamentalistas radicais. A
guerra, que parecia estar em um impasse, começou, na segunda metade de 2013, a pender mais para o lado do regime
novamente. Enquanto o número de mortos aumentava consideravelmente, assim como a crise humanitária
(especialmente dos refugiados), no campo diplomático nenhum tipo de avanço parecia estar sendo feito até então para
encerrar as hostilidades.[309]
Impasse
O ano de 2013 acabou se encerrando como um dos mais
sangrentos da guerra civil, com cerca de 73 mil pessoas
(incluindo 22 mil civis) mortos, segundo o Observatório
Sírio de Direitos Humanos. O começo do ano seguinte
também seria violento. Os combates tornaram-se
particularmente mais intensos na região norte e central do
país, onde o governo sírio concentrava a maioria de suas Destruição em Alepo.
ofensivas.[310] Porém a luta para depor o regime Assad e os
conflitos sectários não se tornaram as únicas facetas da
guerra. No começo de 2014, diversas facções rebeldes, encabeçadas pelo Exército Livre da Síria, pela Frente Islâmica e
pela Jabhat al-Nusra,[311] lançaram uma ofensiva contra regiões controladas por grupos ligados a Al-Qaeda (como a
milícia Dawlat al-ʾIslāmiyya) nas regiões de Alepo e Idlib, tornando assim generalizado o conflito dentro da própria
oposição entre moderados e extremistas. Os rebeldes acusam os islamitas de brutalidade excessiva e de querer tentar
assumir o controle da rebelião, em detrimento dos outros grupos.[312]
O governo tomou proveito das disputas internas dentro das facções rebeldes e intensificaram os bombardeios aéreos
contra áreas controladas por opositores pelo país. O foco das ofensivas passaram a ser cidades estratégicas como
Alepo e, principalmente, as regiões ao sul e norte de Damasco (como a área montanhosa de Qalamun), além de manter
pressão contínua no oeste da Síria, especialmente na fronteira com o Líbano (que é uma importante rota de
suprimentos para ambos os lados). Desde o início de 2013, a estratégia do regime não era simplesmente 'retomar o
país' como um todo, mas sim assumir o controle de áreas estrategicamente mais importantes, como a região costeira,
as grandes cidades e as estradas que interligam a nação. Em 2014, embora a oposição ocupasse mais território, os
partidários do presidente Assad tinham sob seu controle as regiões com maior densidade populacional. As forças pró-
governamentais também aumentaram seus números, com apoio cada vez mais crescente de combatentes estrangeiros,
como os milicianos do movimento xiita libanês Hezbollah, assim como de xiitas iraquianos e militares iranianos. A
Rússia, principal aliada do regime, também aumentou sua ajuda enviando quantidades maiores de armas e
dinheiro.[313]
Em 2014, focando suas investidas nas grandes cidades e nas provinciais mais populosas, as tropas do regime
lançaram-se em diversas novas ofensivas nos distritos de Idlib e Lataquia, fazendo vários progressos. Já em Alepo,
apesar do aumento da violência, nenhum resultado expressivo foi alcançado por qualquer um dos dois lados. Em
Homs, onde a batalha prosseguia fazia 32 meses, as forças de Assad não conseguiam quebrar os últimos bolsões de
resistência da oposição. Então, em 2 de maio foi anunciado um cessar-fogo por ambas as partes. O governo então
permitiu que os rebeldes remanescentes (entre 1 500 e 2 000 combatentes) fossem evacuados sem serem molestados.
A retirada foi completada em 8 de maio e no mesmo dia a mídia estatal divulgou que o exército sírio controlava todo o
município. Esta vitória teve um enorme valor simbólico e estratégico para o governo. Homs é uma das principais
ligações entre a capital Damasco e a região norte da Síria, onde muitos alauítas (minoria étnica que controla a nação)
vivem.[314]
As ofensivas do Estado Islâmico continuaram em agosto, especialmente no norte da Síria. No dia 24, após intensos
combates, a base militar de Tabqa, da força aérea síria, foi tomada pelos militantes jihadistas. Pelo menos 500 pessoas
(incluindo 346 rebeldes e 170 soldados do governo) foram mortas. Com esta conquista, o EIIL impôs severas
restrições a capacidade da aviação síria de realizar ataques na região noroeste do país.[316]
Temendo o fortalecimento do Estado Islâmico (EI) e dos movimentos jihadistas na região, os Estados Unidos e cerca
de mais de dez países (incluindo Austrália, Reino Unido e Canadá) formaram uma coalizão para se opor aos
extremistas. Os americanos lançaram várias incursões aéreas e bombardeios contra posições do EIIL pelo Iraque.
Também foi aprovado mais dinheiro para armar e treinar combatentes de grupos rebeldes, ditos moderados, na Síria,
como o chamado 'Exército Livre'.[317] No dia 22 de setembro de 2014, os Estados Unidos, apoiados por várias nações
árabes, lançaram ataques aéreos e navais contra diversos alvos do EIIL dentro da Síria, marcando assim a primeira
intervenção ocidental na Síria até então. Posteriormente, nações como França e Reino Unido se juntaram aos
americanos em seus ataques em solo sírio.[318]
Em 2015, enquanto a luta contra o Estado Islâmico (EI) se arrastava em todas as frentes (contra o governo e contra os
rebeldes), beirando um impasse, a oposição no sul se reorganizou, recebendo mais ajuda externa (especialmente dos
países árabes da região). O Exército Livre da Síria, o principal grupo das facções rebeldes moderadas, lançou uma
série de ofensivas no sul contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Os ataques iniciais foram bem sucedidos, com
vitórias sendo conquistadas nos distritos de Quneitra e Daraa (tomando a estratégica cidade de Bosra), além de
avanços também terem sido reportados na fronteira com a Jordânia.[320][321] No norte, uma grande ofensiva de
militantes islamitas e de grupos seculares anti-governo foi relançada nas províncias de Hama e Idlib (conquistando o
importante município de Jisr al-Shughur).[322] O regime lançou, em março, um pesado contra-ataque nas regiões
centro-sul e, apesar dos progressos iniciais, as ofensivas desaceleraram com os rebeldes esboçando feroz resistência.
Com o apoio externo e os sucessos momentâneos no campo de batalha, esforços aumentaram para unir a oposição
síria contra o governo e contra os fundamentalistas do EI.[323] Mesmo assim, foi reportado, em meados de 2015, que
os extremistas do Estado Islâmico controlavam, naquela altura do conflito, metade do território sírio.[324]
Enquanto isso, em 14 de março de 2016, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que seu país retiraria "boa parte"
dos seus equipamentos militares da Síria, incluindo os aviões de combate.[336] A base da força aérea em Lataquia e o
porto da marinha na base de Tartus continuariam ocupados por militares russos, mas eles não tomariam mais parte
nas hostilidades, até segunda ordem, em respeito ao acordo firmado entre as potências.[337] Ainda assim, as forças
russas continuaram apoiando militarmente o governo Assad na sua ofensiva para tomar a cidade estratégica de
Tadmor, na província de Homs. A região foi tomada, junto com o sítio arqueológico de Palmira, em março de 2016
após semanas de intensos combates contra o Estado Islâmico. Assim, o contrário do que se esperava foi visto, com o
governo russo intensificando seu apoio a Bashar al-Assad e seu regime.[338] Ainda em meados de 2016, a luta contra
os extremistas se intensificava no leste, com os curdos e governo sírio avançando rumo a capital da província de
Raqqa, e no norte e também no sul com as tropas de Assad e da oposição lutando contra militantes do EI e, as vezes,
um contra o outro.[339] Ao fim de agosto, foi a vez da Turquia se envolver diretamente na guerra, enviando forças
terrestres para a fronteira e lançando ataques contra posições do Estado Islâmico e de milícias curdas na província de
Alepo, região que por anos era palco de intensos combates e estava no caos.[340]
Ao fim de 2016, após meses de pesadas ofensivas, o regime Assad, com apoio da Rússia, afirmou ter tomado a região
leste da cidade de Alepo, expulsando os rebeldes e os jihadistas de seus últimos redutos. Sem opções e enfraquecidos,
as forças da oposição remanescentes teriam batido em retirada. Os governos sírio e russo declararam a cidade
oficialmente libertada em 13 de dezembro de 2016, encerrando a batalha de quatro anos. Estima-se que mais de 100
mil pessoas, a maioria civis, foram mortos, e milhares abandonaram suas casas. Combates ainda eram reportados nas
regiões vizinhas. A conquista de Alepo, a maior cidade da Síria e outrora seu maior centro comercial, seria uma das
vitórias mais significativas da guerra para o governo sírio, com grande valor estratégico e simbólico.[341]
Ao fim de 2017, a luta contra o Estado Islâmico (EI) tomou prioridade em todas as frentes. Na província de Hama,
tropas do regime de Bashar al-Assad, apoiados pelos russos, iranianos e pelo Hezbollah, avançaram contra posições de
islamitas e opositores, reportando vários sucessos. O governo sírio também encabeçou ofensivas nas províncias de
Raqqa, Deir Zor e Homs, também conquistando vários dos seus objetivos. No nordeste da Síria, militantes árabes e
curdos (liderados pelas autoproclamadas Forças Democráticas Sírias), miraram na cidade estratégica de Raqqa. Foi
necessário cerca de cinco meses de intensas batalhas e milhares de mortos para que os jihadistas do EI fossem
expulsos. Apesar de ainda haver focos de resistência na região, a liderança militar curda havia proclamado, em 17 de
outubro, a retomada de Raqqa, simbolizando mais uma grande derrota imposta ao Estado Islâmico.[344] Um mês mais
tarde, em Deir Zor, os militantes do EI sofreram outra importante derrota, ao perder o controle da estratégica cidade
de Abu Camal, no leste, para as tropas do governo Assad.[345]
No começo de 2018, enquanto o governo sírio lançava suas ofensivas finais para limpar a província de Deir Zor da
presença dos militantes islamitas, a tensão na fronteira norte cresceu exponencialmente, com o foco do conflito
voltando a ser a luta de poder pelo país e a guerra por procuração levada a frente pelos países da região. A Turquia, em
particular, preocupava-se com o crescimento do poder das Forças Democráticas Sírias, encabeçadas pelos curdos, que
libertava o norte da Síria da presença do Estado Islâmico, mas também ocupava áreas chave na fronteira turca. Em
meados de janeiro de 2018, a força aérea turca bombardeou milícias curdas na cidade de Afrîn, no norte da província
de Alepo. No dia 20, tropas turcas cruzaram a fronteira e invadiram o território sírio, capturando vários vilarejos. As
Potências Ocidentais e a Rússia pediram cautela e apontaram a escalada da violência na região por parte dos turcos
como "perigosa". O governo sírio condenou a investida militar da Turquia contra seu país. Violentos combates
irromperam nos dias seguintes pela fronteira síria-turca, deixando centenas de mortos.[352][353] Segundo o
Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, Afrîn foi tomada por forças turcas em março,
marcando uma importante vitória da intervenção militar feita pelo governo turco na Síria.[354]
Envolvimento estrangeiro
O conflito sírio é interpretado como parte de uma "guerra
por procuração" entre Estados sunitas, como a Arábia
Saudita, Turquia e Catar, apoiando a oposição de maioria
sunita, e outros países como Irã e o movimento político
xiita do Hezbollah no Líbano, que apoiam o governo alauita
sírio.[362][363]
Apoio a oposição
O governo da Turquia é o que fornece maior apoio direto
aos dissidentes sírios, sendo uma grande porcentagem dos
Mapa dos países ao redor do território sírio com
mais de 2 milhões de refugiados gerados pelo conflito
envolvimento militar no conflito.
encontraram refúgio no território turco.[364] Muitos
Síria
opositores sírios usaram a cidade de Istambul como centro
Países que apoiam os rebeldes
para comandar a luta pela mudança de regime no seu
Países que apoiam o governo sírio
país,[365] e a Turquia também refugiou o líder do Exército
Países que têm grupos que apoiam os
Livre da Síria, o coronel Riad al-Asaad.[366]
rebeldes com forças militares
O principal apoio material e financeiro dispensado à
oposição vem de Estados sunitas no Oriente Médio, principalmente o Catar, a Turquia e a Arábia Saudita, que
enviavam enormes quantidades de armas, munição e outros mantimentos aos rebeldes. Nenhum desses países,
contudo, chegou a enviar tropas terrestres para lutar na Síria, apesar de alguns conflitos bélicos na fronteira
turca.[367] Militantes islâmicos jihadistas, vários ligados a al-Qaeda, vindos de diversos países (normalmente de
maioria sunita), também foram a Síria para lutar pela oposição.[368][369]
No ocidente, boa parte do apoio à oposição vinha, principalmente, dos Estados Unidos, da França e do Reino
Unido.[370][371][372][373]
Em 11 de novembro de 2012, em meio a escalada de violência, em Doha, o chamado Conselho Nacional e outros
grupos de oposição se juntaram para formar a "Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias",
unificando assim a maioria dos grupos anti-Assad.[374][375] Nos dias que se passaram, muitos Estados árabes do golfo
e várias potências ocidentais reconheceram a nova coalizão
como legítimos representantes do povo sírio.[95] Entre os
delegados que compõem o novo conselho, estão mulheres e
representantes de minorias étnicas e religiosas, como os
alauitas. Já o conselho militar é formado por lideranças do
Exército Livre da Síria.[376] Em 25 de março de 2013, a
Coalizão Nacional Síria ganhou oficialmente um assento no
plenário da Liga Árabe, organização que apoia os rebeldes Lideranças da chamada Coalizão Nacional Síria da
sírios desde o início do conflito. A medida seria uma forma Oposição e das Forças Revolucionárias se
de legitimar, perante a comunidade internacional, a posição reunindo em Doha, no Qatar, em novembro de
da Coalizão de Oposição.[377] 2012.
Em julho de 2015, contudo, os Estados Unidos (apoiados por parceiros regionais do Golfo) começaram um projeto
para armar e treinar membros de facções consideradas moderadas da oposição síria. O objetivo deste programa de
apoio era preparar os rebeldes para enfrentar o avanço do Estado Islâmico em território sírio. A eficiência deste plano,
porém, foi muito questionada.[379]
Em 19 de julho de 2017, foi reportado que o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia decidido
interromper todos os programas de treinamento e apoio em termos de armas a grupos rebeldes anti-governo na Síria,
algo muito requisitado pela Rússia, uma importante aliada do regime Assad.[380]
A Rússia é a maior aliada do regime sírio no conflito. Em janeiro de 2012, a Human Rights Watch criticou o governo
russo por "repetir os mesmos erros dos países ocidentais" ao apoiar "disfarçadamente" o lado que simpatiza.[385] Um
dos principais interesses da Rússia no conflito é a manutenção da base naval no porto de Tartus, que Moscou
considera essencial para a manutenção da influência do país no mediterrâneo.[386][387] Em apoio ao regime sírio, o
governo russo teria enviado enormes quantidades de armas pequenas e pesadas e até helicópteros de combate para
suprir as forças do ditador Bashar al-Assad. Os russos também dariam apoio técnico, logístico e financeiro ao
regime.[388]
Em setembro de 2015, foi reportado que as forças armadas russas estavam montando uma base militar na Síria, com
pessoal e equipamento (incluindo veículos blindados e aeronaves), com o propósito de melhor apoiar e até lutar ao
lado das forças do presidente Bashar al-Assad. Esta foi a primeira vez que havia sido confirmado a presença de
militares da Rússia na frente de combate síria. O objetivo desta tropa seria apoiar o governo sírio na luta contra os
militantes Estado Islâmico e da oposição, que vinham ganhando terreno até aquele momento.[11] Somente nos
primeiros seis meses da campanha aérea e naval, mais de 4 500 pessoas morreram (a maioria combatentes
islamitas).[389]
Reações internacionais
Em 23 de janeiro de 2012, a Síria anunciou que rejeitava proposta da Liga
Árabe para que Al-Assad se afaste do cargo e que seja criado um governo
de unidade nacional dentro de dois meses.[390] No dia seguinte, um
ministro sírio chama o relatório referente ao documento emitido, no qual
a Liga Árabe pediu a renúncia do presidente Bashar al-Assad, de
"conspiração".[391] No relatório, feito entre 24 de dezembro de 2011 a 18
de janeiro de 2012 foi reportado que "não há nenhum tipo de repressão
Soldados norte-americanos fazem a letal organizada pelo governo sírio contra manifestantes pacíficos". Em
instalação de uma bateria de mísseis vez disso, o relatório denuncia as muitas gangues armadas como
Patriot perto de Gaziantep, na responsáveis pela morte de centenas de civis e de mais de mil soldados do
Turquia, em fevereiro de 2013.
exército sírio, em atentados organizados e letais (explosões de ônibus de
transporte de civis, ataques a bomba contra trens carregados de óleo
diesel, ataques a bomba contra ônibus de transporte de policiais e ataques a bomba contra pontes e oleodutos).[392]
Esta conclusão foi amplamente criticada dentro e fora do mundo árabe. O Conselho Nacional sírio considerou o
relatório sobre o trabalho dos observadores como "um passo atrás nos esforços da Liga e não reflete a realidade vista
pelos observadores no terreno".[393] Segundo o governo sírio, os ataques no país são cometidos por
terroristas.[394][395] Porém, observadores internacionais e analistas voltaram a denunciar a matança indiscriminada
de civis por parte das forças do governo.[396]
Um dos principais apoios a Síria veio da Rússia. Segundo Mikhail Bogdanov, vice-ministro das Relações Exteriores, "o
país, em contraste com os nossos parceiros ocidentais e árabes não vamos impor quaisquer sanções unilaterais, o que
pode afetar adversamente a situação social e humanitária na Síria. (...) Nós não vamos estar envolvidos, no entanto,
vamos continuar a desenvolver os laços econômicos com a Síria, incluindo no domínio do fornecimento de petróleo e
outras necessidades essenciais".[407] O porta voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexander Lukashevich,
contestou as informações que são obtidas pelo "Observatório sírio de Direitos Humanos" e classificou as informações
como "não confiáveis" e "tendenciosas".[408]
Também em apoio ao governo sírio, a China acusou os países ocidentais de instigarem uma guerra civil na Síria. Pouco
depois, dois navios de guerra iranianos aportaram na base naval de Tartus para uma missão de "formação" da
marinha síria, mas eles posteriormente retornaram ao seu país de origem sem completar sua missão, de acordo com a
cadeia de televisão iraniana Irinn, país aliado ao regime de Assad.[409][410]
No dia 9 de janeiro de 2013, o governo brasileiro retirou o seu embaixador da Síria em protesto contra o regime
sírio.[411] No dia 16 de junho do mesmo ano, o governo egípcio, então sob a gestão de Mohamed Morsi, também
rompeu relações com o país.[412]
Referências
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10. «Iranian Forces on the Golan?» (http://jcpa.org/iranian-forces-on-the-golan/). JCPA.org. Consultado em 14 de
agosto de 2013.
11. Referências:
Ver também
Lista de grupos armados na Guerra Civil Síria
Ligações externas
SANA.SY (http://www.sana.sy/en/) (em inglês) SANA, Agência estatal de notícias da Síria
Site (http://www.etilaf.org/en/) (em inglês) do Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias
Observatório Sírio de Direitos Humanos (http://syriahr.com/en/) (em inglês)
Cobertura do conflito pela ONU (http://www.onu.org.br/siria/) (em português)
Bibliografia
Cartalucci, Tony; Nile Bowie (2012). «Gateway to WW III» (https://docs.google.com/file/d/0Bzf5hXPESLSdbTd0V
2dIY3hvVGM/edit?pli=1). War on Syria (https://docs.google.com/file/d/0Bzf5hXPESLSdbTd0V2dIY3hvVGM/edit?
pli=1) (em inglês). 1 Primeira ed. Estados Unidos: [s.n.] 118 páginas. 666. Consultado em 2 de julho de 2013.
Van Dam, Nikolaos. The Struggle for Power in Syria: Politics and Society under Assad and the Ba'ath Party (http:/
/www.themontrealreview.com/2009/The-struggle-for-power-in-Syria-Nikolaos-van-Dam.php). [S.l.]: I. B. Tauris.
ISBN 1-84885-760-8. Consultado em 15 de julho de 2011.
Ver também
Grande Revolta Síria (1925–1927)
Revolta islâmica na Síria (1976–1982)
Ofensivas de Rif Dimashq
Conflito no Curdistão sírio (2012–presente)
Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias
Primavera Árabe
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