Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
editorial
matada? olhar com mais atenção à sua volta e não descuidar do bolso, por-
que os gatunos oficiais, já refeitos do susto de junho, seguem a sub-
trair a recém-desperta pátria-mãe com suas tenebrosas transações.
De fato, só um tênis atirado contra o prof. Uólston (!?), vereador
FAZ QUASE SEIS meses que Hu- do PMDB que preside a Câmara do Rio, é pouco para o cinismo da
go Chávez morreu. Mas nosso coti- bancada, fiel guardiã dos interesses dos magnatas dos ônibus (Ja-
diano de luta contra a exploração e cob Barata & Cia.) ao longo de décadas. Imaginem, então, quantas
a opressão é tão intenso que este fa- sapatadas mereceriam outros próceres desta buliçosa República...
to aparenta ter ocorrido há muito Comecemos pelo “painho” Jacques Wagner, na Bahia. Legíti-
tempo. mo herdeiro da cultura patriarcal nordestina, o governador não he-
A morte de Chávez foi um fato po- sitou em justificar o atraso na entrega do metrô de Salvador (em
lítico. Analisemos duas questões: obras há 13 anos, mas que só ficará pronto em setembro de 2014)
Por que Hugo Chávez incomoda- com a seguinte pérola: “O pessoal fica com certa demagogia... O tu-
va tanto? E por que, após sua mor- rista não vai andar de metrô. Turista tem grana, vai ficar no hotel,
te, a Venezuela deixa de aparecer vai pegar sua van, que vai levar direto para o estádio pelo corredor
nos principais meios midiáticos bra- exclusivo”.
sileiros? Mais que distorcer a realidade europeia (onde trens e metrô são
Chávez como agitador-propagan- meios de transporte triviais para qualquer cidadão de classe mé-
dista revolucionário dia), a declaração de “ioiô” Wagner revela-nos a atitude da ca-
O perfil de líder de Chávez e seu sa-grande diante do interesse público. Quem despreza o metrô e
papel de difusor tanto das maze- o transporte de massa não é o turista, mas a elite tupiniquim, que
las do imperialismo sobre o territó- prefere voar de helicóptero e jatinho (da FAB, claro, e sem pagar
rio latino, quanto das potencialida- passagem) a investir no transporte de massa. Quantas sapatadas
des de um bloco contra-hegemôni- esse cabra pede?
co desde o sul, estava atrelado: a) ao
peso dos recursos naturais estratégi-
cos que pertencem aos países latino-
americanos sem os quais a hegemo-
O ódio da(de) classe aos cubanos eu
nia norte-americana é visivelmen-
te fragilizada, senão destruída; b) ao
Para nós, povo tória constitucional sobre o raivo-
so rival de direita, após a morte de
entendo. O que me assusta é uma
peso da retomada de processos revo-
lucionários no horizonte latino, ten-
latino, Chávez Chávez. Isto implica, para dentro do
país, um trabalho intenso na defe-
entidade organizar uma campanha
do como ponto de partida a experi- está mais vivo do sa do projeto e no ataque à voracida- para fraudar um projeto destinado a
ência cubana, a relação direta com de do capital (inter)nacional em re-
os lideres cubanos e as necessárias que nunca nas tomar seu poderio e, para fora, a ne- suprir uma demanda básica do povo
táticas de reforma nacional que for- cessidade de contar com fortes alia-
talecem a construção de outro mo- lutas populares da dos na continuidade de seu projeto
delo de desenvolvimento. bolivariano.
Para fazer frente a dito desafio América Latina. A morte de Chávez abriu, no norte, O futebol, aliás, continua a ser um dos maiores bastiões do atra-
continental, Chávez, e seu gênio in- a retomada de sua estratégia de ven- so nacional, só comparável, por certo, em conservadorismo, ao la-
domável anti-imperialista, retomou Nossos povos estão cer simbolicamente a contraofensiva tifúndio secular que pautou a evolução capitalista do país. Vejam
o papel do Estado sobre dois gran- bolivariana a partir da invisibilidade que, apesar do clamor das ruas, J. Marin segue inabalável à frente
des monopólios nacionais: o petró- nas ruas. E com anunciada. Invisibilizar é um meca- da CBF, ditando os rumos de sua sucessão em 2014, enquanto o fi-
leo e os meios de comunicação. Am- nismo estratégico e violento de dizer nado Ricardo Teixeira regressa do exílio em Miami para tratar-se
bos abriram uma fenda direta de eles se levantam que o outro não existe, ainda quan- de grave doença na terrinha. Como é possível que Teixeira, Have-
ataque à ofensiva dos EUA sobre o do esteja visivelmente presente. É a lange e Marin escapem ilesos dos tênis voadores?
controle dos recursos e do território as bandeiras, forma sutil de um gesto tão brutal e A reação, porém, não é privilégio de “caciques” como Renan Ca-
venezuelano. violento quanto a visibilidade do ini- lheiros e Sarney. Ela também assola nossas corporações profissio-
Através da agitação e propagan- os exemplos e migo como criminoso por parte do nais, como demonstra o Conselho Federal de Medicina, avalizado
da, Chávez apresentou a indissociá- capital. por tucanos e democratas, em sua investida raivosa contra o pro-
vel relação entre a economia e a polí- a continuidade A morte de Chávez é projetada pe- grama “Mais Médicos” (iniciativa do governo para suprir a carên-
tica dos EUA. Os monopólios do pe-
tróleo e da comunicação sob o domí- da luta anti- los EUA e seus aliados, como a mor-
te do comunismo. Portanto é mor-
cia de pessoal na Saúde) e, sobretudo, a vinda de doutores cubanos
ao Brasil – que só tem 1,9 médico por mil habitantes (em Cuba, se-
nio americano operavam, no interior
da nação e em todo o continente, co- imperialista pelo te matada tanto no caráter crimino-
so da invisibilidade da Venezuela,
gundo a OMS, há 6,7) e exibe taxas ainda bem altas de mortalida-
de infantil (a da ilha é de 4,76 por mil nascidos vivos, inferior até à
mo o jeito de ser e fazer dos EUA so-
bre o continente. projeto popular quanto no histórico processo dos ho-
micídios culposos e dolosos decor-
dos EUA, que é 5,9) nas regiões Norte e Nordeste.
Não me estendo sobre o mote, pois morei três anos em Cuba e
Foi através do perfil popular, edu- rentes de a ação imperialista sobre o conheço de perto o seu serviço de saúde, seja a bem-sucedida ex-
cado nas forças armadas na ideia território latino. periência do médico de família ou o atendimento simples e decente
de defesa da Pátria, mas que tomou Para nós, povo latino, Chávez está dos hospitais (onde passei até por uma inusitada lavagem estoma-
partido pelos princípios bolivaria- mais vivo do que nunca nas lutas po- cal em 2000). O ódio da(de) classe aos cubanos eu entendo. O que
nos, que Chávez entrou ao mesmo por isto mesmo um arquiteto do so- pulares da América Latina. Nossos me assusta é uma entidade organizar uma campanha para fraudar
tempo pela porta da frente da casa nho bolivariano na integração dos povos estão nas ruas. E com eles se um projeto destinado a suprir uma demanda básica do povo, en-
dos lutadores sociais e teve, na com- povos latinos ante o processo de re- levantam as bandeiras, os exemplos quanto sua causa maior (a lógica mercantil da Medicina) não é su-
panhia do nosso líder Fidel, a opor- estruturação para a integração dos e a continuidade da luta anti-impe- perada. Afinal, quantos scarpins merecem os nossos doutores?
tunidade de reaprender a utilizar su- mercados do capital. rialista pelo projeto popular.
as estratégias e táticas de guerra em A morte de Chávez e o imperialis- Luiz Ricardo Leitão é escritor e professor associado da UERJ.
prol do povo latino-americano. mo dos EUA Roberta Traspadini é economista, Doutor em Estudos Literários pela Universidade de La Habana, é
Chávez foi um incondicional agita- O povo bolivariano conseguiu, educadora popular e integrante da autor de Noel Rosa – Poeta da Vila, Cronista do Brasil e de
dor e propagandista da revolução e com sua força lutadora, manter a vi- organização Consulta Popular. Lima Barreto – o rebelde imprescindível.
Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Eduardo Sales de Lima, Marcelo Netto • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti •
Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo (Rio de Janeiro – RJ) •
Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP),
Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) •
Ilustradores: Latuff, Márcio Baraldi, Maringoni • Editora de Arte – Pré-Impressão: Helena Sant’Ana • Revisão: Marina Tavares Ferreira• Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração:
Valdinei Arthur Siqueira • Programação: Equipe de sistemas • Assinaturas: Francisco Szermeta • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 4301-9590 –
São Paulo/SP – redacao@brasildefato.com.br • Gráfica: S.A. O Estado de S. Paulo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins,
Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos
Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou assinaturas@brasildefato.com.br • Para anunciar: (11) 2131-0800
de 29 de agosto a 4 de setembro de 2013 3
Ensino superior
e mercadoria
AO QUE TUDO INDICA, o governo brasileiro realmente fez
uma opção clara pelo reforço da tendência de mercantili-
zação dos serviços públicos em nosso país. Algumas opera-
ções empresariais realizadas ao longo dos últimos tempos
só vêm confirmar tal movimento. Grandes conglomerados
financeiros apostam nos setores da saúde e da educação su-
perior como espaços econômicos para assegurar uma eleva-
da taxa de rentabilidade do seu capital aqui investido.
O discurso oficial se fundamenta na suposta carência de
recursos do Estado para implementar as políticas públicas
em geral, e nas áreas sociais em particular. No entanto, a
realidade é que a transformação dos serviços públicos em
áreas propícias à acumulação de capital conta com o bene-
fício e a generosidade dos cofres governamentais, para ga-
rantir o lucro privado.
No caso das faculdades, trata-se do programas como
ProUni ou o FIES, que proporcionam as bolsas de estudos
com recursos do Tesouro Nacional ou empréstimos a juros
subsidiados dirigidos aos alunos. Com isso, a receita das
universidades-empresas é assegurada, sem risco algum. No
caso das atividades empresariais do setor saúde, os recursos
surgem por meio das isenções tributárias para as despesas
médicas, hospitalares e laboratoriais.
A novidade mais recente, porém, tem sido o apetite de-
monstrado também pelo capital estrangeiro para inves-
tir em tais setores. Em outubro passado, houve um negó-
cio bilionário na área da saúde, quando o tradicional gru-
po brasileiro Amil foi vendido ao gigante norte-americano
United Health por R$ 10 bilhões. Em abril desse ano, hou-
ve o anúncio da fusão dos grupos universitários Anhangue-
ra e Kroton, criando o maior gigante do ensino superior pri-
vado do mundo – um negócio que cria um conglomerado
avaliado em cerca de US$ 12 bilhões. Na base de tal associa-
ção, fundos de investidores internacionais se fazem presen-
tes com suporte financeiro.
Beto Almeida
Ensino superior não poderia nunca
Mais Médicos, mais integração ser encarado como mercadoria.
Universidade não deve jamais
A CHEGADA DOS PRIMEIROS médicos cubanos, dos 4 Também devemos avançar na integração informativo-
mil que virão, representa um argumento eloquente para cultural. Fez muito bem Lula em criar a UNILA e a UNI- se converter em espaço para
a necessidade de acelerar a integração da América Lati- LAB. Mas, da mesma forma que ele nos convoca a criar
na, em benefício dos povos. nossa própria mídia, convocamos sua participação pa- reprodução ampliada do capital
A primeira constatação é que nada justifica esta demo- ra, finalmente, o Brasil conectar-se à Telesur, pela qual o
ra, a medida já poderia ter sido tomada há anos, tal co- povo brasileiro saberia que cerca de 3,5 milhões de cida-
mo fez Hugo Chávez, convocando 23 mil médicos de dãos latino-americanos já foram salvos da cegueira pelas
Cuba. Eles reduziram a mortalidade infantil na Vene- cirurgias realizadas por médicos cubanos, na Operación A operação mais recente foi a venda do grupo brasileiro
zuela: é a mais baixa da América do Sul. Afinal, existem Milagro. Isso nunca foi divulgado pela TV Brasil. de ensino superior FMU (e suas afiliadas) para o conglome-
70 mil engenheiros trabalhando no Brasil. E nenhuma Ante os insultos grosseiros que as representações mé- rado norte-americano Laureate. O negócio foi avaliado em
gritaria. É para levar riquezas. Quando se trata de sal- dicas e a mídia teleguiada pelas transnacionais farma- R$ 1 bilhão e os novos dirigentes declararam sua intenção
var vidas, acendem-se as fogueiras do inferno da nova cêuticas lançaram contra profissionais cubanos e contra de triplicar o número de vagas até 2016. A estratégia impli-
inquisição... Cuba, a resposta que os movimentos progressistas, os ca mudar o foco de sua clientela, passando a priorizar as no-
Há anos, arrasta-se um projeto piloto do MEC, de al- sindicatos, a UNE devem dar é qualificar o debate demo- vas camadas de população (segmentos de renda C e D) co-
fabetização, com cubanos, mas, inexplicavelmente, em crático em torno da integração, priorizá-lo e, convocar a mo o futuro de seus matriculados. Tal caminho só se torna-
apenas três cidades do nordeste brasileiro. Será que não TV Brasil a informar sobre a nobre história da medicina rá viável caso conte com a garantia de receita derivada de
se sabe, pela Unesco , que o método de alfabetização cubana e sua função libertadora, humanitária, solidária programas assentados em recursos públicos, a exemplo da
cubano tem eficiência comprovada em vários países? no mundo! Cuba comparte seus modestos recursos com expansão das bolsas de estudos do MEC e dos programas
Venezuela, Equador e Bolívia erradicaram o analfabetis- os povos. Deveria estar sendo indenizada, jamais insul- de financiamento das mensalidades oferecidos pelo gover-
mo em 1 ano. O que espera o MEC? tada por sua generosidade! no federal.
A inexistência de limitações para a participação do capi-
tal estrangeiro na saúde e na educação evidencia a preca-
Silvio Mieli riedade com que a ação privada em áreas tão sensíveis e es-
tratégicas é tratada pelo governo. No caso da saúde, inclusi-
ve, a operação foi mais complexa e arriscada, pois a lei pro-
fatos em foco
da Redação
Grupos promovem violência e cidade. Comerciantes também não podem análise que podem ser divulgados a qualquer
incendeiam casas Tupinambá vender aos indígenas. Quem desrespeitou momento e que trazem informações estraté-
Enquanto a Portaria Declaratória da Terra teve o estabelecimento destruído. Moradores gicas sobre a política e o comércio do Brasil.
Indígena Tupinambá de Olivença, extremo ligados aos Tupinambá foram agredidos.
sul da Bahia, segue sobre a mesa do minis- Sanção contra Norte Energia por
tro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sem Instalada no Senado Federal a não cumprir condicionante
publicação há mais de um ano, o município CPI da Espionagem A Fundação Nacional do Índio (Funai)
de Buerarema, contíguo ao território tradi- Foi instalada no Senado Federal, dia 28, enviou ofício ao Instituto Brasileiro do Meio
cional, está sendo alvo de atos violentos pro- a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Ambiente (Ibama) comunicando que a Nor-
movidos por grupos ligados aos invasores da Espionagem. O objetivo é investigar a te Energia SA se recusa a cumprir uma das
da terra indígena. Entre o dia 23 e o final de denúncia de que o governo estadunidense condicionantes indígenas de Belo Monte,
semana (24 e 25), indígenas foram roubados monitorou milhões de e-mails e telefonemas prejudicando a comunidade dos índios Ju-
enquanto se dirigiam à feira e oito casas de brasileiros. O Brasil seria um dos países runa do KM 17, uma das mais impactadas
foram queimadas. O atendimento à saúde mais vigiados, segundo o jornalista Glenn pelas obras da usina. O ofício foi enviado
indígena está suspenso. No dia 24, oito casas Greenwald, que falou à Comissão de Rela- no dia 21 de agosto ao presidente do Ibama,
identificadas como moradias de Tupinambá ções Exteriores e Defesa Nacional (CRE) no Volney Zanardi, assinado pela presidente
foram incendiadas, em Buerarema, sob o início de agosto. Ele foi o responsável por da Funai, Maria Augusta Assirati. A comu-
olhar passivo da polícia. Os imóveis esta- expor os programas secretos dos Estados nicação de descumprimento atende uma
vam desocupados no momento dos ataques. Unidos para a interceptação de dados vaza- recomendação do Ministério Público Federal
Móveis foram lançados à rua e queimados, dos pelo ex-técnico da agência de segurança e pede que a empresa sofra as sanções pre-
eletrodomésticos saqueados e a orientação americana (NSA), Edward Snowden. Segun- vistas na legislação, de multa à suspensão da
é para nenhum Tupinambá circular pela do o jornalista, ainda há documentos em Licença de Instalação.
6 de 29 de agosto a 4 de setembro de 2013 brasil
espaço sindical
O que a Veja não vai dizer Servidores municipais de
da Redação
Marina Schneider
do Rio de Janeiro (RJ)
Simone Freire
da Redação
Rogério Daflon
do Rio de Janeiro (RJ)
OPINIÃO
impressas em filmes
Além de Repare bem, veira e mostra retrospectiva, incluindo
seus principais filmes como atriz e di-
outros filmes ligados à retora. Repare bem ganhará, então, sua
ação dos que defendem pré-estreia cearense.
A atriz Ana Petta, que produziu o do-
a busca da verdade cumentário e dá voz a trechos dos diá-
rios de Encarnación, mãe de Denise e
e a condenação dos avó de Eduarda, é responsável pelo con-
vite à Maria, para que dirigisse o filme. É
torturadores já foram responsável, também, pelo nome Repa-
produzidos re bem.
Em Gramado, Petta, filha de militantes
Denise Crispim, esposa de Eduardo Leite, o “Bacuri” (na foto abaixo), torturado e morto pela ditadura políticos e companheira do ex-ministro
dos Esportes, Orlando Silva, falou de seu
de São Paulo (SP)
Divulgação
Aldo Gama
PALAVRAS CRUZADAS
Horizontais: 1.Setor da sociedade que acaba de ter aprovado um estatuto próprio que 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
estabelece seus direitos – A Marcha Mundial das (?) realiza nesta semana seu primeiro 1
encontro internacional no Brasil. 3.Região no Pará em que a mineradora Vale aumentará
a sua exploração de minério de ferro – “é ou está”, em inglês – Canal internacional de 2
televisão a cabo que traz uma visão dos fatos sempre a favor dos interesses dos Estados
3
Unidos. 4. Como o chip do celular é chamado – Sociedade Anônima – Aqui. 5.Grupo de
apoio aos que querem manter a abstinência do álcool – Como o Ministério das Relações
4
Exteriores do Brasil é conhecido. 6. Ideia expressa por uma frase que serve de guia ou de
motivação – Sua carne, apesar de causar nojo a alguns, é bastante apreciada por outros 5
– Sua capital é Fortaleza – Considerada a maior ave brasileira. 7.Festival de cinema que
acontece anualmente na Suíça que tem como prêmio maior o Leopardo de Ouro – No 6
la politização das pessoas. Ao todo são midiático. E é para isso que precisamos
73 fotografias que mostram eleitores de fotógrafos como o Joka Madruga. Nas
votando, levando sua Constituição em imagens, você pode observar o brilho O que sentiu da população em
mãos, crianças participando de comí- no olhar daquele povo, a felicidade das relação ao fim de um ciclo que se
cios, jovens e velhos envolvidos no pro- crianças, aquele colorido, aquela festa, a esgota com a morte de Chávez e
cesso político, ao lado de grandes no- fartura nas feiras livres, quando na TV a a presidência de Maduro que se
mes, como o presidente Nicolás Madu- cobertura jornalística aparece miséria e inicia, uma vez que as últimas
ro e o argentino Diego Maradona. opressão”, finaliza Severo. Confira a en- eleições foram apertadas?
Dentre outros detalhes, a participa- trevista com o fotógrafo Joka Madruga: Chávez foi um estrategista. Ao esco-
ção e o engajamento da juventude no lher Maduro para ser seu vice, mesmo
processo bolivariano é captado pelas Brasil de Fato – Como é fazer antes da doença, sabia que precisava
lentes de Madruga. “Acima de tudo foi um trabalho fotográfico a ter alguém de confiança para dar con-
um grande fenômeno social, com am- partir da luta social, que é tinuidade ao processo bolivariano. Is-
pla participação e, ao contrário do que a sua característica como to é fato. Com a morte dele, eu imagi-
se diz, sem nenhum cerceamento a li- fotógrafo, em um país nava chegar lá e encontrar um povo ór-
berdade de nenhum dos lados. Imagine polarizado politicamente? fão. Mas não foi o que vi. Ao conversar
uma eleição sem voto obrigatório e com Joka Madruga – É prazeroso. Minha com um vendedor de camisetas, perce-
80% de participação”, destaca. formação é baseada na Teologia da Li- bi que o processo seria continuado, pois O fotógrafo Joka Madruga
14 de 29 de agosto a 4 de setembro de 2013 américa latina
ENTREVISTA
O presidente da Síria
Bashar al-Assad aponta
extremistas da Al-Qaeda
como peças-chave para
compreensão do conflito
interno no país e vê caso
do pretexto criado por
potências do Ocidente
para guerra
de Damasco (Síria)
JOGOS DE GUERRA
Assassínio com
substâncias químicas
que coloca Assad como
suspeito principal se
assemelha a outras
situações criadas para
justificar uma guerra
Achille Lollo
de Roma (Itália)