DITADURA MILITAR O GOVERNO DE MÉDICI

Em 1969, o presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral que o levou à morte. Após o
ocorrido, o civil e vice-presidente Pedro Aleixo foi impedido de assumir a Presidência, pois o alto
comando das Forças Armadas desejava que o cargo fosse ocupado por um militar. Desse modo, foi
criada uma junta militar para governar provisoriamente, e, pouco tempo depois, o general Emílio
Garrastazu Médici foi escolhido presidente.

LUTA ARMADA Em 1972, praticamente todos os grupos guerrilheiros

Série de ações promovidas por diversos
grupos de esquerda durante a ditadura. A
maioria dos grupos surgiu nas cidades, e
suas ações se concentraram em assaltos
a bancos e carros-fortes com o
objetivo de obter recursos para
comprar armas e pagar aluguéis das
propriedades onde realizavam suas
reuniões. Além dos confrontos com
membros da polícia e das Forças
Armadas, os grupos também costumavam
sequestrar importantes personalidades
políticas com o intuito de libertar presos
políticos e divulgar suas ideias à
população brasileira.
tinham sido derrotados. O fim da luta armada no
Brasil ocorreu, principalmente, pela falta de apoio
popular à causa e pela existência de grupos que não
estiveram unidos no combate ao regime militar.
A reação da ditadura ao crescimento da luta armada
foi intensificar a repressão. Em 1970 foram criados o
Destacamento de Operações e Informações e o Centro
de Operações de Defesa Interna, que agiam juntos,
coletando informações e realizando ações como
prisões, torturas, assassinatos e desaparecimentos. Sob
a influência da Doutrina de Segurança Nacional, o regime
militar usou de grande violência contra seus opositores.
Esse período ficou conhecido na história como Anos de
Chumbo.

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GUERRILHA DO ARAGUAIA
a guerrilha tinha como propósito realizar uma revolução
socialista a partir do campo, visando depois se espalhar para
os grandes centros urbanos. a ditadura mobilizou um grande
contingente das Forças Armadas para eliminar o movimento.
Foram realizadas operações com o objetivo de colher
informações e combater os guerrilheiros. Os primeiros a
serem capturados foram presos. Os demais foram mortos
nos confrontos ou executados após suas prisões.

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 DITADURA MILITAR O GOVERNO DE MÉDICI
FUNAI
Diante das denúncias de violações de
direitos humanos e dos escândalos de
corrupção, a ditadura criou, em 1967, a
Fundação Nacional do Índio (Funai).
Embora o discurso do regime militar
fosse de proteção e assistência aos
indígenas, na prática o que ocorreu foi
uma série de crimes contra essas
populações, como o extermínio de
comunidades, a exploração das riquezas
de suas terras e o trabalho análogo à
escravidão.
O governo Médici utilizou amplamente a
propaganda com o intuito de divulgar as
realizações e o projeto ideológico do regime
militar. Desse modo, era muito comum
encontrar, em cartazes e outdoors, slogans
que transmitiam a ideia de um Brasil grande,
com o objetivo de exaltar a nação. Por isso,
uma característica política do governo
Médici foi o nacionalismo ufanista.
Diante desse cenário, as lideranças de diferentes
povos se organizaram em defesa das causas indígenas.
Em 1974, foi realizado no município de Diamantino, Mato
Grosso, o primeiro encontro dessas lideranças, dando
origem, em 1980, à União das Nações Indígenas (UNI).
Essa foi a primeira organização de alcance nacional, e
seu papel foi fundamental para a conquista dos direitos
indígenas, assegurados na Constituição de 1988.
PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
Objetivo era investir em setores econômicos
estratégicos, como transportes, telecomunicações
e petroquímica. O principal propósito do plano era
impulsionar o crescimento da economia para que,
depois, fosse possível promover melhorias nas
condições de vida da população. Houve o aumento
do número de empregos e dos salários, no entanto,
essas condições não foram vividas plenamente
por toda a população brasileira. Os benefícios
econômicos acabaram se concentrando nas
classes alta e média da sociedade.

Nacionalismo Ufanista
acontece quando um político, uma cultura,
a população de um país tem orgulho
excessivo de seu país, o que normalmente
leva a medidas também exacerbadas.

Em 1970, o Brasil venceu a Copa do Mundo,

obtendo o título de tricampeão mundial. A
ditadura civil-militar associou o êxito da seleção
ao contexto político nacional. O objetivo da
propaganda do governo era convencer a
população de que a vitória brasileira na Copa
do Mundo era resultado do regime militar, que
tinha assegurado ao Brasil o fim da ameaça
comunista, o desenvolvimento do país e sua
projeção para o mundo.

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