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Garrastazu Médici foi convidado pelo general Costa e Silva, para ser Chefe do
Estado Maior, onde permaneceu durante dois anos. Já no posto de General de
Brigada passou a comandar a 4.ª Divisão de Cavalaria em Campo Grande, Mato
Grosso em 1961.
AI-5 O Sequestro
Uma das primeiras medidas do novo presidente foi incorporar o Ato A tensão política aumentou em 1969 com o sequestro do embaixador
Institucional nº 5 (AI-5) à Constituição brasileira. norte-americano Charles Burke Elbrick. Este crime é considerado o
O AI-5 suspendeu o direito de votar e ser votado nas eleições sindicais, primeiro rapto com fins políticos no País.
restringiu o direito de realizar atividades políticas - bem como Os responsáveis eram integrantes do MR8 (Movimento Revolucionário
manifestações - e instituía a liberdade vigiada para os cidadãos. 8 de Outubro), antiga DI-GB (Dissidência Universitária da Guanabara),
A censura e a repressão política foram comuns durante o governo de em conjunto com a ALN (Ação Libertadora Nacional).
Médici, marcado pelas guerrilhas rurais, em Ribeira (SP) e a Guerrilha O objetivo era trocar o embaixador por 15 presos políticos e divulgar
do Araguaia (PA). um manifesto contrário ao crescimento da repressão e cerceamento
Na região urbana, a reação ao regime militar era verificada pelo da liberdade no Brasil pelo regime militar.
aumento do número de assaltos a bancos e sequestro de aviões. Em resposta à atividade revolucionária, o governo aumentou as ações
repressivas e foi registrado o maior número de mortes da ditadura.
Curiosamente, o Congresso permaneceu aberto e nenhum político
teve seu mandato cassado.
O Milagre econômico
Durante o governo Médici foi criado o Plano Nacional de Desenvolvimento. Foram atingidos altos
índices de crescimento econômico. Foi a época do chamado “milagre” brasileiro.
O principal ideólogo do “milagre” foi o economista Antônio Delfim Neto, ministro da Fazenda
desde o governo Costa e Silva. O milagre deveu-se ao ingresso maciço de capitais estrangeiros, 7%-13%
atraídos pela estabilidade política promovida pelos governos militares.
A expansão econômica foi espetacular, com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) mantendo-se elevada a cada ano. Campanhas oficiais incentivavam o povo, criando slogans
como: “Ninguém mais segura este país”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Pra frente, Brasil”.
A própria conquista do tricampeonato mundial de futebol no México, em 1970, colaborou para
criar um clima de quase euforia e reforçar a imagem positiva do país junto ao discurso oficial.
O governo investiu em grandes projetos, foi assinado o acordo com o Paraguai para construção
da Hidrelétrica Itaipu Binacional, foi construída a ponte Rio-Niterói, iniciada no governo anterior, a
rodovia Santarém-Cuiabá e estimulou-se a exploração econômica da Amazônia e da Região
Centro-Oeste.
O petróleo, comprado a preços baixos dos países exportadores na época, impulsionava ainda
mais a economia nacional. Regiões pouco conhecidas e habitadas do país, como a Amazônia e o
Centro-Oeste, receberam estímulo governamental para serem exploradas economicamente
O Fim da Prosperidade
O governo Médici se vangloriava do "milagre econômico", apontando-o como
uma conquista do regime militar. Porém, a fase de prosperidade da
economia brasileira tinha muito mais causas externas (internacionais) do que
internas. Por isso, quando a situação da economia mundial se tornou
adversa, o "milagre" brasileiro chegou ao fim.
O "milagre econômico" teve um custo social e econômico altíssimo para o
país. A brutal concentração da renda impediu que as camadas populares
melhorassem sua condição de vida. As desigualdades sociais e a pobreza
aumentaram neste período.
Além disso, o controle governamental dos sindicatos impediu a livre
organização dos trabalhadores e, consequentemente, a conquista de direitos
e compensações salariais. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida
externa tão elevada e custosa, que bloqueou por décadas o crescimento e
desenvolvimento sustentável do país.
Análise de Crescimento
● Combate com repressão aos movimentos populares de esquerda, que protestavam contra a
ditadura militar no Brasil. Os movimentos estudantil e sindical foram os principais alvos da
repressão do governo Médici.
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