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E.E.

B Emilia Boos Laus Schmidt


Prof:Gildenéia Sandra Bender Becker
Série:9° V Data:19/11/21
Aluno:Kauan Cella Santoro
Governo
Médici
Repressão,combates,milagres
e um pouco de tortura
01
Quem foi
Emílio Médici
Emílio Médici
Emílio Garrastazu Médici nasceu em Bagé, Rio Grande do Sul, no dia 4 de
dezembro de 1905. Com 12 anos de idade foi levado por seu avô, Anselmo
Garrastazu, para estudar no Colégio Militar de Porto Alegre.

Em 1924 ingressou na Escola Militar do Realengo, Rio de Janeiro, onde se tornou


Aspirante em 7 de Janeiro de 1927. No dia 8 de Julho de 1929,foi promovido a
Tenente, serviu no 12º Regimento de Cavalaria, em Bagé. Promovido a Major,
serviu na 3ª Divisão de Cavalaria, também em Bagé, sendo promovido a
Tenente-Coronel em 1948.

Garrastazu Médici foi convidado pelo general Costa e Silva, para ser Chefe do
Estado Maior, onde permaneceu durante dois anos. Já no posto de General de
Brigada passou a comandar a 4.ª Divisão de Cavalaria em Campo Grande, Mato
Grosso em 1961.

Garrastazu Médici foi nomeado subcomandante da Academia Militar de Agulhas


Negras. Em 1967, ocupou a Chefia do Serviço Nacional de Informações (SNI). Foi
promovido a General de Exército, e foi nomeado Comandante do III Exército, em
28 de março de 1969, em Porto Alegre.
Presidente
Emílio Médici
Em agosto de 1969, durante o regime militar, o presidente Costa e
Silva, foi acometido de um derrame cerebral que o afastou do poder,
sendo substituído por uma Junta Militar.

No dia 25 de outubro, o Congresso Nacional foi convocado para


eleger o novo presidente. O general Emílio Garrastazu Médici foi
eleito e assumiu o poder no dia 30 de outubro de 1969, com
promessas de restabelecer a democracia.

O governo Médici herdou uma crise política que se arrastava desde o


início do governo de Costa e Silva. As manifestações estudantis
pediam a queda do governo e setores radicais de oposição iniciaram a
luta armada contra o regime militar.

Formaram-se organizações clandestinas que se dedicavam à


guerrilha urbana e rural. Bancos eram assaltados e diplomatas
sequestrados, como o embaixador norte-americano no Brasil,
Charles Elbrick. Foram os anos mais duros do período militar.
AI-5 e o Sequestro

AI-5 O Sequestro
Uma das primeiras medidas do novo presidente foi incorporar o Ato A tensão política aumentou em 1969 com o sequestro do embaixador
Institucional nº 5 (AI-5) à Constituição brasileira. norte-americano Charles Burke Elbrick. Este crime é considerado o
O AI-5 suspendeu o direito de votar e ser votado nas eleições sindicais, primeiro rapto com fins políticos no País.
restringiu o direito de realizar atividades políticas - bem como Os responsáveis eram integrantes do MR8 (Movimento Revolucionário
manifestações - e instituía a liberdade vigiada para os cidadãos. 8 de Outubro), antiga DI-GB (Dissidência Universitária da Guanabara),
A censura e a repressão política foram comuns durante o governo de em conjunto com a ALN (Ação Libertadora Nacional).
Médici, marcado pelas guerrilhas rurais, em Ribeira (SP) e a Guerrilha O objetivo era trocar o embaixador por 15 presos políticos e divulgar
do Araguaia (PA). um manifesto contrário ao crescimento da repressão e cerceamento
Na região urbana, a reação ao regime militar era verificada pelo da liberdade no Brasil pelo regime militar.
aumento do número de assaltos a bancos e sequestro de aviões. Em resposta à atividade revolucionária, o governo aumentou as ações
repressivas e foi registrado o maior número de mortes da ditadura.
Curiosamente, o Congresso permaneceu aberto e nenhum político
teve seu mandato cassado.
O Milagre econômico
Durante o governo Médici foi criado o Plano Nacional de Desenvolvimento. Foram atingidos altos
índices de crescimento econômico. Foi a época do chamado “milagre” brasileiro.
O principal ideólogo do “milagre” foi o economista Antônio Delfim Neto, ministro da Fazenda
desde o governo Costa e Silva. O milagre deveu-se ao ingresso maciço de capitais estrangeiros, 7%-13%
atraídos pela estabilidade política promovida pelos governos militares.
A expansão econômica foi espetacular, com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) mantendo-se elevada a cada ano. Campanhas oficiais incentivavam o povo, criando slogans
como: “Ninguém mais segura este país”, “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “Pra frente, Brasil”.
A própria conquista do tricampeonato mundial de futebol no México, em 1970, colaborou para
criar um clima de quase euforia e reforçar a imagem positiva do país junto ao discurso oficial.
O governo investiu em grandes projetos, foi assinado o acordo com o Paraguai para construção
da Hidrelétrica Itaipu Binacional, foi construída a ponte Rio-Niterói, iniciada no governo anterior, a
rodovia Santarém-Cuiabá e estimulou-se a exploração econômica da Amazônia e da Região
Centro-Oeste.
O petróleo, comprado a preços baixos dos países exportadores na época, impulsionava ainda
mais a economia nacional. Regiões pouco conhecidas e habitadas do país, como a Amazônia e o
Centro-Oeste, receberam estímulo governamental para serem exploradas economicamente
O Fim da Prosperidade
O governo Médici se vangloriava do "milagre econômico", apontando-o como
uma conquista do regime militar. Porém, a fase de prosperidade da
economia brasileira tinha muito mais causas externas (internacionais) do que
internas. Por isso, quando a situação da economia mundial se tornou
adversa, o "milagre" brasileiro chegou ao fim.
O "milagre econômico" teve um custo social e econômico altíssimo para o
país. A brutal concentração da renda impediu que as camadas populares
melhorassem sua condição de vida. As desigualdades sociais e a pobreza
aumentaram neste período.
Além disso, o controle governamental dos sindicatos impediu a livre
organização dos trabalhadores e, consequentemente, a conquista de direitos
e compensações salariais. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida
externa tão elevada e custosa, que bloqueou por décadas o crescimento e
desenvolvimento sustentável do país.
Análise de Crescimento

23,9% 23,5% 55,8%

4,78% 7,83% 11,16%


(1962-1966) (1967-1969) (1970-1974)
Esquerda Armada
Com o Ato Institucional nº 5 (AI-5), publicado em 1968, o sistema repressivo desencadeou ações
violentas contra os opositores do regime. Os principais alvos da repressão policial-militar foram as
organizações guerrilheiras. Existiam muitas organizações armadas, mas os principais grupos que
atuaram neste período foram a Aliança Libertadora Nacional (ALN), o Movimento Revolucionário 8 de
outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PC do B) e a Vanguarda Armada Revolucionária
(VAR-Palmares).
Entre o fim da década de 1960 e início da década de 1970, as organizações guerrilheiras realizaram
ações como assaltos a bancos para conseguir recursos financeiros, sequestros de embaixadores para
serem trocados por presos políticos, atentados contra autoridades e empresários. Tinham como
objetivo derrubar a ditadura e instaurar um governo revolucionário para o estabelecimento do
socialismo no Brasil.
Porém, todas as organizações guerrilheiras urbanas foram destruídas ou completamente
desarticuladas. A maioria dos militantes dessas organizações morreu em combate com os agentes dos
órgãos de repressão. Aqueles que sobreviveram ficaram presos ou foram banidos do país. O golpe final
da ditadura contra as organizações armadas foi dado com a destruição da Guerrilha do Araguaia, que
havia sido promovida pelo PC do B.
A Tortura
Um dos aspectos mais desumanos e cruéis da repressão policial-militar
foi o emprego da tortura como método para eliminar e neutralizar
qualquer forma de oposição ao governo dos generais. Diversos
instrumentos e técnicas de castigos corporais e psicológicos faziam
parte dos métodos de ação dos agentes dos órgãos de repressão
(choques elétricos, pau-de-arara, afogamento, pancadas, queimaduras,
entre outros).
Existiam instalações e equipamentos apropriados para a tortura, além
de pessoal rigorosamente treinado para aplicá-la. Foi justamente
durante o governo Médici que foram registrados os maiores índices de
violações aos Direitos Humanos.
Os governos militares negavam a prática da tortura, mas ela era
sistematicamente utilizada como método para extrair confissões dos
acusados ou suspeitos de "subversão"
02
Conclusão e
sucessão
Características e realizações do governo Médici:
● Forte censura aos órgãos de imprensa.

● Combate com repressão aos movimentos populares de esquerda, que protestavam contra a
ditadura militar no Brasil. Os movimentos estudantil e sindical foram os principais alvos da
repressão do governo Médici.

● Combate à guerrilha urbana e rural utilizando, inclusive, métodos de tortura.

● Crescimento acelerado da economia. Este período ficou conhecido como “milagre


econômico”. Foi proporcionado graças a grande entrada de investimentos estrangeiros. O
período também foi caracterizado pela estabilização da economia brasileira. O PIB (Produto
Interno Bruto) aumentou muito neste período.

● Grande desenvolvimento industrial.

● Aumento da entrada no Brasil de empresas multinacionais.

● Investimentos em grandes obras públicas, principalmente na área de infraestrutura.

● Estimulo ao patriotismo, principalmente através do aumento de gastos com propagandas


oficiais.

● Criação de empresas estatais, tais como: Embrapa, Telebrás e Infraero.


A sucessão Presidencial

A estabilidade política alcançada no governo Médici


determinou, em grande medida, que o próprio presidente
tivesse condições para indicar seu sucessor. Médici escolheu
para sucedê-lo na presidência da República, o general
Ernesto Geisel (Arena), que governou de 1974 a 1979.
Ao deixar a presidência,
Médici afastou-se da
vida pública e morreu
no Rio de Janeiro, em 9
de outubro de 1985.
Obrigado!!!

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Kauan Cella Santoro

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