CIÊNCIAS HUMANAS

E SUAS TECNOLOGIAS
Frente: Atualidades I
EAD – MEDICINA
Professor(a): Hermano Melo

AULA 11 E 12

Assunto: Conflitos no Século XXI

U.S. military or Department of Defense/Wikimedia Foundation

Resumo Teórico

Guerra ao terror
Wikimedia Foundation

Em uma das imagens mais icônicas do conflito,

uma enorme estátua do ditador iraquiano
Saddam Hussein é derrubada na praça Firdos,
no centro de Bagdá. A estátua foi posta
abaixo por civis que habitavam a região, com
Vista da Estátua da Liberdade com a fumaça proveniente apoio de militares americanos.
do colapso das Torres Gêmeas ao fundo.

Outro país que acabou sendo alvo das investidas dos Estados
O início do século XXI foi marcado pelo trágico atentado de
Unidos no combate ao terror foi o Iraque, sendo ocupado por
11 de setembro ocorrido nos Estados Unidos, deixando a opinião
uma nova coalizão militar liderada pelos norte-americanos em
pública impactada. As imagens dos dois aviões se chocando contra
abril de 2003. As justificativas apresentadas para a investida em
as torres do World Trade Center ganharam os noticiários do mundo
território iraquiano eram de que o governo de Saddam Hussein
inteiro. Ao mesmo tempo em que a sociedade americana ainda
desenvolvia e armazenava armas de destruição em massa, além
tentava entender o trágico episódio, as informações indicavam
de financiar grupos terroristas. Mesmo com o veto da ONU, tropas
que o atentado era uma ação do grupo fundamentalista sunita
norte-americanas iniciaram a guerra contra o Iraque, ocupando Bagdá
Al-Qaeda, liderada pelo árabe Osama bin Laden. Logo em seguida,
semanas depois, e em dezembro de 2003 capturaram Saddam Hussein,
o então presidente norte-americano George W. Bush declarava uma
que três anos mais tarde foi julgado e condenado por ter cometido
“guerra ao terror”, sendo o primeiro alvo da investida das tropas norte-
crimes de guerra e violação dos direitos humanos enquanto governou
americanas o Afeganistão, provável local que abrigava o líder terrorista.
de forma autoritária o país entre 1979 e 2003.
Na investida militar contra o terror, os Estados Unidos contaram
Com a queda de Saddam Hussein, foram grandes as
com o apoio de países como Grã-Bretanha, França e Canadá. Naquele
dificuldades em se formar um governo entre sunitas, ligados ao
momento, o Afeganistão era controlado politicamente pelo grupo
antigo governo, e xiitas em vantagem numérica, além da população
sunita Talibã, que, nos anos de 1980, recebeu apoio norte-americano
curda que exigia maior autonomia nas regiões que habitavam.
para combater a ocupação soviética na região. Apesar de a coalizão
O resultado foi um período marcado por instabilidade e conflitos,
militar ter conseguido derrubar o Talibã do poder, o principal alvo, bin
principalmente entre sunitas e xiitas, dificultando a formação de um
Laden, continuava sendo procurado. Outro desafio era o de conseguir
governo de unidade nacional, como defendiam os Estados Unidos.
formar um novo governo em país fragmentado por rivalidades tribais,
A situação no Iraque agravou-se a partir de 2014 com as incursões
além da resistência dos talibãs, que continuavam lutando através de
do grupo extremista sunita Estado Islâmico, que chegou a controlar
guerrilhas, chegando a controlar alguns territórios e praticando atos
alguns territórios ao Norte e Oeste do país.
terroristas, intimidando as novas lideranças políticas no país.

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 Módulo de Estudo
U.S. Navy/Wikimedia Foundation
Um soldado americano perto de um campo de petróleo
pegando fogo, em Rumaila, a 2 de abril de 2003.
Se no início da Guerra do Iraque os Estados Unidos consolidaram
sua hegemonia militar mundial, depois de quase uma década em solo
iraquiano, além das tropas que atuaram no Afeganistão, o desgaste
perante a opinião pública foi inevitável. As baixas nas tropas norte-
americanas, ações desastrosas que vitimavam civis, a constatação
que não existiam armas de destruição em massa (justificativa para a
intervenção militar), além do desrespeito ao veto da ONU, refletiram
na situação política do país. Em 2008, Barack Obama, do partido
democrata, venceu as eleições prometendo retirar gradualmente as
tropas americanas desses países do Oriente Médio.
No Iraque, os últimos soldados saíram no final de 2011, já no
Afeganistão as tropas foram mantidas para garantir a estabilidade
do governo local, que é ameaçado com constantes ações do Talibã.
A Primavera Árabe
Em meados do século XX, nações africanas e asiáticas
intensificaram suas lutas pela emancipação e formação de seus
Estados nacionais. No Oriente Médio, e em particular no mundo
árabe, a região foi fragmentada em diversos países. Após os processos
de independência, esses países adotaram regimes políticos diversos,
alguns optaram por governos nacionalistas e seculares, objetivando
reformas progressistas e modernizadoras.
Embora no contexto da Guerra Fria esses novos países
procurassem manter um posicionamento de não alinhamento
com relação aos Estados Unidos e União Soviética, isso não
significa que permaneceram isolados diante da bipolarização que
caracterizou aquele período e acabaram fazendo parte das rivalidades,
do jogo político e das relações de poder que envolviam as duas
superpotências.
Alguns governos empreenderam reformas econômicas e sociais
tentando conjugar os princípios da religião islâmica com aspectos da
ideologia socialista. Outros países como Arábia Saudita, Emirados
Árabes, Kuwait, Bahrein, Catar, Líbia e Marrocos organizaram-se em
monarquias conservadoras com governos ditatoriais contando com o
apoio dos Estados Unidos e outros países desenvolvidos do Ocidente,
interessados em garantir o fornecimento de petróleo. O apoio de
governos ocidentais a esses regimes autoritários era justificado com o
argumento de que somente regimes ditatoriais seriam capazes de deter
o avanço do fundamentalismo islâmico na região, ou seja, na visão
desses governos ocidentais, não seria possível um regime democrático
em uma sociedade islâmica.
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“Isto me lembra 1848 – outra revolução autoimpulsionada que
começou em um país e se espalhou rapidamente pelo continente”.
Eric Hobsbawm.
O século XXI se inicia com muitos desses países árabes ainda
controlados por ditadores que estão há décadas no poder. Com as
crises econômicas e a queda do preço do petróleo, as condições de
vida da maior parte da população se deterioravam e os jovens não
viam perspectivas no mercado de trabalho. Nesse cenário, começaram
a surgir manifestações em vários países árabes.
O estopim que desencadeou uma série de protestos no
mundo árabe foi a atitude de um jovem tunisiano desempregado
que passou a vender frutas na rua e teve sua mercadoria apreendida
por policiais, além de ter sofrido agressões. Sua forma de protesto
chocou a opinião pública: suicidou-se ateando fogo no próprio
corpo. Logo em seguida, milhares de tunisianos saíram às ruas para
protestar contra o governo de Ben Ali, que estava no poder havia
24 anos. Os manifestantes protestavam contra o desemprego,
a pobreza, o regime ditatorial e o desrespeito aos direitos humanos.
Apesar das tentativas de reprimir a revolta popular, o governo perdeu o
apoio de setores das Forças Armadas e fugiu do país. Foram convocadas
eleições para formação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Como um rastro de poeira, as revoltas árabes se propagaram
da Tunísia ao Egito e em seguida ao conjunto do mundo árabe.
Nenhum país foi poupado, e, apesar das dificuldades, um período
sombrio na história da região começa a dissipar-se. As mudanças
não afetarão somente a vida dessas pessoas, mas também a dos
vizinhos, e, em primeiro lugar, a da Europa. A geopolítica da região
será reconfigurada. Se os exércitos desempenharam uma função
importante nesse processo, foram os movimentos populares e
sociais que, do Egito à Argélia, passando pela Tunísia, prepararam o
terreno para os acontecimentos atuais. O mundo inteiro sublinhou
o papel fundamental das redes sociais nas revoluções árabes,
porém outros aspectos remetem a características marcantes de
movimentos revolucionários do passado, como os da França e da
Rússia. Seja como for, os levantes árabes expressam a vontade de virar
a página da partilha colonial que traumatizou profundamente esses
povos no século passado.
GRESH, Alain. “O despertar do mundo árabe”.
Dossiê Le Monde Diplomatique Brasil, n. 6, p. 8, ano 1, jul/ago. 2011.
As revoltas ocorreram também em outros países como no
Egito, Bahrein, Iêmen, Marrocos, Líbia e Síria. Embora existissem
especificidades variando de país para país, de modo geral,
as reivindicações giravam em torno do fim dos governos ditatoriais e
corruptos, a implantação de regimes democráticos, melhores condições
de vida e a garantia das liberdades individuais.
Carlos Latuff/Wikimedia Foundation
Uma charge política de Carlos Latuff representando
Hosni Mubarak em frente ao efeito dominó
desencadeado pelos protestos na Tunísia.
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 Módulo de Estudo
Em alguns casos, como no Egito, na Líbia e no Iêmen,
as revoltas resultaram na queda de seus governos, em outros países
os governos cederam a algumas reivindicações como convocação
de eleições e a promessa de elaboração de uma nova Constituição,
como no Marrocos. No Bahrein, o governo com apoio de tropas
militares da Arábia Saudita reprimiu violentamente as manifestações.
Na Síria, o governo controlado pela mesma família há 40 anos,
o presidente Bashar al-Assad atacou os revoltosos, levando o país a
uma sangrenta guerra civil.
Em 2016, cinco anos depois do início dos protestos que ficaram
conhecidos como “Primavera Árabe”, o entusiasmo perdeu espaço
para a frustração e incógnitas. Com exceção da Tunísia que elegeu
um governo secular de forma democrática, o cenário atual em alguns
países é desolador e preocupante.
VOA/Wikimedia Foundation
Um militante do Estado Islâmico carregando a
bandeira do grupo.
Na Síria, a guerra civil deixou milhares de mortos e milhões de
refugiados que passaram a viver em campos com estruturas precárias
e outros que buscam desesperadamente conseguir refúgio em algum
país europeu. O caos gerado pela guerra acabou contribuindo para
as ações do grupo extremista Estado Islâmico, que, aproveitando o
enfraquecimento do governo em algumas regiões, passou a dominar
territórios naquele país.
No Egito, após a derrubada do ditador Hosni Mubarak,
o presidente eleito foi deposto por um golpe de Estado e o novo
governo vem perseguindo e prendendo opositores com práticas
autoritárias.
Na Líbia, a revolta que derrubou e matou o ditador Muammar
al-Kadhafi deixou um vácuo de poder que levou o país a conflitos
envolvendo lideranças tribais e grupos extremistas pela hegemonia
política.
“O processo em curso (…) mostra outra realidade, mais
complexa e nuançada, em que a ciência política ocidental, e a
percepção leiga, não foram capazes de entender os elementos
constitutivos mais importantes. (…) A violência eclodiu, brutal,
quando os regimes no poder resolveram impedir a livre manifestação
da população. (…) A surpresa adveio, assim, do conhecimento
superficial do Mundo Árabe e, ao mesmo tempo, dos preconceitos
ocidentais. Da mesma forma, e mais uma vez apressadamente,
a mídia ocidental (...) denominou o movimento de rebeldia como
uma “Facebooks Revolution”, dada a relevância, concreta, dos meios
eletrônicos na dispersão das ideias de revolta.
Ainda aqui, mais uma vez, as redes tradicionais de sociabilidade
árabes, as formas de comunicação diárias nas escolas, nas mesquitas,
nos cafés, em grupos jovens e no debate diário no trabalho, foram
ignoradas, em favor de uma percepção tecnologizante e ocidentalizada
da revolta árabe. (…)
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As revoluções sempre ocorreram na história onde a repressão
política e o mal-estar econômico e social perduraram sobre as
populações. A Revolução Russa de 1917 ou a longa Revolução Chinesa
(até 1949), bem como a Luta pelas Diretas Já, na redemocratização
do Brasil, por exemplo, não foram produtos – e nem o poderiam ser
– da Internet (ou mesmo do rádio ou da televisão, então fortemente
censurados). Havia, ontem como hoje, redes de sociabilização do
protesto e da resistência organizadas de forma autônoma e utilizando-
se do “underground’’ em todos estes países (…).
A Internet pode ser, e de fato é, um ótimo meio para a
divulgação de novas (e velhas) ideias, com um custo baixo, ampla
divulgação – claro, dependendo do acesso informacional da
população. Mas a Internet não pode ser considerada a causa das
revoluções. Estaríamos, neste caso, em face de um novo preconceito,
agora explicando a história das revoluções através de tecnologias
recentíssimas. Seria apenas mais uma forma de etnocentrismo.
O profundo mal-estar social vigente no Egito e demais países
da região, agravado pela crise mundial de 2008/10, a persistência da
regressão, sua brutalidade e o sentimento de humilhação em face
do desemprego e das péssimas condições de moradia, trabalho e
transporte – todos expressos nos slogans e cartazes na Praça Tahrir
– são elementos centrais de explicação da revolta contra o regime.”
TEIXEIRA, Francisco Carlos. “A Revolta Árabe: a novidade que vem do Oriente.”
In: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO. Rio de Janeiro, Ano 6, n. 6, 2011.
A crise na Ucrânia
Em novembro de 2013, o então presidente ucraniano, Viktor
Yanukovych, desistiu de assinar um acordo de cooperação comercial
com a União Europeia (UE) que vinha sendo negociado há três anos.
A mudança nos rumos da política econômica do governo estava
relacionada a uma série de vantagens oferecidas pelo governo
russo de Vladimir Putin, que incluía ajuda financeira e redução do
preço do gás russo. Inconformados com a decisão do seu governo,
além da crise econômica que vem passando o país, manifestantes
ucranianos, a favor da aproximação com a UE, ocuparam as ruas
da capital Kiev. Os protestos, que deixaram dezenas de mortos, se
estenderam até fevereiro do ano seguinte e resultaram na queda do
presidente Yanukovych, que fugiu para a Rússia, e Novas eleições foram
marcadas. Enquanto os Estados Unidos e a UE demonstravam apoio
aos manifestantes, em um sinal claro de ver reduzida a interferência
russa na Ucrânia, Vladimir Putin e parte da população do Leste do país
consideraram o episódio um golpe de Estado.
A crise atual na Ucrânia expõe os problemas de um país
dividido. No Oeste, a população é majoritariamente ucraniana. Embora
um terço da população seja de etnia russa, apenas 17% fala o idioma
russo. O Sul e o Leste do país têm uma maior ligação histórica e política
com a Rússia.
Na península da Crimeia, ao Sul do país, com a população de
maioria russa e onde o governo de Moscou tem uma base naval em
Sebastopol, no Mar Negro, ocorreram vários conflitos envolvendo
manifestantes pró-governo russo e pró-governo de Kiev. Vladimir Putin
enviou tropas à região alegando que a população russa não estava
segura, agravando ainda mais as tensões na região. Em março de 2014,
um referendo aprovou, com 96,8% dos votos, a adesão da região à
Federação Russa. Ucrânia, UE e EUA não reconheceram o resultado
do referendo e ameaçaram estabelecer sanções ao governo russo.
Para especialistas do tema, o conflito envolve disputas por
zonas de influência. De um lado, o Ocidente, em especial a UE,
vem expandindo sua atuação no Leste Europeu, a exemplo do
que aconteceu com Letônia, Estônia e Lituânia, antigas Repúblicas
soviéticas, que aderiram ao bloco europeu diminuindo a influência
de Moscou na região. Aproximar-se da Ucrânia seria o próximo passo.
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 Módulo de Estudo

Para a Rússia, a Ucrânia representa a possibilidade de exercer

alguma influência na Europa e não se tornar uma potência atuando
apenas na Ásia. Além das questões geográficas, interesses econômicos
que envolvem os dois países, como na área de energia, em que os
ucranianos importam o gás da Rússia e os russos dependem dos
gasodutos da Ucrânia para exportar o produto para países europeus.
Em maio de 2014, foi eleito o novo presidente ucraniano,
o empresário Petro Poroshenko, com a promessa de um cessar fogo
e garantindo a integridade territorial do país. Logo no início de seu
governo, assinou um acordo de livre comércio e cooperação com a
União Europeia, o que gerou descontentamento do governo russo.
No Leste do país, os conflitos continuaram envolvendo
grupos separatistas pró-russos e tropas do governo ucraniano.
Em junho de 2016, a ONU acusou os dois lados de praticarem crimes
contra os direitos humanos: desaparecimentos, prisões arbitrárias,
tortura, violência sexual e maus tratos.
CRISE NA UCRÂNIA
MAIORIA FALA UCRANIANO MAIORIA FALA RUSSO
Bielorrússia
Rússia
Exercícios
01. (Uerj/2013 – Adaptada) “A queda das torres do World Trade
Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe
que se tem na História, inclusive por ter sido acompanhada em
cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do planeta.
Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não
surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se
convertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada
histórica?”
Eric Hobsbawm (10/09/2011) <www.estadao.com.br>
A guinada histórica colocada em questão pelo historiador Eric
Hobsbawm associa-se à seguinte repercussão internacional da
queda das torres do World Trade Center:
A) concentração de atentados terroristas na Ásia Meridional.
B) crescimento do movimento migratório de grupos islâmicos.
C) intensificação da presença militar norte-americana no Oriente
Médio.
D) ampliação da competição econômica entre a União Europeia
e os países árabes.

Kiev 02. (Uece/2016) Os árabes e os iranianos usam o acrônimo “Daash”

UCRÂNIA Luhansk ou “Daesh”, que em inglês é ISIS, “Islamic State in Iraq and Syria”,
Donetsk cuja tradução para o português é ‘Estado Islâmico no Iraque e na
Síria’, para identificar um grupo que ocupou parte do leste da Síria
e do oeste do Iraque. Esse grupo tem avançado violentamente
Romênia contra curdos, xiitas e outros grupos étnicos, além de promover
Simferopol
ataques terroristas e divulgar, na mídia, cenas de execuções
Sebastopol de jornalistas ocidentais. Sobre as razões da origem do Estado
Islâmico, é correto afirmar que:
Mar Negro Crimeia A) tem como ponto de partida a invasão do Iraque pelos EUA e
o consequente desmantelamento desse Estado.
B) se originou nos campos de batalha do Afeganistão, com o
financiamento do governo francês.
C) foi criado pelo governo da Arábia Saudita, para manter os
RÚSSIA preços do petróleo favoráveis a esse país.
População 145,5 milhões D) é um grupo criado como base de apoio do presidente sírio
Militares na ativa 766 mil Bashar al-Assad.
Militares na reserva 2,5 milhões
Área 17,1 milhões km 2 03. (Acafe/2015) Acerca dos diversos conflitos e questões que
Orçamento U$$ 76,6 bilhões envolveram a chamada Primavera Árabe, correlacione os países
da Defesa com as descrições dos eventos.
1. Egito
2. Síria
UCRÂNIA 3. Líbia
População 44,5 milhões 4. Bahrein
Militares na ativa 160 mil 5. Tunísia
Militares na reserva 1 milhão
Área 603,5 mil km 2 ( ) Foi o primeiro país a registrar fortes revoltas após o suicídio
Orçamento U$$ 4,9 bilhões de um vendedor que ateou fogo ao próprio corpo. O
da Defesa governo acabou por cair.
( ) Nesse país, a intervenção da OTAN (Organização do Tratado
Disponível em: <www.globalfirepower.com> e <www.globalsecurity.org> do Atlântico Norte) foi decisiva na queda do presidente
(Adaptado).
Kadhafi.

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 Módulo de Estudo
( ) Um dos países mais populosos do mundo árabe. Aliado dos
EUA nas últimas décadas e governado de forma autoritária.
Seu governo caiu com os protestos.
( ) Ainda envolto em grave Guerra Civil, não há uma
expectativa clara sobre os rumos do país após as revoltas.
( ) Outro aliado ocidental e grande produtor de petróleo.
As revoltas queriam a deposição do monarca e foram
duramente reprimidas. O governo permaneceu no poder.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A) 3 - 4 - 1 - 2 - 5 de imposição de uma única memória coletiva aos demais povos
B) 5 - 3 - 1 - 2 - 4
C) 2 - 1 - 5 - 4 - 3
D) 4 - 2 - 3 - 5 - 1
04. (Uece/2014) Primavera Árabe: assim é chamada a onda
revolucionária que, desde dezembro de 2010, tem varrido diversos
países do norte da África e do Oriente Médio, e provocado
mudanças por meio de resistência civil, greves, manifestações,
comícios e até guerra civil. Esse processo corresponde:
A) à substituição de antigos governos, como o de Hosni Mubarak,
no Egito, e a luta pela deposição de outros, como o de Bashar
al-Assad, na Síria.
B) à manutenção das tradicionais alianças entre as elites Árabes e
os governos dos EUA e de Israel que as apoiam na luta contra
o terrorismo.
C) ao retorno de condições mais danosas aos trabalhadores de
países, como Oma e Barein.
D) ao retorno de governos autoritários fortes, como o governo
de Muammar Kadhafi, na Líbia, e o de Ben Ali, na Tunísia.
05. (UFRGS/2015 – Adaptada) Após a queda do presidente Viktor
Yanukovych, em fevereiro de 2014, a Ucrânia entrou em um
período de intensa agitação política e de conflitos militares entre
o novo governo e as forças rebeldes contrárias a ele.
Uma das principais características dessa crise é:
A) o conflito entre rebeldes pró-Estados Unidos e as forças do
novo governo ucraniano, apoiado pela Rússia e pela União
Europeia.
B) a luta entre setores próximos ao grupo União Europeia / Estados
Unidos, representados pelo governo ucraniano, e rebeldes pró-
Rússia, apoiados por Vladimir Putin.
C) o apoio dado pelo novo governo ucraniano ao golpe de estado
que derrubou Vladimir Putin.
D) o confronto entre Polônia e Ucrânia sobre as fronteiras entre os
dois países e o suporte dado pela União Europeia à primeira.
E) a anexação militar da Ucrânia pela Rússia, com o apoio da
União Europeia, dos Estados Unidos e da China.
06. (Uema/2016 – Adaptada) Em 2013, um líder jihadista egípcio
conclamou os fiéis muçulmanos para destruir a esfinge e as
pirâmides de Gizé. O episódio fez lembrar a destruição de
estátuas de Buda pelos fundamentalistas do Talibã no Afeganistão.
A destruição de patrimônios históricos da Humanidade, como as
estátuas de Buda no Afeganistão, e a ameaça à Esfinge de Gizé
e às Pirâmides não se restringem aos conflitos político-religiosos
que assolam o Oriente Médio há séculos, mas fazem parte de
um processo maior de reconfiguração da Memória e da História
da sociedade.
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O processo acima descrito está diretamente relacionado ao(à):
A) uso da Memória e da História como campo de disputa e de
construção de identidades coletivas.
B) tentativa de uso da Memória e da História como estratégias
para reforçar identidades coletivas passadas.
C) destruição dos bens culturais construídos ao longo da
dominação imperialista sobre a região do Oriente Médio.
D) ataque aos Patrimônios Culturais como forma de destruição de
símbolos ocidentais que representam o domínio estrangeiro.
E) projeto de diluição das fronteiras culturais por meio da tentativa
do Oriente Médio.
07. (Enem/2011) No mundo árabe, países governados há décadas
por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da
população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso
à Internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da
estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos
por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um
tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio
corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de
manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus
libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando
em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes
sociais – como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar
manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. “A epidemia da Liberdade”.
Isto é Internacional. 2 mar. 2011. (Adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o
acesso à Internet permitiu aos jovens árabes:
A) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
B) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
C) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
D) disseminar vírus capazes de destruir programas dos
computadores.
E) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
08. (UCS/2014 – Adaptada) Considere as seguintes afirmativas sobre
os conflitos mundiais dos séculos XX e XXI.
I. O Afeganistão foi invadido pelos Estados Unidos em 2001,
após os atentados terroristas às Torres Gêmeas e ao Pentágono.
O presidente americano imaginava encontrar Osama bin Laden
no País;
II. Irã e Iraque entraram em conflito em 1980 por disputas
territoriais e políticas. O Iraque, governado por Saddam
Hussein, era apoiado pelos EUA de Ronald Reagan, na tentativa
de derrubar o regime do aiatolá Khomeini no Irã;
III. Os Estados Unidos intervieram no Iraque em 2003 em busca
de armas de destruição em massa. Saddam Hussein foi preso
naquele ano e executado três anos depois. Até hoje, os norte-
americanos ocupam o território iraquiano.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que:
A) apenas I está correta.
B) apenas II está correta.
C) apenas I e II estão corretas.
D) apenas II e III estão corretas.
E) I, II e III estão corretas.
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 Módulo de Estudo
09. (Unisc/2012) Em setembro de 2011, a mídia ocidental deu especial
atenção aos 10 anos dos atentados que derrubaram o World Trade
Center e que, parcialmente, destruíram o Pentágono. Em torno de
3 mil pessoas morreram no 11 de setembro, entre civis, bombeiros,
policiais e terroristas. Em resposta ao ato, o governo Bush declarou
guerra ao Afeganistão e ao Iraque, onde já morreram mais de
6 mil soldados americanos, isso sem falar dos milhares de afegãos
e iraquianos trucidados, para os quais não existe estatística
confiável. Essas guerras já custaram aos EUA algo em torno de
U$ 3.000.000.000,00 (três trilhões de dólares), algumas fontes
chegam a falar em U$ 5 trilhões.
A respeito dessa década do 11 de Setembro, considere as seguintes
afirmativas:
I. O ataque aos EUA foi uma resposta de grupos terroristas árabes
ligados à Frente de Libertação da Palestina, que contava com
o apoio da Al-Qaeda de Saddam Hussein;
II. Osama bin Laden foi considerado, pelo governo americano, o
mentor dos ataques terroristas que derrubaram um dos principais
ícones do capitalismo internacional – o World Trade Center;
III. O governo de George W. Bush declarou guerra ao Afeganistão
(2001) e ao Irã (2004), desconsiderando a posição do Conselho
de Segurança da ONU.
Assinale a alternativa correta.
A) Estão corretas todas as afirmativas.
B) Estão corretas as afirmativas I e II.
C) Estão corretas as afirmativas II e III.
D) Estão incorretas as afirmativas ímpares.
E) Estão incorretas todas as afirmativas.
10. (Uerj/2015)
MAPA DOS TERRITÓRIOS OCUPADOS PELO ESTADO ISLÂMICO
TURQUIA
Rakka Mossul
Aleppo Arbil
Ninive
Deir Kirkuk
Al-zor Tikrit
SÍRIA Saladin
Dyiala IRÃ
Damasco Al-Anbar Bagdá
Estado Islâmico
IRAQUE Centro administrativo
ARÁBIA do Estado Islâmico
SAUDITA Bassorá
O grupo que criou o atual Estado Islâmico foi formado no Iraque,
em 2006, por iniciativa da Al-Qaeda. Seu principal líder, Abu
Bakr al-Baghdadi, proclamou, em junho de 2014, um “califado”
abrangendo cerca de 25% da Síria e 40% do Iraque. A maioria
dos territórios controlados pelo Estado Islâmico, principalmente
no Iraque, são desérticos. Para Romain Caillet, especialista em
movimentos islâmicos, o grupo sobrevive essencialmente de
autofinanciamento. Seus métodos são uma mistura de terror e
prestação de serviços sociais para as populações que estão sob
seu controle.
Adaptado de: <diariodepernambuco.com.br>, 21/08/2014.
O Estado Islâmico criado em regiões do Oriente Médio alterou
as relações entre os governos locais e muitas nações ocidentais,
gerando novas ameaças e conflitos, como se observa por meio
do mapa e da reportagem.
Identifique uma característica da ação política do grupo que criou
o Estado Islâmico. Em seguida, aponte um motivo para a oposição
norte-americana à sua existência.
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11. (UFRGS/2014) Assinale com (V) verdadeiro ou (F) falso as
afirmações abaixo, referentes à invasão e à guerra do Iraque pelos
Estados Unidos (2003-2011).
( ) A invasão foi justificada pelo governo americano em face
da necessidade de derrubar o então presidente iraquiano
Saddam Hussein e de estabelecer um regime democrático
naquele país.
( ) A invasão do país obteve amplo apoio internacional e foi
autorizada pelo Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas (ONU).
( ) Os guerrilheiros curdos, durante a guerra, lutaram ao lado
das tropas norte-americanas.
( ) A guerra culminou com a saída das tropas norte-americanas
em dezembro de 2011, derrotadas pelos insurgentes
iraquianos, que logo fundaram uma República islâmica no
país.
A sequência correta de preenchimentos dos parênteses, de cima
para baixo, é:
A) V – V – F – F
B) V – F – V – V
C) F – V – F – V
D) V – F – V – F
E) F – F – F – V
12. (Acafe/2014) A Guerra Civil da Síria trouxe novas discussões na
comunidade internacional: utilização de armas químicas, direitos
humanos, intervenção da ONU (Organização das Nações Unidas)
no conflito. O islamismo também está em evidência em relação
às suas duas principais correntes: os sunitas e os xiitas.
Acerca dos sunitas e xiitas e da própria Síria, é correto afirmar,
exceto:
A) As divergências entre sunitas e xiitas remontam as disputas pela
hegemonia do islamismo após a morte do profeta Maomé.
B) O Irã, de maioria xiita, defende o governo Sírio, sendo contrário
a uma intervenção armada na região.
C) A Arábia Saudita, país de maioria xiita, apoia incondicionalmente
o governo de Bashar al-Assad.
D) Em escala mundial, os sunitas são a facção islâmica mais
numerosa.
13. (Mackenzie/2014) Desde janeiro de 2011, a Síria se encontra
em uma guerra civil que adquiriu dimensões que preocupam
a comunidade internacional. Enquanto a oposição almeja
destituir o presidente Bashar al-Assad e inaugurar um regime
democrático, o governo sírio responde aos protestos, que
considera como ação terrorista para desestabilizar o regime.
A respeito desse conflito interno, é correto afirmar que:
A) o conflito interno sírio é decorrente das disputas religiosas e
divergências a respeito da prática islâmica no mundo árabe.
B) foi somente em agosto de 2013 que os protestos liderados
pela oposição síria assumiram a dimensão de revolta armada.
C) os meios de comunicação e a imprensa do país atuam sem
restrição à liberdade de expressão, apesar do conflito e da
revolta armada.
D) o uso de armas químicas em Damasco causou milhares de
mortes. Esse ato foi condenado internacionalmente.
E) a guerra civil síria reaproximou os presidentes Obama, dos EUA,
e Putin, da Rússia, confirmando o interesse político mútuo nessa
região.
6 OSG.: 120085/17
 Módulo de Estudo
14. (UEM/2013) Leia o fragmento da matéria publicada no jornal o
Estado de São Paulo e assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre
a “Primavera Árabe”.
“Em dezembro de 2010, um jovem tunisiano, desempregado,
ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as
condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado,
que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que
viria a ser chamado mais tarde de Primavera Árabe.”
Um ano de Primavera Árabe, a primavera inacabada.
Disponível em: <http://topicos.estadao.com.br/primavera-arabe>.
Acesso em: 21/set./2012.
( ) Trata-se de um movimento radical de esquerda e que pede
a ocidentalização da cultura nos países árabes.
( ) O atraso tecnológico e a falta de investimentos em novas
tecnologias foram os motivos que levaram a juventude dos
países árabes a deflagrarem a “Primavera Árabe”.
( ) Além da Tunísia, a “Primavera Árabe” também se espalhou
para Egito, Líbia e Iêmen.
( ) A comoção coletiva pela morte do jovem tunisiano foi motivo
para que a “Primavera Árabe” fosse transformada em uma
luta pacifista pelo fim da influência da religião na política.
( ) Também se denominam “Primavera Árabe” os protestos
populares contra governantes ditatoriais daquela região.
15. (UEPG/2014 – Adaptada) Região disputada por ucranianos e
russos, a Crimeia foi palco de uma crise que atraiu as atenções
mundiais e deixou em alerta os sistemas de defesa de diversos
países. A respeito dessa questão, assinale o que for correto.
( ) Após a queda do presidente da Ucrânia, autoridades da
Crimeia (região de maioria russa) propuseram um referendo
interno no território, perguntando aos habitantes sobre a
disposição de se juntar à Rússia.
( ) Os Estados Unidos apoiaram a ocupação da Crimeia pelas
forças militares russas. Para Barack Obama é fundamental
que sejam contidos os sentimentos nacionalistas dos
ucranianos, conhecidos pelo envolvimento com ações
terroristas internacionais.
( ) Quando começaram as articulações para a realização
da consulta pública a respeito do futuro da Crimeia, o
presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o envio de tropas
para a região com a justificativa de manter a ordem e evitar
distúrbios sociais.
( ) O interesse russo sobre a Crimeia, área próxima ao Mar
Negro, fica por conta da exploração do sal, artigo que não
é produzido pela Rússia.
( ) A Crimeia – que é uma república autônoma – já pertenceu
à Rússia e foi anexada pela Ucrânia no século XX, momento
em que existia a União Soviética.
16. (Uespi/2012) Os conflitos militares não se ausentam do mundo
contemporâneo. O etnocentrismo resiste, e as crenças religiosas
provocam disputas, devastando culturas e mantendo tensões.
Recentemente, no Oriente Médio:
A) a violência se fez presente na luta contra as ditaduras existentes,
conseguiu reestruturar formas de governo e consolidar as
práticas democráticas ocidentais.
B) a intervenção frequente de exércitos europeus ajudou na
derrubada de ditaduras, na Líbia e no Egito, sem grandes
dificuldades.
C) a luta política se acirrou contra o autoritarismo permanente dos
governos, renovou lideranças e sonhos de liberdade democrática.
D) a rebeldia de grupos religiosos muçulmanos organizou tropas
para combate às ditaduras da região, embora sem o êxito esperado.
E) as ditaduras não resistiram à pressão dos rebeldes e foram
colocadas fora de poder com rapidez e sem maiores violências.
OSG.: 120085/17
7 F B O N L I NE .C O M . B R
17. (UFRGS/2012) Assinale a alternativa que apresenta os países
cujos governos foram destituídos ao longo do ano de 2011, na
denominada Primavera Árabe.
A) Moçambique – Egito – Mauritânia
B) Argélia – Marrocos – Sudão
C) Líbia – Congo – Angola
D) Tunísia – Líbia – Egito
E) África do Sul – Tunísia – Etiópia
18. (Mackenzie/2014 – Adaptada) Nos protestos que têm ocorrido
ao longo do ano de 2013, não apenas em diversas cidades
brasileiras, mas também nas ruas do Egito, indivíduos, vestidos
de preto e encapuzados, têm sido vistos promovendo episódios,
momento em que, algumas vezes, se utilizam da violência.
A respeito desse tipo de protesto, considere as afirmativas abaixo.
I. Em muitos casos, eles são influenciados pela “Black Bloc”,
estratégia de manifestação que se autodenomina anarquista
e prega a desobediência civil nas redes sociais;
II. No Egito, o “Black Bloc” se posicionou contra o presidente
islamita Mohamed Morsi em manifestações no início do ano,
e acabou acusado pelo governo de praticar ações terroristas;
III. No Brasil, como em outras partes, os “Black Blocs” usam o
Facebook para postar vídeos, fotos e organizar atos. As roupas
e máscaras pretas que dão nome à estratégia são usadas para
dificultar e/ou impedir qualquer tipo de identificação por parte
das autoridades.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente a afirmativa I está correta.
B) Somente a afirmativa II está correta.
C) Somente a afirmativa III está correta.
D) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
E) As afirmativas I, II e III estão corretas.
19. (UEM/2010 – Adaptada) “Faz tempo que povos e nações,
governos e regimes políticos, experimentos sociais alternativos
de todos os tipos, estão pagando um preço excepcional pela
transformação dos Estados Unidos da América do Norte em
uma poderosa mortífera máquina de guerra. Uma máquina
de guerra que se movimenta em nome da ‘democracia’ e da
civilização ocidental cristã, signos com os quais são satanizados
povos e nações, culturas e civilizações. Uma máquina de guerra
moderna, sofisticada, eletrônica e virtual, com a qual realizam-se
operações nos quatro cantos do mundo.”
IANNI, Octávio. Sociologia do terrorismo. Campinas: Unicamp.
Primeira versão, n. 113, novembro de 2002, p. 28.
Considerando o que se diz na citação acima, assinale o que for correto.
( ) O predomínio político mundial dos Estados Unidos da
América do Norte garante a manutenção de experiências
sociais alternativas e diferentes modos de ser coletivos.
( ) As ações militares norte-americanas estão concentradas no
território do País, organizadas, principalmente, como forças
de proteção de fronteiras.
( ) O poder político mundial dos Estados Unidos da América
do Norte tem, como um de seus importantes fundamentos,
estratégias de guerra, terror e força militar.
( ) Mais do que o domínio geopolítico, as guerras realizadas
pelo Estado norte-americano em outras partes do mundo
têm por objetivo a promoção de uma justiça democrática
e uma liberdade duradoura.
( ) A definição de ‘eixo do mal’, atribuída a algumas nações
do mundo que enfrentam o poder militar norte-americano,
corresponde a uma perspectiva geopolítica oriunda dos
Estados Unidos da América do Norte.
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 Módulo de Estudo
20. (Unifesp/2009) “Os atentados de 11 de setembro nos Estados
Unidos causaram um grande impacto em diversas partes do
mundo. Da queda do regime do Talibã no Afeganistão a leis
restringindo liberdades civis na Europa, a tragédia americana
estabeleceu uma nova era nas relações internacionais e abalou
governos.”
“O mundo após 11 de setembro”, In: BBCBrasil.com, 11.09.2002,
Disponível em: <www.bbc.co.uk/portuguese/especial/1911_mundo911>
Entre os impactos provocados pelos ataques terroristas ao World
Trade Center de Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001,
podemos citar a:
A) ação decisiva dos Estados Unidos na intermediação dos conflitos
entre Israel e palestinos para solucionar a crise do Oriente
Médio.
B) vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais, tornando-se
o primeiro afro-americano a governar os Estados Unidos.
C) retomada dos conflitos no Oriente Médio, com a ocupação do
Kuwait por tropas iraquianas e a repressão contra os curdos.
D) pressão norte-americana sobre o governo do Paquistão para
que participasse do combate ao terrorismo islâmico.
E) crescente preocupação diplomática e militar norte-americana
com os governos de esquerda latino-americanos.
21. (CPS/2006) Observe a foto.
Reprodução/CPS 2006
A cena que aparece na foto tornou-se mundialmente conhecida
em 11 de setembro de 2001. Santos Dumont, provavelmente,
desaprovaria os meios e os fins utilizados pelos ideólogos e
executores desse fato.
O presidente George Bush, ao referir-se ao posicionamento de
outros governantes sobre esse fato, afirmou: “Ou estão do nosso
lado ou do lado dos terroristas.
”O chamado “11 de setembro”, que ocorreu nos Estados Unidos,
provocou, dentre outros efeitos,
A) o aumento dos preconceitos em relação aos povos islâmicos
e o agravamento das tensões políticas na região do Oriente
Médio.
B) intensas manifestações de repúdio em todo o mundo contra
a dominação dos Estados Unidos no Afeganistão.
C) o surgimento da Doutrina Bush, cujo princípio fundamental é
a política de progressivo desarmamento.
D) a união de todos os países ocidentais, independentemente de
ideologias, a favor de uma guerra contra os países islâmicos.
E) o apoio dos países da Comunidade Europeia e do Mercosul
aos Estados Unidos na Guerra contra o Iraque.
F B O NLINE.COM.BR
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22. (Cesgranrio/2004) “Obrigado, meu Deus, pela morte da ONU.”
PERLE, Richard. The Guardian. 21 mar. 2003.
A frase acima, proferida por um importante conselheiro
norte-americano, pode ser justificada pela:
A) retirada dos Estados Unidos do Conselho de Segurança da
ONU, após a guerra contra o Iraque.
B) recusa dos EUA em aceitar o novo secretário-geral da ONU,
Kofi Anan, de origem africana.
C) rejeição do governo norte-americano à criação da Autoridade
Nacional Palestina, sob tutela da ONU.
D) condenação da ONU à participação da França na invasão do
Afeganistão.
E) negativa do Conselho de Segurança da ONU em relação à
invasão norte-americana do Iraque.
23. (Imed/2015) Em março de 2003, os Estados Unidos e a Inglaterra
bombardearam intensamente a cidade de Bagdá, dando início à
Guerra do Iraque, que derrubou o governo ditatorial de Saddam
Hussein. A justificativa dada pelos EUA e pela Inglaterra para a
Guerra do Iraque foi a de que o país:
A) possuía armas de destruição em massa.
B) apoiava grupos terroristas de Israel.
C) desobedecia as orientações da Opep.
D) era a sede de poder dos talibãs.
E) descumpria os tratados de paz com a Síria.
24. (UEMG/2014) Dez anos após o início da Guerra do Iraque (20 de
março de 2003), o país ainda tem muitos problemas, o que pode
ser constatado no comentário feito por John Kerry, Secretário de
Estado Americano, em recente visita ao Iraque:
Pela primeira vez, muitos iraquianos vivem a experiência de
poder expressar livremente sua opinião, de poder se organizar
politicamente sem obstáculos, porém seria falso esconder que
ainda há muito a fazer.
Disponível em: <www.dw.de>. Acesso: 20/9/2013.
Considerando-se as motivações e as consequências do referido
conflito, é correto afirmar que:
A) os EUA iniciaram, mesmo com a maciça rejeição dos países
europeus, uma ofensiva militar contra o Iraque, visto que
estavam insatisfeitos com a liderança de Saddam Hussein no
Oriente Médio e desejavam incentivar a guerra santa contra o
Ocidente.
B) as principais justificativas para o início do conflito foram a
suposta existência de armas de destruição em massa (químicas
e biológicas) e a necessidade de se levar a democracia para o
Iraque, com a derrubada da ditadura de Saddam Hussein.
C) o conflito transcorreu por três longos anos, ceifando a vida de
milhares de soldados americanos, que viam dificuldades em
vencer as forças armadas iraquianas, especialistas em táticas
de guerrilha aprendidas com o exército vermelho chinês.
D) a atual situação política do Iraque mudou consideravelmente,
uma vez que foi atingida a democracia plena e os grupos
terroristas foram todos banidos do país pelas tropas americanas,
que ainda continuam garantindo a ordem.
8 OSG.: 120085/17
 Módulo de Estudo

25. (Mackenzie/2009 – Adaptada) A guerra contra o Iraque detonou Considerando a crise na Ucrânia e seus conhecimentos sobre o
outra: a guerra de notícias na mídia global. Agências anglo- assunto, elabore um texto dissertativo em que seja explicado o
americanas divulgaram para o mundo frases e imagens produzidas seguinte:
por repórteres a serviço do governo norte-americano. A) A decisão tomada pelo governo da Ucrânia responsável pela
As agências árabes ou de países contrários à guerra veiculavam eclosão da atual crise naquele país.
a morte de civis e o bombardeio de escolas, hospitais, museus e B) As consequências da crise.
residências. C) Os interesses da Rússia na Ucrânia.

A partir do texto, podemos inferir que: 28. (Fuvest/2016) Considere este mapa, que representa uma região
A) a mídia não colabora para a solução dos conflitos internacionais, com histórico de migrações e disputas territoriais e que já abrigou,
uma vez que, ao retratar a verdade sobre as guerras, impede o desde antes da Era Cristã, várias civilizações.
diálogo entre os países em luta.
B) a mídia nos permite conhecer a verdade acerca das guerras, o MAR MAR
CÁSPIO
que facilita nossa compreensão a respeito das motivações dos NEGRO

conflitos.
C) a imparcialidade na produção jornalística na cobertura de Ancara

conflitos internacionais cria dificuldades para sua compreensão

TURQUIA Rio
por parte do público leigo. Tig
re
D) a manipulação das informações também faz parte da estratégia
das partes em guerra, uma vez que pode garantir o importante 35º N
aval da comunidade internacional. SÍRIA
Ri
o
Eu
E) não cabe ao leitor descobrir a verdade presente em conflitos fra
te
MAR s Bagdá
internacionais, uma vez que a opinião da sociedade civil em MEDITERRÂNEO
Damasco

nada interfere para o desfecho dos mesmos. IRAQUE

26. (Ufla/2008) Em um rap contra o terrorismo, um “George Bush”
virtual assume que o que faz, na luta contra o terror, é correto e
que ele próprio irá esmagar os insurgentes. Num trecho da música,
“Bush” afirma: “Veja só o Iraque. Já disse que os libertei? Vocês
todos podem me agradecer por isso.”
Marque a alternativa correta sobre a alusão que a letra da música
faz ao momento político vivenciado pelo Iraque.
A) Ao fim do regime do Talibã, que, a partir da intolerância
religiosa, governava todos os países do Oriente Médio.
B) Ao conflito da Caxemira, devido às disputas pelo controle do
petróleo nessa região iraquiana.
C) À derrubada de Saddam Hussein após a invasão das forças
americanas, sem a permissão da ONU.
D) À invasão da Península do Sinai pelo Iraque, que passou a
controlar as armas químicas e biológicas produzidas a partir
de então.
27. (FDV/2015) “Os problemas atuais do povo ucraniano têm raízes
históricas antigas. A Ucrânia é fruto da reorganização geopolítica
realizada ao fim da Primeira Guerra Mundial. Encerrado aquele
conflito, um pedaço do Império Austro-Húngaro foi unido a
um território do Império Russo e o resultado foi um Estado
fraco localizado entre a Rússia e os demais países europeus.
Os habitantes das duas áreas eram bastante diferentes e até
hoje o contraste é claro. No sul e no leste da Ucrânia, redutos
eleitorais de Yanukovych, predominam a língua e a etnia russas,
enquanto no norte e no oeste, onde a oposição tem mais votos,
a língua e a etnia são ucranianas. Ao longo do século XX, essas
diferenças foram suprimidas pela formação da União Soviética
e a brutal e sanguinária repressão imposta por Moscou. Em
diversas oportunidades, o bloco “ucraniano” da Ucrânia se
insurgiu contra a influência russa, sempre em batalhas ferozes,
mas nunca vitoriosas. O fim da União Soviética, e a consequente
independência da Ucrânia, trouxeram os contrastes internos
de volta à tona. Um fator externo, entretanto, serviria para
transformar a dualidade de identidades da Ucrânia em um barril
de pólvora”.
Principais países da
bacia hidrográfica dos
rios Tigre/Eufrates. GOLFO
0 220 km PÉRSICO
Área do conflito. 45º E
A) Mencione duas características da bacia hidrográfica dos
rios Tigre/Eufrates, relacionando-as com sua ocupação na
Antiguidade. Justifique.
B) Identifique um importante conflito que, atualmente, ocorre na
área indicada no mapa e apresente uma motivação político-
religiosa para esse conflito.
29. (UFU/2016) A 11 de setembro ruíam as Torres Gêmeas em Nova
Iorque. Depois disso foi ruindo outro edifício perante uma certa
ingenuidade: a ideia de uma democracia acima de suspeita, de uma
América tolerante, de uma nação que pode inspirar a humanidade.
O Iraque revelou a impotência daquele que é hoje a grande única
potência.
COUTO, Mia. Pensatempos. Lisboa: Caminho, 2005, p. 41-44. (Adaptado).
Os desdobramentos geopolíticos dos atentados de 11 de setembro
geraram profundas incertezas sobre a ordem mundial.
Sobre este cenário,
A) caracterize dois aspectos da política exterior norte-americana
pós-11 de setembro que justificam as preocupações do escritor
Mia Couto quanto ao futuro da democracia.
B) discuta a relação entre a política exterior dos países ocidentais,
no pós-11 de setembro, com a intensificação dos ataques de
grupos radicais islâmicos, como o Estado Islâmico.
30. (UFG/2007 – Adaptada) Com os atentados de 2001 e o impacto
psicológico provocado sobre a população norte-americana e
mundial, o governo Bush veiculou um discurso no qual a nação
norte-americana emergiu como a defensora dos valores do
Ocidente diante do terrorismo. Explique uma ação estadunidense
que revele a orientação dessa postura política.

OSG.: 120085/17
9 F B O N L I NE .C O M . B R
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 Módulo de Estudo
Resolução
01. A partir do texto, pode-se compreender que a visão do autor
não considera o evento descrito como responsável por mudanças
significativas, uma vez que a presença dos Estados Unidos no
Oriente Médio já existia, com caráter imperialista. Tal presença
pode ter sido intensificada e obteve maior apoio internacional,
mas, de fato, não representou uma novidade.
Resposta: C
02. O Estado Islâmico surge a partir de dois episódios históricos: a
invasão do Iraque pelos EUA e a Guerra Civil Síria.
Resposta: A
03. Proposição 1 – nº 5: as manifestações na Tunísia tiveram início
quando um vendedor ambulante, desesperado por não conseguir
autorização para trabalhar nas ruas e por não poder pagar
subornos aos policiais, ateou fogo no próprio corpo. Esse ato deu
início à Revolução de Jasmin;
Proposição 2 – nº 3: na Líbia, conflitos entre manifestantes e o
aparato repressor do ditador Kadhafi marcaram os protestos e
levaram a ONU a autorizar a intervenção da OTAN para proteger
os civis do país. Essa intervenção levou à queda do ditador libanês;
Proposição 3 – nº 1: no Egito, as manifestações receberam o nome
de Revolução do Nilo e levaram à queda do governo do ditador
Mubarak;
Proposição 4 – nº 2: na Síria, as manifestações começaram como
um conflito interno e transformaram-se numa enorme revolta
armada, que podemos chamar de Guerra Civil Síria. Esse conflito
ainda está em curso;
Proposição 5 – nº 4: no Bahrein, as manifestações pediam
a troca da forma de governo do país – de monarquia para
parlamentarismo – e foram duramente reprimidas pelo governo,
não atingindo, assim, seus objetivos.
Resposta: B
04. A Primavera Árabe foi uma série de movimentos de cunho social
articulados por fatores demográficos estruturais, condições de
vida duras promovidas pelo desemprego e regimes corruptos e
autoritários. O Egito e a Síria foram dois dos lugares atingidos
pela “onda”.
Resposta: A
05. O conflito ucraniano decorre do confronto entre grupos internos
da Ucrânia – pró-União Europeia/EUA e pró-Rússia – que inflamam
o país através de questões separatistas.
Resposta: B
06. A questão aponta para a destruição de importantes patrimônios
históricos da humanidade na contemporaneidade, como
as estátuas de Buda no Afeganistão e a ameaça de destruir
um grande acervo cultural deixado pelos egípcios antigos, a
Esfinge de Gisé e as Pirâmides. O historiador francês Jacques
Le Goff alerta que a destruição da memória, do passado e da
F B O NLINE.COM.BR
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história, não contribui para resolver problemas da atualidade,
sendo horrível para a sociedade. No tempo presente, há uma
grande disputa pelo passado, pela memória e pela história.
Basta observar como recentemente na História do Brasil os
militares queimaram documentos históricos sobre o regime militar.
De certa forma, há uma disputa de poder pelo passado e pela
memória devido à construção de identidades coletivas.
Resposta: A
07. O texto faz referência aos movimentos que foram denominados de
“Primavera Árabe”, que atingiram diversos países e produziram,
em 2011, efeitos significativos na Tunísia, Egito e Líbia, com a
derrubada de regimes ditatoriais que governavam esses países
há décadas. As primeiras manifestações foram protagonizadas
por jovens nas grandes cidades e a Internet serviu de elemento
propagador, mesmo porque partidos de oposição e associações
civis, como os sindicatos, eram proibidos. No entanto, vale
lembrar que a continuidade e expansão desse movimento das
várias camadas sociais, atingindo diversas regiões desses países,
demonstram que as condições econômicas foram determinantes.
Resposta: E
08. A questão remete a uma série de conflitos que ocorreram ao longo
dos séculos XX e XXI no mundo. A afirmação [III] está equivocada,
considerando que os EUA retiraram suas tropas do Iraque em
2011. As proposições [I] e [II] estão corretas. Após o atentado de
11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas e o Pentágono,
o presidente dos EUA, George W. Bush, do Partido Republicano,
estabeleceu o “eixo do mal” como o grande inimigo dos EUA
e da democracia. As tropas dos EUA invadiram o Afeganistão à
procura dos radicais islâmicos. Na década de 1980, ocorreu um
conflito entre Irã e Iraque por questões políticas e territoriais.
Naquele contexto, o Iraque era governado por Saddam Hussein
e recebeu apoio do presidente dos EUA, o Republicano Ronald
Reagan, para tentar derrubar o governo iraniano aiatolá Khomeini.
Resposta: C
09. A questão remete ao fatídico “11 de Setembro de 2001”,
quando um atentado terrorista derrubou as Torres Gêmeas e
destruiu parcialmente o Pentágono. Mais ou menos 3 mil pessoas
morreram neste atentado, que foi associado ao grupo radical
fundamentalista Al-Qaeda, liderado por Osama bin Laden (e não
o grupo árabe ligado à frente de Libertação da Palestina). Os
Estados Unidos, liderados pelo presidente do Partido Republicano
George W. Bush, declararam guerra ao “Eixo do Mal”. “Eixo do
Mal” foi uma expressão utilizada por George W. Bush em janeiro
de 2002 e repetida por muitas pessoas. O presidente dos EUA
fazia referência aos inimigos do EUA, acusando-os de apoiarem o
terrorismo e de possuir armas de destruição em massa. Irã, Iraque
e Coreia do Norte compõem este “Eixo do Mal”.
Resposta: D
10 OSG.: 120085/17
 Módulo de Estudo
10. Entre as características da ação política do Estado Islâmico,
podemos citar a defesa do fundamentalismo religioso de forma
extremista, crítica ostensiva ao Estado laico e aos princípios
democráticos ocidentais, utilização de práticas terroristas, como
sequestros, assassinatos, saques, defesa do militarismo para
expansão do islamismo fundamentalista (Jihadismo). A oposição
dos Estados Unidos ao Estado Islâmico está associada ao interesse
na exploração e comércio do petróleo da região, aliança com o
Estado de Israel no contexto dos conflitos com os países árabes,
defesa da posição hegemônica norte-americana na difusão
internacional dos ideais liberal-democráticos e dos direitos
humanos, combate à Al-Qaeda e ao fundamentalismo islâmico,
no contexto das repercussões do atentado às Torres Gêmeas, no
Onze de Setembro.
11. Resposta: C
Verdadeiro: A invasão dos EUA no Iraque ocorreu em 2003, um
pouco depois do 11 de setembro. O governo dos EUA, George W.
Bush, no contexto da “Doutrina Bush”, alegava que o ditador do
Iraque possuía armas de destruição em massa e que era necessário
implantar um regime democrático naquele país.
Falso: A invasão dos EUA não foi autorizada pelo Conselho de
segurança da ONU e não teve amplo apoio internacional.
Verdadeiro: Os curdos no Iraque estão localizados em uma região
rica em petróleo e, na década de 1980, o ditador Saddam Hussein
usou armas químicas para matar milhares de curdos. Daí que,
durante a invasão dos EUA no Iraque, os curdos apoiaram os EUA.
Falso: Em 2006, Saddam Hussein foi assassinado junto com seus
aliados. As tropas norte-americanas não foram derrotadas.
Resposta: D
12. O governo da Arábia Saudita constitui-se como, provavelmente,
um dos maiores fornecedores de armamentos e dinheiro para
os rebeldes que formam os exércitos de oposição ao governo de
Bashar al-Assad.
Resposta: C
13. De fato, o uso de armas químicas na Síria foi confirmado pela ONU,
manchando o conflito que começou em busca de democracia e
causando a morte de cerca de 1600 pessoas. A barbárie fez com
que a ONU exigisse a destruição do armamento químico da Síria.
Resposta: D
14. mais significativa –, com suas tropas no Iraque e no Afeganistão.
( F ) Incorreto. Não é um movimento radical de esquerda e
não pede a ocidentalização dos países árabes. Luta-se pela
democracia.
( F ) Incorreto. O motivo principal da “Primavera Árabe” é a luta
de jovens, que se organizam através de redes sociais, exigindo
a democratização de seus países que vivem ditaduras políticas
desde a década de 1960.
( V ) Correto. A “Primavera Árabe” começou na Tunísia com a
queda do ditador Ben Ali e se espalhou para outros países,
como o Egito (derrubando Hosni Mubarak), Líbia (derrubando
a ditadura de Muammar Kadhafi) etc.
( F ) Incorreto. A morte do jovem tunisiano, embora muito
importante, não contribuiu pela luta dos jovens para acabar
com a influência da religião na política.
( V ) Correto. A “Primavera Árabe” é o nome dado aos protestos
ocorridos no Oriente Médio para acabar com regimes ditatoriais.
Resposta: F – F – V – F – V
OSG.: 120085/17
11
15. A segunda afirmativa está incorreta porque os EUA, bem como
outras nações, são contrários à ocupação militar da Crimeia pelos
russos.
A quarta afirmativa está incorreta porque o interesse russo na
Crimeia está relacionado ao acesso ao Mar Negro e ao uso da
frota naval da Crimeia para a defesa da Rússia.
Resposta: V – F – V – F – V
16. A questão faz referência ao que se convencionou chamar de
“Primavera Árabe”, movimentos de luta contra ditaduras e de
busca por liberdade política, que promoveu transformações em
alguns países do norte da África (e não no Oriente Médio), como
na Tunísia, Egito e Líbia, e está em curso na Síria (no momento
em que esta questão foi formulada).
17. A Primavera Árabe foi assim chamada pela imprensa porque
tinha um cunho liberal semelhante ao cunho de liberdade das
Revoluções de1848, que ficaram conhecidas como Primaveras.
O movimento árabe acabou com as ditaduras de Tunísia, Líbia e
Egito. Hoje em dia, porém, forças repressoras voltam a tomar o
Egito, promovendo verdadeiros massacres.
Resposta: D
18. O grupo conhecido como “Black Bloc” surgiu na década de
1980 e é considerado neoanarquista. Em suas divulgações e
manifestações – na Internet ou nas ruas, como os recentes casos
de Egito e Brasil –, o grupo manifesta-se a favor da desobediência
civil e contra o capitalismo e o consumismo.
Resposta: E
19. O primeiro item está FALSO, pois vai de encontro ao que é afirmado
na citação, já que esta diz justamente o contrário, ou seja, chama
a atenção para o fato de que o predomínio mundial dos Estados
Unidos da América do Norte tenta impor uma única visão de
mundo, qual seja, aquela baseada em valores ocidentais – que
têm suas raízes no cristianismo e no judaísmo, além de ter a Grécia
antiga como modelo inspirador e, desta forma, a democracia
aí aparece como valor inquestionável. Este predomínio norte-
americano, portanto, é nocivo à “manutenção de experiências
sociais alternativas e diferentes modos de ser coletivos”. Tampouco
condiz com a realidade a segunda afirmação, pois, como se sabe,
os Estados Unidos têm um histórico de interferências militares em
outros países, estando presente, nos anos recentes – e de forma
Quanto ao que é afirmado no quarto item, realmente esse é
o discurso proferido pelas autoridades norte-americanas, no
entanto, sabe-se que o que está por trás das guerras promovidas
pelos Estados Unidos são interesses econômicos, acima de tudo.
Mesmo assim, o argumento de que lutam por “uma justiça
democrática e uma liberdade duradoura” é bem questionável,
haja vista que ao usarem isso como justificativa de suas ações
demonstram não levar em conta o que os outros povos pensam e
a maneira como eles se organizam. Assim, somente as afirmações
do terceiro e quinto itens estão VERDADEIRAS.
Resposta: F – F – V – F – V
20. Após os atentados de 11 de setembro, o governo norte-americano,
do então presidente George W. Bush, deflagrou uma guerra
internacional contra o terror.
Resposta: D
F B O N L I NE .C O M . B R
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 Módulo de Estudo
21. Os muçulmanos que vivem nos EUA passaram a sofrer
consequências após os atentados de 11 de setembro de 2001
realizados por extremistas islâmicos em defesa de sua fé. Foram
registrados vários casos de crime de ódio, com ataques violentos
contra muçulmanos. O preconceito contra a população árabe
também aumentou depois dos atentados
Resposta: A
22. Com o argumento da suposta existência de armas de destruição
em massa, os EUA pressionaram a ONU a autorizar a invasão do
território iraquiano como forma de encontrar e destruir as tais
armas. A ONU não aprovou a intervenção militar, mas forçou o
governo iraquiano a admitir a entrada de um grupo de inspetores
da organização para vistoriar seu arsenal bélico.
Mesmo sem ter encontrado nenhum indício da existência dessas
armas, os EUA, apoiados pelo Reino Unido e outros países,
decidiram invadir o Iraque. Tal medida, entretanto, não foi
autorizada pelo Conselho de Segurança, já que a França, a Rússia
e a China votaram contra.
Esse episódio afetou diretamente a imagem da ONU, abalando
sua credibilidade como uma organização criada para manter a
paz e que não consegue valer suas decisões contra uma guerra.
Resposta: E
23. A questão remete ao ataque dos EUA e Inglaterra contra o Iraque
governado por Saddam Hussein no ano de 2003. A justificativa
para os bombardeios foi a suposta ideia de que o Iraque possuía
armas de destruição em massa. Sabemos que o interesse era
econômico: o interesse na exploração de petróleo.
Resposta: A
24. Somente a alternativa [B] está correta. Após o “11 de setembro”
de 2001, o presidente dos EUA, George W. Bush, do partido
Republicano, criou o famoso Eixo do Mal, estabelecendo os
inimigos da nação estadunidense. Entre eles estava o presidente do
Iraque Saddam Hussein, acusado de possuir armas de destruição
em massa (químicas e biológicas) e governar de forma ditatorial o
Iraque. O governo dos EUA implantou bases militares em lugares
estratégicos no Oriente Médio, conseguiu eliminar o presidente
Saddam Hussein, porém não foram encontradas as armas químicas
e biológicas. Havia um interesse econômico dos EUA no petróleo
do Iraque. As demais alternativas estão incorretas. A situação do
Iraque não melhorou consideravelmente, basta observar o texto.
O exército vermelho chinês não treinou soldados iraquianos.
Resposta: B
25. A questão ressalta o papel da mídia na cobertura da guerra.
Imagens selecionadas e textos parciais fazem parte também do
conflito, visando o apoio ou não da opinião pública.
Resposta: D
26. Mesmo com o veto da ONU, contrariando a decisão do Conselho
de Segurança, o então presidente George W. Bush formou uma
coalizão militar contra os iraquianos. Em março de 2003, os EUA
e seus aliados deram início à guerra do Iraque com um intenso
bombardeio.
Resposta: C
F B O NLINE.COM.BR
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27.
A) Desde novembro de 2013 que a Ucrânia vem passando por uma
grave crise política, econômica e social. O episódio que deflagrou
a crise foi a desistência do então presidente Viktor Yanukovych de
assinar um acordo de livre-comércio e associação política com a
União Europeia (UE), alegando que buscaria relações comerciais
mais próximas com a Rússia, seu principal aliado.
B) Oposição e parte da população favorável à aproximação com
a União Europeia, saiu às ruas protestando contra a decisão
de Yanukovych. Os protestos violentos deixaram mortos
em fevereiro de 2014, as manifestações levaram à saída do
contestado presidente pelo Parlamento e as eleições foram
antecipadas para maio. Por outro lado, no Leste e Sul do país,
os manifestantes defendiam o estreitamento das relações com
a Rússia, expandindo o conflito em outras partes do país.
C) Para a Rússia, a Ucrânia representa a possibilidade de exercer
alguma influência na Europa e não se tornar uma potência
atuando apenas na Ásia. Além das questões geográficas,
interesses econômicos que envolvem os dois países, como na
área de energia, em que os ucranianos importam o gás da
Rússia e os russos dependem dos gasodutos da Ucrânia para
exportar o produto para países europeus.
28.
A) Em meio a uma região predominantemente seca e árida, os rios
Tigre e Eufrates, com suas cheias periódicas que fertilizavam
os solos à sua volta, proporcionaram o assentamento e a
formação de vários reinos e impérios que compuseram a antiga
Mesopotâmia.
B) Os conflitos mais recentes desta região ocorrem em decorrência
da formação do grupo terrorista que se autodenomina Estado
Islâmico, que atua entre a Síria e o Iraque. A ideia desse grupo é
formar um Estado – Califado – baseado na lei islâmica, a sharia.
Podemos dizer que o surgimento desse grupo está relacionado
com dois fatores, a saber, (1) o conflito civil sírio decorrente
da Primavera Árabe e (2) os conflitos entre sunitas e xiitas no
Iraque, iniciados após a guerra de Saddam Hussein.
29.
A) Os EUA dificultaram a entrada de estrangeiros no país. O governo
de Bush criou a ideia do “Eixo do Mal”, governos que apoiavam
o terrorismo como o Iraque, Irã e a Coreia do Norte. Assim, o
presidente dos EUA, George W. Bush, permitiu a invasão ao
Iraque, alegando que o ditador Saddam Hussein possuía armas
de destruição em massa, o que não foi confirmado.
B) Países do ocidente liderados pelos EUA adotaram medidas
belicistas e invasoras, gerando o surgimento de grupos radicais
nestas regiões, como o Estado Islâmico. Sem dúvida, a invasão
dos EUA no Iraque contribuiu muito para o aparecimento desses
grupos terroristas que tanto assustam o ocidente.
30. Será considerada uma dentre essas explicações:
– Os EUA reinterpretaram o conceito de “guerra preventiva”,
estabelecendo que, quando o Ocidente encontrar-se sob
ameaça, a intervenção política e militar norte-americana
poderia ocorrer em qualquer “lugar do mundo”.
– A invasão do Iraque justificou-se pelo argumento do combate ao
potencial uso de armas químicas de destruição em massa. Essa ação
foi reforçada pelo discurso da defesa da democracia ocidental.
– A invasão do Afeganistão tinha o objetivo de combater a
atividade terrorista, organizada por bin Laden.
– Nos Estados Unidos, o medo provocado pela utilização do terror
redefiniu alguns direitos civis, restringindo-os (Ato Patriótico).
Supervisor/Diretor: Marcelo Pena – Autor: Hermano Melo
Digitadora: Rejane – 06/09/2017 – Revisora: KARLLA
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