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Conflitos

Contemporâneos
Mundiais
Isadora Zoni
Iêmen
• Cleptocracia (governada pelo poder discricionário de pessoas que
tomaram o poder político nos diversos níveis e que conseguem
transformar esse poder político em valor econômico, por diversos
modos).
• Colônia britânica
• Iêmen do sul e do norte, papel da Arábia Saudita.
• Unificação em 1990
• É um país de grande importância estratégica, pois está situado em
uma importante rota comercial de petróleo, de modo que os navios
petroleiros da região precisam passar por ele.
Iêmen
• Primavera Árabe ->exigir uma melhor qualidade de
vida para a população e derrubar os governos
ditatoriais e opressores que vigoravam na época.
• Ali Abdullah Saleh, que acabou sendo deposto pelo
movimento.
• Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, vice de Saleh, passa a
governar e não esconde sua simpatia pela vertente
Sunita.
• Minoria xiita (hutis) se manifesta contra o presidente.
Iêmen
• A medida que o Irã passou a apoiar os Xiitas, a Árabia Saudita,
também vizinha do Iêmen, passou a apoiar os Sunitas, vertente de
maior apelo popular na região.
• “Operação Decisive Storm” “Operação Renewal of Hope”
• Mísseis Hutis em Riad.
• Crise Humanitária? Mais de ¾ da população está vulnerável. Estima-
se que 24,3 milhões de iemenitas (quase 90% da população) não têm
acesso à rede pública de eletricidade e 16 milhões de pessoas
carecem de acesso a quantidades adequadas de água segura e
serviços de saneamento.
Iêmen

• Fim do conflito?
Atualmente o governo está em disputa.
-Conselho Política Supremo (Hutis)
-O presidente continua sendo Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, mesmo ele
tendo em 2015 fugido do Iêmen e buscado asilo na Arábia Saudita.
-Conselho sulista de transição. A milícia sunita que interveio em favor de
Hadi em 2015 contra os hutis, agora se voltou contra o governo e defende a
independência do sul do Iêmen.
• Conversas de paz. Martin Griffiths (enviado da ONU). Missão de paz,
objetivando um acordo de cessar fogo.
Xiitas x Sunitas

• Sunitas representam a maioria entre os muçulmanos e são mais flexíveis


(em comparação aos xiitas) às atualizações na interpretação de dogmas da
Suna (daí deriva o nome Sunita), livro suplementar ao Alcorão que traz
relatos sobre ações de Maomé, e da Sharia, a Lei Islâmica, em consonância
com as transformações da humanidade e com a evolução das civilizações.
• Por outro lado, xiitas representam um grupo tradicionalista minoritário,
que defende a manutenção da interpretação tradicional do Alcorão e da
Sharia. Não é incomum nos depararmos com notícias mundiais sobre
violência e atentados envolvendo conflitos entre esses dois grupos.
Estado Islâmico e
outros grupos terroristas
QUAL É A LÓGICA?
• Jihadistas entendem que a luta violenta é necessária para erradicar
obstáculos para a restauração da lei de Deus na Terra e para defender
a comunidade muçulmana, conhecida como umma, contra infiéis e
apóstatas (pessoas que deixaram a religião).
• Se a umma é ameaçada por um agressor, eles sustentam que a jihad
não é só uma obrigação coletiva (fard kifaya), mas também um dever
individual (fard ayn), que deve ser cumprido por todos os
muçulmanos capazes, assim como as preces rituais e o jejum durante
o Ramadã.
Estado Islâmico
• Surgiu de outra célula terrorista, pois se intitulava “Al Qaeda no Iraque” – e
estava presente lutando contra as tropas estadunidenses que invadiram o
país em 2003. Depois desse grupo quase se dissolver, ele renasceu em
2006 com o nome de Estado Islâmico.
• Em 2014, o E.I. estava tão forte que dominou algumas áreas na Síria e no
Iraque, as quais chamou de califados – o termo se refere aos antigos
impérios islâmicos depois de Maomé, que seguiam rigorosamente as leis
islâmicas. Esse é o principal objetivo do E.I.: tomar territórios para chamar
de seu, criar esse Estado que tem como princípio as leis islâmicas e destruir
tudo o que remeter ao Ocidente – em termos políticos, culturais, religiosos
e históricos.
• Novo mundo pan-islâmico
Estado Islâmico
• Com as sucessivas derrotas militares, o
Estado Islâmico intensificou os esforços
para exportar o caos que costumava
confinar dentro de suas fronteiras. O
ataque ao Ocidente desenvolve-se a partir
do interior dessas sociedades,
aproveitando circunstâncias como a
imigração em massa.
• Mudança de tática.
Afeganistão
• Conflito com maior número de mortos – 40 mil pessoas.
HISTÓRICO
• Em 11 de setembro de 2001, ataques terroristas nos Estados Unidos
mataram quase 3 mil pessoas. Osama bin Laden, o chefe do grupo
extremista al-Qaeda, foi rapidamente identificado como responsável pelos
atentados.
• O Talebã, grupo islâmico radical que governava o Afeganistão na época,
decidiu proteger Bin Laden e se recusou a entregá-lo ao governo
americano. Então, um mês depois dos atentados de 11 de setembro, os
Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra o país.
• Outras nações entraram na guerra em apoio aos EUA, e o Talebã foi
rapidamente removido do poder. Mas o grupo não desapareceu e sua
influência voltou a crescer nos últimos anos.
Afeganistão
• O Talebã continua a exercer pressões no país por meio de ataques e
atentados, e poderá voltar a ter um papel oficial na estrutura de
governo afegã se as negociações de paz forem bem-sucedidas.
• O Talebã conquistou o controle da capital afegã, Cabul, em 1996, e
passou a governar o país dois anos depois. O grupo segue uma
interpretação radical do islã e defende punições severas e execuções
públicas a quem descumpre as orientações religiosas.
• Dois meses meses depois dos ataques lançados pelos EUA em
resposta aos atentatos de 11 de setembro, o governo talebã entrou
em colapso - militantes e dirigentes do grupo se deslocaram para o
Paquistão.
Afeganistão
• Como o Talebã continua a se financiar?
-Estima-se que o grupo arrecade até US$ 1,5 bilhão por ano. Parte
desse dinheiro vem do tráfico de drogas - o Afeganistão é o maior
produtor de ópio do mundo e o Talebã domina a maioria das áreas
onde estão as plantações de papoula usadas para produção de heroína.
-Pedágios
-Acredita-se que o Paquistão e o Irã continuam a financiar.
Afeganistão
Papel dos EUA
Os conflitos no Iraque, Síria, Afeganistão e Paquistão custaram aos EUA US$
5,9 trilhões desde 2001. Os EUA ainda estão conduzindo ataques aéreos
contra o Talebã, promovidos por Donald Trump, terceiro presidente a
governar os EUA desde que os conflitos se iniciaram. Mas ele pretende
reduzir as tropas americanas na região antes da próxima eleição
presidencial, em novembro de 2020.

O Talebã agora controla muito mais territórios do que quando as tropas


internacionais começaram a deixar o Afeganistão, em 2014. Muitos em
Washington temem que uma retirada total de tropas americanas gere um
vácuo que pode ser ocupado por grupos radicais que buscam atacar o
Ocidente.
Guerra Comercial entre EUA e China
• Histórico de tensão.
• Consenso em Washington: A China é um adversário com o qual os
EUA estão inexoravelmente presos à competição estratégica.
• A maioria dos formuladores de políticas dos EUA concorda que
Pequim explorou instituições e regras para seu próprio fim -
ingressando na Organização Mundial do Comércio ou assinando a
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, por exemplo,
mesmo quando age de maneira inconsistente com o espírito de
ambos.
Guerra Comercial entre EUA
e China
• Acordo comercial
• O vice-primeiro-ministro chinês Liu He, que vai liderar o
contingente chinês durante as negociações que começam
na quinta-feira, disse aos representantes dos EUA que sua
oferta a Washington não incluirá compromissos de
reforma da política industrial chinesa ou subsídios do
governo, alvo de antigas reclamações dos EUA
• É emblemático do que analistas consideram como um
maior poder de fogo da China em um momento quando o
governo Trump enfrenta uma crise de impeachment e uma
economia em desaceleração que, segundo as empresas,
tem origem na instabilidade provocada pelas guerras
comerciais do presidente.
O aiatolá do Irã, Ali Khamenei (à esq.), e o príncipe saudita Mohammed bin Salman
Irã x Arábia Saudita
• Os dois países, que são vizinhos poderosos, disputam o domínio da região.
• A tensão entre as nações, que dura décadas, é acentuada por diferenças
religiosas. Os países seguem ramos distintos do islã: o Irã é
majoritariamente xiita, enquanto a Arábia Saudita se vê como a potência
sunita dominante.
• Esse embate religioso se reflete no mapa do Oriente Médio, onde países
com maioria sunita ou xiita buscam, respectivamente, a Arábia Saudita ou
o Irã em busca de alianças.
• Historicamente, a Arábia Saudita, uma monarquia e berço do islã, se vê
como líder do mundo muçulmano. Mas essa posição foi desafiada em 1979
pela Revolução Islâmica no Irã, que criou outro tipo de Estado na região:
um tipo de teocracia revolucionária, que tinha o objetivo explícito de
exportar o modelo além de suas fronteiras.
Irã x Arábia Saudita
• Nos últimos 15 anos, particularmente, as diferenças entre a Arábia Saudita
e o Irã se intensificaram graças a uma série de eventos.
• A invasão do Iraque, liderada pelos EUA, em 2003, derrubou Saddam
Hussein, um árabe sunita que havia sido um grande adversário do Irã.
• A guerra removeu um ator militar que agia como contrapeso ao Irã na
região. Ela abriu o caminho para um governo em Bagdá dominado por
xiitas e com crescente influência iraniana.
• Em 2011, uma série de levantes no mundo árabe causou instabilidade na
região. O Irã e a Arábia Saudita exploraram essas revoltas para expandir
sua influência - especialmente na Síria, no Bahrein e no Iêmen, ampliando
a desconfiança mútua.
Irã x Arábia Saudita
• Como as coisas pioraram?
-A rivalidade vem se acentuando porque o Irã está vencendo a disputa
regional em vários sentidos.
-Na Síria, o apoio do Irã (e da Rússia) ao presidente Bashar al-Assad
permitiu que o governo vencesse forças rebeldes apoiadas pelos
sauditas.
-A Arábia Saudita está tentando desesperadamente conter a crescente
influência iraniana, enquanto as aventuras militaristas do jovem e
impulsivo príncipe Mohammed bin Salman, a autoridade máxima no
país, vêm exacerbando tensões regionais.
Irã x Arábia Saudita
• Como as coisas pioraram?
-O príncipe combate uma guerra no vizinho Iêmen contra o movimento Houthi,
visto como próximo do Irã. Mas, quatro anos depois de iniciado, o conflito tem se
mostrado uma aposta arriscada.
-Enquanto isso, no Líbano, um aliado do Irã, a milícia Hezbollah lidera um poderoso
bloco político e controla forças imensas e altamente armadas. Muitos analistas
acreditam que os saudistas forçaram o primeiro-ministro libanês Saad Hariri a
renunciar em 2017 em meio ao envolvimento do Hezbollah em conflitos regionais.
Ele depois resolveu adiar a renúncia e segue no cargo até hoje.
-Também há forças externas envolvidas na disputa. A Arábia Saudita se fortaleceu
com o apoio do governo de Donald Trump - e se beneficia da postura de Israel, que
considera o Irã uma grande ameaça e, consequentemente, apoia indiretamente o
esforço saudita.
Irã x Arábia Saudita
Guerra Fria do Oriente Médio
• Por enquanto, Teerã e Riad têm lutado indiretamente. Nenhum dos dois
está realmente disposto a combater o rival diretamente, mas um ataque
dos houthis à capital saudita ou a algum alvo econômico relevante — como
o ocorrido recentemente nas instalações de petróleo — pode alterar esse
cálculo.
• A Síria é um exemplo óbvio. No Iêmen, a Arábia Saudita acusa o Irã de
prover mísseis balísticos atirados contra o território saudita pelo
movimento rebelde Houthi.
• O Irã também é acusado de fazer demonstrações de força nas águas do
Golfo, por onde a Arábia Saudita escoa seu petróleo. Os EUA dizem que o
Irã está por trás de ataques recentes a navios na região — acusação negada
por Teerã.
Envolvimento Americano
Síria
• Primavera Árabe chega até a Síria: A luta é pela deposição do
ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder há 46 anos. Há
a estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo ditatorial decidiu
reprimir os rebeldes com violência.
GUERRA CIVIL SÍRIA: Na Síria, os protestos iniciaram-se em março de 2011,
na cidade de Deraa, no sul da Síria. A resposta do governo sírio
foi violenta, o que motivou novas rebeliões em diferentes partes da Síria,
como na capital, Damasco, e Aleppo, a maior cidade da Síria.
À medida que a repressão do governo contra os protestos populares
aumentava, formaram-se grupos de resistência. Esses grupos logo se
transformaram em milícias armadas, que partiram ao ataque na tentativa de
expulsar as tropas de Assad de suas regiões e derrubar o governo sírio. Esses
exércitos rebeldes foram inicialmente formados por civis e militares
desertores.
Síria
• No final de 2018, parecia que o conflito sírio continuaria no mesmo caminho.
Parecia que o regime de Bashar al-Assad, com ajuda iraniana e russa, venceria
sua batalha contra a oposição. A guerra contra o Estado Islâmico se aproximaria
da linha de chegada. Os atores estrangeiros manteriam um equilíbrio frágil em
várias partes do país: entre Israel, Irã e Rússia no sudoeste; Rússia e Turquia no
noroeste; e os EUA e a Turquia no nordeste.
• Mas com um telefonema de meados de dezembro para o presidente turco Recep
Tayyip Erdoğan anunciando a retirada das tropas dos EUA, Trump mexeu com
esse equilíbrio; aumentou as chances de um conflito sangrento envolvendo a
Turquia, seus aliados sírios, curdos sírios e o regime de Assad; e, ao fazê-lo,
potencialmente deu ao Estado Islâmico uma nova oportunidade de vida,
alimentando o caos em que vive.
• Curdos que apoiaram os esforços americanos contra o Estado Islâmico são
deixados a sua própria sorte.
Questão
étnica
TOP 10
• Iêmen
• Afeganistão
• Tensões na China
• Arábia Saudita, EUA, Israel e Irã
• Síria
• Nigéria
• Sudão do Sul
• Cameroon
• Ucrânia
• Venezuela
Rússia X Chechênia

• Em 1991, a Chechênia declarou independência e foi nomeada


República Chechena da Ichkeria.
• Entretanto o único país que reconheceu a independência foi o
Afeganistão durante o período do Talebã.
PRIMEIRA GUERRA CHECHENA (1994-1996)
• As forças do exército russo invadiram Grozny em 1994, mas, depois
de dois anos de intensos combates, as tropas russas se retiraram da
Chechênia sob o Acordo de Khasavyurt.
Rússia X Chechênia

SEGUNDA GUERRA CHECHENA (1998-agora)


A campanha de 1999 reverteu o resultado da Primeira Guerra na
Chechênia, em que a região havia ganho grande autonomia, que alguns
consideravam independência de facto como a República Chechena da
Ichkeria.
Embora seja considerada por muitos como um conflito interno dentro
da Federação Russa, a guerra atraiu um grande número de
combatentes jihadistas (mujahidins) estrangeiros, incluindo redes
terroristas apoiadas pelo Afeganistão.
Rússia X Chechênia

Crise de reféns na escola de Beslan – separatistas chechenos acabaram matando


334 e ferindo 700 pessoas. As violações generalizadas dos direitos humanos pelas
forças combatentes (russas e separatistas), atraíram críticas internacionais,
especialmente dos Estados Unidos e da União Europeia.

O apoio da Arábia Saudita aos separatistas chechenos tornou as relações russo-


sauditas mais tensas, a ponto do presidente Putin ameaçar publicamente o
governo saudita de retaliação militar caso um novo atentado daquele tipo
ocorresse. O apoio da Geórgia aos separatistas chechenos também é considerado
um dos fatores que ajudaram a deteriorar as relações russo-georgianas na última
década.

A continuidade da guerrilha em áreas montanhosas do cáucaso mantém a tensão


permanente na região

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