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AFEGANISTÃO

O Afeganistão é um país asiático, o seu território está localizado no centro deste continente.
Faz fronteira com o Turquemenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, China, Paquistão e Irã.

Desde a antiguidade, o Afeganistão tem sido objeto de invasões e conquistas. Isso acontece
pois este tem uma localização geográfica privilegiada, que o torna um ponto estratégico
importante para as relações comerciais e para estabelecer domínio na Ásia Central.

As consequências do conflito aos níveis político e social


O conflito deixou um legado de instabilidade, impactando a vida da população afegã e gerando
implicações geopolíticas significativas. O Afeganistão enfrenta desafios complexos de
segurança, governança e desenvolvimento enquanto busca um caminho para o futuro.
A nível social
 Mortes de civis: A guerra resultou em milhares de mortes, incluindo militares
estrangeiros, afegãos e civis. Mais de 2.3 milhões de americanos foram mortos, e
centenas de soldados de outras nacionalidades também perderam a vida. No entanto
os afegãos foram os mais afetados pelo conflito, com mais de 60 mil mortos nas forças
de segurança e quase o dobro de mortos civis.

 Impacto nas Mulheres e nos Menores: As mulheres e os menores de etnias foram


particularmente afetados pela guerra civil, enfrentando discriminação, violência e
restrições aos seus direitos humanos básicos. Um exemplo disso foi a imposição de
políticas pelos Talibãs que restringiam os direitos das mulheres, incluindo o acesso à
educação e participação na vida pública.

 Refugiados: Desde o início da guerra em 2001, mais de 5,7 milhões de antigos


refugiados retornaram ao Afeganistão, mas outros 2,2 milhões permaneceram
refugiados em 2013. Desses 2 milhões, 500 000 eram deslocados internos, também
conhecidos como refugiados internos, são pessoas forçadas a fugir de suas casas mas,
diferentemente dos refugiados, não cruzaram uma fronteira internacional para
encontrar um santuário, permanecendo dentro do seu país. Portanto, embora tenham
fugido por razões similares às dos refugiados, estes permanecem legalmente sob
proteção das autoridades do governo do seu país. Em 2021, o Afeganistão era o
terceiro país com mais refugiados, atrás de Síria e Venezuela.
A nível económico
 Instabilidade política: A guerra resultou em um longo período de instabilidade política
no Afeganistão, com mudanças frequentes de governo e desafios persistentes para
estabelecer um governo estável e eficaz.

 Economia e Infraestrutura: A guerra causou danos significativos à infraestrutura do


país, incluindo estradas, escolas, hospitais e instalações básicas. A economia afegã
também sofreu, com recessão, desemprego e pobreza.

 Intervenção Estrangeira: A presença militar estrangeira no Afeganistão teve um


impacto significativo na dinâmica política do país. Por exemplo, a presença de tropas
estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos e pela NATO influenciou as negociações de
paz, as relações entre grupos políticos afegãos e a perceção pública do governo afegão
como um ator independente.

Situação atual

Situação atual

Uma situação "desastrosa". É desta forma que especialistas descrevem o estado do Afeganistão
atualmente, dois anos após a retomada do poder pelos talibãs. A crise econômica, social e
humanitária leva os afegãos a deixar o país em massa: 1,6 milhão de pessoas desde 2021, o
que representa 4% da população.

Atualmente é regime constituído por radicais islâmicos e por uma liderança fraca, de um
homem muçulmano. A economia afegã, já abalada por décadas de guerra, enfrenta uma crise
após sanções e o corte de bilhões de dólares de ajuda internacional desde a retomada de
poder pelo regime Talibã.

O fracasso é ilustrado pela quantidade de cidadãos em estado de miséria. Cerca de 34 milhões


de pessoas estão atualmente abaixo da linha da pobreza no Afeganistão, um número que
quase dobrou desde o fim da guerra.

Mulheres: principais reféns dos talibãs

Em dois anos de regime, as afegãs foram obrigadas a voltar a utilizar o véu integral, perderam o
direito de ir à escola ou à universidade, de frequentar espaços públicos, de trabalhar no setor
público ou em ONGs, e de gerir ou frequentar salões de beleza.
INTRODUÇÃO
A Guerra do Afeganistão, marcada por complexidades históricas e geopolíticas, teve início em
2001 e teve desdobramentos significativos nas décadas seguintes. Este trabalho propõe-se a
analisar de forma abrangente os antecedentes que levaram ao conflito, explorando as
dinâmicas políticas, sociais e culturais que moldaram a região. Desde a ocupação soviética na
década de 1980, passando pela ascensão e queda do regime Taliban, até os eventos pós-11 de
setembro, será examinado como diversos fatores contribuíram para a prolongada instabilidade
no Afeganistão. O objetivo deste trabalho é proporcionar uma compreensão aprofundada dos
eventos que culminaram na Guerra do Afeganistão, destacando as complexidades das relações
internacionais, as influências dos atores regionais e as implicações globais resultantes desse
conflito.

Contextualização
No século XIX, em meados de 1813, o Afeganistão tornou-se num campo de batalha devido a
uma luta de influências ou seja , um conflito e rivalidade estratégica entre o Império Britânico e
o Império Russo pela supremacia na Ásia Central, uma vez que a expansão russa começou a
ameaçar colidir com o crescente domínio britânico. Após sofrer uma derrota significativa, a
Grã-Bretanha, que era uma superpotência na altura, transformou o Afeganistão em um
protetorado (território autônomo que é protegido diplomaticamente ou militarmente por um
Estado contra terceiros). Em 1919, o Afeganistão conquistou a sua independência dos
britânicos.

Em 1978, o Afeganistão vivenciou a sua primeira grande instabilidade política após a


independência, marcada por uma guerra civil entre a população. Esta teve origens complexas,
incluindo um golpe comunista que levou à instalação de um governo pró-soviético no
Afeganistão (regime que tinha o apoio político, econômico e militar da União Soviética), e
também pelos mujahidin, que eram grupos formados por diversas fações que se opunham ao
regime comunista e à presença militar soviética. Em 1979 a União Soviética invadiu o
Afeganistão enviando tropas para combater os mujahidin, iniciando uma intervenção militar
que durou quase uma década. Durante esse período, os mujahidin receberam apoio
significativo de potências estrangeiras incluindo ocidentais, como os EUA. Foi então a chamada
Guerra Soviético-Afegã que decorreu durante a Guerra Fria.

Em 1898, após nove anos de guerra e 15 mil soldados soviéticos mortos, Moscovo retira as
suas tropas, mas mantém o apoio financeiro ao regime afegão, terminando assim esta guerra.
Os Mujahidin continuaram em luta contra o governo afegão, eventualmente contribuindo para
a sua queda em 1992. Após tomar o poder, a união dos mujahidin desfez-se e começou um
período de lutas entre si.
Em 1994, formou-se o um movimento fundamentalista islâmico chamado os talibãs, pois 40 a
50 estudantes muçulmanos, insatisfeitos com o caos do país, reuniram-se com a ideia de
desarmar os bandos, acabar com os crimes e estabelecer o islamismo mais radical trazendo
expectativa de paz á população . O grupo foi crescendo, conquistou a capital Cabul e invadiu
cerca de 90% do país. Depois da queda de Cabul surgiu a Aliança do Norte liderada pelo
ministro da defesa Ahmed Shah Massoud, com o fim de unir vários grupos afegãos que para
lutarem juntos contra os Talibãs, porém estes até 2001 estiveram no poder.

Em 9 de Setembro de 2001, o líder da Aliança foi assassinado por agentes do grupo Al-Qaeda.
A Al-Qaeda, que em árabe significa “a base” é uma organização extremista islâmica fundada
por Osama bin Laden e outros líderes em 1988. Ao princípio, o foco de atuação da Al-Qaeda
tinha por objetivo expulsar as tropas russas do território do Afeganistão e durante esse período
os EUA como já referido realizavam ajuda financeira à organização, que inicialmente integrava
os mujahidin. No entanto, por várias razões, como a significativa presença militar dos EUA no
Médio Oriente, a influência cultural ocidental que ameaçava os valores islâmicos e o apoio a
governos considerados inimigos pelos extremistas islâmicos como o apoio a Israel no conflito
Israel-Palestina, Bin Laden iniciou uma campanha contra os EUA. Esta organização é conhecida
pelos seus ataques terroristas em todo o mundo e foi então reconhecida como uma
organização terrorista pelos EUA, Reino Unido, União Europeia, NATO e muitos outros países..
A organização encontrou refúgio no Afeganistão no final da década de 1990,e criou estreitas
alianças, ficando sob o governo Taliban.

Ataques 11 de setembro
No dia 11 de setembro de 2001 os EUA foram alvos de ataques terrorista. Este ataque ,como
mais tarde se provou foi proporcionado pelo grupo Al-Qaeda, liderado por Osama bin Laden
devido a toda a ira que sentiam dos EUA, pelas razoes já mencionadas. Foi uma tentativa do
grupo de enviar uma mensagem dramática e causar impacto global, para destabilizar os
Estados Unidos e provocar mudanças na sua intervenção no Médio Oriente .

Na série de ataques 19 terroristas do Al Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais que


partiram de diferentes cidades EUA. Os aviões foram transformados em armas e lançados
contra alvos específicos e de grande simbolismo.

Aqui podemos perceber as rotas dos 4 aviões: Dois aviões foram lançados sobre as duas torres
do World Trade Center, em Nova York, as conhecidas torres gémeas, que as destruiu ;Um avião
foi lançado sobre o Pentágono, em Washington, causando grandes danos ;O quarto avião
supostamente seria lançado sobre o Capitólio, também em Washington DC, mas caiu em um
local deserto na Pensilvânia. O saldo desse atentado terrorista foi de quase 3 mil mortos,
incluindo os 19 terroristas.

Menos de uma semana após os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, o presidente dos


EUA, George W. Bush, identificou Osama Bin Laden como o "principal suspeito" nos ataques, o
que este na altura negou mas uns anos depois admitiu.

Em 21 de Setembro de 2001 George Bush, fez um ultimato aos talibãs, que formulou as
seguintes exigências:

entregar todos os líderes da Al-Qaeda no Afeganistão para os Estados Unidos;


libertar todos os prisioneiros de nações estrangeiras, incluindo cidadãos americanos;

proteger jornalistas estrangeiros, diplomatas e de voluntários no Afeganistão;

fechar acampamentos de formação de terroristas no Afeganistão e entregar todos os


terroristas às autoridades competentes;

garantir o livre acesso dos EUA aos acampamentos, a fim de verificar o seu encerramento.

Por esta altura o único pais que continuou a manter os contatos diplomáticos com o
Afeganistão foi o Paquistão.

Entretanto os talibãs não responderam diretamente ao ultimato, mas recusaram-se a destruir


as bases da Al-Qaeda, assim como a entregar lideranças dessa organização . Só em 7 de
outubro os talibãs estavam dispostos a colocar Bin Laden num tribunal islâmico no Afeganistão
porém os EUA recusaram esta oferta por julgá-la insuficiente.

Então os bombardeamentos no Afeganistão contra instalações do Talibã e da Al-Qaeda por


forças anglo-americanas começaram no mesmo dia. Deu se assim ,a 7 de outubro de
2001,início á Guerra do Afeganistão.

Guerra do Afeganistão.
Os objetivos dos Estados Unidos passavam por:

 Derrubar o Talibã do poder e impedir que ele apoiasse novas organizações terroristas.
 Destruir a Al-Qaeda e prender suas lideranças, nomeadamente Osana Bin Laden que já
era procurado pela ONU desde 1999 devido a ataques a embaixadas dos EUA no
Quénia e na Tanzânia

A atuação dos Estados Unidos aconteceu à revelia da ONU, e a intervenção norte-americana,


portanto, não tinha o apoio dessa organização. Por outro lado o Reino Unido foi um aliado
fundamental dos Estados Unidos, oferecendo suporte para a ação militar desde o início dos
preparativos para a invasão, e também se aliaram à Aliança do Norte, o grupo de oposição aos
Talibã do Afeganistão.

Dessa forma, as forças do Talibã se desorganizaram, ficando impossível defender o país .Com o
desmantelamento do governo Talibã, lideranças importantes desse grupo e da Al-Qaeda
esconderam se nas montanhas do país ou fugiram para o seu único aliado no momento e país
vizinho o Paquistão.

Com isto em dezembro, os Estados Unidos deram início à formação de um novo governo no
Afeganistão para garantir a estabilidade por meio de novos governos democráticos., nomeando
Hamid Karzai como presidente. Além disso, a ONU autorizou o envio de forças de defesa para
sustentar o novo governo que surgia no Afeganistão, e o objetivo disso era impedir o retorno
dos Talibã. Em agosto de 2003, a NATO envolveu-se como aliança, e liderou a missão de
segurança Força Internacional de Assistência à Segurança .Uma parte das forças dos Estados
Unidos no Afeganistão operavam sob o comando da OTAN e o restante permaneceu sob
comando direto dos Estados Unidos.

O líder talibã Omar reorganizou o movimento e, no final de 2003, lançou uma insurgência
contra o governo e a ISAF contribuindo para um aumento na violência. Foram criados
pequenos campos de treinamento móveis ao longo da fronteira com o Paquistão por fugitivos
da al-Qaeda e do Talibã para treinar novos recrutas em táticas de guerra. Entretanto, o
enfraquecimento do grupo Talibã foi gradualmente superado e o grupo foi ao longo dos anos
criando grandes ataques, emboscadas e ataques suicidas contra bastantes civis.

O ano de 2009 foi ainda mais violento desde a invasão em 2001. A insurgência Talibã
intensificou os ataques em todo o território, causando grande número de mortes de civis e
forças afegãs e estrangeiras. A onda de violência no país exigiu uma revisão da estratégia da
NATO incluindo o envio de mais tropas dos países membros, bem como promover e melhorar a
formação das forças de segurança afegãs . As tropas contribuintes vinham de vários países
como quase todos os países da UE, incluindo Portugal, bem como a Coreia do Sul, Azerbaijão,
Singapura e alguns outros não membros da OTAN. O recém eleito presidente dos EUA, Barack
Obama, anunciou também em 2009 a estratégia de envio de um grande número de tropas
adicionais americanas para tentar conter a insurgência Taliban.

As conversas de paz começaram de fato em 2010. Em janeiro, comandantes Talibãs se


encontraram secretamente com enviados especiais das Nações Unidas. Porém foi também em
maio de 2010, que forças especiais da NATO iniciaram uma série de ataques e operações para
capturar ou matar líderes talibãs.

Em 1 de maio de 2011, autoridades americanas anunciaram que o líder da Al-Qaeda, o


terrorista mais procurado do mundo, Osama bin Laden, tinha sido morto por tropas
americanas numa operação sob ordens de Obama, no Paquistão. Multidões se reuniram
enfrente a Casa Branca em Washington, DC, gritando "USA, USA" depois que a notícia se
espalhou e o Presidente Obama falou ao povo em rede nacional de televisão e descreveu a
operação ressaltando a morte do líder terrorista

Os anos se passaram e a Guerra do Afeganistão se tornou um conflito que não agradava á


maioria nos Estados Unidos. O país gastava uma quantidade de dinheiro exorbitante, e a morte
de cidadãos norte-americanos na ocupação se tornou cada vez mais questionada. Então os
Estados Unidos planejaram a sua retirada do território afegão em 2011 e iniciaram em 2014,
mas numa primeira fase a retirada seria limitada. Entretanto já em 1 de agosto de 2010, os
Países Baixos tornaram-se o primeiro país membro da NATO a retirar suas tropas do
Afeganistão. Outras nações da OTAN também já estavam em processo de retirar os seus
militares do Afeganistão.

Em 2 de maio de 2012, os presidentes Karzai e Obama assinaram um acordo estratégico entre


os países válido por 10 anos. O acordo de parceria entre os Estados Unidos e o governo do
Afeganistão providenciava um plano de estratégia após a retirada das forças americanas do
país. Uma das disposições do acordo era a designação do Afeganistão como um aliado
importante extra-NATO dos Estados Unidos para fornecer cooperação em segurança e defesa.
Também outras disposições faziam parte do acordo como: o compromisso dos Estados Unidos
em apoiar o desenvolvimento social e econômico do Afeganistão; o compromisso do
Afeganistão na supervisão do governo e na proteção dos direitos humanos de todos os
afegãos, homens e mulheres; e conceder aos Estados Unidos a possibilidade de manter as
forças no Afeganistão após 2014 com o objetivo de treinar as forças afegãs e atacar a al-Qaeda.

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que as missões de combate das forças dos
Estados Unidos terminariam oficialmente em dezembro de 2014. Uma força residual de 9 800
soldados ficaria para atrás, para ajudar a treinar e dar suporte às tropas afegãs, além de
realizar missões pontuais de contraterrorismo contra a Al-Qaeda. Esta força ia ser
gradualmente reduzida em tamanho entre 2015 e 2016, quando apenas uma pequena tropa
ficaria para atrás para defender as embaixadas estrangeiras. A 28 de dezembro de 2014 os
Estados Unidos e a NATO oficialmente encerraram suas operações militares no Afeganistão,
depois de treze anos.

A partir de 2016, o Talibã começou a recuperar suas forças e voltou a realizar ofensivas. O
governo afegão, contando com menos apoio do Ocidente, teve dificuldades em reagir. Em abril
de 2017, o já presidente Donald Trump autorizou o envio de 5 000 fuzileiros americanos
adicionais ao território afegão para apoio contra os talibãs. O ano de 2018 seguiu a tendência
de 2017e embora os Estados Unidos tenham aumentado as intervenções aéreas no país, o
número de mortes e atentados subiu acima do esperado para o ano, especialmente na região
sul. Como podemos observar no mapa essa zona sul estava já dominada pelos Talibãs e aliados.

Em 2018, foram também iniciados as negociações de paz entre os Estados Unidos e o Taliban,
com o objetivo de buscar um acordo político que permitisse a retirada das tropas estrangeiras,
porém não foi sucedido, apenas so sendo falado novamente em dezembro de 2019. Nesse
momento, o Talibã já controlava algumas regiões do interior do Afeganistão, embora locais
importantes, como Cabul, ainda estivessem nas mãos do governo afegão, representado pelo
novo presidente Ashraf Ghani.

Em 29 de fevereiro, representantes dos Estados Unidos e do Talibã firmaram um acordo de paz,


assinado em Doha, no Qatar. Em troca da redução das hostilidades e na gradual renúncia dos
talibãs à violência, as tropas da NATO iniciariam a sua retirada do território afegão após quase
vinte anos. Contudo, o processo de paz enfrentou vários obstáculos, incluindo a persistência da
violência e a complexa dinâmica política interna.

A partir de março de 2020, o Talibã aumentou consideravelmente o número de ataques contra


forças do governo afegão. Mesmo com essa nova escalada da violência, o presidente Trump
afirmou que não voltaria atrás na sua decisão de retirar o exército daquele país no ano
seguinte.

Em maio de 2021, as tropas americanas começaram oficialmente a se retirar do Afeganistão


enquanto acontecia uma ofensiva dos Taliban, que rapidamente tomou o controle de várias
províncias afegãs. A retirada acelerou-se rapidamente à medida que os Taliban ganhavam
terreno, levando à evacuação urgente de pessoal diplomático e cidadãos afegãos aliados aos
EUA.O grupo Taliban avançou rapidamente e, em meados de agosto de 2021, havia cercado a
capital, Cabul. A evacuação internacional, liderada pelos EUA, concentrou-se no Aeroporto de
Cabul, onde ocorreram cenas caóticas de milhares de pessoas que tentavam deixar o país.
Diante do avanço dos Taliban, o presidente afegão Ashraf Ghani renunciou em 15 de agosto de
2021, deixando o país.

Nós agora vamos passar um pequeno vídeo que, pode ajudar á melhor compreensão do final
desta longa guerra, com imagens bastante alusivas.
(depois do link) A retirada dos EUA do Afeganistão em 2021 marcou o fim de uma presença
militar de duas décadas, mas também desencadeou uma série de desafios políticos,
humanitários e de segurança para o povo afegão e a comunidade internacional.

 Entenda a Guerra no Afeganistão | Mundo | G1 (globo.com)


 Afeganistão: a guerra explicada em 10 pontos - BBC News Brasil
 Visão | Afeganistão: Cronologia de um país dizimado pela guerra (visao.pt)
 Guerra do Afeganistão de 2001: contexto e derrota - Mundo Educação (uol.com.br)

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