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Slide1 (capa) Bom dia a todos ,nós hoje iremos apresentar a Guerra civil do Afeganistão.

Slide 2 - Introdução

A Guerra do Afeganistão, marcada por complexidades históricas e geopolíticas, teve início em


2001 e teve desdobramentos significativos nas décadas seguintes. Neste trabalho propomos
analisar de forma abrangente os antecedentes que levaram ao conflito, explorando as
dinâmicas políticas, sociais e os fatores contribuíram para a prolongada instabilidade no
Afeganistão. O objetivo deste trabalho é proporcionar uma compreensão aprofundada dos
eventos que culminaram na Guerra do Afeganistão, destacando as complexidades das relações
internacionais e dos atores regionais , a influencia da religião e as implicações globais
resultantes desse conflito.

Nós vamos basear o nosso trabalho num friso cronológico dividindo em antes e após 2001,que
é quando a Guerra civil do país de facto se inicia, pois seria impossível compreender esta
guerra se não recuássemos uns anos no tempo.

Slide 3- Localização da área em estudo

O Afeganistão é um país asiático, e está localizado no centro deste continente, portanto no


Médio Oriente. Faz fronteira com Paquistão, China, Irão e países da antiga União Soviética : o
Turquemenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, como podemos observar no mapa ao lado.
Desde a antiguidade, o Afeganistão tem sido objeto de invasões e conquistas. Isso acontece
pois este tem uma localização geográfica privilegiada, com vizinhos poderosos, que o torna um
ponto estratégico importante para as relações comerciais e para estabelecer domínio na Ásia
Central.
Slide 4- Friso cronológico (antecedentes)

Passamos agora para a contextualização, com suporte do friso cronológico, para a análise dos
antecedentes ao conflito.

Ano de 1813: Conflito de influências entre Império Russo e Império Britânico

No século XIX, o Afeganistão virou campo de batalha entre o Império Britânico e o Império
Russo pela supremacia na Ásia Central. Após uma derrota, a Grã-Bretanha transformou o
Afeganistão num protetorado.

Slide 5- Friso cronológico (antecedentes)

Ano de 1919: Em 1919, o Afeganistão conquistou a sua independência dos britânicos.

Slide 6- Friso cronológico (antecedentes)

Ano 1978/1979 :Inicio da Guerra Soviética-Afegã

Slide 7-Guerra Soviética-Afegã

Em 1978, o Afeganistão vivenciou a sua primeira grande instabilidade política após a


independência, marcada por uma guerra civil entre a população. Esta teve origens complexas,
incluindo um golpe comunista que levou à instalação de um governo pró-soviético no
Afeganistão (regime que tinha o apoio político, económico e militar da União Soviética), e
também pelos mujahidin, que eram grupos que se uniram, e opunham-se ao regime comunista
e à presença militar soviética. Em 1979 a União Soviética invadiu o Afeganistão para defender o
governo comunista enviando tropas para combater os mujahidin, iniciando uma intervenção
militar que durou quase uma década. Durante esse período, os mujahidin receberam apoio
significativo de potências estrangeiras incluindo ocidentais, como os EUA. Foi então o início da
chamada Guerra Soviética-Afegã que decorreu durante a Guerra Fria e estima-se que entre 850
000 a 1 500 000 afegãos morreram neste conflito.

Slide 8- Friso cronológico (antecedentes)

Ano 1899 no friso cronológico: Evacuação das tropas soviéticas do Afeganistão

Slide 9- Evacuação das tropas soviéticas do Afeganistão

Em 1989 após nove anos desta guerra e 15 mil soldados soviéticos mortos, não conseguindo
conquistar o país, Moscovo retira as suas tropas, mas mantém o apoio financeiro ao regime
afegão, terminando assim esta guerra. A saída da União Soviética acabou por piorar a situação
no Afeganistão, com o governo central comunista sem força para se manter de pé sozinho.

Slide 10- Friso cronológico (antecedentes)

Ano de 1992 no friso cronológico: Queda do governo afegão e toma de poder dos mujahidin.
Em janeiro de 1992, a URSS encerrou completamente a ajuda económica ao regime afegão.
Então mujahidins, como continuaram em luta contribuíram para a queda do governo nesse
mesmo ano de 1992. Após tomar o poder, a união dos mujahidin desfez-se e começou um
período de lutas entre si.

Slide 11- Friso cronológico (antecedentes)

Ano de 1994 no friso cronológico: Criação do grupo islâmico Talibã

Slide 12- Os talibãs

Em 1994, um movimento fundamentalista islâmico intitulado Talibã foi formado por estudantes
universitários muçulmanos insatisfeitos com o caos no país, com diversos objetivos: um dos
principais objetivos seria trazer ordem/ estabilidade ao Afeganistão, que enfrentava um
período de intensa guerra civil e instabilidade política após a evacuação das tropas soviéticas, o
que trouxe esperança de paz á população; impor uma interpretação rigorosa da lei islâmica, a
Sharia, no Afeganistão; preservar uma visão tradicional e conservadora da sociedade afegã
rejeitando tradições ocidentais/modernas; combate à Corrupção e má conduta; severas
restrições aos direitos das mulheres impedido a sua participação na sociedade. O grupo foi
crescendo, conquistou a capital Cabul e invadiu cerca de 90% do país, conquistando o poder e
governando de 1996 a 2001. Depois da queda de Cabul surgiu a Aliança do Norte liderada pelo
ministro da defesa do Afeganistão com o fim de unir vários grupos afegãos que para lutarem
juntos contra os Talibãs.

Slide 13- Friso cronológico (antecedentes)

9 de Setembro de 2001 no friso cronológico: Assassinato do líder da Aliança do Norte pelo Al-
Qaeda.

Slide 14- Al Qaeda

A Al-Qaeda é uma organização extremista islâmica que inicialmente integrava os mujahidin


fundada por Osama bin Laden e outros líderes em 1988. Ao princípio, o foco de atuação da Al-
Qaeda tinha por objetivo expulsar as tropas russas do território do Afeganistão e durante esse
período os EUA como já referido realizavam ajuda financeira à organização. No entanto, por
várias razões, como a significativa presença militar dos EUA no Médio Oriente, a influência
cultural ocidental que ameaçava os valores islâmicos e o apoio a governos considerados
inimigos pelos extremistas islâmicos como o apoio a Israel no conflito Israel-Palestina, Bin
Laden iniciou uma campanha contra os EUA. Esta organização é conhecida pelos seus ataques
terroristas em todo o mundo e foi então reconhecida como uma organização terrorista pelos
EUA,UE, NATO e muitos outros países. A organização encontrou refúgio no Afeganistão no final
da década de 1990,e criou estreitas alianças, ficando sob o governo Talibã.

Slide 15- Friso cronológico

11 de Setembro de 2001 no friso cronológico: Ataques terroristas contra os EUA coordenados


pelos Al-Qaeda

Slide 16- 11 de setembro de 2001

No dia 11 de setembro de 2001 os EUA foram alvos do seu maior ataque terrorista de sempre.
Este ataque ,como mais tarde se provou foi proporcionado pelo grupo Al-Qaeda, liderado por
Osama bin Laden devido a toda a ira que sentiam dos EUA, pelas razoes já mencionadas. Foi
uma tentativa do grupo de enviar uma mensagem dramática e causar impacto global, para
destabilizar os Estados Unidos e provocar mudanças na sua intervenção no Médio Oriente .

Na série de ataques 19 terroristas do Al Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais que


partiram de diferentes cidades EUA. Os aviões foram transformados em armas e lançados
contra alvos específicos e de grande simbolismo.

Na imagem em cima podemos perceber as rotas dos 4 aviões: Dois aviões foram lançados
sobre as duas torres do World Trade Center, em Nova York, as conhecidas torres gémeas, que
as destruiu ;Um avião foi lançado sobre o Pentágono, em Washington, a sede do Departamento
de Defesa causando grandes danos ;O quarto avião supostamente seria lançado sobre o
Capitólio, também em Washington DC, mas caiu em um local deserto na Pensilvânia. O saldo
desse atentado terrorista foi de quase 3 mil mortos, incluindo os 19 terroristas. Colocamos um
pequeno vídeo ao lado com o ataque á segunda torre.

Slide 17- O Ultimato do Presidente Americano George Bush

Menos de uma semana após os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, o presidente dos


EUA, George W. Bush, identificou Osama Bin Laden como o "principal suspeito" nos ataques, o
que este na altura negou mas uns anos depois admitiu. Em 21 de Setembro de 2001 George
Bush, fez um ultimato aos talibãs, que formulou várias exigências, sendo a principal entregar
todos os líderes da Al-Qaeda aos Estados Unidos.

Entretanto os talibãs recusaram-se a isto porém em 7 de outubro os talibãs estavam dispostos


a colocar Bin Laden num tribunal islâmico no Afeganistão mas os EUA recusaram esta oferta
por julgá-la insuficiente. Então no mesmo dia começaram os bombardeamentos no Afeganistão
contra instalações dos Talibãs e da Al-Qaeda por forças anglo-americanas. Deu se assim ,a 7 de
outubro de 2001,início á Guerra do Afeganistão, também intitulada de Guerra ao Terror.
Slide 18- Friso cronológico

7 de outubro de 2001 no friso cronológico: Início da Guerra civil no Afeganistão.

Slide 19- Guerra civil no Afeganistão

Os objetivos dos Estados Unidos passavam por:


 Derrubar os Talibãs do poder e impedir que ele apoiasse novas organizações
terroristas.
 Destruir a Al-Qaeda e prender suas lideranças, nomeadamente Osama Bin Laden que
já era procurado pela ONU desde 1999 devido a ataques a embaixadas dos EUA no
Quénia e na Tanzânia

A atuação dos Estados Unidos aconteceu sem o apoio da ONU. Por outro lado o Reino Unido foi
um aliado fundamental dos Estados Unidos, oferecendo suporte para a ação militar desde o
início dos preparativos para a invasão, e também se aliaram à Aliança do Norte, o grupo de
oposição aos Talibãs .Ainda como aliados dos EUA foram França e Alemanha

Dessa forma, as forças do Talibã desorganizaram-se , ficando impossível defender o país e


colapsaram, saindo do governo. Com isto lideranças importantes desse grupo e da Al-Qaeda
esconderam se nas montanhas do país ou fugiram para o seu único aliado no momento ,o país
vizinho Paquistão.

Em dezembro, os Estados Unidos deram início à formação de um novo governo no Afeganistão


para garantir a estabilidade por meio de novos governos democráticos., nomeando Hamid
Karzai como presidente. Além disso, a ONU autorizou o envio de forças de defesa para
sustentar o novo governo que surgia no Afeganistão. Em agosto de 2003, a NATO envolveu-se
como aliança, e liderou a missão de segurança Força Internacional de Assistência à Segurança
(o logotipo apresenta-se ao lado): uma parte das forças no Afeganistão operavam sob o
comando da NATO e as restantes dos EUA.

Slide 20- Friso cronológico

Ano de 2003 no friso cronológico: Forças talibãs reagrupam-se no Paquistão..

O líder talibã reorganizou o movimento e, no final de 2003, lançou uma insurgência contra o
governo contribuindo para um aumento na violência. Foram criados pequenos campos de
treino ao longo da fronteira com o Paquistão por fugitivos da Al-Qaeda e dos Talibã para treinar
novos recrutas e isso resultou em ataques significativos, recuperando assim o grupo.

Slide 21- Friso cronológico

Ano de 2009 no friso cronológico: Os Talibãs recuperaram parte do sul e do leste do país e
foram enviadas mais tropas.

Slide 22- Ano 2009

O ano de 2009 foi dos mais violentos desde a invasão em 2001. A recuperação dos Talibãs
causou grande número de mortes de civis e forças afegãs e estrangeiras. O grupo já tinha
também recuperado parte do sul e leste do país. Ao lado está um mapa onde podemos
observar isso. A violência levou a uma mudança na estratégia da NATO e dos EUA com o envio
de mais tropas de vários países, incluindo Portugal .Ao lado está um gráfico da quantidade de
tropas americanas no Afeganistão e percebemos a significativa mudança entre 2008 e
2009,quando foram reforçadas.

Slide 23- Friso cronológico

Ano 2011 no friso cronológico: Obama anuncia a morte de Bin Laden, numa operação no
Paquistão. Em 1 de maio de 2011, autoridades americanas anunciaram que o líder da Al-
Qaeda, o terrorista mais procurado do mundo, Osama bin Laden, tinha sido morto por tropas
americanas sob ordens de Obama, no Paquistão. Multidões se reuniram enfrente a Casa Branca
em festejos depois da notícia se ter espalhado, um dos objectivos dos EUA tinha sido
cumprido.

Os anos passaram e a guerra tornou-se um conflito que não agradava á maioria nos Estados
Unidos pois gastavam uma quantidade de dinheiro exorbitante, e a morte de cidadãos norte-
americanos era já muita. Então os Estados Unidos planejaram uma saída do território afegão
para 2014.

Slide 24- Friso cronológico

Ano 2012 no friso cronológico: Acordo assinado entre os presidentes dos EUA e Afeganistão.

Slide 25- Acordo assinado entre os presidentes dos EUA e Afeganistão

Em 2 de maio de 2012, os presidentes Karzai e Obama assinaram um acordo estratégico entre


os países em que criaram um plano para depois da evacuação das forças americanas do país. O
acordo incluiu designar o Afeganistão um aliado extra- NATO, apoio social e económico por
parte dos EUA, proteção dos direitos humanos por parte do Afeganistão e a possibilidade dos
EUA manterem algumas forças no Afeganistão mesmo após 2014.

Slide 26- Friso cronológico

Ano de 2014 no friso cronológico: EUA ficaram com 9800 militares no Afeganistão.

Neste ano, apenas uma força residual de 9 800 soldados ficou para atrás, para ajudar a treinar
e dar suporte às tropas afegãs, além de realizar missões contra a Al-Qaeda. Esta força ia ser
gradualmente reduzida em tamanho entre 2015 e 2016.

Slide 27- Friso cronológico

Ano de 2016 no friso cronológico: Os Talibãs começaram a recuperar as suas forças e voltaram
a realizar ofensivas.

Slide 28- Ano 2016

A partir de 2016, o Talibãs começou a recuperar forças e voltou a realizar ofensivas. O governo
afegão, contando com menos apoio do Ocidente, teve dificuldades em reagir. Em 2017, Donald
Trump autorizou o envio de 5 000 americanos adicionais ao território afegão para apoio contra
os talibãs. Mais uma vez neste gráfico percebemos o aumento de número de soldados
americanos nesse ano . Embora os Estados Unidos tenham aumentado as intervenções aéreas
no país, em 2018 o número de mortes e atentados subiu acima do esperado para o ano,
especialmente na região sul. Como podemos observar no mapa essa zona sul estava já
dominada pelos Talibãs e aliados.

Neste momento, o Talibãs já controlava algumas regiões do interior do Afeganistão, embora


locais importantes, como Cabul, ainda estivessem nas mãos do governo afegão, representado
pelo novo presidente Ashraf Ghani, como também visível no mapa.

Slide 29- Friso cronológico

29 de fevereiro de 2020 no friso cronológico: Os EUA e os Talibã firmaram um acordo de paz.


As tropas da NATO iniciariam a saída do território afegão após quase vinte anos
Slide 30- O início do fim…

Em 29 de fevereiro de 2020, representantes dos Estados Unidos e do Talibãs firmaram um


acordo de paz, assinado em Doha, no Qatar. Em troca da redução de violência e oposição, as
tropas da NATO iniciariam a evacuação do território afegão após quase 20 anos. Contudo, o
processo de paz enfrentou vários obstáculos, incluindo a persistência da violência e a complexa
dinâmica política interna.

A partir de março de 2020, os Talibãs aumentaram consideravelmente o número de ataques


contra forças do governo afegão. Apesar disso,o presidente Trump afirmou que não voltaria
atrás na sua decisão de retirar o exército no ano seguinte.

Slide 31- Friso cronológico

Ano 2021 no friso cronológico: As tropas da NATO começaram oficialmente a retirar-se do


Afeganistão.

Slide 32- Friso cronológico

15 de agosto de 2021: Os talibãs tomam a capital, Cabul, dissolvendo o governo e assumindo o


controle do país. Fim da guerra civil do Afeganistão.

Slide 33- O fim..

Em maio de 2021, as tropas americanas começaram oficialmente a se retirar do Afeganistão


enquanto acontecia uma ofensiva dos Talibãs, que rapidamente tomou o controle de várias
províncias afegãs. A evacuação acelerou-se rapidamente levando à evacuação urgente de
pessoal diplomático e cidadãos afegãos aliados aos EUA. Diante do avanço dos Talibãs, o
presidente afegão Ashraf Ghani renunciou em 15 de agosto de 2021, deixando o país.

Agora vamos passar um pequeno vídeo que, pode ajudar à melhor compreensão do final desta
longa guerra, com imagens bastante alusivas.

Slide 34- Vídeo

(depois do vídeo) A retirada dos EUA do Afeganistão em 2021 marcou o fim de uma presença
militar de duas décadas, mas também desencadeou uma série de desafios políticos,
humanitários e de segurança para o povo afegão e a comunidade internacional. O conflito
deixou um legado de instabilidade, impactando a vida da população afegã e gerando
consequências significativas.

Slide 35- As consequências do conflito Vamos passar agora á abordagem dessas


consequências.
 Mortes de civis: A guerra resultou em milhares de mortes, incluindo militares
estrangeiros, afegãos e civis. Estima-se que se tenham perdido 242 mil as vidas
durante o conflito das quais 2.3 mil militares americanos e cerca de 90 mil civis.

 Impacto nas Mulheres e nos Menores: As mulheres e os menores foram


particularmente afetados pela guerra civil, enfrentando discriminação, violência e
restrições aos seus direitos humanos básicos. Um exemplo disso foi a imposição de
políticas pelos Talibãs de impedir o acesso à educação e participação na vida pública.

 Refugiados: Em 2013,por exemplo, o Afeganistão registou mais de 2 milhões de


refugiados e de deslocados internos. Estes deslocados são pessoas forçadas a fugir
mas, ao contrário dos refugiados, não passam fronteiras e permanecem dentro do seu
país. O Afeganistão é o terceiro país com mais refugiados, atrás de Síria e Venezuela.

Slide 36- As consequências do conflito

 Instabilidade política: A guerra resultou em um longo período de instabilidade


política no Afeganistão, com mudanças frequentes de governo e desafios persistentes
para estabelecer um governo estável e eficaz.

 Economia e Infraestrutura: A guerra causou danos significativos à infraestrutura do


país, incluindo estradas, escolas, hospitais e instalações básicas. A economia afegã
também sofreu com o desemprego e pobreza.

 Gastos dos EUA: Estima-se que os EUA tenham gasto uma quantidade enorme de
dinheiro na guerra : cerca de 8 triliões de dólares. Esses custos incluíram despesas
com operações militares, treinamento de forças afegãs, desenvolvimento de
infraestruturas e assistência ao país.

Slide 37- Situação atual do Afeganistão

Uma situação "desastrosa". É desta forma que especialistas descrevem o estado do


Afeganistão atualmente, 3 anos após a retomada do poder pelos talibãs. A crise económica,
social e humanitária leva os afegãos a deixar o país em massa: 1,4 milhões de pessoas desde
2021.É ainda atualmente um governo constituído por radicais islâmicos e a economia afegã, já
abalada por décadas de guerra, enfrenta uma crise após o corte de bilhões de dólares de ajuda
internacional desde a retomada de poder pelo regime Talibã. O fracasso é ilustrado pela
quantidade de cidadãos em estado de miséria pois cerca de 34 milhões de pessoas estão
atualmente abaixo da linha da pobreza no Afeganistão.

Mulheres: principais reféns dos talibãs


A situação das mulheres no Afeganistão sob o regime do Talibã é uma preocupação central e
tem sido objeto de atenção internacional. Durante o governo dos Talibã nos anos 90, as
mulheres já tinham enfrentado as restrições em direitos. Atualmente em dois anos de regime,
continuam a ser reféns do grupo, embora estes prometam melhorar as condições delas. A
violação dos direitos das mulheres, como abusos domésticos, têm aumentado, gerando
preocupações. As afegãs foram também obrigadas a voltar a utilizar o véu integral, perderam o
direito de ir à escola ou à universidade, de frequentar espaços públicos,etc.
Slide 38- Algumas estatísticas

Nestes slides apresentamos algumas estatísticas: um gráfico onde podemos observar a


variação da quantidade de emigrantes e deslocados internos de 1979 a 2021, sendo que o pico
de cada foi 1990 e 2021 respetivamente; temos também um mapa que apresenta a escassez de
alimentação distribuída pelo Afeganistão, datada de 2020,estando o país sob emergência ou
fome.

Slide 39- Refugiados afegãos em Portugal

Em Portugal na sequência da queda de Cabul e do governo talibã, refugiados continuam a


chegar a vários países ocidentais. Portugal integrou a diretiva internacional da Admissão
Humanitária do Afeganistão e recebeu 1.391 pessoas desde 2021 como podemos
compreender na notícia da direita. Só em 2023, Portugal acolheu 472 cidadãos afegãos e, já
em janeiro de 2024, 13 cidadãos, refere fonte da Agência para a Integração, Migrações e Asilo
(AIMA).
Um desses exemplos foi um grupo de atletas de futebol feminino e familiares, perseguidos
pelos talibãs, referido nesta notícia mais á esquerda, acolhidos em 2021. No Afeganistão,
estavam proibidas de praticar desporto e de ir à escola, e eram perseguidas por serem
defensoras dos direitos das mulheres e da igualdade de género. Encontraram em Portugal
refúgio e é onde estes refugiados e tantos outros esperam ter paz com as respetivas famílias.

Slide 40- Conclusão

Em conclusão, a guerra no Afeganistão representa um capítulo complexo e prolongado na


história, marcado por uma série de mudanças políticas, conflitos étnicos e religiosos,
intervenções estrangeiras e, mais recentemente, pela ascensão dos Talibãs. Como
conseguimos concretizar, a evacuação das tropas estrangeiras em 2021 e a consequente
tomada de Cabul pelos Talibãs trouxeram novos desafios e incertezas para o país,
especialmente em relação aos direitos humanos, estabilidade e segurança regional. O impacto
duradouro da guerra no Afeganistão continua a moldar a trajetória do país e a gerar
preocupações globais sobre a paz, o governo e o desenvolvimento enquanto os afegãos
procuram um caminho para o futuro. O que podemos extrair da Guerra do Afeganistão passa
por ressaltar a importância de uma abordagem cautelosa e sustentável na resolução de
conflitos complexos como este realçando a necessidade de considerar não apenas a dimensão
militar, mas também as implicações políticas, sociais e humanitárias para alcançar uma paz
duradoura neste país que não tem descanso há mais de 45 anos.

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