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Budapeste, um centro cultural europeu no meio do

turbilhão bélico e ambiental


• Este título sugere que Budapeste, é considerado um influente centro
cultural na Europa, mesmo quando enfrenta um ambiente desafiador
próximo caracterizado por conflitos militares e desafios ambientais. Um
dos principais conflitos militares, em que de certa forma a Hungria apesar
do seu território não ter sido invadido é o conflito entre a Ucrânia e a
Rússia, porque para a Hungria certamente já milhares de ucranianos
convergiram para lá.

• Guerra da Ucrânia e da Rússia:


Em 2022, houve uma tentativa por parte da Rússia de invadir a Ucrânia. A
Ucrânia com o apoio da Europa e dos Estados Unidos fizeram-lhe frente.
Essa guerra está a desenvolver-se em território europeu, colocando em
risco a estabilidade do continente. Além disso no final do ano passado
surgiu outra guerra que está no médio oriente podendo-se estender a
qualquer momento para o lado europeu, o problema é que os países do
médio oriente são os grandes produtores do petróleo, e isso vai refletir-se
obrigatoriamente nos preços praticados em Portugal.

• História de Budapeste:
Os celtas foram os primeiros a estabelecer-se na região antes do ano 1
a.C., misturando-se ao longo do tempo com outros grupos que habitavam
a região. Posteriormente, os romanos chegaram no início da era cristã, e
estabeleceram-se nas planícies do Danúbio numa cidade que manteve o
nome celta Aquinco (hoje em dia chamado Óbuda) que depois se
converteu na capital romana da Panómia inferior (antiga região romana).
Os romanos foram expulsos pelos hunos no séc. V d.C. Os hunos
continuaram a controlar vastas áreas da Europa Central e Oriental por um
período. No entanto, ocorreu a morte de Átila (líder dos hunos) em 453
d.C. O Império Huno começou a fragmentar-se rapidamente devido a
disputas pelo poder, pressões externas e escassez de recursos. Os hunos
acabaram por se deslocar para diferentes regiões à procura de melhores
condições de vida. Por volta de 900 d.C., a região foi ocupada pelos
magiares/húngaros, que fundaram o Reino da Hungria. Em 1241 ocorreu
a batalha de Mohi, em que a Hungria foi invadida pelos mongóis que
venceram a batalha e ocuparam temporariamente a região. A retirada dos
mongóis permitiu à Hungria recuperar-se e iniciar o processo de
reconstrução. O rei Bela IV, que escapou durante a invasão mongol,
ordenou a reconstrução de cidades, fortificações etc.
Os magiares foram responsáveis pela criação de Buda e Peste, incluindo
a construção do castelo de Buda. Buda tornou-se a capital da Hungria em
1361. Em 1541, Buda e Peste foram dominadas pelos otomanos após a
batalha de Mohacs, mas os Habsburgos reconquistaram a área em 1686.
Peste como era apenas uma vila, ao longo dos séculos XVIII e XIX
acabou por crescer rapidamente tornando-se um centro comercial. Óbuda,
Buda e Peste foram unidas em 1873, formando Budapeste, a capital da
Hungria.

• Cidade de Budapeste:
A cidade de Budapeste é considerada como um centro cultural devido à
sua arquitetura, como os monumentos que combinam estilos como o
barroco, renascentista, neoclássico e gótico. Além disso a cidade é uma
fonte de inspiração musical, artística, teatral e gastronómica.

Basílica de Santo Estêvão:


A Basílica de Santo Estêvão começou a ser construída em 1851 e ficou
concluída em 1905. O seu nome é uma homenagem ao Rei Estêvão I, o
primeiro rei da Hungria no séc. IX. Tem 87 metros de comprimento e 55
de largura, tendo capacidade para 8500 pessoas, juntamente com o
Parlamento (onde está a coroa de Santo Estêvão) são os edifícios mais
altos de Budapeste. Foi construída sob o estilo neoclássico e tem a forma
de uma cruz grega. A Basílica possui duas torres gémeas. Na torre direita
está o maior e mais pesado sino da Hungria com cerca de 9 toneladas de
peso enquanto que o anterior de 8 toneladas foi levado pelos nazis no
final da segunda guerra mundial. A Basílica é destacada pelo seu domo de
96 metros, que durante a sua construção desabou e teve de ser
praticamente toda reconstruída. Na porta principal da Basílica observam-
se esculturas de diversas estátuas de santos húngaros. Há em destaque
uma frase em latim: “Ego Sum via veritas et viva” (Eu sou o caminho, a
verdade e a vida). Na capela à esquerda do altar principal encontra-se a
sagrada mão direita mumificada do Rei Estêvão. Todos os anos, no dia 20
de agosto, que foi o dia em que a mão foi instalada na basílica em 1945,
as pessoas reúnem-se à frente da basílica e carregam em procissão a Mão.

Praça dos Heróis:


A praça dos Heróis é rodeada pelo museu de belas artes à esquerda e pelo
palácio da Arte à direita. A praça foi construída para celebrar os mil anos
da conquista dos magiares(tribos húngaras) da Bacia dos Cárpatos (1896),
a sua construção ficou concluída em 1929. Na Praça ocorreram eventos
marcantes, como o discurso de János Kádár em 1957 e o enterro de Imre
Nagy em 1989. No centro encontra-se o Monumento do milénio, uma
coluna de 36 metros com chefes húngaros na base e o Arcanjo Gabriel no
topo, em que na sua mão direita, está a coroa enviada pelo Santo Estêvão,
e na outra mão, a cruz de duas hastes que lembra a obstinação do
imperador em converter todo o país ao cristianismo. Nas colunas laterais
estão representadas também diversas estátuas de líderes ilustres da
Hungria.

Castelo de Buda:
Por muitos anos, o Castelo de Buda foi residência dos reis da Hungria e
por isso também é chamado palácio real. Atualmente o castelo contém
museus, uma biblioteca, igreja, teatros e um labirinto no seu subsolo.
Em 1944, o Castelo de Buda foi invadido pelos nazis, pouco antes do fim
da segunda guerra mundial. Mas logo em seguida, os soviéticos tomaram
o poder e durante a batalha, o castelo foi incendiado e praticamente
destruído, mas com escavações foram reveladas partes do castelo que
depois foi reconstruído novamente (1966). O labirinto foi o local onde o
“Conde Drácula” esteve preso, em que na verdade era um príncipe que
nasceu na Valáquia no séc. XV. Vlad ficou conhecido pela sua crueldade.
Um exemplo disso, foi quando dois súbditos esqueceram-se de tirar o
chapéu para honrar a sua chegada e, por consequência, Vlad mandou
pregar os chapéus nas suas cabeças. O Conde Drácula chegou a assumir o
trono da Roménia, tendo como função ser um protetor do cristianismo na
Europa, porém, o império Otomano conseguiu invadir a Europa e por
temer ser perseguido, Drácula pediu ajuda ao rei da Hungria. Contudo, o
rei Matias, fez um acordo com os seus inimigos e traiu Drácula, assim, ele
foi aprisionado por 12 anos num labirinto.
Depois de sair, ele passou a praticar atos cruéis, como empalar pessoas.
Acredita-se que Drácula foi torturado e procurou a saída por anos na
escuridão.

Gastronomia:
No que toca a pratos típicos temos uma diversidade de pratos, como
Goulash, o langos, e o dobos torta, entre outros…
O Goulash é um dos pratos mais famosos da Hungria. A sua origem
provém dos pastores húngaros conhecidos como “gulyások” que
preparavam este prato durante as suas longas deslocações pelos campos.
Inicialmente era cozinhado em panelas de ferro sobre fogo aberto. É uma
espécie de sopa que contém carne de vaca, batata, cebola, alho, cenoura,
páprica e outros temperos, que depois é tudo cozinhado e coberto por
caldo de carne ou água.
• Presidente da Hungria
Katalin Éva Novák.

• Primeiro ministro
Viktor Mihály Orbán, nasceu a 31 de maio de 1963. É primeiro ministro
desde 2010. Viktor corresponde ao líder de estrema direita de Portugal, o
André Ventura, porque é uma pessoa muito conservadora. Além da sua
carreira política, é o fundador de organizações como o Fidesz - União
Cívica Húngara e o Counter Terrorism Centre.
Viktor lidera o partido nacional-conservador Fidesz desde 1993, mas ele
considera-se um democrata iliberal, porque ele acredita num tipo
diferente de democracia que ele descreve como um "Estado iliberal".
Órban argumenta que este modelo de governo não rejeita completamente
os valores da democracia liberal, mas não os coloca como elemento
central da organização do Estado. Em vez disso, Orbán vê países como
Singapura, Rússia, Turquia e China como exemplos bem-sucedidos,
mesmo que não sejam necessariamente democracias liberais. Ele
argumenta que esses países conseguiram prosperar sem adotar
plenamente os princípios da democracia liberal, priorizando outros
aspetos, como a autoridade do governo e a estabilidade política.

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