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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO HISTÓRIA COM HABILIDADES EM


DOCUMENTAÇÃO 1º ANO

CELESTINA ZECA ALVES

HUNGRIA NO SÉCULO XI-XV

Quelimane
2023
CELESTINA ZECA ALVES

HUNGRIA NO SÉCULO XI-XV

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentando ao curso


de Licenciatura em Ensino de História, na cadeira de
História da Idade Média Europeia pelo:

Orientador: Dr. José Gopa Muchacuar

Quelimane
2023
Sumário
1. Introdução................................................................................................................3

1.1. Objectivos.............................................................................................................4

1.1.1. Objectivos Geral................................................................................................ 4

1.1.2. Objectivos Específicos.......................................................................................4

1.2. Metodologia.......................................................................................................... 4

2. Hungria no século XI-XV..........................................................................................5

2.1. História da Hungria...............................................................................................5

2.1.1. Localização Geográfica.....................................................................................6

2.2. Origem dos Húngaros e sua Cultura....................................................................6

2.2.1. Os Magiares...................................................................................................... 6

2.3. Os Turcos na Hungria XI-XV................................................................................8

2.4. Os Habsburgos na Hungria..................................................................................8

2.5. Estado Húngaro....................................................................................................9

2.6. Reino da Hungria..................................................................................................9

2.7. Economia da Hungria.........................................................................................10

3. Conclusão..............................................................................................................11

4. Referências bibliográficas......................................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho tem como objectivo em abordar sobre o Hungria no


século XI-XV. Visto que a Hungria surgiu depois da Primeira Guerra Mundial, por
meio do desmembramento do Império Austro-húngaro. No decorrer da Segunda
Guerra Mundial, o país deu apoio à Alemanha Nazista, derrotada. O país adoptou o
comunismo e teve o apoio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Porém Inicialmente ocupado por celtas e romanos, a actual Hungria só


começa a tomar forma como um principado a partir do século IX. No ano 1000 o
primeiro monarca húngaro, Santo Estêvão I, se torna rei com uma coroa enviada
pelo papa.

É importante salientar que além disso, a cultura da Hungria se manifesta


através do artesanato, principalmente da cerâmica e dos bordados. O país europeu
também conta com uma culinária própria e interessante e produz aguardentes de
fruta, porém é a dança e os sempre populares tratamentos de spa que reflectem a
herança deste país impressionante.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivos Geral

a) Compreender a Hungria no século XI-XV.

1.1.2. Objectivos Específicos

a) Descrever Hungria no século XI-XV;


b) Explicar a história da Hungria no século XI-XV;
c) Descrever a origem da Hungria no século XI-XV;
d) Descrever cultura e o estado da Hungria no século XI-XV.

1.2. Metodologia

Para tornar possível a realização deste trabalho recorreu se a pesquisa


bibliográfica. Que para Lakatos e Marconi (2003), pesquisa bibliográfica ʺ(…)ʺ
abrange toda bibliografia já tomada publica em relação ao tema estudado, destas
publicações avulsas, livros, pesquisas, etc. (…) Portanto, após ter feita essa
colecção dos conteúdos, fez se analise e por fim a compilação do presente trabalho.
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2. Hungria no século XI-XV

2.1. História da Hungria

Segundo Guitarrara (2015), diz que até a constituição de um império cristão,


no ano 1000 da era actual, que passou a exercer grande influência no continente à
época, o território que hoje corresponde à Hungria sofreu diversos domínios
estrangeiros, o que incluiu aquele do Império Romano. Mesmo após a conformação
de um Estado húngaro, a região foi alvo de diversas incursões estrangeiras entre os
séculos XIII e XV, com destaque para a acção dos mongóis e dos turcos otomanos.

No século XVI, a Hungria esteve dividida entre os otomanos e os austríacos,


com uma parcela do território que permaneceu independente. A história europeia do
século XIX ficou marcada por diversos eventos, entre eles a Revolução de 1848, que
abrangeu diversos países e territórios da região central do continente,
compreendendo a Hungria (Guitarrara, 2015).

Já sem a influência dos otomanos, a disputa que permaneceu foi aquela do


Império Austríaco, acentuando-se a partir de 1848 e logrando êxito, em parte, em
1867, quando foi criado o Império Austro-Húngaro, garantindo assim a divisão do
poder sobre o território da Hungria e o estabelecimento de uma monarquia dual.
Essa organização se desfez ao final da Primeira Guerra Mundial, e, durante a
Segunda Guerra, o território húngaro se aliou aos alemães. Ao final do conflito, com
a derrota alemã, a União Soviética passou a exercer domínio sobre o país
(Guitarrara, 2015).

Para Gonçalves (2011), explica que a Hungria histórica, rodeada pelas


montanhas dos Cárpatos, era a zona fronteiriça e o último baluarte da civilização
ocidental: ao sul se encontrava o Império Bizantino, representante do cristianismo
oriental, tomado logo em seguida pelo Império Turco muçulmano; a oeste estavam
os tártaros e a potência mundial russa.

Naqueles tempos a Hungria era uma grande fortaleza do cristianismo


ocidental: a dinastia real posterior ao conquistador do território pátrio, Árpád, deu
mais santos a igreja que qualquer outra instituição católica, e os cavaleiros e reis
húngaros participaram nas cruzadas para a terra santa, ao mesmo tempo em que o
país desempenhava o papel de missionário e transmissor cultural desde o leste até
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o sul. Nos séculos da Idade Média, o Reino da Hungria era considerado um centro
do cristianismo ocidental. De facto, as fronteiras orientais e meridionais do país em
muitos momentos as fronteiras do ocidente (Gonçalves, 2011).

2.1.1. Localização Geográfica

Hungria esta situada no centro da Europa na Bacia do Danúbio, conhecida


também como Bacia dos Cárpatos. Tem 93.030 Km. 2 e limita ao norte com
Eslováquia, ao noroeste com Ucrânia, ao leste com Roménia, ao sul com Eslovénia,
Croácia e Sérvia e ao oeste com Áustria (Gonçalves, 2011).

2.2. Origem dos Húngaros e sua Cultura

Hungria esteve habitada nas origens por traces e celtas. No ano 35 a.C. foi
ocupada pelos romanos, os quais chamaram à província com o nome de Pannonia,
após os romanos numerosos povos tornaram a invadir este país: godos, hunos,
gépidos, lombardos, ávaros e por último, Carlo Magno, que conseguiu estabilizar o
país durante seu domínio (Gonçalves, 2011).

2.2.1. Os Magiares

Aliás, a ideia da união do país não chegou até o ano 896 dC., com a chegada
dos magiares dirigidos por Arpad. De 972 a 997 o príncipe Géza, líder desta etnia,
realizou a conversão ao cristianismo de todo seu povo composto por numerosas
tribos. O primeiro rei da Hungria foi São Estevão I (Istvám I), coroado no ano 1.000.
O reinado da dinastia Arpad e findou em 1301, com a subida ao trono dos Anjou.
Luis o Grande, que reinou de 1342 a 1382, conseguiu fazer da Hungria uma
potência mundial anexando ao território Polónia e Nápoles (Gonçalves, 2011).

Como é o caso de muitas outras nações, a origem exacta dos húngaros não é
conhecido. A estimativa mais aceita no meio científico é que a sua antiga pátria
estava em algum lugar na Sibéria Ocidental. Esta teoria é muito apoiada pelo facto
de que a língua húngara é um ramo do fino-úgricas línguas (finlandês e o estoniano
sendo os outros dois principais idiomas pertencente a esse grupo) (Fonte:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/hungria acessado no dia 10 de Agosto de 2023 pelas
16 horas).
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Para Gonçalves (2011), diz que as origens da cultura e literatura vêm das
tradições orais transmitidas pelo povo ou dos primeiros sinais da cultura escrita
perdidos em tempos mais remotos. Somos herdeiros de numerosas lendas
históricas relativas à procedência dos húngaros, e da sua migração para a conquista
da pátria. Provavelmente, o idioma húngaro remonta a um passado maior do que
nos indicam os actuais indícios conservados, já que a cultura eclesiástica e cortesã
tem um passado de quase mil anos, e desde que Santo Estevão, o primeiro rei dos
húngaros, aderiu junto com seu povo ao cristianismo ocidental, nos conventos e
chancelarias reais aumentava constantemente o número de pessoas que sabiam ler
e escrever, embora na época fosse utilizado em primeiro lugar o latim em toda a
Europa medieval.

No entanto, talhados em pedra (por exemplo, os templos da Transilvânia), se


conservaram algumas evidências da antiga escritura rúnica dos pagãos. Muito cedo
surgiram também textos no idioma húngaro, escritos com o alfabeto latino. Depois
de algumas evidências esporádicas, em meados do século XII aparece o nosso
primeiro texto em prosa: o “Halotti beszéd” (Discurso mortuário), uma tradução ao
idioma húngaro de uma oração fúnebre em latim. (Gonçalves, 2011).

Os húngaros criaram sua própria cultura nacional através da mistura de duas


grandes culturas: do leste adquiriram suas tradições originais da cultura ancestral da
região das estepes da Eurásia, e como consequência do sincero compromisso
cristão e da sensata visão da situação política de seus primeiros reis, aceitaram e
abraçaram a cultura ocidental e somente um século depois de seu estabelecimento
na Cadeia dos Cárpatos, encontraram seu lugar entre as nações ocidentais. O
idioma húngaro pertence a família das línguas fino-húngaras, os parentes dos
magiares são os finlandeses, estonianos e vários outros povos pequenos que vivem
no actual território da Rússia, nos montes Urais e na região do rio Volga.

Ademais, a sua procedência étnica também une os húngaros aos povos


turcos da Ásia interior, assim como as melodias originais de suas músicas e sua arte
decorativa também possuem origens turcas. Ao conviver com a cultura ocidental,
assimilando a espiritualidade e os valores da civilização cristã, a herança cultural
trazida do leste somente se conservou nas raízes mais profundas da cultura,
principalmente no idioma húngaro, onde não só o seu vocabulário básico e sua
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gramática o une a cultura dos povos orientais, mas também seu carácter poético,
capaz de criar mitos (Gonçalves, 2011).

2.3. Os Turcos na Hungria XI-XV

Segundo Guitarrara (2015), salienta que após a morte de Mátyás “reis mais
fracos chegou ao poder e, apesar de a Hungria havia resistido com sucesso os
turcos desde sua aparição nos Balcãs no XIV. Século, já não era mais capaz de
fazer isso: um enorme exército turco esmagado os húngaros no campo de batalha
de Mohács no ano negro de 1526.

Após Mohács Hungria foi rasgado em três (3) partes:

a) As áreas centrais estavam sob controlo turco directo;


b) Uma faixa no norte-oeste permaneceu legalmente o reino da Hungria, mas
caiu nas mãos dos Habsburgos (assim os Habsburgos se tornaram reis
húngaros em uma base hereditária para o resto da existência do reino);
c) A parte oriental tornou-se o principado mais ou menos autónomo da
Transilvânia. Ele tentou manter a ilusão da independência húngara, mas era
na realidade sob a influência turca (embora o seu papel como um porto
seguro para a cultura húngara nesses séculos sangrentos foi muito
importante) (Guitarrara, 2015).

Então Pior que isso, os próximos 150 anos, foi uma série de guerras entre o
turco e o império dos Habsburgos. Hungria teve a honra de fornecer o campo de
batalha para as guerras. Como resultado, o país foi devastado: a maiorias das
cidades tinham sido destruídas e na população que costumava ser de 4 milhões no
final do XV. Século (em vez Mátyás ‘) diminuiu para apenas 3 milhões no final do
XVII. Século (Guitarrara, 2015).

2.4. Os Habsburgos na Hungria

Assim, quando o grande ataque último turco contra a Áustria (o cerco de


Viena em 1683) desencadeou uma coalizão de potências europeias (incluindo
Áustria, Polónia e outros países) que conseguiram libertar a Hungria nos anos
seguintes, foi uma muito aguardada e o evento muito feliz, apesar de o país
empobrecido não estava em posição de manter a sua independência e foi
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incorporada no império crescente Central europeu dos Habsburgos (Guitarrara,


2015).

No entanto, as relações entre os Habsburgos e os seus temas húngaros não


foram totalmente harmoniosa. Os Habsburgos muitas vezes referida como os
húngaros “rebelde” e essa opinião não era completamente infundada como os
húngaros tentaram se livrar dos Habsburgos durante uma guerra liberdade (1703-
1711), liderada por Ferem Rákóczi II, príncipe da Transilvânia, mas esta foi um
esforço bastante desesperada e os rebeldes finalmente fracassou (Guitarrara, 2015).

2.5. Estado Húngaro

De acordo Gonçalves (2011), o estado húngaro medieval, apesar do


indubitável crescimento, de vez em quando teve que enfrentar crises muito graves,
em geral como consequência de ataques de potências que atacavam pelo leste,
muitas vezes destruindo os êxitos alcançados. Dessa forma, as tropas mongóis
(tártaras), que no século XIII invadiram a parte oriental da Europa e em 1241
derrotaram o exército do rei Béla IV na batalha de Muhj, destruíram quase por
completo o país, derrubando inclusive o rei, que depois de seu regresso,
praticamente se viu forçado a realizar com sucesso uma “segunda fundação da
pátria”. No século XV surgiu na fronteira um novo inimigo, mais ameaçador do que
todos os outros: o Império Turco Otomano, que se expandia com enormes forças
militares.

Nosso excelente estrategista, János Hunyadi, conseguiu deter essa expansão


por muitas décadas, infligindo uma derrota histórica aos turcos, em 1456, na cidade
de Nándorfehérvár (actual Belgrado). Graças a essa vitória, que na realidade livrou
para sempre a Europa cristã da expansão turca, o filho de Hunyadi, Mátyás (Matias),
instalado no trono real, só entrou em guerra com os turcos em conflitos menores,
tentando ao mesmo tempo construir um império no ocidente para juntar força
suficiente para usar contra os turcos (Gonçalves, 2011).

2.6. Reino da Hungria

O Reino da Hungria, situado no ocidente do cenário mundial, se apoiava


sobre bases económicas sólidas (o país era um dos centros da mineração de metais
preciosos na Idade Média e a renda do rei húngaro era do mesmo nível que o rei da
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Inglaterra), estabelecendo uma organização estatal duradoura e uma rica cultura.


São prova disso não só os numerosos e belíssimos monumentos da arquitectura,
pintura e literatura medieval húngara: os códices no idioma húngaro (grande parte
lamentavelmente destruída pelas guerras) formam uma importante biblioteca virtual
(Gonçalves, 2011).

Na segunda metade do século XV, durante o bem-sucedido reinado do rei

Matias, nos palácios de Buda e de Visegrád se estabeleceu uma valiosa


oficina da cultura renascentista europeia. A influência do Renascimento italiano
deixou suas marcas na Hungria muito antes que nos outros países da Europa
central. As magníficas obras da biblioteca de Matias em Buda, os chamados
Corvinas, seguem sendo, desde aquela época, peças mundialmente apreciadas da
arte renascentista (Gonçalves, 2011).

A Hungria não somente assimilou a cultura cristã ocidental, mas também


defendeu seus valores com grande sacrifício e em violentas batalhas, sendo
submetida mais de uma vez ao inimigo vindo do leste. Constitui-se num evento
trágico para os húngaros, quando em 1526, o sultão turco conseguiu vencer o rei
húngaro no campo de batalha de Mohács (Gonçalves, 2011).

2.7. Economia da Hungria

A vida económica húngara se reergueu com muitas dificuldades das perdas


sofridas, e o sistema político implantado durante a regência de Miklós Horthy, não
implementou nenhum tipo de modernização social, pelo contrário: manteve os
privilégios das classes dominantes tradicionais. Ainda assim, nos anos 30 foram
produzidos alguns resultados da modernização económica e cultural, esses últimos
graças ao ministro da cultura, o conde Kunó Klebelsberg, que actuou seguindo um
conceito bem planejado (Gonçalves, 2011).

No entanto, a classe dirigente política e o povo húngaro não aceitaram as


injustiças do pacto de paz de Trianon, e reagiram rapidamente contra a política de
repressão de que foram vítimas três milhões de húngaros. Por conseguinte, a
política do país num primeiro momento não se preocupou com a necessária
modernização da sociedade, dedicando-se com mais afinco na tentativa de fazer
uma revisão territorial dos agravos do tratado de Trianon (Gonçalves, 2011).
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3. Conclusão

Ao término do trabalho é de salientar que a Hungria histórica era rodeada


pelas montanhas dos Cárpatos, era a zona fronteiriça e o último baluarte da
civilização ocidental: ao sul se encontrava o Império Bizantino, representante do
cristianismo oriental, tomado logo em seguida pelo Império Turco muçulmano; a
oeste estavam os tártaros e a potência mundial russa. Naqueles tempos a Hungria
era uma grande fortaleza do cristianismo ocidental: a dinastia real posterior ao
conquistador do território pátrio, Árpád, deu mais santos a igreja que qualquer outra
instituição católica, e os cavaleiros e reis húngaros participaram nas cruzadas para a
terra santa, ao mesmo tempo em que o país desempenhava o papel de missionário
e transmissor cultural desde o leste até o sul. Nos séculos da Idade Média, o Reino
da Hungria era considerado um centro do cristianismo ocidental. De fato, as
fronteiras orientais e meridionais do país em muitos momentos as fronteiras do
ocidente. Isso é comprovado pelo fato da Hungria ser a região fronteiriça da
construção de igrejas romanas e góticas: as catedrais de São Martinho, de
Bratislava.
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4. Referências bibliográficas

Guitarrara, P. (2015). Texto de apoio sobre a Hungria no Séc. XV. Volume 2, São
Paulo.

Gonçalves, B. F. S. (2011). República da Hungria. Texto de Béla Pomogáts –


Tradução, Brasil.

Lakatos, E. M. e Marconi, M. A. (2003). Fundamentos metodologia científica. 5ª


Edição, São Paulo: Atlas.

Fonte disponível online: (https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/hungria


acessado no dia 10 de Agosto de 2023 pelas 16 horas).

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