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HISTÓRIA

1ª SÉRIE
SEMANA 17

Olá estudante!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de História sobre a formação da Europa feudal. Para ajudar em seus
estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos sobre os povos e reinos germânicos e a sua formação e
migrações. Relembrando que teremos 02 aulas e vamos tratar sobre:
EUROPA FEUDAL: REINOS BÁRBAROS E SUA FORMAÇÃO AULA: 29
AULA: 30 EUROPA FEUDAL: POVOS GERMÂNICOS
PARA O COMEÇO DE CONVERSA: GERMANOS OU BÁRBAROS?
O termo bárbaro diz respeito aos povos que não estavam inseridos Limes: em latim “limes”
na sociedade romana como cidadãos. Todos que viviam fora do limes do Conjunto das fortificações,
Império eram considerados pelos romanos como inferiores, não possuíam delimitações e ocupações
tradição, nem cultura. Portanto, para os romanos, os germanos eram sistemáticas romanas nas bordas
bárbaros. Para o estudo da história os dois termos são aceitos, mas é do seu império. Estabelecendo o
necessário sempre compreender a origem dos termos. limite entre as fronteiras.
A partir da segunda metade do século V, temos a formação de vários
reinos bárbaros que se anexam nas regiões do Antigo Império Romano do Ocidente.
MAPA DOS REINOS BÁRBAROS EM MEADOS DO SÉCULO VI.
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Europa_in_526-
pt.svg>Acesso em: 07 jul. 2020.

SÃO ESSES OS GRUPOS ÉTNICOS:


• Na Península Itálica: ostrogodos e lombardos;
 Na Gália: visigodos, burgúndios, alamanos e francos;
• Na Península Ibérica: suevos e visigodos;
• Na Britânia: anglos, saxões e jutos;
• No norte da África: vândalos.
O fim do Império Romano do Ocidente significou o início da formação dos Reinos Bárbaros, apesar de muitos
grupos bárbaros já estarem inseridos nas fileiras do exército romano. O território, após a queda de Roma, é
formado a partir de intensa migração e pilhagens.
OS POVOS GERMÂNICOS
Godos: são um dos vários povos chamados de germânicos, sua origem é controvérsia. Mas os historiadores
concluem que dos godos temos dois grupos, Visigodos (Gália e Península Ibérica) e Ostrogodos (Península Itálica).
Segundo estudos científicos, os godos migraram a partir do Mar Báltico, no século II. Mas os estudos não levam a
uma conclusão definitiva. O estudo se baseia em achados arqueológicos e citações de historiadores antigos sobre
os godos. Como Tácito 98 d. C. e Ptolomeu no século II, um romano e outro grego.
Alamanos: eram um povo germânico ocidental que migraram para entrar na fronteira romana do Reno-
Danúbio, depois ocuparam a região da Gália com outras tribos germânicas.
Burgúndios: também irão se fixar na região da Gália, juntamente com outras tribos germânicas. São
considerados uma das tribos germânicas mais antigas, que vieram da área leste do rio Oder.
Saxões: foram uma confederação de tribos germânicas nas planícies do norte da Germânia. Algumas das
tribos migraram para a Ilha da Grã-Bretanha durante a Idade Média e se mesclaram com os anglos, formando os
anglo-saxões. Dando origem ao primeiro Reino da Inglaterra.
Vândalos: eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V.
Passaram pela Gália, atravessando a Península Ibérica e conquistando o norte da África. Ali criaram um Estado,
estabelecendo a sua capital em Cartago. Em frente ao Mar Mediterrâneo.
Suevos: vão migrar para a Península Ibérica, e formar o Reino Suevo de 411-585. O reino manteve a sua
independência até 585, quando foi anexado pelos Visigodos e convertido na sexta província do Reino Visigótico. Os
suevos também são um dos vários povos germânicos, que com a queda de Roma tomaram o território do antigo
império.

O QUE DIZEM AS FONTES HISTÓRICAS?


FONTE 1 - “Reis e Chefes Saxões (S. VII)”
“Os chamados Velhos Saxões não têm rei, mas um grande número de chefes colocados à cabeça de sua nação. Em caso
de guerra iminente, havia um sorteio com critérios iguais para todos; e aquele que a sorte favorecesse, era seguido como
general todo o tempo de guerra; obedeciam-no, mas, finda a guerra, todos os chefes tornavam a ser iguais em poder.”
Beda, o Venerável. Historia Ecclesiastica Gentis Anglorum, v. 10. Plummer (Ed.). Oxford, 1896. Apud Calmette, J. Textes et
Documents d’Histoire: Moyen Âge. Paris: Presses Universitaires de France, 1953. P. 15. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria
Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos. São Paulo: Editora UNESP, 2000. P. 32.
FONTE 2 - “A invasão da Itália pelos Lombardos (568)”
“Na verdade, Alboíno, antes de partir para a Itália com os Lombardos, pediu auxílio aos seus velhos amigos Saxões a fim de
entrar naquela espaçosa terra e ocupá-la com maiores efetivos. Acudiram ao apelo mais de vinte mil saxões, acompanhados
pelas mulheres e filhos, para com ele penetrarem na Itália. Tendo conhecimento disto, Clotário e Sigeberto, reis dos
Francos, colocaram os Suevos e outros povos nos locais de onde tinham saído os Saxões. Então, Alboíno entregou a seus
amigos, os Hunos, os próprios territórios, ou seja a Panônia, sob condição de que, se em qualquer altura fosse necessário
aos Lombardos voltar para trás, tornariam a pedir aquelas terras. Portanto, os Lombardos, abandonada a Panônia, com as
mulheres, os filhos e todas as alfaias, precipitaram-se na Itália para a ocupar. Tinham habitado a Panônia durante quarenta
e dois anos. Dela saíram no mês de Abril, pela primeira indicção, no dia seguinte à santa Páscoa, cuja festividade se deu
naquele ano de acordo com os cálculos da razão no próprio dia das Calendas de Abril, quinhentos e sessenta e oito anos
depois da encarnação do Senhor.”
Glossário:Alboíno: Rei dos Lombardos de 561-572. Panônia: antiga província Romana. Indicção: no primeiro ano de um ciclo de quinze anos. Calendas de
Abril: primeiro dia de cada mês do antigo calendário Romano que ocorria a Lua Nova.
Paulo Diácono, Historia Langobardorum. In: M. G. H. Scriptores Rerum Langobardicarum et Italicarum. Saec. VI-IX. Hannover, 1878. Apud Espinosa, op.
cit., p. 17. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 39.
Nessas trilhas nós vimos:

 Analisamos a delimitação dos reinos bárbaros e que região cada grupo vai se fixou.
 A queda do Império Romano do Ocidente, não significou o fim dos romanos, mas sim, a fusão da
cultura romana com os hábitos e costumes dos povos chamados de bárbaros.
 Compreendemos um pouco mais sobre alguns povos germânicos, sua origem e onde se formou
cada reino.
 As várias migrações dos povos de origem germânica vão dar origem ao mapa da Europa feudal.

Cuidem-se, bons estudos e até a nossa próxima trilha!


Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:

LISTA DE EXERCICIOS – Aulas 29 e 30 – Semana 17

1. Sobre os Reinos Bárbaros e sua formação, assinale a INCORRETA.

a) O termo bárbaro diz respeito aos povos que não estavam inseridos na sociedade romana
como cidadãos.
b) Os Reinos Bárbaros não se formam devido à queda de Roma, não havia interesses destes
grupos pelo antigo território do Império Romano do Ocidente.
c) A partir da segunda metade do século V temos a formação de vários reinos bárbaros que se
anexam nas regiões do Antigo Império Romano do Ocidente.
d) O território após a queda de Roma, se forma de intensa migração e pilhagens.

2. (FAAP) Entre os principais povos bárbaros que invadiram o Império Romano, podemos citar:

a) os vândalos.
b) os francos.
c) os visigodos.
d) todas as anteriores.

3. Sobre os povos germânicos, assinale a INCORRETA.

a) Os vândalos não eram considerados um dos povos germânicos.


b) Os godos são um dos vários povos chamados de germânicos, sua origem é controvérsia.
c) Os burgúndios também irão se fixar na região da Gália, juntamente com outras tribos
germânicas.
d) Os saxões foram uma confederação de tribos germânicas nas planícies do norte da Germânia.

4. Sobre os povos germânicos, podemos afirmar que:

a) Os povos germânicos não possuíam nada que os tornasse similares.


b) Os povos germânicos após a queda de Roma rumaram para o Oriente e não quiseram formar
seus reinos na Europa.
c) Os anglo e os saxões não formaram um reino.
d) Os godos vão dar origem aos visigodos e ostrogodos.

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