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PERÍODO MEDIEVAL

Desenho de 1400 - 1450 representando o cerco de Antioquia pelos cruzados em 1098. <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco>.
Acesso em 13/06/21.

Estamos imersos em referências à Idade Média no nosso dia, nas séries, filmes, jogos entre
diversas outras produções este período inspirou e inspira diversas obras, o que mantém vivo em nosso
imaginário diversas referências a esse mundo medieval.
Castelos, reis e rainhas, cavaleiros, guerras, a igreja, o feudalismo e a agricultura, a peste e a fome,
todas essas palavras no remetem a esse período, mas além disso, é na idade média que vemos o
surgimentos da universidades, renascimento urbano e comercial, um mundo diverso e
interligado pela rota da seda, e outras rotas comerciais. Vamos mergulhar na história, e
aprender um pouco mais, sobre esse período que conhecemos como medievo, compreender
um pouco mais porque ele continua nos fascinando ainda nos dias de hoje.

MENTALIDADE MEDIEVAL

Ao estudarmos a idade média, como com qualquer período


histórico, temos que nos atentar ao fato de lidarmos com
uma história distante, não só temporalmente, como
também das ideias e mentalidade. Não podemos olhar os
homens medievais com as mesmas lentes que olhamos para
nós mesmos, eles tinham diferentes visões de mundo, se
relacionam de outras formas com temas como a paixão,
a morte, etc.

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A QUEDA DE ROMA E AS Romanos incorporam a definição, com a
diferença que acreditavam que os
MIGRAÇÕES BÁRBARAS "Bárbaros" podiam ser integrados.

A passagem da antiguidade para o


medievo não se deu de forma abrupta.
Não há uma grande ruptura entre o mundo
antigo e o medieval. E sim um longo
processo de transformações, que
iniciam já no séc. III d.C.

Assim, quando estudamos os "povos


bárbaros", estamos falando de diferentes
sociedades, com culturas diversas, que
foram generalizadas e estereotipadas por
uma História contada a partir de um ponto
de vista Romano. Exemplos de "Povos
Bárbaros": burgúndios, francos, suevos,
alanos, vândalos, lombardos, anglos, saxões,
A partir do século III d.C, as conquistas do
jutos, frisões, e etc.
Império Romano diminuem. Isso afeta o
sistema escravista, alimentado pelas
guerras, que era base da economia As migrações
Romana. Com a economia
desestabilizada, há uma dificuldade em A partir do ano 300 ac, diversos desses
manter as tropas, o que fragiliza as povos vão começar a migrar e se cruzar
fronteiras do império. O Império romano com o então império romano.
se abre para um mundo além das suas
fronteiras, um mundo daqueles que eles
conheciam como "Bárbaros".

Quem são os Bárbaros

Bárbaro é uma palavra de origem grega,


para denominar aqueles que não eram
gregos. Com as invasões persas na Grécia
(Guerras Médicas), "Bárbaros" se torna
um contraponto à "Civilização", a
barbárie.
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Por muito tempo prevaleceu a ideia errônea
de "invasões bárbaras", todavia nunca
houve um movimento coordenado, e
muito menos foi um processo de
apenas uma dominação violenta dos
"Bárbaros", Romanos vão manter
diversas e complexas relações com os
povos bárbaros, se aliando e aproximando
de alguns, combatendo outros, contratando
bárbaros como mercenários, entre diversas
outras interações entre eles.
Progressivamente muitos "bárbaros"
foram "romanizados", principalmente O reino de mais destaque entres os reinos
as elites. bárbaros é o formado a partir do povo
franco.
Cristianismo teve um
papel importante de Reino Franco
aproximar as tribos
germânicas de roma
Ao que estudos indicam os Francos surgiram
visto que: aprendiam
da união de vários grupos menores de
uma língua romana
germânicos, habitando o vale do Reno
(latim), adotavam
(Holanda, Bélgica, Alemanha e França) e as
práticas, ritos e
terras imediatamente ao leste. E vão ocupar
costumes comuns, e
a região da Gália, boa parte do que hoje
costuravam aliança a
conhecemos como França.
um clero de imensa
maioria romana.
Merovingios

A Dinastia Merovíngia marca o período de


REINOS BARBAROS formação do Reino Franco, das suas
primeiras expansões territoriais e da
Com o enfraquecimento do império aliança estabelecida entre o rei e a Igreja
romano do ocidente e Católica Romana. Assim denominada por
consequentemente sua queda. Alguns descender de Meroveu, líder dos francos na
reinos bárbaros se formaram, exemplo primeira metade do século V.
Reino do Visigodos, Reino dos Em termos efetivos, o primeiro rei merovíngio
Ostrogodos, Reino dos Anglo-saxões , dos foi Clóvis (neto de Meroveu), que governou
Vândalos, entre diversos outros. durante vinte nove anos (482-511). Clovis vai
Centralizados no poder de um Rei, muito promover a unificação dos francos,
se herdou culturalmente dos romanos, expandindo seus domínios territoriais.
principalmente as elites que tentavam se Sua conversão também é um momento
aproximar desse passado. marcante em seu reinado já que marca a
cristianização de todo um reino.

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Depois da morte de Clóvis, seus quatro
filhos dividiram o
reino franco,
enfraquecendo-o
politicamente.
Somente com o rei
Dagoberto (629-639)
houve uma nova
reunificação dos
francos. Entretanto,
após sua morte
surgiram novas lutas
internas que
aceleraram o desmoronamento do poder
dos reis merovíngios.
A Igreja Católica aliou-se a Carlos Magno,
pois desejava a proteção de um soberano
Carolingios
poderoso e cristão que possibilitasse a
expansão do cristianismo. Assim, no dia 25 de
Com o enfraquecimento dos Merovíngios,
dezembro de 800, Carlos Magno recebeu
Pepino de Herstal (679-714) vai absorver os
do papa Leão III o título de imperador do
poderes com seu cargo de "Prefeito do
Sacro Império Romano.
palácio real". Seu neto Pepino obteve o
O reinado de Carlos é marcado também pela
reconhecimento do papa Zacarias para
divisão dos territórios entre os nomes em
o destronamento do último rei
uma relação de vassalagem, e por um
merovíngio, dando início à dinastia
enorme investimento cultural. Com a morte
carolíngia. Eleito rei de todos os francos,
de Carlos Magno progressivamente o Império
Pepino foi abençoado solenemente pelo
Carolíngio vai se dividir e enfraquecer
arcebispo Bonifácio, representante do papa.
politicamente, perdendo seu poder e influência,
Antes de morrer, em 768, Pepino dividiu o
não conseguindo sobreviver um século depois
reino entre seus dois filhos: Carlos Magno
de sua morte.
e Carlomano. Porém, três anos após
receber sua parte no reino (771), Carlomano
morreu e Carlos Magno tornou-se soberano RURALIZAÇÃO E O FEUDALISMO
absoluto do reino franco.
A queda do império romano e a ascensão dos
Carlos Magno e o Império Carolíngio reinos bárbaros é permeada por um intenso
processo de ruralização da Europa. O
Através de diversas guerras, Carlos Magno saqueamento de muitas cidades e a falta
ampliou os domínios dos francos, de mão escrava, levou a população a
apoderando-se de regiões como a Saxônia, buscar uma vida no campo.
Baviera, Lombardia e quase toda a Itália. O poder passa por breve período de
Suas conquistas trouxeram-lhe centralização, quando os carolíngios assumem
prestígio e poder. o poder (como vimos anteriormente), mas a
partir de 800 A.c, com a morte de carlos
magno e invasões e ameaças do povos

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nórdicos (hoje popularmente conhecidos militar do feudo, são marcas presentes em
como vikings) o poder passar por uma forte todos.
descentralização. Esses processo são a
base do que hoje conhecemos como CRISTIANISMO E A IGREJA
feudalismo.
O período medieval também é marcado pela
Feudalismo consolidação do cristianismo na Europa, e
a construção da hierarquia e do poder da
Os feudos tinham uma economia rural Igreja. Contudo, em seu período inicial, se dá
de subsistência, com a estrutura pela disputa de doutrinas.
centralizada em pequenas e médias
fortificações (castelos), que tinham a
função de ser proteção contra
invasores. Eram permeados pelas relações
de dependência e fidelidade entre os
senhores feudais, o nobre que
administravam o poder, e os camponeses, Diferente dos dias atuais, onde o cristianismo é
isso envolvia a concessão de terras para uma religião sólida com suas ideias bem
trabalhar, cobrança de imposto, proteção definidas e estruturadas. No início desse
militar, entre outros fatores que poderiam período, há uma disputa de concepções e
estar em jogo nessas relações. visões dentro da religião, alguns
acreditavam que deus e jesus eram um só, ou
que jesus era apenas um transmissor, que teve
irmãos, entre outras diferentes ideias que
disputavam protagonismo. Essa disputa é
marcada por perseguições violentas a
outras doutrinas e costumes dentro do
cristianismo, esse eram vistos como
heresias

Por mais que falamos sobre um


“Feudalismo Europeu” esse sistema não
Em 1232 a igreja católica,
foi homogêneo. Por toda extensão da
através do poder do papa,
europa ocidental, esse modelo foi
oficializa o Tribunal da Santa
adaptado, com peculiaridades e
Inquisição, que em seu início
diferenças (principalmente a que se
foca a perseguição a essas
entende nas relações entre os camponeses
heresias. A igreja Católica
e senhores feudais. Todavía, economia
vai exercer uma enorme
rural de subsistência, relações de
influência na idade média, os
dependência e fidelidade, e função
mosteiros vão ser importantes

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centros de cultura letradas e é através do O renascimento urbano foi resultado
papado que muitas universidades vão surgir direto do aumento populacional
na europa a partir de 1200. Além da decorrente do aumento da produção de
influência cultural, a igreja exercia um alimentos, e também da melhoria no clima
grande poder político e econômico, nos séculos X e XI. O aumento populacional
com muitos membros pelas cortes reais, e o desejo camponês de sair do seu quadro de
outros senhores feudais, a prática do servidão, gerou nas cidades diversidade de
celibato, garantia que esses ofícios. Houve também diversificação dos
patrimônios mantido por membros do grupos sociais, e o centro do poder migrou
clero se mantenham nas mãos da dos bispos para os habitantes dos burgos, os
igreja, visto que eles não teriam herdeiros. burgueses, grupo que enriqueceu por meio do
comércio ou de outros ofícios. O historiador
Jacques Le Goff estabelece que o
desenvolvimento urbano deu origem a um
sentimento de pertencimento entre o local
e a pessoa nele estabelecida, o que ele
define como “patriotismo citadino”.

RENASCIMENTO URBANO E DO
COMÉRCIO

O renascimento comercial e urbano


aconteceu na Baixa Idade Média e foi
parte das intensas transformações que
a Europa sofreu nesse período. O
crescimento do comércio e das cidades
durante a Idade Média só foi possível
porque a disponibilidade de alimento
aumentou a ponto de permitir o aumento
populacional. Essas transformações da Além das cidades, o comércio na Europa
Baixa Idade Média retomaram o fôlego fortaleceu-se a partir da Baixa Idade
da cidade e do comércio. Média e proporcionou uma série de
mudanças, como o estabelecimento de uma
nova classe social, a criação de colônias sob a
esfera de influência de cidades italianas e o uso
da moeda. O aumento na produção
agrícola foi o ponto de partida que deu
força ao comércio europeu, pois o que
sobrava dela passou a ser comercializado.
O comércio marítimo ficou marcado pelo
desenvolvimento de dois grandes polos
comerciais. Ao sul da Europa, na região
mediterrânea, o domínio era dos italianos; ao
norte da Europa, por sua vez, o domínio era da

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Liga Hanseática, uma aliança de cidades orientais. A cidade de Constantinopla, situada
mercantis que surgiu na Alemanha e numa posição privilegiada, entre a Europa e a
estabeleceu rotas que ligavam Londres a Ásia, na passagem do Mar de Marmara para o
Novgorod (na Rússia) Mar Negro, era um importante centro
comercial e cultural, e foi dali que o
cristianismo se expandiu. Adotaram o grego
IMPÉRIO BIZANTINO como idioma oficial no século VII e mantiveram
constantes relações com os povos asiáticos.
O Império Bizantino nasceu da divisão
do Império Romano, no ano de 395, no Governo de Justiniano
Império Romano do Oriente, com
capital em Constantinopla. Um dos principais imperadores bizantinos
foi Justiniano (527-565), pois em seu
governo, o Império Bizantino atingiu o
máximo esplendor. Filho de camponeses,
Justiniano chegou ao trono em 527. Sua
esposa, Teodora, também vinha de origem
humilde e exerceu decisiva influência sobre a
administração do Império. Justiniano foi
também o responsável pela reconquista de
territórios que antes haviam pertencido ao
Império Romano do Ocidente, incluindo
Roma, o sul da Espanha e o norte da
África. Estas regiões haviam sido ocupadas
A cidade de Constantinopla, antes
pelos povos germânicos. Justiniano é
denominada Bizâncio, havia sido
responsável por organizar as leis e o direito
rebatizada pelo Imperador Constantino no
bizantino e diversas obras, e construir grandes
ano de 330. Atualmente, a cidade recebe o
edifícios na capital.
nome de Istambul. Por esta razão, o Império
Romano do Oriente passou para a história
como “Império Bizantino”.
Sua extensão territorial compreendia a
Península Balcânica, a Ásia Menor, a Síria, a
Palestina, o norte da Mesopotâmia e o
nordeste da Ásia. Enquanto no Ocidente,
o Império Romano desapareceu por
conta das invasões de diversos povos,
o Império Bizantino conseguiu manter
sua unidade e seus habitantes
chamavam-se a si mesmo de romanos. Religião Bizantina e o cisma com o
Com a queda de Roma, em 476, o Império
oriente
Bizantino passou a ser o herdeiro das
tradições romanas e sobreviveu mais
mil anos. O cristianismo predominou no Império
A cultura bizantina era uma mistura de Bizantino, mas se desenvolveu de forma
influências romanas, helenísticas e distinta que no Ocidente. Enquanto este se

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via cada vez mais dividido, a Igreja e o desenvolveram um dos maiores impérios
Imperador se uniam no Oriente. da Idade Medieval.
A Igreja Oriental utilizava a língua local nos Por outro lado, com a conversão dos árabes
seus cultos e não admitia as imagens ao islamismo, no séc. VII, vários monarcas
tridimensionais, para os bizantinos, as muçulmanos passaram a atacar as
imagens, denominadas ícones, deviam fronteiras do Império Bizantino e ocupá-lo.
ser bidimensionais e essa disputa Durante a Baixa Idade Média (séculos X a XV),
acabou levando-os a um movimento de além das pressões dos povos e impérios nas
destruição conhecido como suas fronteiras orientais e perdas de territórios,
Iconoclastia. Já a Igreja no Ocidente não o Império Bizantino foi alvo da retomada
reconhecia o Imperador como um chefe, expansionista ocidental, principalmente pela
empregava o latim nas suas cerimônias e Quarta Cruzada.
veneravam esculturas. Com a expansão dos turcos-otomanos no
século XIV, tomando os Bálcãs e a Ásia Menor,
o império acabou reduzido à cidade de
Constantinopla.
O predomínio econômico das cidades italianas
ampliou o enfraquecimento Bizantino, que
chegou ao fim em 1453, quando o sultão
Maomé II destruiu as muralhas de
Constantinopla com poderosos canhões.

As diferenças culturais entre Oriente e


Ocidente e as disputas pelo poder entre
o Papa e o Imperador, culminaram na
divisão da Igreja, em 1054. criando uma
cristandade ocidental, chefiada pelo Papa; e
uma oriental, chefiada por um colegiado de
bispos e o imperador. Esse fato recebeu o
nome de Cisma do Oriente.
A partir de então, a Igreja Oriental passou a
ser conhecida como Igreja Católica
Ortodoxa e foi responsável por cristianizar
lugares como a Rússia, Bulgária, a EXPANSÃO ISLAMICA
Península das Balcãs, entre outros.

A partir do nascimento de Maomé


Queda de Constantinopla
civilização islâmica floresceu no século VII
d.C., na Península Arábica, e expandiu-se,
Após o auge do governo Justiniano, no inicialmente, por toda a região do Oriente
século VI, o Império Bizantino não expandiu Médio e, em seguida, em direção ao norte
mais seu território. Seguiram-se anos de da África, ao sul da Europa e ao centro do
prosperidade, onde os bizantinos Império Bizantino, na Anatólia (atual

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Turquia). Com a morte de Maomé em 634, investidas contra hereges e mulçumanos.
seus sucessores ficaram encarregados de As cruzadas tinham como seus objetivos,
continuar a propagação da fé islâmica. recuperar a terra santa, que estava dominada
pelos Islâmicos; uma tentativa dos nobres de
apropriarem terras no oriente; interesses pelas
comerciais, e a igreja via nessas empreitadas
uma possibilidade de se fortalecer.
Do final do século XI à segunda metade do
século XIII, houve oito cruzadas, que
dirigiram sua luta contra os turcos no
Oriente.

Foi nesse contexto que apareceram as


dinastias Omíadas e Abássidas. Se formou
um império islamico a partir de
CALIFAS. Durante a dinastia Omíada
(661-750 d.C), conquistaram partes do
continente africano e da Península Ibérica.
Na Europa, o avanço islâmico é impedido
pela Batalha de Potiers, em 732. Os árabes
estabeleceram um califado independente na
região de Córdoba, na Península Ibérica,
colocando fim à monarquia visigótica. A
região dominada foi chamada de Em 1095, o papa Urbano II pronunciou um
Al-Andalus. inflamado discurso no Concílio de Clermont,
conclamando os cristãos a ingressarem na
expedição cruzadista rumo ao Oriente. As
cruzadas de maior expressão são:

Primeira cruzada (1096-1099)


Chamada de Cruzada dos Nobres, chegou a
conquistar Jerusalém, onde promoveram uma
matança da população muçulmana.
Organizaram na região vários reinos nos
moldes feudais. No século XII, os turcos
reconquistaram os reinos, inclusive Jerusalém.

Segunda cruzada (1147-1149)


Foi organizada por reis e imperadores, com o
CRUZADAS objetivo de retomar Jerusalém dos turcos,
mas fracassaram no seu objetivo.

Entre os XI e XIII, expedições de caráter


religioso, econômico e militar vão ser

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Terceira cruzada (1189-1192) Ocidente e com isso conseguiu permanecer
Foi chamada Cruzada dos Reis, devido à ao longo dos séculos. A Rota da Seda
participação do monarca da Inglaterra carrega esse nome porque o seu principal
(Ricardo Coração de Leão), da França (Filipe produto comercializado era justamente a
Augusto) e do Sacro Império seda. Durante séculos os chineses
Romano-Germânico (Frederico Barba monopolizaram a forma de fazer esse tecido, e
Roxa). Não atingiu seus objetivos militares, o vendiam por verdadeiras fortunas,
mas foram estabelecidos acordos principalmente para os ocidentais. Essa rota
diplomáticos com os turcos que permitiram ligava os povos por vias terrestres,
as peregrinações. essencialmente. E era formada por caravanas
de vendedores que utilizam animais como
Quarta cruzada (1202-1204) condutores das cargas.
Foi chamada de Cruzada Comercial por
ter sido liderada por comerciantes de
Veneza. Desviada de Jerusalém, alvo
religioso da investida, para Constantinopla,
que acabou sendo saqueada.

A principal porta de entrada em outros


territórios, que não a China, era pelos portos.
De lá, as cargas eram distribuídas. Em
princípio, ela conectava a China até a
Quinta, sexta, sétima e oitava cruzadas Antioquia, depois a Coreia até o Japão e por
(1218-1270) Secundárias sob todos os fim, conectava toda a Europa com o Ocidente,
aspectos, não tiveram sucesso. Do ponto principalmente através de Flandres, de domínio
de vista religioso as cruzadas francês na época.
fracassaram, do ponto de vista
econômico elas tiveram um papel As rotas tinham uma importância de
importante no desenvolvimento comunicação entre os povos. Mais do que
comercial, com o fim da dominação um fim comercial, as rotas formavam as
árabe no Mar Mediterrâneo. principais cidades da Idade Média.

Cada ponto em que as caravanas paravam,


ROTA DA SEDA
aglomerações se formavam e, por fim, com o
intenso tráfego de pessoas, casas, centros
A rota da seda foi uma importante rota comerciais, templos e espaços burocráticos
de comércio que marcou as relações foram se fixando
entre os povos na Idade Média. A Rota
da Seda conectava o Oriente com o
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