Você está na página 1de 4

HISTÓRIA

1ª SÉRIE
SEMANA 23

Olá, estudante!
Esta semana iniciamos nossas atividades do 3º trimestre entrando, assim, na reta final do ano letivo de 2020! Por
isso, procure se dedicar mais aos estudos, realizar suas atividades, entregá-las em sua escola. Nossa meta é o
sucesso. Contamos com o seu empenho! Vamos estudar na Aula Paraná de História sobre a Europa Feudal. Para
ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos. Relembrando que teremos duas aulas e
vamos tratar sobre:
AULA: 40 Europa Feudal: Império Carolíngio II
AULA: 41 Europa Feudal: Cruzadas

Europa Feudal: Império Carolíngio II


É importante iniciar a nossa aula dizendo que a compreensão sobre Império Carolíngio passa pela
compreensão do Tratado de Verdun. O contexto se inicia com a sucessão de Carlos Magno. Vamos lá?

Carlos Magno foi sucedido por seu filho Luís, o Piedoso (814-840), que se dedicou mais à religião do que à
política e teve dificuldade em manter a unidade do império. Após a morte de Luís, seus três filhos passaram
a disputar o trono pelas armas. Depois de alguns anos de luta, eles assinaram o Tratado de Verdun, em 843.

No Tratado de Verdun, de 843, previa por esse acordo de paz, que o Império Carolíngio ficaria dividido em
três partes: a parte ocidental coube a Carlos, o Calvo; a parte oriental coube a Luís, o Germânico; e a parte
central, que vai do Mar do Norte ao centro da atual Itália, coube a Lotário.

Segundo os medievalistas, o Ocidente medieval nasceu da conjugação de três fatores que se influenciaram
mutuamente ao longo dos séculos: as heranças romanas, as heranças germânicas e o cristianismo. O
cristianismo, por sua vez, foi o terceiro fator decisivo na formação do Ocidente medieval, pois propiciou a
ligação entre romanos e germanos e deu unidade à civilização medieval.

A Igreja cristã se tornou uma grande detentora de terras. As conquistas de Carlos Magno aumentaram esse
patrimônio que no século IX, já somava a terça parte das terras cultiváveis do Ocidente cristão. Um
patrimônio construído desde o século IV com as invasões bárbaras, onde surgiu o patrocinium (entregavam
as terras para a igreja administrar). A recomendação de Santo Agostinho (354-430) era seguida com
frequência: todo cristão deveria deixar à Igreja em testamento “a parte de um filho”; e caso não tivesse
descendentes, deveria nomeá-la sua única herdeira. Por outro lado, graças ao celibato clerical, o patrimônio
eclesiástico não era dividido ou alienado.

A Europa passou por um processo gradual de cristianização. E mesmo que nominalmente tenham se
convertido ao cristianismo, em alguns lugares não abandonaram logo de início as práticas pagãs locais, o
culto aos deuses pagãos.

A formação do feudalismo tem seu apogeu entre os séculos XI e XIII. Como resultado das novas invasões
bárbaras (vikings) e dos árabes na Europa (expansão dos califados). Para montar expedições guerreiras,
Carlos Magno pedia auxílio militar aos nobres (duques, marqueses, condes etc.), que, em troca dos serviços
prestados, recebiam do rei um feudo (palavra de origem germânica que significa “bem de importância”). O
feudo era, muitas vezes, uma grande área de terra com camponeses. Como o contrato feudo-vassálico
implicava direitos e obrigações recíprocos, o rompimento do acordo por uma das partes era considerado
felonia (“traição”). Com a morte de Carlos Magno, os vassalos dele e seus descendentes passaram a fazer o
mesmo, isto é, a doar um feudo a outro homem em troca de fidelidade.

Ao receberem terras e/ou cargos, os nobres foram se fortalecendo, enquanto os monarcas se enfraqueciam.
Com isso, consolidou-se na Europa ocidental o feudalismo (sistema de organização econômica, social e
política baseado nos laços de fidelidade e de dependência entre suserano e vassalo).

No feudalismo cada senhor era a autoridade máxima dentro de seu feudo. Era ele quem julgava os infratores,
aplicava as penas, cobrava impostos e cunhava sua própria moeda. Por isso se diz que o poder político era
descentralizado. Duas outras características do sistema feudal eram: produção voltada para a subsistência e
forte presença do cristianismo. O modelo clássico de feudalismo existiu somente em partes da Europa, que
correspondem especialmente ao que é hoje a França e a Alemanha.

Europa Feudal: Cruzadas


Ao falar sobre as Cruzadas podemos iniciar a nossa conversa com uma pergunta: qual a importância das
Cruzadas para o desenvolvimento econômico da Europa Medieval?

Antes é preciso fazer algumas considerações. O período histórico que compreende a Idade Média vai do
século V ao século XV. E ainda, a Idade Média pode ser dividida em dois períodos: Alta Idade Média (século
V ao X) e Baixa Idade Média (século XI ao XV).

Esse último período é o momento em que a Europa Feudal passa por transformações como, por exemplo:
crescimento demográfico, novas tecnologias na agricultura e o ressurgimento do comércio. Ocorre a
diminuição das invasões dos povos bárbaro e logo das guerras feudais igualmente. O primeiro grande
acontecimento da Baixa Idade Média se refere às Cruzadas, que se estendeu do século XI ao século XIII.

O contexto histórico desse período é de caráter cristão. Em 395, ocorre a divisão do Império Romano: sede
em Roma e sede em Constantinopla (Império Bizantino). Em 1054, ocorre a Cisma do Oriente - uma disputa
pelo poder da Igreja Católica. Resultando na separação da Igreja Católica Apostólica Romana (subordinada
ao Papa) e a Igreja Cristã do Oriente (subordinada ao imperador bizantino). Existia a pretensão de unificar
as duas igrejas.

Durante a Idade Média muitos cristãos peregrinavam em direção a centros religiosos - dentre eles,
Jerusalém, Belém e Nazaré. O território sagrado para os cristãos, desde 638 era habitado pelo povo de
origem árabe, que nesse período já eram convertidos ao islamismo - onde muçulmanos e cristãos viviam de
maneira pacífica.

Em 1071, os turcos, de religião muçulmana, tomam o território e proíbem os cristãos de visitarem o túmulo
de Jesus. Em 1095, o Papa Urbano II convoca os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, para
reconquistar a TERRA SANTA. Esse foi o contexto das Cruzadas, fatores que contribuíram para o início de um
conflito que gerou, ao total, oito expedições.

Os mercadores da Península Itálica pretendiam aumentar o comércio com o Oriente através da abertura do
Mediterrâneo. Os nobres esperavam obter mais terras. A população mais pobre esperava obter a salvação
eterna, a também chamada Cruzada dos Pobres.
Retomando, entre os séculos XI e XIII, foram organizadas oito dessas expedições chamadas de Cruzadas. O
ponto de chegada era Jerusalém, porém, o lugar de origem era bastante variado e passava por toda a Europa.
A primeira Cruzada teve início em 1906 e a última no ano de 1270.

Apenas a primeira Cruzada (1095-1099), composta principalmente por cavaleiros, foi a única expedição que
conquistou Jerusalém. Em 1187, porém, os muçulmanos, sob a liderança do Sultão Saladino, conquistaram a
cidade. Após essa primeira expedição, nenhuma das outras Cruzadas conseguiu recuperar a Terra Santa
definitivamente.

Apesar da falta de êxito no conflito, ocorreram inúmeras contribuições para a sociedade medieval, como o
aumento do comércio entre Ocidente e Oriente e uma maior participação dos europeus no comércio de
especiarias e artigos de luxo orientais pelo mar (em especial para o comércio da Península Itálica).

Na próxima semana teremos mais. Até a próxima trilha, cuide-se!


Escola/Colégio:
Disciplina: HISTÓRIA 1ª turma:
Estudante:

LISTA DE EXERCÍCIOS

 AULA 40 4) Aponte uma das consequências trazidas pelas


1) De acordo com nossos estudos sobre Cruzadas à Europa Medieval.
feudalismo, quem tinha a autoridade máxima
dentro do Feudo?
a) O enfraquecimento do poder dos cavaleiros.
b) O aumento do comércio entre o Ocidente, com
a) servo.
destaque para a região da Península Itálica e o
b) vassalo. Oriente.
c) cavaleiro. c) A conversão ao Islamismo na Europa Feudal, a
d) senhor. partir da aliança entre turcos e cristãos.
d) Com a vitória ocidental europeia, a tomada da
2) Sobre o Tratado de Verdun, o Império Terra Santa exclusivamente para os cristãos.
Carolíngio foi dividido em:

a) três partes, cada parte com um dos três


filhos do Luís, O piedoso.
b) duas partes, uma com Pepino, o Breve, e a
outra com Carlos I.
c) quatro partes, chamado tetrarquia.
d) duas partes, cada parte entregue aos dois
filhos do Carlos Magno após sua morte.

 AULA 41
3) Aponte o acontecimento que desencadeou as
Cruzadas.

a) Em 1071, os turcos, convertidos ao islamismo,


tomam Jerusalém e proíbem os cristãos de
visitarem o túmulo de Jesus;
b) A criação do Estado de Israel em 1948.
c) A Cisma do Oriente que resultou na separação da
Igreja Católica Apostólica Romana (subordinada ao
Papa) e a Igreja Cristã do Oriente (subordinada ao
imperador bizantino);
d) Em 1095, a visita do Papa Urbano II à Terra Santa.

Você também pode gostar