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RELATÓRIO DE LEITURA
15 de novembro de 2018
DOIS REINOS: A IGREJA E A CULTURA INTERAGINDO AO
LONGO DOS SÉCULOS
Capítulo 5: A expansão europeia da igreja
Capítulo 6: A igreja sob a monarquia papal
CLOUSE, Robert G.; PIERARD, Richard V.; YAMAUCHI, Edwin M. Dois reinos: a
igreja e a cultura interagindo ao longo dos séculos. São Paulo, Cultura Cristã. 2003
O que motivou, segundo os autores, as disputas internas foram, num primeiro momento,
a conjuntura de formação do mesmo associadas à insatisfação dos povos visigodos em
relação à ganancia dos oficiais romanos que não honraram o compromisso assumido
por Teodósio I em dispor terra e suprimentos em troca de apoio militar. Culminou, em
396, sob a liderança de Alarico, em uma rebelião contra o império destruindo a Grécia e
a invasão da Itália em 402. Quando Alarico estava por invadir a Itália, as tropas romanas
da fronteira germânica foram chamadas de volta, para defendê-la, permitindo, assim,
que os povos germânicos empreendessem sua migração sem maiores impedimentos,
para o território do Império Romano (IR). A principal tribo foi a dos vândalos.
No processo de expansão, o cristianismo teve que resistir a vários ataques dentre eles o
dos vikings, dos magiares e dos muçulmanos. Os ataques vikings foram tanto por
batalhas quanto economicamente, através de relações comerciais com Europa oriental.
Os magiares era um povo finoúgrico, proveniente da Ásia, que havia se mudado para a
parte central do Danúbio. Durante um bom tempo atacaram a porção oriental. Ambos os
grupos acabaram se convertendo à fé cristã.
Outro fato importante citado pelos autores foi o surgimento e expansão do islamismo e a
formação do Império Árabe. Estes fatos c afetou consideravelmente a conformação de
toda a bacia do Mediterrâneo principalmente o norte da África e o Oriente Médio. Estes
fatos, segundo os autores, influenciaram o cristianismo, embora não se possa dizer
exatamente como. Eles afirmam que os ataques muçulmanos, além enfraqueceram o
Império Bizantino, também, contrinuiram para a formação do Império Carolíngeo na
Europa, e todas as consequências decorrentes dele. Ao contrário dos vikings e dos
magiares, este grupo não se converteu ao cristianismo..
Em seguida, os autores, discorrem acerca da crise do papado nos séculos VII e VIII. Os
papas deste período estavam divididos entre identificar-se com a antiga civilização do
Oriente a com os novos poderes do Norte.
Em 773 Carlos Magno derrotou os lombardos e tornou-se seu rei. Ele conquistou a
Bavária e a Áustria e subjugou os ferozes pagãos saxões que viviam entre os rios Reno
e Elba. No natal de 800 o papa Leão III, inesperadamente colocou uma corou imperial
em sua cabeça, e prestou-lhe homenagem.
Carlos Magno tornou-se imperador e exercia seu reinado do seu palácio em Aachen. Ele
reinou sobre Roma e a maior parte do Oeste do antigo IR. Sua relação com a igreja e
com o papado, em função de sua devoção, favoreceram grandemente à igreja.
Outro aspecto abordado pelos autores foi relação entre Otto I e o papado. Esta era bem
conflituosa. Em 963 d.C. ele convocou um sínodo em Roma em que depôs o papa João
XII, um papa fraco e impopular. Em seu lugar, Otto colocou um papa que correspondia
melhor às suas expectativas
O herdeiro Otto foi seu filho de três anos, chamado Otto III. Que foi educado pela sua
mãe, quase como um príncipe Bizantino. Assume o trono em 904. Seus plano era fazer
de Roma sua capital. Construiu um magnífico palácio e nomeou o maior estudioso de
sua época, Gerbert de Aurillac (cerca de 945-1003) para ser o papa Silvestre III. Ele
tinha um sonho de formar uma grande comunidade cristã com a igreja e o império unidos
e governados de Roma. Políticamente não tinha como se concretizar pois não tinha uma
base real de poder na Itália e os romanos não o aceitariam. Morreu cedo, aos 21 anos e
foi sucedido por Henrique II. Este procurou manter sua posição na Alemanha e não pode
dominar a Itália.
O renascimento cultural promovido por Otto III, teve grande importância. A redescoberta
das ciências naturais, principalmente pela influencia de Gerbert.
Outro reinado abordado pelos autores foi a França. A nova dinastia estabelecida em 987
por Hugo Capeto, duque de Orleans, que governou até 1328, teve sua relação com a
igreja marcada pela atuação do abade Suger de S. Dennis, um importante defensor da
monarquia. Ele foi conselheiro das finanças de Luís VI e atuou como regente enquanto o
rei participava da Segunda Cruzada.
Em 1073, Hildebrando, foi eleito papa Gregório VII. Durante seu pontificado o conflito
Igreja-Estado viveu seu momento mais intenso. Hidelbrando ordenou a todos os bispos
que proibissem sacerdotes casados de celebrarem a missa. Este fato levou a
controvérsia das “investiduras”. A questão só acabou com o Pacto de Worms, acordo
entre Henrique V e o papado no ano de 1122.
Quando o imperador Otto IV invadiu a Sicília, tornou-se uma ameaça concreta aos
Estados Papais, Inocêncio III o excomungou e em 1212 garantiu a eleição de Frederico
II em seu lugar. Contudo, esse ato tornou-se um problema uma vez que Frederico II
praticamente deu a independência para os príncipes alemães a fim de que pudesse
concentrar-se em controlar a Itália resultando numa luta por sobrevivência com o papa
que tentou aniquilar o seu poder. Após a morte de Frederico, em 1250, o papado pôs-se
a exterminar a dinastia dos Hohenstaufen, até a execução de Conradin, o último desta
linhagem. Por fim, os autores afirmam que o triunfo papal gerou instabilidade tanto na
Itália quanto na Alemanha.
Enfim, os autores traçam uma visão geral de como as forças da igreja e dos estados
mudaram e como um influenciou o outro. As relações de força e harmonia forjaram e
estruturaram a região e a religião.