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Idade Média

Prof. Sabrina Sales


INTRODUÇÃO
ALTA IDADE MÉDIA
• Ocidente: sociedade medieval ocidental, reino franco, e feudalismo;
• Oriente: surgimento do islã, expansão e o surgimento do império
otomano;
BAIXA IDADE MÉDIA
• cruzadas e guerras de reconquista;
• peste bubônica.
IDADE MÉDIA
CONCEITO
• Termo inventado por pensadores europeus humanistas que viveram
durante o “Renascimento”. Eles se denominavam “modernos”, utilizando
esse termo como sinônimo de “atual” e cunharam este termo para separar
o seu período “moderno” da Idade Antiga. Havia neste termo um aspecto
negativo, que fez com que ficasse conhecida como “Idade das Trevas” ou
“Noite de mil anos”.
• Esse período teve início com o fim do Império Romano do Ocidente no
século V d.C e terminou no século XV d.C, com o fim do Império
Bizantino. Ele é marcado por características e valores que estão presentes
até hoje em nossa sociedade, tais como: hegemonia do cristianismo e a
crença em um mundo dual, constituído pela crença na luta entre Deus e o
Diabo.
Ocidente medieval
Nasce do conjunto de influências e
heranças romanas, germânicas e do
cristianismo:
• Heranças romanas: o colonato e o
caráter sagrado da monarquia;
• Heranças germânicas: comitatus
(fidelidade de um grupo de
guerreiros a um chefe) e o direito
consuetudinário;
• Herança do cristianismo: propiciou a
ligação entre romanos e germanos
dando unidade à civilização
medieval.
Reino Franco
Muitos dos povos que invadiram o
império romano fundaram
pequenos reinos, mas só alguns
prosperaram, um destes foi o Reino
Franco que foi governado pelo
chefe militar Clóvis, da dinastia
merovíngia. Em seu governo (481-
511), estabeleceu a capital em
Lutécia e conquistou territórios dos
burgúndios e dos visigodos. Ele se
casou com a princesa cristã
burgúndia, Clotilde, para ter mais
aceitação do domínio dos francos.
Em 496, ele se converteu ao
cristianismo, estabelecendo
aliança com a Igreja Cristã.
Reino Franco
• Sucessores de Clóvis ficaram conhecidos como
reis indolentes;
• Carlos Martel conseguiram barrar o avanço
dos árabes muçulmanos na Europa Ocidental,
vencendo-os na batalha de Poiters em 732;
• Seu filho, Pepino, o Breve deu um golpe e
proclamou-se rei dos francos, iniciando a
dinastia carolíngia. O papa Zacharias
interessando no poder dos francos o
reconheceu como rei e pediu ajuda militar
contra os bizantinos e os lombardos que
atacaram a Península Itálica. Pepino, o breve os
venceu e entregou as terras conquistadas à
igreja, deles originou-se o Patrimônio de São
Pedro (Estados da igreja).
Império Carolíngio
• Aliança com a Igreja Católica e o
reestabelecimento do Império Romano. No
ano 800, o papa coroa Carlos Magno como
imperador, usando palavras antes utilizadas
no Império Romano durante a sagração.
• Após as conquistas Carlos Magno adotou o
costume germânico de doar terras e
privilégios aos nobres que o serviam e com
ele lutavam. Esses nobres tornavam-se seus
vassalos, isto é, se ligavam a ele por laços de
dependência e fidelidade. Com as posses, os
nobres adquiriam grande poder sobre seus
domínios.
Império Carolíngio
Administração do Império

Renascimento Carolíngio: período de criação de instituições educacionais como


escolas em conventos e bispados para preparar jovens para a carreira religiosa e para
a administração do Império. Nesse período, surgiu a figura dos monges copistas,
responsáveis por salvaguardar grande parte da cultura da antiguidade.
Fim do Império Carolíngio
• Carlos Magno foi sucedido
por seu filho Luís, o Piedoso
(814-840) que se dedicou
mais a religião do que a
política e teve dificuldades
em manter a unidade do
Império. Seus filhos
disputaram o poder após a
sua morte. Eles assinaram o
Tratado de Verdum, em 843
dividindo o Império em três
partes:
Fim do Império Carolíngio
• A autoridade real esfacelou-se rapidamente. Condes, duques e
marqueses usurpam os poderes reais e passam a exercê-los em nível
local. Em 877, os domínios, chamados então de feudos, tornam-se
hereditários.
• Os territórios na extremidade do Império foram invadidos por outros
povos como os vikings e os muçulmanos.
FEUDALISMO
É um sistema de organização econômica, social e política baseado nos
laços de fidelidade e de dependência entre suserano e vassalo,
consolidado após a morte de Carlos Magno, quando os seus vassalos,
uma nobreza fundiária passou a criar relações vassálicas com outros
homens.

Como o contrato feudo-vassálico implicava direitos e obrigações recíprocos, o rompimento do


acordo por uma das partes era considerado felonia (traição). FRANCO, JR., Hilário (2999, p. 34).
Sociedade Feudal
DIVISÃO EM TRÊS ORDENS:
• Clero (os que oram);
• Nobreza (os que guerreiam);
• Servos, vilões e escravos (os que trabalham).
Trabalhos e obrigações
Talha Obrigação de entre parte da produção do manso servil
ao senhor.
Corveia Trabalho gratuito no manso senhorial alguns dias
semanalmente
Banalidade Pagamento em produtos pelo uso de ferramentas e
infraestrutura do senhor como forno e moinho
Mão morta Pagamento feito pelo servo quando seu pai morria para
continuar a usar a terra
Censo Pagamento obrigatório aos vilões
[...] os servos eram trabalhadores
dependentes. Recebiam do senhor lotes
de terra, os mansos, de cujo cultivo
dependia sua sobrevivência e em troca da
qual realizavam o pagamento de
determinadas taxas àquele senhor.
FRANCO, JR., Hilário (2999, p. 34).
Crescimento da Igreja
• Isenção de impostos;
• Sacramentos;
• Dízimos;
• Terras;
• Intermediação na condução
da alma;
• Celibato

De fato, a chegada dos bárbaros não a prejudicou, pelo contrário, muitos indivíduos, diante da
insegurança geral de então, entregaram suas terras ao patrocinium da igreja. A recomendação de
Santo Agostinho (254-430) era seguida com frequência: todo cristão deveria deixar à igreja em
testamento “a parte de um filho”; e caso não tivesse descendentes, deveria nomeá-la sua única
herdeira. [...] esse patrimônio representava, no século IX, uma terça parte das terras cultiváveis do
Ocidente cristão. FRANCO, JR (2009, p. 71-72).
Crescimento da Igreja

Surgimento de mosteiros, formando o clero


regular. Eles levaram o evangelho ao campo,
ensinaram técnicas agrícolas aos camponeses,
mantiveram orfanatos, leprosários, escolas,
hospitais e asilos, além de copiarem textos e
formarem grandes bibliotecas.

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