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Quando Agostinho morreu em 430 d.

C, os
vândalos estavam às portas de Hipona. Enquanto o
Concilio de Calcedônia estava em andamento em
451 d.C, Leão Magno estava negociando com os
hunos para livrar a Itália das devastações que eles
estavam causando. A história ocidental foi
dominada, no quinto e no sexto séculos, pelos
movimentos de povos (principalmente) germânicos
para dentro do território do antigo Império Romano.
As incursões germânicas do quinto século foram
apenas a primeira das quatro grandes ondas de
migração e invasão a varrer o território do antigo
Império Romano: (l) os germanos, especialmente no
quinto século, (2) os mongóis ávaros e os eslavos, na
região dos Bálcãs a partir do sétimo século, (3) os
árabes muçulmanos, a partir do sétimo século, e (4)
os nórdicos ou vikings da Escandinávia no oitavo ao
décimo séculos. As mudanças étnicas, culturais e
religiosas resultantes produziram significativos
desenvolvimentos que afetaram a história da Igreja.
Segundo Almeida (1955), em meados do século
oitavo deu-se a conversão dos povos germânicos ao
Cristianismo. O grande apóstolo da Germânia foi S.
Bonifácio. Este santo nasceu na Inglaterra, mas
pregou o Evangelho aos povos da Alemanha, antiga
Germânia. Foi nomeado bispo de Mogúncia, uma
das mais velhas cidades da Alemanha. Fez
numerosas conversões e implantou o Cristianismo
nas terras que hoje formam a Holanda.
No entanto, durante o sétimo século, iria
aparecer um homem que arrancaria muitos países
importantes da Igreja. Essas terras, até os dias de
hoje, ainda não voltaram ao Cristianismo. Estamos
falando do islamismo, e o seu fundador: Maomé,
descendente de Ismael, filho de Abraão!
Maomé começou tomando posse da cidade de
Meca. Aos poucos o islamismo foi conquistando
todos os países da Arábia, Ásia, e o norte da África.
Chegaram até mesmo a invadir a França, mas foram
impedidos pelo rei da França: Carlos Martel. A
derrota obrigou os islâmicos a permanecerem na
Espanha no ano de 732 d.C.
Três séculos depois, os maometanos iriam
ameaçar a Europa de novo! O fraco império de
Constantinopla estava sem forças para resistir ao
exército muçulmano, e estes ousados e cruéis
soldados atacavam a Península italiana. Chegaram
até os montes Pirineus, novamente, pondo a Europa
em perigo. Os cristãos então se uniram através das
Cruzadas. O resultado das Cruzadas foi impedir, em
primeiro lugar, que a religião de Maomé se
estendesse em toda a Europa. Em segundo lugar
serviu para desviar da Europa as guerras entre as
nações que apenas se estavam formando. Trouxe
também a liberdade de governos e todos os povos
começaram a se interessar pelas causas públicas.
O povo romano sofria as constantes invasões
dos Lombardos, um povo que vivia ao norte da
Itália. O rei da França, Pepino, o Breve, filho de
Carlos Martel, viera, já por duas vezes, defender o
Papa em Roma. Carlos Magno, filho de Pepino, era
dono de metade da Europa, e empregou todos os
seus esforços para apoiar a Igreja Católica. O Papa
Leão III, considerou que era tempo de reconstruir o
Império Romano do Ocidente, e, então, resolveu
coroar Carlos como Imperador no ano 800 d.C. O
Padre era o chefe espiritual da Europa e o Imperador
o chefe temporal.
Os Papas exerciam sobre o imperador o direito
de consagração do mesmo, e o imperador aprovava
os Papas eleitos. Durante os mil anos que durou essa
organização os resultados foram notáveis. O Sacro
Império Romano Germânico, um novo Império
renascido no Ocidente, como foi chamado, durou até
1806, quando o último Imperador, Francisco II foi
forçado a abdicar após ter sido derrotado por
Napoleão na batalha de Austerlitz.
Em 1054, ocorreria o Grande Cisma religioso
que separou a Igreja Católica Romana da Igreja
Católica de Constantinopla1, afastando de
1
Igreja Ortodoxa ou Igreja Oriental.
Constantinopla a amizade dos monarcas europeus.
Para os orientais, Roma afastara-se das pregações
originais de Jesus Cristo, fato que motivou ainda
mais o Grande Cisma.
No século XV, o Império Bizantino estava à
mercê dos otomanos. Maomé II, sultão dos turcos,
tomou de assalto o Império do Oriente, e depois de 3
dias de terríveis lutas, a cidade, capital do império
do Oriente, tombava em poder dos infiéis
muçulmanos. A bela igreja de Santa Sofia foi
transformada em mesquita (nome que os
maometanos dão aos seus templos, ou lugares onde
se reúnem para fazer suas orações).
Constantinopla se tornaria a capital do
ascendente Império Otomano, que duraria até a
Primeira Guerra Mundial, quando daria lugar para a
moderna República da Turquia. A religião cristã não
foi proibida, mas o islamismo tornou-se a religião
oficial. Quanto às metrópoles europeias da época –
Roma, Veneza e Gênova – não veio qualquer ajuda.
Elas estavam inteiramente concentradas em suas
próprias querelas, e há muito tempo império
bizantino tinha deixado de ser interessante.
Constantinopla, passou a se chamar Istambul. O
Império otomano teve um apogeu que durou um
século. E depois, durante cem anos, ele esfacelou-se
paulatinamente...até deixar de existir, conforme foi
dito, durante a Primeira Guerra Mundial. O
cristianismo ortodoxo, derivado da Igreja Católica
Ortodoxa, também conhecida como Igreja Grega, é,
até hoje, a principal religião na Rússia. Ela
sobreviveu ao fim do Império Bizantino e continua
forte até hoje.

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