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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RÁDIO

ENGENHARIA ELECTRÓNICA E DE

TELECOMUNICAÇÕES

Curso Diurno

Disciplina: leis e Reformas

Turma: 4R Semestre: I Ano: IV

Tema: Resolução de Exercícios

Docente:

dr. Hagira Gelo

Discente:

Cezerilo António Mahunguana

Maputo, Dezembro de 2022


Índice
1. Introdução............................................................................................................................................1
2. Objectivos............................................................................................................................................2
2.1. Geral............................................................................................................................................2
1.1. Específicos...................................................................................................................................2
1.2. Metodologia.................................................................................................................................2
1.2.1. Consulta virtual....................................................................................................................2
2. Resolução............................................................................................................................................3
3. Constituições da Republica de Moçambique.....................................................................................12
3.1. Evolução da Constituição da Republica de Moçambique (1975, 1990 e 2004)..........................12
3.1.1. Constituição de 1975:........................................................................................................12
3.1.2. Constituição de 1990:........................................................................................................12
3.1.3. Constituição de 2004:........................................................................................................12
3.2. Resumo da Evolução da Constituição da Republica de Moçambique (1975, 1990 e 2004).......12
3.3. Principais diferenças e semelhanças nas Constituições da Republica de Moçambique (1975,
1990 e 2004)..........................................................................................................................................13
3.3.1. Diferenças:.........................................................................................................................13
3.3.2. Semelhanças:.....................................................................................................................14
4. Conclusões.........................................................................................................................................15
5. Referências bibliográficas.................................................................................................................16

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1. Introdução
O pressente trabalho visa resolução de alguns exercícios e criação com o objetivo de consolidar
as matérias dadas na sala de aula.

De forma especifica explorar os conhecimentos sobre direito e a sua relação com a política.

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2. Objectivos
2.1. Geral
 Resolver a ficha de exercícios.

1.1. Específicos

1.2. Metodologia
Para a realização do trabalho, como instrumentos metodológicos foram utilizadas as fichas de
apoio da cadeira LR e consulta de bibliografia indirecta (artigos da internet)

1.2.1. Consulta virtual


A pesquisa virtual é realizada através de um dispositivo com acesso a internet onde através de
ferramentas de busca (como o Google académico) é realizada a pesquisa de informações sobre
Direito e conceitos relacionados

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2. Resolução

1. Diferencie direito objetivo do direito subjetivo.

O direito objetivo é o conjunto de normas e princípios que regulam a convivência social e os


relacionamentos entre os indivíduos e as instituições em uma sociedade. Ele estabelece o que é
permitido ou proibido, o que é justo ou injusto, e os deveres e obrigações que as pessoas e as
instituições têm em relação ao Estado e à sociedade. O direito objetivo é independente da
vontade das pessoas e é aplicado de forma objetiva, ou seja, sem levar em consideração as
circunstâncias específicas de cada caso.

O direito subjetivo, por outro lado, é o conjunto de prerrogativas, privilégios e faculdades que
são reconhecidos pelo direito objetivo a uma pessoa ou instituição. Ele diz respeito aos direitos e
deveres de uma pessoa em relação a outras pessoas e ao Estado. Os direitos subjetivos são
dependentes da vontade das pessoas e podem ser exercidos ou renunciados livremente.

Em resumo, o direito objetivo é a lei em si, enquanto o direito subjetivo é o conjunto de direitos
e obrigações que uma pessoa ou instituição tem em relação a outras pessoas e ao Estado,
reconhecidos pelo direito objetivo.

2. O termo direito pode ser usado em vário sentido, diga justificando qual o sentido em
que o mesmo está a ser usado na frase abaixo.

Na frase "Pagamento de imposto", o termo "direito" está sendo usado no sentido de dever ou
obrigação, pois o pagamento de impostos é uma obrigação prevista em lei e deve ser cumprida
pelos cidadãos e empresas.

Na frase "Reivindicar contra um vencimento insuficiente", o termo "direito" está sendo usado no
sentido de prerrogativa ou faculdade, pois a reivindicação de um vencimento insuficiente é um
direito do trabalhador previsto em lei e que pode ser exercido para garantir seus direitos e
obrigações.

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Na frase "Regulamento que impõe a taxa de Iva", o termo "direito" está sendo usado no sentido
de lei ou norma, pois o regulamento que impõe a taxa de IVA é uma lei que estabelece o que é
permitido ou proibido, o que é justo ou injusto, e os deveres e obrigações que as pessoas e as
instituições têm em relação ao Estado e à sociedade.

Na frase "Direito não é Matemática", o termo "direito" está sendo usado no sentido de ciência
que estuda os princípios e normas que regem a convivência social e os relacionamentos entre os
indivíduos e as instituições em uma sociedade.

3. Toda ciência para ser bem estuda precisa ser divida em partes claramente
discriminadas. De acordo com a divisão feita pelos Romanos fale da sua divisão.

A divisão do direito feita pelos Romanos é um dos primeiros esforços sistemáticos para
organizar e estudar o direito de uma forma científica. De acordo com esta divisão, o direito
romano era dividido em três partes: o direito público, o direito privado e o direito criminal.

O direito público dizia respeito às relações entre o Estado e os cidadãos, e incluía as leis que
regulavam a organização política, administrativa e militar do Estado.

O direito privado dizia respeito às relações entre os particulares, e incluía as leis que regulavam
as relações comerciais, os contratos, os direitos de propriedade e as sucessões.

O direito criminal era o conjunto de leis que definiam os crimes e as penas aplicáveis a quem os
cometia.

Essa divisão do direito foi muito influente ao longo da história e ainda é usada como base para a
organização do direito em muitos países. Além disso, a divisão entre o direito público e o direito
privado ainda é amplamente usada como uma forma de classificar as áreas do direito.

4. O Direito possui vários ramos de Direito que são responsáveis por regular os
diversos aspetos da vida em sociedade. Quais são esses ramos de direito?

 Existem vários ramos do direito que são responsáveis por regular os diversos aspectos da
vida em sociedade. Alguns dos principais ramos do direito são:

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 Direito Constitucional: regula a organização e o funcionamento do Estado e das
instituições políticas, bem como os direitos e deveres dos cidadãos.
 Direito Administrativo: regula as atividades do Estado e das administrações públicas,
incluindo a gestão dos recursos públicos e a prestação de serviços ao público.
 Direito Civil: regula as relações entre os particulares, incluindo os contratos, os direitos
de propriedade, os direitos da personalidade e as sucessões.
 Direito Penal: regula os crimes e as penas aplicáveis a quem os comete, bem como o
processo penal.
 Direito Tributário: regula o sistema tributário do Estado e as obrigações fiscais dos
contribuintes.
 Direito Trabalhista: regula as relações entre empregadores e empregados, incluindo o
contrato de trabalho, as remunerações, as condições de trabalho e os direitos
previdenciários.
 Direito Empresarial: regula as atividades econômicas e os negócios, incluindo as
sociedades, os contratos comerciais e a proteção dos consumidores.
 Direito Internacional: regula as relações entre os Estados, as organizações internacionais
e os particulares em escala internacional.

Esses são apenas alguns exemplos dos principais ramos do direito. Existem muitos outros ramos
do direito que são responsáveis por regular aspectos específicos da vida em sociedade, como o
direito ambiental, o direito de família, o direito de propriedade intelectual, entre outros.

5. A palavra Direito possuí mais de um significado correlato. Refira-te os diversos


significados do Direito.

O termo "direito" pode ter vários significados diferentes, dependendo do contexto em que é
usado. Alguns dos principais significados do termo "direito" são:

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Ciência ou disciplina acadêmica: o direito é uma ciência que estuda os princípios, as normas e os
institutos jurídicos que regulam a convivência social e os relacionamentos entre os indivíduos e
as instituições em uma sociedade.

Conjunto de normas e princípios que regulam a convivência social: o direito é o conjunto de


normas e princípios que estabelecem o que é permitido ou proibido, o que é justo ou injusto, e os
deveres e obrigações que as pessoas e as instituições têm em relação ao Estado e à sociedade.

Prerrogativas, privilégios e faculdades reconhecidos pelo direito a uma pessoa ou instituição: os


direitos são os conjuntos de prerrogativas, privilégios e faculdades que são reconhecidos pelo
direito a uma pessoa ou instituição. Eles dizem respeito aos direitos e deveres de uma pessoa em
relação a outras pessoas e ao Estado.

Instituição ou sistema responsável por aplicar o direito: o direito também pode se referir ao
sistema ou às instituições responsáveis por aplicar o direito, incluindo os tribunais, os advogados
e outros profissionais do direito.

Esses são apenas alguns exemplos dos vários significados do termo "direito". Como pode ser
visto, o direito é uma ciência complexa e multifacetada, que abrange muitos aspectos da vida em
sociedade.

6. Segundo Aristóteles "O homem é um ser social”, pois faz parte da natureza humana
viver em sociedade e por sua vez o Direito é o regulador da existência humana em
sociedade. Comente esta afirmação.

A afirmação de Aristóteles de que "o homem é um ser social" é uma verdade fundamentamental
que tem sido amplamente aceita pelos filósofos e pelos cientistas sociais ao longo da história. De
fato, a maioria das pessoas precisa de outras pessoas para sobreviver e prosperar, e a maioria das
atividades humanas é realizada em conjunto com outras pessoas.

O direito é um dos principais reguladores da existência humana em sociedade, pois estabelece as


normas e os princípios que orientam as relações entre as pessoas e as instituições em uma
sociedade. Ele estabelece o que é permitido ou proibido, o que é justo ou injusto, e os deveres e
obrigações que as pessoas e as instituições têm em relação ao Estado e à sociedade.

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O direito também protege os direitos e os interesses das pessoas e das instituições, e estabelece
os mecanismos para resolver conflitos e garantir a justiça. Portanto, o direito é fundamental para
a convivência pacífica e justa em uma sociedade, e desempenha um papel importante no
desenvolvimento e na preservação da sociedade humana

7. Numa sociedade existem duas ordens distintas. Quais são e como se caracterizam?
Qual delas tem como destinatário exclusivo o homem?
Ordem natural e ordem normativa.

Em uma sociedade, existem geralmente duas ordens distintas: a ordem natural e a ordem
positiva.

A ordem natural é o conjunto de leis e princípios que regem o funcionamento da natureza e que
são independentes da vontade humana. Ela inclui leis físicas, químicas, biológicas e outras que
governam o funcionamento do universo e da vida.

A ordem positiva, por outro lado, é o conjunto de leis e normas criadas pelo homem para regular
a convivência social e os relacionamentos entre os indivíduos e as instituições em uma
sociedade. Ela inclui leis constitucionais, leis civis, leis penais e outras que são criadas e
aplicadas pelo Estado ou por outras instituições.

A ordem positiva é destinatária exclusiva do homem, pois é criada e aplicada pelo homem para
regular a convivência social e os relacionamentos entre os indivíduos e as instituições em uma
sociedade. A ordem natural, por outro lado, é independente da vontade humana e regem o
funcionamento da natureza.

8. Caracteriza a previsão e estatuição normativa.

A previsão e estatuição normativa são dois aspectos fundamentais do direito.

A previsão normativa consiste na capacidade de antecipar e prever os problemas e as questões


que podem surgir em uma sociedade e de estabelecer as regras e os procedimentos para resolvê-
los de forma justa e equilibrada. Isso envolve a criação de leis e regulamentos que estabeleçam o

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que é permitido ou proibido, o que é justo ou injusto, e os deveres e obrigações das pessoas e das
instituições.

A estatuição normativa, por outro lado, é o ato de estabelecer e promulgar as leis e os


regulamentos. Isso inclui a elaboração de projetos de lei, a sua aprovação pelas autoridades
competentes e a sua publicação oficial para que possam ser aplicadas e cumpridas pelos cidadãos
e pelas instituições.

A previsão e estatuição normativas são fundamentais para garantir a ordem e a justiça na


sociedade, e são essenciais para o funcionamento eficiente e equilibrado das instituições e dos
sistemas jurídicos.

a). Se o funcionário revelar o segredo público a pessoa não autorizada será demitido.

Revelar um segredo público é uma ação que pode levar à demissão de um funcionário,
dependendo das circunstâncias e das leis aplicáveis.

Um segredo público é qualquer informação que é de conhecimento do Estado ou de uma


instituição pública e que não deve ser divulgada ao público em geral. Isso pode incluir
informações sensíveis, como dados financeiros, informações militares ou informações
confidenciais sobre projetos ou planos do Estado.

Quando um funcionário revela um segredo público a pessoa não autorizada, ele está violando a
confiança que lhe foi conferida pelo Estado ou pela instituição pública para a qual trabalha. Isso
pode levar à demissão do funcionário, dependendo das leis e regulamentos aplicáveis e da
gravidade da violação.

Além disso, revelar um segredo público pode ser considerado um ato de traição ou de alto-
traição em alguns casos, dependendo da natureza da informação revelada e do dano causado à
sociedade. Nesses casos, o funcionário pode enfrentar consequências legais graves, incluindo
prisão e multas.

Exemplos de previsão normativa incluem:

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Um contrato de trabalho que estabelece as condições e os deveres de um empregado em relação à
empresa.

Uma lei que proíbe a discriminação de pessoas com deficiência em ambientes de trabalho.

Uma regulamentação que estabelece os requisitos para obter uma licença de construção.

Exemplos de estatuição normativa incluem:

Uma lei criada pelo Parlamento que proíbe o uso de drogas ilícitas.

Um decreto expedido pelo governo que estabelece os critérios para a obtenção de um visto de
trabalho.

Uma regulamentação criada pelo Ministério da Saúde que estabelece os padrões de qualidade
para os medicamentos que são comercializados no país.

9. O que é fonte de Direito.

Fonte do Direito é a origem do Direito, suas raízes históricas, de onde se cria (fonte material) e
como se aplica (fonte formal), ou seja, o processo de produção das normas. Nas palavras de
Miguel Reale (2003), Fontes do Direito são “processos ou meios em virtude dos quais as regras
jurídicas se positivam com legítima força obrigatória”. Enquanto para Hans Kelsen (2009) é “o
fundamento de validade da norma jurídica, decorre de uma norma superior, válida.”

9.1. Distinga fonte material da fonte formal dando um exemplo.

A fonte material é a condição sociais e materiais que condicionam a adoção de uma norma de
direito enquanto que a formal são as diferentes formas de manifestação, de visualização, de
criação do direito.

Exemplo: Direito material, define que matar alguém é crime, passível de diferentes tipos de
pena, de acordo com a gravidade e as circunstâncias na qual este crime ocorreu e direito formal,
define como o criminoso responsável pela morte de alguém será acusado e julgado, assim como
define como este cidadão poderá se defender, quais são e como se desenvolvem os recursos aos
quais ele recorrer.

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As fontes de direito material são aquelas que determinam a origem das normas jurídicas, ou seja,
de onde elas derivam. Exemplos de fontes de direito material incluem a Constituição, as leis, a
jurisprudência, a doutrina, os costumes e os tratados internacionais.

Já as fontes de direito formal são aquelas que determinam o processo de produção e aplicação
das normas jurídicas. Exemplos de fontes de direito formal incluem o poder legislativo, o poder
judiciário e o poder executivo.

Por exemplo, a Constituição é uma fonte de direito material, pois é a lei fundamental de um país
que estabelece os direitos e deveres dos cidadãos, as regras para a formação e funcionamento dos
poderes do Estado, e os limites e garantias do exercício do poder político. Já o poder legislativo é
uma fonte de direito formal, pois é o órgão responsável por criar as leis que regem a sociedade.

10. Sob ponto de vista de Ciência política defina Estado.

O Estado é um conjunto de instituições políticas e jurídicas responsáveis por regular a vida em


sociedade em um determinado território. Ele é composto pelos poderes legislativo, executivo e
judiciário, que são responsáveis por criar, executar e interpretar as leis, respectivamente. O
Estado também é responsável por garantir a segurança, a justiça e a ordem pública em seu
território, bem como por proteger os direitos e deveres dos cidadãos.

Na ciência política, o Estado é considerado uma instituição fundamental da sociedade política


moderna, que desempenha um papel central na regulação das relações sociais e na manutenção
da ordem política e jurídica. Ele é também visto como um mecanismo de legitimação do poder
político, pois é através dele que o poder é exercido e justificado. Além disso, o Estado é um
elemento fundamental na distribuição de recursos e na proteção dos direitos dos cidadãos.

11. O Estado é uma comunidade humana. Quais são os elementos do Estado e o seu fim.

Sim, o Estado é uma comunidade humana organizada politicamente, que possui um território
definido, uma população e um conjunto de instituições políticas e jurídicas responsáveis por
regular a vida em sociedade.

Os elementos do Estado são:

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 Povo: é a população que habita o território do Estado e que é governada pelas instituições
políticas e jurídicas do Estado.
 Território: é o espaço geográfico que é controlado pelo Estado e sobre o qual são
aplicadas as leis e as normas do Estado.
 Soberania: é o poder supremo e absoluto do Estado sobre seu território e população. A
soberania pode ser exercida pelo Estado de maneira interna ou externa, dependendo da
relação com outros Estados.
 Governo: é o conjunto de instituições políticas e jurídicas responsáveis por exercitar o
poder do Estado e por tomar as decisões que regem a sociedade. O governo é composto
pelos poderes legislativo, executivo e judiciário.

O fim do Estado é garantir a segurança, a justiça e a ordem pública em seu território, bem como
proteger os direitos e deveres dos cidadãos. Além disso, o Estado é responsável por promover o
bem-estar e o desenvolvimento da sociedade e por garantir a justiça social.

12. O estado moderno apoia-se no princípio da soberania. Comente fazendo uma


comparação com o sistema monarco absolutista.

O Estado moderno é caracterizado pelo princípio da soberania, que é o poder supremo e absoluto
do Estado sobre seu território e população. Isso significa que o Estado é o único detentor do
poder político em seu território e que não há outra autoridade superior a ele.

Esse princípio é um dos pilares do Estado moderno e se opõe ao sistema monárquico absolutista,
que existiu durante a Idade Moderna e que caracterizava-se pelo poder absoluto e ilimitado do
monarca. Nesse sistema, o rei era considerado como a fonte de todo o poder político e jurídico, e
não havia limites ao seu poder.

O Estado moderno, por outro lado, é caracterizado pelo princípio da separação de poderes,
segundo o qual o poder político é dividido entre os três poderes: legislativo, executivo e
judiciário. Isso garante o equilíbrio de poder e evita que um único órgão ou indivíduo tenha
poder absoluto. Além disso, o Estado moderno é também regido pelo princípio da constituição,

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que estabelece os limites e garantias do exercício do poder político, garantindo os direitos e
deveres dos cidadãos.

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3. Constituições da Republica de Moçambique
3.1. Evolução da Constituição da Republica de Moçambique (1975, 1990 e 2004)
A Constituição da República de Moçambique é a lei fundamental do país e estabelece os direitos,
deveres e responsabilidades dos cidadãos e das instituições políticas e governamentais. A seguir,
apresento um resumo da evolução da Constituição de Moçambique ao longo das últimas
décadas:

3.1.1. Constituição de 1975:


A primeira Constituição de Moçambique foi adotada logo após a independência do país, em
1975. Ela estabelecia o regime político comunista e o Partido Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO) como único partido político do país. A Constituição de 1975 garantia
aos cidadãos o direito à educação, à saúde e ao trabalho, mas limitava outros direitos
fundamentais, como a liberdade de expressão e de associação.

3.1.2. Constituição de 1990:


Em 1990, foi adotada uma nova Constituição, que marcou uma mudança significativa no regime
político de Moçambique. A Constituição de 1990 estabeleceu um sistema democrático
multipartidário e garantiu aos cidadãos mais direitos fundamentais, como a liberdade de
expressão e de associação. A Constituição de 1990 também estabeleceu o Estado de direito e o
respeito às leis, e criou o Tribunal Constitucional como órgão independente encarregado de
interpretar e aplicar a Constituição.

3.1.3. Constituição de 2004:


A atual Constituição de Moçambique foi adotada em 2004 e constitui um marco importante na
consolidação da democracia e do Estado de direito no país. A Constituição de 2004 reforça a
separação de poderes e garante a independência dos órgãos judiciais. Ela também amplia os
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, incluindo o direito à privacidade, à segurança e
à igualdade perante a lei. Além disso, a Constituição de 2004 estabelece o dever de todos os
cidadãos de respeitar os direitos humanos e de promover o desenvolvimento social e econômico
do país.

3.2. Resumo da Evolução da Constituição da Republica de Moçambique (1975, 1990 e


2004)
A Constituição de Moçambique de 1975 foi a primeira constituição do país, estabelecida após a
independência em 1975. Ela estabelecia o regime socialista e o Partido FRELIMO como o único
partido político permitido. A Constituição de 1990 foi a primeira a ser elaborada após o fim da
Guerra Civil em Moçambique, que durou de 1977 a 1992. Ela estabeleceu o regime democrático
e multipartidário e introduziu importantes mudanças na estrutura do poder político e no sistema
constitucional do país. A Constituição de 2004 foi a última constituição a ser adotada em

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Moçambique e introduziu algumas mudanças importantes em relação às constituições anteriores,
incluindo a criação de um Tribunal Constitucional e a expansão dos direitos das mulheres.

Em termos de continuidade, as três constituições têm alguns elementos em comum, como o


estabelecimento de um regime democrático e o reconhecimento dos direitos humanos
fundamentais. Além disso, as três constituições também estabelecem o papel do Estado na
proteção dos direitos sociais e econômicos dos cidadãos.

No entanto, também há elementos de descontinuidade entre as constituições de 1975, 1990 e


2004. A Constituição de 1975, por exemplo, estabelecia o regime socialista e o Partido
FRELIMO como o único partido político permitido, enquanto as constituições de 1990 e 2004
estabelecem o regime democrático e multipartidário. Além disso, a Constituição de 2004
introduziu algumas mudanças significativas em relação às constituições anteriores, como a
criação de um Tribunal Constitucional e a expansão dos direitos das mulheres.

Em resumo, a evolução do direito constitucional em Moçambique foi marcada por elementos de


continuidade e descontinuidade, tanto formal quanto material, entre as constituições de 1975,
1990 e 2004.

3.3. Principais diferenças e semelhanças nas Constituições da Republica de


Moçambique (1975, 1990 e 2004)
As Constituições da República de Moçambique de 1975, 1990 e 2004 apresentam algumas
diferenças e semelhanças importantes:

3.3.1. Diferenças:
Regime político: A Constituição de 1975 estabelecia um regime político comunista e o Partido
Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) como único partido político do país. Já as
Constituições de 1990 e 2004 estabeleceram um sistema democrático multipartidário, permitindo
a existência de vários partidos políticos no país.

Direitos fundamentais: As Constituições de 1975 e 1990 garantiam aos cidadãos o direito à


educação, à saúde e ao trabalho, mas limitavam outros direitos fundamentais, como a liberdade
de expressão e de associação. A Constituição de 2004 ampliou os direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos, incluindo o direito à privacidade, à segurança e à igualdade perante a
lei.

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Separação de poderes: A Constituição de 1990 estabeleceu a separação de poderes e criou o
Tribunal Constitucional como órgão independente encarregado de interpretar e aplicar a
Constituição. A Constituição de 2004 reforçou ainda mais a separação de poderes e garantiu a
independência dos órgãos judiciais.

3.3.2. Semelhanças:
Forma de governo: As três Constituições de Moçambique estabelecem um regime
presidencialista de governo, no qual o presidente da República é o chefe de Estado e o chefe de
governo.

Objetivos fundamentais: As três Constituições estabelecem os objetivos fundamentais da


República de Moçambique, que incluem o desenvolvimento social e econômico, a justiça e a paz
social, o respeito aos direitos humanos e a preservação da natureza.

Deveres dos cidadãos: As três Constituições estabelecem o dever de todos os cidadãos de


respeitar as leis e os direitos humanos, de promover o desenvolvimento social e econômico do
país e de participar ativamente na vida política e social.

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4. Conclusões
A evolução das Constituições de Moçambique reflete a mudança de regimes políticos e de sistemas
econômicos no país. A Constituição de 1975 estabelecia um regime socialista, enquanto as Constituições
de 1990 e 2004 estabeleceram regimes democráticos e permitiram a existência de vários partidos
políticos. Além disso, as Constituições de 1990 e 2004 ampliaram os direitos e liberdades fundamentais
dos cidadãos e estabeleceram a separação de poderes e o sistema presidencial de governo.

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5. Referências bibliográficas
 Dworkin, R. (1995). Sobre o direito. Rio de Janeiro: Campus.
 Rawls, J. (2001). Justiça como equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins
Fontes.
 Weber, M. (2003). A política como vocação e a vocacão política como profissão. In
M. Weber (Ed.), Ensaios de sociologia (pp. 155-182). Rio de Janeiro: Zahar.
 Reale, M. (2009). Filosofia do Direito. São Paulo: Saraiva.
 Kelsen, H. (2009). Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes.
 Constituição da República Popular de Moçambique de 1975;
 Constituição da República de Moçambique de 1990;
 Constituição da República de Moçambique de 2004;

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