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Direito Administrativo
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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Prof. Franciele Kühl
Sumário
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Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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Atenção!
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Sintetizando com expressões chaves para você identificar e marcar corretamente na sua
prova:
Direito administrativo
José dos Santos
Relações jurídicas
Carvalho Filho
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Atenção!
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O Estado, embora uno, indivisível e indelegável, ele desdobra-se em três funções: legis-
lativa, executiva e jurisdicional. Essa separação de três Poderes, concebidas por Montesquieu,
é adotada pela Constituição Federal, mas de forma flexível, isto é, cada um dos Poderes não
está limitado a exercer as funções que lhe sejam típicas (normais ou ordinárias), exercendo tam-
bém atividades atípicas (anormais ou extraordinárias). No quadro a seguir podemos compreen-
der melhor essas funções:
* Para todos verem: esquema demonstrando as atividades típicas e atípicas dos três poderes (legislativo,
judiciário e executivo).
Poder Legislativo
•Função típica: produção de regras gerais e abstratas (as leis) e de fiscalizar
o Poder Executivo.
•Função atípica: funções administrativas como gestão de bens, pessoal e
serviços; ou jurisdicional como o julgamento de crimes de responsabilidade.
Poder Judiciário
•Função típica: solução de conflitos e aplicação da lei.
•Função atípica: funções administrativas como gestão de bens, pessoal e
serviços; legislativa na elaboração de regimentos internos.
Poder Executivo
•Fução típica: satisfação das necessidades coletivas mediante atos concretos,
a função administrativa.
•Função atípica: função legislativa quando expede medida provisória, dá início
a projeto de lei;
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Os entes federados são pessoas jurídicas de direito público, nos moldes do artigo 41 do
Código Civil, assim como outras entidades administrativa (autarquias, fundações públicas de di-
reito público e os consórcios públicos de direito público, também denominados de associações
públicas), que também executam atividade de Estado, mas de forma indireta. Há, ainda, outras
entidades administrativas, mas de personalidade de direito privado, que também podem executar
atividades administrativas do Estado (atividade em que o direito administrativo preocupa-se em
regular), são as empresas públicas, sociedade de economia mista, fundações públicas de direito
privado e consórcios públicos de direito privado.
Assim, vejamos o esquema a seguir que trata sobre a administração pública indireta,
entidades que executam atividade administrativa por descentralização:
Pessoas/entidades políticas; ou
Autarquias
Pessoas jurídicas da
Administração
Pública Pessoas Jurídica de Fundações Públicas de Direito
Direito Público Público
Associações Públicas
Administração Indireta
Fundações Públicas de Direito
Privado
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Quem?
Sentido subjetivo,
formal ou orgânico
Órgãos, entidades e agentes
públicos
Administração
Pública
O que é?
Sentido objetivo,
material ou
funcional Atividade administrativa: de
fomento, polícia administrativa,
serviço público e intervenção.
Embora a doutrinadora reconheça que autores podem trazer diferentes conceitos a partir
da ideia de que administrar compreende planejar e executar:
1) em sentido amplo, a Administração Pública, subjetivamente considerada, compre-
ende tanto os órgãos governamentais, supremos, constitucionais (Governo), aos quais incumbe
traçar os planos de ação, dirigir, comandar, como também os órgãos administrativos, subordina-
dos, dependentes (Administração Pública, em sentido estrito), aos quais incumbe executar os
planos governamentais; ainda em sentido amplo, porém objetivamente considerada, a Adminis-
tração Pública compreende a função política, que traça as diretrizes governamentais e a função
administrativa, que as executa;
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Atividade de elaboração e
execução de políticas públicas
Sentindo amplo
Agentes políticos e agentes
administrativos
Administração
Pública
Apenas a atividade de
execução de políticas públicas
Sentido estrito
Apenas agentes
administrativos
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4) Critério do serviço público: utilizado por Gaston Jèze e Duguit, entre outros, para
definir o Direito Administrativo como sendo a disciplina jurídica que regula a instituição, a orga-
nização e o funcionamento dos serviços públicos e o seu oferecimento aos administrados, tam-
bém é insatisfatório, pois a locução serviço público integra o conceito sem estar definida.
5) Critério teleológico ou finalístico: defendido por Orlando, conceitua o Direito Admi-
nistrativo como o sistema de princípios que regulam a atividade do Estado para o cumprimento
de seus fins. Tal conceito é criticável por oferecer expressões não definidas (atividade do Estado)
e por trazer à baila a discussão dos fins do Estado.
6) Critério negativista ou residual: O critério negativista, preconizado por Fleiner e Ve-
lasco, define o Direito Administrativo como o ramo do Direito que regula toda a atividade estatal
que não seja legislativa e jurisdicional.
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Lembre-se, embora o Brasil adote o sistema inglês, é possível que um ato seja contro-
lado, fiscalizados, anulado/revogado pela própria Administração, no seu poder de autotutela. O
que não impede, também, de apreciação judicial, eis que na esfera administrativa não se faz
coisa julgada, possibilitando, assim, a apreciação judiciária a qualquer momento, sem esgota-
mento das vias administrativas.
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* Para todos verem: esquema diferenciando as fontes primárias (lei, princípios, decisões com efeitos vin-
culante) e as fontes secundárias (jurisprudência, doutrina, costume e práxis administrativa).
Constituição Federal
Secundárias Doutrina
Costume
Lembre-se que a lei deve ser interpreta no sentido amplo, ou seja, em sentido lato, en-
globando a Constituição Federal, leis delegadas, leis complementares, emendas constitucionais,
todas leis infraconstitucionais de todos os níveis federativos. Inclusive, deve abranger os atos do
Poder Público, como regulamentos administrativos, estatutos funcionais, regimentos internos,
instruções, tratados internacionais, etc. Quando se fala em lei em sentido estrito, refere-se ape-
nas as leis capazes de inovar no ordenamento jurídico, dotadas de generalidade e abstração.
Não há dúvida de que a jurisprudência foi crescendo de importância no direito brasileiro,
não só para o Direito Administrativo, mas para todos os ramos do direito. Nos livros de doutrina,
nos trabalhos da advocacia, pública e privada, e mesmo nas decisões judiciais, nota-se preocu-
pação em mencionar precedentes judiciais, especialmente decisões emanadas do Superior Tri-
bunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, ainda que estes não tenham caráter vinculante.
Já começam a surgir exemplos de decisões judiciais de observância obrigatória, não só
para o caso concreto analisado (quebrando o princípio de que a sentença faz lei apenas entre
as partes), mas para todos os casos futuros iguais; são as hipóteses de sentenças com efeito
erga omnes, como ocorre nas ações coletivas, na ação popular, na ação civil pública, no man-
dado de segurança coletivo (DI PIETRO, 2019, p. 57).
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Observações!
Pelo fato da súmula vinculante inovarem no ordenamento jurídico são consideradas fontes
primárias do Direito Administrativo. Assim, a jurisprudência (por não inovar no ordenamento jurí-
dico) é considerada fonte secundária, todavia, a súmula vinculante é considerada fonte primária.
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BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
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Característi-
2) Direito administrativo não codificado;
cas do direito
administrativo
3) Direito administrativo adota o modelo inglês de jurisdição como forma de
brasileiro
controle da Administração, assim, a influência da jurisprudência é parcial, eis
que trata-se, como regra, de fonte secundária, sua influência é indicativa.
Defendida por De Gérando e Macarel, entre outros, de-
Corrente legalista,
fine o Direito Administrativo como o conjunto de leis ad-
empírica, exegé-
ministrativas (leis, decretos, regulamentos) vigente num
tica ou caótica
dado momento.
Como defende Meucci, o Direito Administrativo é o con-
Critério do Poder
junto de regras jurídicas que disciplinam os atos do Po-
Executivo
der Executivo.
Objeto do di-
Cujos defensores são, entre outros, Laferrière e Otto
reito adminis-
Critério de rela- Mayer, o Direito Administrativo é o conjunto de regras
trativo
ções jurídicas jurídicas que disciplinam o relacionamento da Adminis-
tração Pública com os administrados.
Utilizado por Gaston Jèze e Duguit, entre outros, para
definir o Direito Administrativo como sendo a disciplina
Critério do serviço
jurídica que regula a instituição, a organização e o fun-
público
cionamento dos serviços públicos e o seu oferecimento
aos administrados.
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Costumes
Princípios ba- Supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
silares
L Legalidade
Princípios I Impessoalidade
constitucio- M Moralidade
nais P Publicidade
E Eficiência
Autotutela
Razoabilidade e proporcionalidade
Outros princí-
Ampla defesa e contraditório
pios estuda-
Continuidade do serviço público
dos
Motivação
Sindicabilidade
Referências:
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 26. ed. São
Paulo: Malheiros, 2009.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 30. ed. São
Paulo: Atlas-Gen, 2019.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30. ed. rev. atual e apl. Rio de
Janeiro: Forense, 2017.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 33. ed. rev. atual e apl. Rio de
Janeiro: Forense, 2020.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22. ed. São Paulo: Malheiros,
1997.MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 24. ed. São Paulo: Malheiros,
1999, p. 610.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2003.
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