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História Militar

História Militar Séc. XIX-XX


Guerra Peninsular

COR CAV Amado Rodriguess


Professor de História Militar
Guerra Peninsular
Escola de Sargentos do
Exército

• Movimentos Liberais

• Portugal: Politica interna e Alianças séc. XVIII-XIX

• Guerra Peninsular 1801-1814.

• Tática de Napoleão

• Tática de Wellington

• Invasões Francesas
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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
Guerra Peninsular
Escola de Sargentos do
Exército
Movimentos Liberais

George Washington Declaração da independência


atravessando o rio Delawere dos Estados Unidos da América
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Exército

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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
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Reinado de D. Maria I

Em 1777 sobe ao trono de Portugal a rainha D. Maria I (filha de


D. José I), desterrando o Marquês de Pombal para a vila de
Pombal.

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Reinado de D. Maria I

D. Maria embora tenha afastado o Marquês de Pombal continuou a


politica de centralização do poder.

Mandou soltar os presos políticos e reaproximou-se da Santa Sé (era


muito religiosa), com quem fez uma concordata.

Em 1791, por ter enlouquecido, entrega a regência ao príncipe D. João


até 1816, ano em que morre no Brasil.

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Reinado de D. Maria I

Na política externa, enquanto Pombal teve posição clara a favor da


Inglaterra, D. Maria I preferiu oscilar em compromissos entre a
Inglaterra, a França e a Espanha.

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Reinado de D. Maria I

A campanha do Rossilhão revelou-se desastrosa para Portugal,


agravando a já difícil situação do nosso exército.

Em 22 de Junho de 1795, após a derrota da coligação Luso-Espanhola o


governo espanhol assinava secretamente a paz (paz de Basileia) em
separado com a república francesa, não dando conhecimento do facto ao
governo português.

A França considera Portugal como nação beligerante e vencida, impõe


sérias exigências para subscrever um tratado de paz.

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Reinado de D. Maria I

Portugal ficou numa situação muito complicada, com graves


repercussões a nível comercial e colonial.

As opções eram uma ligação continental com a salvaguarda da


metrópole, ou a tradição marítima e a integridade ultramarina.

Sem saber o que fazer, a ameaça de invasão espanhola (1796), leva


Portugal a reatar negociações com a França, que impõe exigências mais
sérias para a assinatura da paz.

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Em 1801, a França e a Espanha declaram guerra a Portugal, invadem as


terras nacionais pelo Alentejo e conquistam Olivença, Juromenha e
Campo Maior.

No Norte, as forças portuguesas tomaram a ofensiva, invadindo a Galiza


sob o comando de Gomes Freire de Andrade e ocupando algumas terras
fronteiriças.

Também no Algarve se tornou possível impedir a passagem do Guadiana


pelo invasor espanhol.

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A campanha espanhola tem a duração de três meses com saldo positivo


para os espanhóis e Portugal inicia as negociações de paz com a
Espanha.

Assinatura em Badajoz dos preliminares da paz, na qual Portugal perdia


Olivença e se obrigava a pagar à França uma pesada indemnização de
guerra (este Acordo de Paz nunca foi ratificado).

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Reinado de D. Maria I

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Reinado de D. Maria I

Assinatura em Badajoz dos preliminares da paz, na qual Portugal


perdia Olivença e se obrigava a pagar à França uma pesada
indemnização de guerra, (este Acordo de Paz nunca foi ratificado).

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Reinado de D. Maria I

O governo português deu-se então conta de que, ou o


bloqueio era levado a efeito e os Ingleses se
apoderavam do Império Português, ou a aliança com a
Inglaterra se mantinha e Portugal era conquistado
pelos Franceses e o seu governo obrigado a fugir para
o Brasil.

Em Agosto de 1807, os enviados diplomáticos francês


e espanhol em Lisboa apresentaram um ultimato ao
governo do príncipe D. João: Ou Portugal declarava
guerra à Inglaterra até 1 de Setembro, ou as forças
franco-espanholas invadiam o País.
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A política de tolerância, humilhação e habilidades desenvolvida pelo


príncipe regente D. João, foi nesses tristes tempos a única política
salvadora da Nação resultando até 1806, data do Bloqueio Continental.

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Em Dezembro de 1806 a França decreta o Bloqueio Continental,


que impunha a toda a Europa o encerramento dos portos aos
navios ingleses.

A grandes monarquias europeias estavam derrotadas pela


França. Apenas faltava aniquilar a Inglaterra e absorver a
Espanha, que atravessa uma período de degradação política.

Portugal, dada a quantidade de adeptos das ideias


revolucionárias francesas, não constituía qualquer dificuldade
de conquista para Napoleão.
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Napoleão realiza um tratado secreto (Fontainebleau, em 27 de Outubro


1807) com o primeiro-ministro de Espanha, D. Manuel de Godoy.
Neste acordo a Espanha comprometia-se a auxiliar os
franceses a conquistar Portugal, que ficava retalhado
em três reinos:
A Lusitânia Setentrional (Minho e Douro) para a
filha de Carlos IV de Espanha;
A Lusitânia Central (Trás-os-Montes,
Estremadura e Beiras) para Napoleão;
O Principado dos Algarves (Alentejo e Algarve)
para D. Manuel de Godoy 1
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Reinado de D. Maria I

Após a assinatura do Tratado de Fontainebleau os exércitos


franco-espanhóis entram em Portugal em Meados de Novembro
de 1807.

Sob o comando de Junot o exército francês entrava por


Espanha a caminho de Lisboa, onde chega a 30 de Novembro,
com o objetivo de aprisionar a família real.

Um corpo de exército espanhol marchava sobre Elvas, Évora e


Setúbal, para ocupar o principado do Algarve.
Duas divisões espanholas marchavam sobre o Porto.
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O Príncipe Regente foge para o Brasil com a família, a
corte e toda a nata da sociedade Portuguesa.

Deixa uma comissão de regência que tinha ordem


para receber os franceses como amigos.
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A Influência Militar da Revolução Francesa

O Exército Moderno pós revolução Francesa


Doutrina de Napoleão, Tática do movimento.

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A Influência Militar da Revolução Francesa

Ao longo dos tempos, sempre que houve


importantes alterações sociais verificaram-se
também alterações nas instituições militares.

A Revolução francesa acaba com os privilégios


da nobreza, classe que fornecia os oficiais
para o exército.

Na instituição militar os oficiais começam a ser


selecionados pela sua competência e não pela
sua condição de nobres.
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A Influência Militar da Revolução Francesa

No período anterior à Revolução Francesa, os exércitos


eram profissionais, altamente treinados e muito caros.
Eram exércitos reais que defendiam os interesses
reais.
Antes da Revolução Francesa, os exércitos eram
Comandados por oficiais oriundos da Nobreza.

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A Influência Militar da Revolução Francesa

Após a revolução de 1789, surge um exército não profissional, de


grandes massas humanas, mal preparado, um pouco indisciplinado,
mas que defendia os interesses que considerava seus e enquadrado
por oficiais nomeados pelo seu mérito e não por privilégio.

Ao recrutamento destinado a
alimentar um serviço profissional,
sucedeu o recrutamento destinado
a alimentar um serviço militar
geral, pessoal e obrigatório.

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A Influência Militar da Revolução Francesa

As guerras limitadas do século XVIII chegaram ao fim.

A guerra é limitada quando tem limites para


a reunião dos efetivos, para a duração dos
combates e para a extensão dos conflitos.

Depois da Revolução Francesa os conflitos


entre Estados deixaram de ter limitações
quanto ao espaço e quanto aos meios
utilizados, visando a destruição das forças
inimigas.

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“Rien à manouver, pas d’art militaire, à moins que le feu, l’acier et le


Exército

patriotisme. Nous devons exterminer, exterminer jusqu’à la fin.”


(Lazare Carnot)

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Organização Militar Francesa

Na tática houve grandes alterações, dado o tempo de instrução não havia


possibilidade de realizar uma tática difícil e complicada como a existente no
século XVIII.

A resolução foi enviar ao choque mais homens do que balas que podiam
ser disparadas pelo inimigo.

O novo método é o emprego ofensivo de grandes massas de infantaria,


deixando de se preocupar com a conservação dos soldados.

Tática simples baseada na dispersão e na proteção do terreno. Surge


a ordem fluída.
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No aspeto técnico existia uma cartografia capaz de permitir o


planeamento estratégico e tático.

A rede viária era razoável e capaz de realizar a movimentação de


exércitos com grande quantidade de homens.

Os armamentos eram fabricados em série, espingardas de sílex ou pedreneira,


com sabre baioneta e cartucho de papel (alcance eficaz de 250 metros e
cadência de 3 tiros/minuto).

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Espingarda Inglesa Long Land Pattern” Brown Bess” 1735

Espingarda Francesa “Charleville” Mod. 1717

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Artilharia muito móvel, que facilitava a sua


concentração, dispunha de peças intermutáveis,
cartuchos de papel e tinha um alcance de 600
metros para projéteis maciços e de 1200 metros
para a metralha.

Antes da Revolução, os exércitos necessitavam de


um pesado sistema logístico, com exércitos de
grandes dimensões tal situação era incompatível.

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Passou-se a explorar os recursos locais - passaram a viver do terreno.


O sistema logístico não foi descurado quanto ao consumo de armas, munições e
equipamentos.

O consumo de armas, munições e equipamentos passou a ser produzido por


indústria mobilizada para a guerra.

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Batalha de Marengo 14 de abril de 1800. 1


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Organização
Organização Militar Francesa
do exército napoleónico

Napoleão utilizou o principio divisionário de Broglie.


Formou o exército com base em Grandes Unidades autónomas
entre a Divisão e o Exército: Corpo de Exército.

Corpo de Exército: Exército em menor escala com EM, Apoio


Fogos, Manobra, Apoio de Serviços, que atuava isoladamente.
Podia marchar isoladamente decomposto nas divisões orgânicas
(2 a 3 Divisões de Infantaria) e concentrar rapidamente para
combater.

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Organização Militar Francesa

Exército disposto em teia num território, com os Corpos de Exército


em espectativa estratégica.

Dividido para viver, reunido para


combater. 1
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Organização
Organização Militar Francesa
do exército napoleónico
XXX

XX XX X I
EM
●● ●

O Corpo de Exército tinha cerca de 30 000 homens


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Organização Militar Francesa

XXX

XX XX X I

EM ●

Corpo de Exército

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Organização
Dispositivo Militar
de ataque de Francesa
uma Divisão

Divisão

Efetivo 7 a 12 mil homens.


2 Brigadas de Infantaria de Linha a 2 regimentos, regimento a 2 batalhões.
Regimento de infantaria ligeira a 2 batalhões.
Regimento de Cavalaria a 5 esquadrões, cada com 200 cavaleiros.
Bataria de artilharia com 8 bocas de fogo. 1
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Manobra de Batalhão com


Napoleão 900 homens
com unidades
9 companhias a
básicas tipo 100 homens
Batalhão

Batalhão

Coluna para manobrar e atacar


Linha para defender
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Ordem de Batalha Normal de Napoleão
Descontinua, elástica e profunda.

Este dispositivo permitia: Reiteração de esforços, Envolvimentos, Exploração de


fogos e Massa de artilharia.
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Manobra de Napoleão em Batalha
Com superioridade numérica

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Manobra de Napoleão em Batalha
Com inferioridade numérica

Após a campanha de 1796 Napoleão disse uma vez:


“Quando em menor força, estou em presença de um grande
exército, agrupando com rapidez o meu, caio como um raio sobre
uma das suas alas e venço-a.
Aproveito a desordem que esta atuação produz no exército inimigo
para atacar noutro ponto, sempre com todas as minhas forças.
Bato-o assim em detalhe e a vitória que daí resulta é sempre o
triunfo do grande sobre o pequeno numero.”

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Manobra de Napoleão em Batalha
Com inferioridade numérica

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Organização Militar Francesa

No sistema militar de Napoleão encontramos três


elementos que tornam exemplares a execução da manobra de
batalha:
• Máximo aproveitamento do EEC - Movimento ao nível tácito,
operacional e estratégico,
• Unidade de Comando (com o Comando e Controle) - Sob o
comando de Napoleão nas áreas militar e político,
• Sistema de Planificação - Operações simples e sistema de
informações eficaz.

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Doutrina Britânica

Tática de Wellington em Batalha


Combater sempre que possível na defensiva;
Favorecer a linha em detrimento da coluna;
Colocação das forças na contraencosta para evitar os fogos maciços de artilharia inimiga;
Colocação da artilharia espaçada ao longo do dispositivo;
Divisão em unidades de Infantaria ligeira e Infantaria de linha;
Constituição de unidades de Rifles “skirmishers” (Inf Ligeira) em ordem dispersa para combater
os “tiralleurs” franceses na terra de ninguém e para ações não convencionais, como
emboscadas e operações retrógradas;
Infantaria de linha para ações de choque à baioneta;
Sistema defensivo em ordem descontinua e linear.

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Doutrina Britânica

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Exército

Em 1806 tenta-se organizar o exército segundo as novas doutrinas.

Organização em divisões e brigadas, abolindo as antigas


designações regimentais e numerando os regimentos das
diversas armas, de modo a cada regimento formar na linha por
ordem numérica e não pela antiguidade ou graduação do seu
chefe.

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São criadas três divisões territoriais (5º dispositivo territorial)

• Divisão do Norte - 4 Brigadas de Infantaria (8 regimentos), 4


regimentos de cavalaria e 1 regimento de artilharia

• Divisão do Centro – mesma constituição

• Divisão do Sul - 4 Brigadas de Infantaria (8 regimentos), 4 regimentos de


cavalaria e 2 regimentos de artilharia

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Divisões territoriais projetadas em 1806

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Exército

Em 1807 foram reorganizadas as Milícias (antigos terços de auxiliares) e as


Ordenanças.

O reino passou a ser dividido em 7 Governos Militares:

• Minho • Estremadura

• Partido do Porto • Alentejo

• Trás-os-Montes • Algarve

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• Beira 1
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Governos Militares:

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O reino passou a ser dividido em 24 partes com


população idêntica a que se chamavam Brigadas de
Ordenanças:

A sua função era fornecer, cada uma, o recrutamento


para um regimento de infantaria de linha;

Operação realizada trimestralmente, para que a unidade


estivesse sempre completa.

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Exército

Esta reorganização à data da entrada de Junot em


Portugal em teoria teria cerca 42 000 homens das
tropas de Linha e 40 000 das milícias a que se
juntavam 30 000 das ordenanças perfazendo mais de
110 000 homens.
No entanto as tropas de linha não tinham nem metade
desse efetivo, as milícias não se haviam constituído
nem sequer recebido instrução.
Relativamente às ordenanças eram mais um embaraço
que uma ajuda.
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Escola de Sargentos do L’invasion va
Exército
commencer!

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Não
Escola de Sargentos do
Exército passarão
!

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1ª Invasão 1807-1808

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1ª Invasão 1807-1808

Em 19 de Novembro de 1807 as forças francesas


entram em Portugal pela Beira

O avanço do exército francês até Lisboa não teve


qualquer resistência pelas forças portuguesas

A família real, a conselho dos ingleses, vai para o


Brasil

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1ª Invasão 1807-1808

O Príncipe Regente foge para o Brasil com a família,


a corte e toda a nata da sociedade Portuguesa.

Deixa uma comissão de regência que tinha ordem


para receber os franceses como amigos.
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1ª Invasão 1807-1808

Esta situação estava prevista desde o século XVII e


pelo próprio Marquês de Pombal e tinha como
objetivo acautelar a soberania da Nação

Junot instala-se em Lisboa com o país conquistado


com objetivos delineados por Napoleão:
• Conquistar Lisboa
• Aprisionar a família real
• Desmantelar o exército Português

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1ª Invasão 1807-1808

Para consolidar o seu poder era importante desarmar a Nação

A primeira tarefa foi o licenciamento da maioria da tropa de


linha, dispersando as restantes por várias praças

Dissolveu as milícias e as ordenanças

Organiza, com as tropas de linha não licenciadas, um corpo de


7 regimentos de infantaria, 4 de regimentos de cavalaria e 1
regimento de artilharia, que ficou conhecida como “Legião
Lusitana”, que viria a fazer parte do exército francês
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1ª Invasão 1807-1808

A 04 de Fevereiro de 1808 o trono de Portugal é considerado


vago e todo o reino anexado ao Império francês, como estado
vassalo, governado por Junot

Ao mesmo tempo foi-se executando os projetos ocultos de


Napoleão sobre a sorte da Península – a conquista dissimulada
da Espanha

Em Portugal as tropas espanholas são substituídas por tropas


francesas

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1ª Invasão 1807-1808

Rapidamente por toda a Espanha se iniciam revoltas populares


contra esta pretensão de Napoleão

No inicio de Junho de 1808 estala a


revolta no Porto, que rapidamente se
propaga por todo o país

A Inglaterra envia para Portugal um contingente, sob o


comando de Wellesley, para ajudar a insurreição portuguesa
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1ª Invasão 1807-1808

Em 15 e 17 de Agosto dá-se as batalhas de Óbidos e da Roliça


que obriga a retirada dos franceses para Torres Vedras.
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1ª Invasão 1807-1808

A Batalha da Roliça marca o primeiro revés dos


franceses em Portugal

Em 21 de Agosto de 1808, dá-se a Batalha do Vimeiro com a


derrota para forças francesas que retiram para Torres Vedras, e
depois sobre Mafra a caminho de Lisboa

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1ª Invasão 1807-1808

Batalha do Vimeiro, 21 de Agosto de 1808.

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1ª Invasão 1807-1808

A 30 de Agosto, em Torres Vedras, foi assinada uma convenção


que punha termo à primeira invasão francesa em Portugal

Essa convenção ficou conhecida por


Convenção de Sintra foi assinada
entre Junot e o comandante inglês
sem qualquer conhecimento dos
portugueses

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Reorganização Exército Português

Após a partida dos franceses, tomam-se medidas com


o objetivo de reorganizar o exército português

Foram reorganizados todos os corpos das diferentes


armas

Criaram-se 6 batalhões de caçadores

Foram reconstituídos os regimentos de milícias e


ordenanças do reino
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Reorganização Exército Português

Foram fortificadas as praças que tinham sido


desmanteladas

Decretou-se, em Outubro de 1808, o armamento


geral da Nação

Foram organizados 16 legiões constituídas por


cidadãos (dos 16 aos 60 anos) que não servissem
na tropa de linha ou milícia com vista ao seu
estacionamento em Lisboa
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Reorganização Exército Português

Foram mantidos um exército a Norte e outro a Sul,


sob o comando do General Bernardim Freire e do
Marquês de Olhão

O major-general Beresford foi contratado para


comandante em chefe do exército português
(chega a Lisboa em 1809) com plenos poderes.
Governaria praticamente o País até 1820

Os regulamentos foram organizados à semelhança dos ingleses

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2ª Invasão 1809

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2ª Invasão 1809

Em Fevereiro de 1809, os franceses sob


o comando do General Soult entram em
Portugal pela fronteira de Trás-os-
Montes com o objetivo inicial de atingir
a cidade do Porto

A entrada no Porto verifica-se a 29 de


Março sem grande resistência

Este general acalentou o sonho de se


fazer rei da “Lusitânia Setentrional”
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Escola de Sargentos do
Exército 2ª Invasão 1809

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2ª Invasão 1809

Pretendendo atingir Lisboa, Soult sente dificuldade


devido ao facto de ter perdido ligação com a sua
retaguarda

Este corte de comunicação com a Galiza (Ney) e as


Beiras (Lapisse) devido à ação de Silveira e
Bernardim em Chaves, Braga e Amarante atrasa
muito a chegada ao Porto.

A entrada no Porto verifica-se a 29 de Março sem


grande resistência.
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2ª Invasão 1809

Tragédia da ponte das barcas no Porto


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2ª Invasão 1809

Ação dos portugueses na defesa da Ponte de Amarante retardou


os franceses, cortando-lhes a ligação e permitindo que as forças
de Welligton e Beresford se organizassem.

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2ª Invasão 1809

Em 12 de Maio de 1809, a cidade do Porto é libertada do jugo francês pelas


forças anglo-lusas.

Demonstração

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2ª Invasão 1809

Com a perda da cidade do Porto e dado que a ligação com


as forças do general Victor não aconteceu, Soult é obrigado
a retirar para Espanha deixando tudo para trás.

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3ª Invasão 1810-11

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18
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Ju

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3ª Invasão 1810-11

Em 1809 Napoleão ficava senhor da Europa Central


e Ocidental, incluindo a Espanha

No Ocidente apenas Portugal e a Inglaterra não tinham


sido dominados

A conquista de Portugal tornara-se de capital


importância para a consolidação do império
napoleónico
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O plano de invasão cifrava-se numa ofensiva simultânea de Masséna


pela Beira Alta (ataque principal) e de Soult pelo Alentejo

Era necessário continuar a


aperfeiçoar o exército português

Essa tarefa foi entregue a Beresford


enquanto Wellington se preocupava
fundamentalmente com a defesa de Portugal
(manda construir as linhas de Torres)
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3ª Invasão 1810-11

Os agrupamentos de infantaria passaram a ser


constituídos por 12 brigadas

Reorganização dos regimentos de artilharia, os corpos de


cavalaria e os estados-maiores dos regimentos de infantaria

Estabeleceu depósitos de recrutas nas diversas


províncias que depois foram centralizados em Peniche
e mais tarde em Mafra
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Foi ordenado o alistamento geral


de todos os homens dos 18 aos
35 anos e recompletaram-se os
regimentos de linha que estavam
muito desfalcados
Foi reorganizado (ou organizado)
o serviço de saúde
Organização de um serviço de
abastecimentos à semelhança do
inglês

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A infantaria portuguesa utilizava a espingarda de


pederneira (Baker modelo inglês) com cadência de 1
tiro/min (não podiam ser utilizadas em tempo de chuva)

A cavalaria estava armada com uma pequena


espingarda e pistola

Para defesa do país o exército foi dividido em duas


partes principais que se destinavam , uma à Beira Alta
e a outra ao Alentejo ou Beira Baixa

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As forças de segunda linha destinavam-se a guarnecer as


fortificações e a atuar nos flancos e na retaguarda do inimigo

A artilharia com peças de 3, 6 e 9 arretéis com alcance eficaz


máx. de 350 metros e obuses de 15cm de diâmetro de boca com
alcance de fogo até os 1100 metros

Foram guarnecidas as praças-fortes de Almeida,


Abrantes e Elvas e as que constituíam as linhas de
Torres
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O plano de invasão francês consistia na invasão de


Portugal pela região norte do Tejo e dirigir-se para
Lisboa (objetivo decisivo) enquanto as forças de Soult
entravam pelo Alentejo em direção a Lisboa (situação
que não aconteceu)

As forças francesas entram pela região de Almeida


que cai em poder dos franceses em 28 de Agosto de
1810 e dirigem-se para Coimbra

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Face à perda da praça-forte de Almeida, as forças


anglo-lusas retiram para uma posição mais favorável
para deter as forças francesas

A posição escolhida foi a do Buçaco, onde estava o


exército anglo-luso comandado por Wellington

A 27 de Setembro de 1810 deu-se o ataque das forças


francesas às posições anglo-lusas sendo os primeiros
repelidos e com pesadas baixas
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Masséna ao perceber que podia dirigir-se para Coimbra


torneando a região do Bussaco, inicia a sua marcha em direção
aquela cidade

Wellington retira da sua posição e vai ocupar posições nas linhas


de Torres com o objetivo de deter o inimigo

Durante a retirada ordenou o abandono das povoações e a


destruição das colheitas, deixando os franceses desprovidos de
recursos

Masséna ao abordar as posições que constituíam as linhas de


Torres depressa se apercebeu que estava perante uma defesa
bem apoiada por um terreno forte
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Linhas de Defesa de Torres Vedras

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O ataque com sucesso só era possível se recebesse reforços importantes,


situação que não se verifica e que obriga Masséna a uma forçada inatividade (5
meses) diante das linhas

Em Março de 1811 e depois de ter esgotado todos os recursos, valor e paciência


das suas tropas que se encontravam dizimadas pela fome e pela doença,
Masséna viu-se forçado a empreender a retirada pelo vale do Mondego

Durante a retirada, os franceses foram perseguidos pelo exército anglo-luso,


tendo sido travados combates em Pombal, Redinha, Condeixa, Casal Novo, Foz
de Arouce e Ponte de Murcela

Os exércitos anglo-luso e francês vão encontrar-se nas planícies de Fuentes de


Oñoro 1
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A Batalha de Fuentes de Oñoro, de 3 a 6 de Maio de 1811


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Em Espanha, o exército inglês, com alguns contingentes


portugueses, e ajudado pelos Espanhóis, continuou a
empurrar os Franceses à sua frente, até Toulouse (5 de
Abril de 1814)

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Além de restaurar a plena independência e integridade de


Portugal, o Congresso de Viena (1815) restituiu Olivença aos
Portugueses, facto que a Espanha se recusou a aceitar
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Lisboa era o objetivo principal de todas as forças


invasoras do nosso país e era necessário construir
uma defesa eficaz

A construção das linhas de Torres tinham 2 (dois)


objetivos:

• Garantir segurança do embarque das forças


aliadas em caso de insucesso militar

• Bloquear os principais eixos de


aproximação para a capital
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A construção das linhas de Torres tinham 2 (dois)


objetivos:

• Garantir segurança do embarque das forças


aliadas em caso de insucesso militar

 Para concretizar este objetivo foi


escolhida uma pequena baía a Este de S.
Julião (foz do Tejo)

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A construção das linhas de Torres tinham 2 (dois)


objetivos:

• Bloquear os principais eixos de


aproximação para a capital

 Construção de uma linha principal de


defesa coberta por posições avançadas que
apoiassem a retirada do exército aliado
garantindo-lhe o tempo necessário à
ocupação da linha principal de defesa
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Foram levantados 108 fortes e 151 redutos, batarias


destacadas, etc., desde a Foz do rio Sisandro (Torres
Vedras) até às alturas de Alhandra do Ribatejo

Dispostos em 3 linhas paralelas, artilhadas com 1.067 peças de


artilharia e guarnecidas com 68.665 homens de infantaria, que
faziam da península de Lisboa um campo entrincheirado
dificilmente expugnável e último reduto para garantir a posse do
porto de Lisboa

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A Primeira Linha era constituída por 70 posições de Torres Vedras e Monte


Agraço (Foz do Sisandro até Alhandra – 46 km)
inha
1º L

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A Segunda Linha era constituída por 69 posições do desfiladeiro de Mafra,
Serra de Chipre, Cabeço de Montachique, Desfiladeiro de Bucelas

2ª Linha

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A Terceira Linha era constituída por 13 posições construídas no chamado


distrito de Oeiras, destinadas a proteger o embarque em S. Julião da Barra


Lin
ha

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Entre a Caparica e Almada, contruíram-se 17 redutos destinados a impedir que


o inimigo ocupasse a margem Sul do Tejo e se apoderasse de posições de onde
poderia bombardear Lisboa ou a esquadra fundeada no Tejo

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Foram estabelecidos depósitos de aprovisionamentos, de barracas


e víveres, nos pontos designados por quartéis-generais

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Foi estabelecido uma sistema de transmissões de mensagens que permitia


transmitir uma mensagem do Tejo ao Atlântico em 7 minutos!

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O sistema de Linhas Fortificadas de defesa de Lisboa, conhecidas como de


Torres Vedras, serviu efetivamente para que Portugal resistisse à invasão
mas também foi o prelúdio da derrota de Napoleão em toda a Europa como
se veio a verificar em 1814, em Toulouse.

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713. Os exércitos do fim do séc. XIX, inicio do séc. XX

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