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CAPÍTULO III - INVASÕES ESTRANGEIRAS AO BRASIL

Os franceses foram os primeiros a frequentarem a costa brasileira, comerciando com os


nativos os produtos da terra.

Fizeram duas invasões, uma ao Rio de Janeiro e a outra no Maranhão.


Ambas as invasões NÃO foram iniciativas do governo francês.

FRANCESES NO RIO DE JANEIRO

FRANÇA ANTÁRTICA: Núcleo da colônia francesa, instalada na Baía


de Guanabara por Villegagnon em 1555.

Construiu uma fortificação: Forte Coligny

HENRYVILLE: Povoado perto do atual Morro da Glória, onde instalou uma olaria e
iniciou plantações.

Contava com a amizade dos índios Tupinambás, que lutaram bravamente ao


lado dos franceses, pois os portugueses eram aliados dos seus inimigos.

REAÇÃO PORTUGUESA: Iniciou quando o governador Mem de Sá atacou o Forte Coligny com
uma força naval que trouxera da Bahia, arrasando-os.

Os franceses foram derrotados na Baía de Guanabara, tentaram estabelecer resistência


em cabo frio, mas acabaram vencidos.

FRANCESES NO MARANHÃO

Os franceses continuaram com o tráfico marítimo na costa brasileira, sendo o


Maranhão regularmente frequentando por navios franceses.

França Equinocial: Pequena população de franceses, em boa convivência


com índios Tupinambás. Foi a segunda tentativa de colonização francesa
no Brasil.

Em 1614, uma força naval comandada por Jerônimo de Albuquerque, nascido no Brasil,
chegaria ao Maranhão para combater os franceses.

Primeira Força Naval comandada por um Brasileiro.

Sob comando de Alexandre Moura, os franceses foram cercados no Maranhão,


por mar e terra, e sem esperança de reforço e falta de apoio do governo
Francês, para evitar ser tratados como piratas, renderam-se em 1615.
INVASÃO HOLANDESA NA BAHIA

COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS: Planejou a invasão à Bahia com o


intuito de lucrar com a exploração da cultura do Açúcar.

Em 1624, os holandeses atacaram os fortes que defendiam Salvador, no


porto da Barra desembarcaram tropas e saquearam a cidade.

GOVERNO LUSO-ESPANHOL: Em 1625, enviou uma força naval para a retomada


da cidade de Salvador sendo considerada a Maior Força Naval até aquele
momento.

Composta por: 25 Galeões, 10 Naus, 10 Urcas, 6 Caravelas, 2 Patachos e 4 navios menores.

Jornada dos Vassalos: Cruzamento dessa força naval pelo Atlântico, era composta em sua
maioria por Fidalgos, voluntários a defender a causa da coroa ibérica.

Desfecho: Após o ataque luso-espanhol em maio de 1625, os holandeses se renderam, dias


depois aparece o reforço holandês, que ao perceber a retomada de Salvador, desistem de uma
retomada.

INVASÃO HOLANDESA EM PERNAMBUCO

Após desistir da retomada da Bahia, a Companhia das Índias Ocidentais


resolveu dirigir seus esforços para Pernambuco.

Olinda e Recife forma conquistas em 1630

Foram enviadas pelo governo luso-espanhol 3 esquadras para o Brasil, que ao


encontro com as forças holandesas resultaram em combates navais:

COMBATE NAVAL DOS ABROLHOS: Frota comandada por D.


Antônio Oquendo, tinha a missão de desembarcar tropas
trazidas de Pernambuco e da Paraíba; comboiar os navios
mercantes de açúcar para o Caribe e Comboiar as frotas de Prata
para a Espanha.

Foram interceptados pelos holandeses na altura do


arquipélago dos Abrolhos
Terrível combate, com avarias vários mortos.

BATALHA NAVAL DE 1640: As embarcações luso-espanholas


comandadas pelo Conde da Torre, tinha a missão de
desembarcar tropas em Pernambuco, porém foram atacados
pelos holandeses, que pretendiam evitar esse desembarque.

Considerado Derrota Estratégica para os Lusos-Espanhóis:


Após 5 dias de combate, não conseguiram desembarcar as
tropas em PE, só conseguindo fazer-lo no litoral do RN.
A INSURREIÇÃO EM PERNAMBUCO
RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL: Separação de Portugal da Espanha, com o fim da coroa
ibérica, assumia o trono de portugal o Duque de Bragança, D. João IV.

1641: Portugal assina trégua de 10 anos com a Holanda.

A trégua interessava a Companhia das Índias Ocidentais, que viam


seus lucros serem consumidos pelas ações militares dos Portugueses.

As vésperas do amistício, os holandeses aumentaram suas conquistas, ocupando


Sergipe e Maranhão, e na África, São Tomé e Angola.

NOVO GOVERNADOR DO BRASIL: Teles da Silva inicia uma campanha de insurreição


contra os holandeses com um Plano de Ocupar Recife.

Reunir uma força naval improvisada e juntar com 2 galeões (São Pantaleão e São Pedro
de Hamburgo) que acabara de chagar ao Brasil 1645, e tentar desembarcar em Recife.

JORNADA DO GALEÃO: Um ato de emprego político do Poder


Naval pelo Portugueses, influenciando as mentes e as atitudes
das pessoas sem o uso da força.

Fudeamento de 37 navios no porto de Recife, incluindo os


dois galeões, que foram admirados pelo povo de
Pernambuco.

Em Fevereiro de 1964, os holandeses atacaram e ocuparam a Ilha de Itaparica, com uma


força naval comanda pelo Almirante Banckert, com o intuito de ameaçar Salvador.

ARMADA SOCORRO DO BRASIL: Enviada por D. João IV, designou Teles de Menezes como
Comandante nomeou o Conde de Vila Pouca novo governador do Brasil.

Sua missão NÃO era expulsar os holandeses de Pernambuco ou atacar Recife, mas SIM
proteger Salvador e expulsar os invasores da Ilha de Itaparica.

PRIMEIRA PROJEÇÃO BRASILEIRA DE PODER PARA O EXTERIOR: Salvador


de Sá, comandante do galeão São Pantaleão, vence os holandeses em
Angola, muitos brasileiros participaram da luta, inclusive índios.

COMPANHIA GERAL DO COMÉRCIO BRASIL: Organização de comboios fortemente


escoltados para manter as rotas de navegação entre Portugal e Brasil.

DESFECHO: Com o envio de frotas da Companhia do


O longo êxito dos
Brasil, os lucros da Companhia das Índias Ocidentais
holandeses no
caindo e o contexto da guerra Anglo-Holandesa, tornava
cada vez mais inviável manter o domínio do mar na costa Brasil foi
brasileira. resultante do
As posições holandesas foram, sucessivamente, esmagador
sendo tomadas e a rendição de Recife ocorreu no domínio do mar.
final de Janeiro de 1654.
GUERRA, TRATADOS E LIMITES

CONTEXTO: A fronteira do Sul do Brasil demorou a ser definida devido à ferrenha disputa
entre Portugal e Espanha pela estratégica Região da Platina.

TRATADO DE LISBOA: Após a sua assinatura, estabeleceu a Devolução da Colônia


de Sacramento à Portugal em 1683, após ter sido atacada e reconquistada pelos
Espanhóis em 1680 pelo governador de Buenos Aires.

TRATADO DE UTRECHT: A morte do Rei da Espanha, Carlos II,


levaram ao engajamento das potencias europeias a um conflito
chamado Guerra de Sucessão da Espanha. Portugal e Espanha
ficaram de lados opostos, e novamente a Colônia de Sacramento foi
ocupada pelos espanhóis em 1705. Em 1715 este tratado foi
celebrado e legitimou a presença portuguesa na região do Prata
com a restituição aos lusos da Colônia de Sacramento.

TRATADO DE MADRID: O conflito entre Portugal e Espanha entre 1735 e


1737 levou a uma terceira investida da Espanha a Colônia de Sacramento.
Este tratado assinado em 1750, obra de Alexandre Gusmão, secretário de D.
João V, dentre outras medidas, estabeleceu a posse da Colônia de
Sacramento para a Espanha e a de Sete Povos das Missões para
Portugal

TRATADO DO PARDO: Celebrado por portugueses e espanhóis em 1761, anulou os efeitos do


Tratado de Madrid e estabeleceu que a Colônia de Sacramento voltasse a ser de Portugal.
Durante a Guerra dos Sete Anos, Portugal e Espanha ficaram novamente de lados opostos,
devido a Espanha ter se aliado a França, a Grã-Bretanha declarou guerra contra os espanhóis, e
Portugal como apoiava os britânicos, foi invadido em 1762 por forças hispânicas e
consequentemente a guerra se propagou para o Sul do Brasil, levando a novos ataques
espanhóis a Colônia de Sacramento.

TRATADO DE SANTO ILDEFONSO: Morte do Rei D. José I, em Fevereiro de 1777,


assumiu o trono de Portugal D. Maria I. Com o intuito de resolver as questões de limites
entre Portugal e Espanha no Sul do Brasil, em 1777, é celebrado o Tratado de Santo
Ildefonso, que estabeleceu a restituição da Ilha de Itaparica a Portugal, porém os
lusos perderam a Colônia de Sacramento e Sete Povos das Missões. Esse tratado
deixou os espanhóis com o domínio exclusivo do Rio da Prata, sendo deveras
desvantajoso para Portugal.

TRATADO DE BADAJÓS : A estabilidade das relações Luso-Espanholas foi afetada


quando Napoleão Bonaparte, desejo a castigar Portugal, forçou a Espanha a
declarar guerra Portugal em 1801. O rompimento das relações entre os países
durou poucas semanas, sem ações militares dignas de registro, ficando conhecido
como Guerra das Laranjas. Este tratado, pôs fim a guerra de França e Espanha
contra Portugal, tendo a Espanha por direito de guerra, a Praça de Olivença
e a Colônia de Sacramento. Portugal recuperou o território de Sete Povos
das Missões.

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