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Profº Diovani Silva

HISTÓRIA DO AMAPÁ - CONTEXTO HISTÓRICO


1492 – Cristovam Colombo chega as Américas.
1494 – 07 de junho é assinado o tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha, dando a Portugal 370 léguas a partir da Ilha de
cabo Verde e o restante seria da Espanha.
OBS: O rei da França Francisco I reivindicou direitos sobre as terras na América, alegando que não viu no testamento de Adão a
divisão do mundo entre as potências Ibéricas.
1500 – Em abril Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil
OBS: Mas em 1499... Américo Vespúcio percorre o litoral amapaense passando pelas ilhas Cavianas e dos Porcos, as quais fazem
frente aos municípios de Macapá e Santana e em janeiro de 1500 o navegador Vicente Yanês Pinzón descobriu a foz do rio
Oiapoque, que o batizou com seu nome e sofreu com o fenômeno da pororoca, que fez o mesmo retorna a Espanha.
1544 – Carlos V, rei da Espanha faz a primeira concessão de terras ao navegador Francisco Orellana, o mesmo recebeu uma área
de terra com o nome de Adelantado de Nueva Andaluzia primeira nome oficial das terras que hoje são o Amapá.
14 de julho de 1637 – o rei Felipe IV (união Ibérica 1580 a 1640), criar a capitania do Cabo Norte e doa a Bento Maciel Parente.
OBS: Bento Maciel Parente morreu sem ter conseguido fazer a Capitania prosperar, assumiu seu filho Bento Maciel Parente
Junior que também não conseguiu e depois de sua morte assumiu seu irmão Vicente Maciel Parente que morreu também sem
conseguir faze benfeitorias na área e as terras foram revertidas à coroa portuguesa, que a anexou a Capitania do Grão-Pará no séc.
XVII.

FORTIFICAÇÕES
Vários fortes foram estabelecidos na Amazônia durante a colonização portuguesa, a fim de manter os espaços conquistados e
efetivar a posse. As fortificações foram estabelecidas em pontos estratégicos, ao longo das vias fluviais, dominando a embocadura
dos rios e, em consequência seu curso. Os portugueses selecionaram as regiões mais longínquas, os pontos mais favoráveis, os
locais de passagem obrigatórios e os ocuparam com destacamentos militares.
A partir do séc. XVII, duas importantes medidas foram tomadas pela coroa ibérica:
1ª Medida: Natureza Militar
1616 – A edificação do forte do presépio que deu origem a cidade de Belém do Pará.
2ª Medida: Natureza Administrativa
A divisão da colônia (Brasil) em duas regiões administrativas
 Estado do Maranhão – do Pará ao Ceará
 Estado do Brasil – Rio Grande do Norte a Santa Catarina
A defesa da região só seria possível com o povoamento da região, principalmente na desembocadura do Rio Amazonas, assim o
governo iniciou o estabelecimento de vários destacamentos militares pela Amazônia, para evitar invasões estrangeiras.
As fortificações no Amapá não foram apenas iniciativas dos portugueses.
1631 – Assume o Estado do Maranhão e Grão-Pará o governador Feliciano Coelho de Carvalho, com a missão de continuar a luta
contra as invasões estrangeiras na Amazônia.
1632 – Foi construído pelos ingleses o forte do cumaú, localizado no município de Santana. No mesmo ano foi destruído pelos
portugueses que mataram e aprisionaram os ingleses.
1688 – O governado do Maranhão e Grão-Pará, Antônio de Albuquerque de Carvalho, acatando as ordens do rei de Portugal Dom
Pedro II (1683 – 1706), mandou levantar a fortaleza de Santo Antonio de Macapá sobre as ruínas do forte cumaú.
1761 – O governado do Maranhão e Grão-Pará, Bernardo de Melo e Castro, deu ordem para que fosse construída uma vigia à
margem direita do Rio Curiaú, na confluência do Amazonas (vigia do Curiaú).

O MAIOR DOS FORTES


1748 – Dom João V baseado em relatórios emitidos pelo então governador do Estado Maranhão e Grão-Pará Francisco de Pedro
de Mendonça Gurjão, resolveu elevar a Capitania do Cabo Norte à condição de “Província dos Tucujus” ou “Tucujulândia”
(diziam que os índios das etnias Tucujus e Aruans habitavam o lugar).
29 de janeiro de 1764 – Começou as obras da Fortaleza de São José de Macapá que foi autorizada no reinado de Dom José I, que
tinha como primeiro ministro o Marquês de Pombal, que nomeou seu irmão Francisco Xavier Mendonça Furtado como
Governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão foi o mesmo que fez todo o estudo da área para a construção do forte, mas foi
somente no governo de Fernando Costa Ataíde Teive que se deu início a construção.
OBS: A coordenação da construção ficou a cargo do engenheiro Henrique Galúcio. A mão-de-obra era composta pela corporação
do exército, incluindo capatazes, engenheiros, mestres de ofícios, além da mão-de-obra escrava compulsória, representada em sua
maior parte por índios que era utilizados no transporte das pedras em canoas da região do rio pedreiras até o local do forte e de
negros africanos.
19 de março de 1782 – É inaugurada a Fortaleza de S. José de Macapá, depois de 18 anos, no dia do padroeiro da cidade.
A FORTALEZA DE S. JOSÉ DE MACAPÁ EXERCIA VÁRIAS FUNÇÕES:
 Impedir a entrada de navios invasores;
 Defender a Vila, abrigando no seu interior os moradores da Vila de S. José de Macapá, caso sofresse ameaça de invasão;
 Servir como base de reabastecimento de um exército aliado;
 Funcionar como refugio, no caso de o exército bater em retirada;
 Servir como ponto de contra-ataque do inimigo;
 Elo de comunicação e vigilância entre as demais fortificações espalhadas pelo interior e fronteira;
 Assegurar a exploração dos produtos regionais (drogas do sertão), o seu exclusivo comércio com a metrópole;
 Manter a ordem soberana de Portugal na região.

CONTESTADO
1605 – Os franceses se estabelecem na Ilha do Mocambo, que a denominando de Caiena.
1691 – O Marquês De Ferrolles enviou um comunicado ao governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará, discutindo a questão
fronteiriça entre a Guiana Francesa e o Brasil pelo Rio Amazonas.
1697 – Os franceses invadem a região do Cabo Norte apoderando-se da fortaleza de Sto Antonio de Macapá e de Parú, mas no
mesmo ano foram expulsos para Caiena.
04 de março de 1700 – Tratado Provisional, onde neutralizava a área entre os rios Oiapoque e Araguari.
11 de abril de 1713 – Tratado de Utrecht estabelecia o limite entre a Guiana Francesa e o Amapá pelo Rio Oiapoque e que a
França abdicava das terras em litígio.
OBS: após a independência do Brasil a França voltou a questionar os limites.
1835 – Com a eclosão da Cabanagem no Pará, os franceses estabeleceram uma guarnição militar próximo ao lago dos bagres no
município de Amapá.
OBS: temendo o avanço o governo brasileiro criou a colônia Militar Dom Pedro II à margem esquerda do Araguari em 1840.
1841 – Os franceses resolveram desocupar o território ocupado e no mesmo ano à área voltou a ser neutralizada, agora com cada
país tinha um representante na área litigiosa.
1855 – O Visconde de Uruguai começa a questão diplomática, pois o Brasil não aceitava a argumentação francesa de o rio
Oiapoque não era o mesmo que o Vicente Pinzón. Sem vitória alguma, mas não cede as pressões da França e a questão fronteiriça
fica a ser resolvida.
1885 – O francês Jules Gros funda a República do Cunani na Vila do Cunani, que aproximadamente 600 habitantes, cujo território
correspondia do rio Oiapoque ao Rio Araguari.
1887 – A coroa francesa acaba com a República do Cunani que tinha sede de direito em París e de fato na Vila do Cunani.
1892 – Ocorreu uma tentativa de reinstalar a República no contestado, agora o idealizador era o francês Adolf Brezt naturalizado
brasileiro.
1893 – É descoberto ouro na região do Calçoene pelos irmãos Germano e Firmino Ribeiro.
1894 – O Capitão Eugéne Voissen representante francês na área contestada, proíbe os brasileiros de entrarem nas minas.
1894 – É criado o Triunvirato composto por:
Francisco Xavier da Veiga Cabral (Cabralzinho)
Cônego Domingos Maltez
Desidério Antonio Coelho
OBS: o triunvirato proíbe os franceses de entrarem nas minas e prende a mando de Cabralzinho, o representante do governo
francês no contestado o negro brasileiro Trajano Benitez.
15 de maio de 1895 – Os franceses invadem a Vila do Espírito Santo do Amapá para resgatar Trajano e prender Cabralzinho e
entra em conflito com os brasileiros moradores da localidade, o conflito deixa aproximadamente 39 mortos do lado brasileiro e um
rastro de destruição na Vila e mesmo assim Cabralzinho é condecorado General Honorário do Exército Brasileiro e Herói
Nacional pelo governo brasileiro. A partir desse episódio Brasil e França decidem reabrir as negociações para definição da
fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa, do lado brasileiro é escolhido o Barão do Rio Branco.
01 de dezembro de 1900 – Saí o Laudo de Berna (ou Suíço) em favor do Brasil, dizendo que o rio Vincete Pinzón era o mesmo
Rio Oiapoque e a mesma fronteira do tratado de Utrecht, assim o Amapá é incorporado de vez ao Estado do Pará.

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