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Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.
CLUBE DO CONCURSO
Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no amapá PROFESSOR: AROLDO
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A QUESTÃO DO DOMÍNIO DAS TERRAS desrespeitado pela França, que julgava o
AMAPAENSES E A DIPLOMACIA BRASILEIRA tratado condescendente com Portugal.
NO PÓS- PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA A questão continuou ao longo dos séculos
XVIII e XIX.
Várias entradas clandestinas foram abertas
pelos ingleses, holandeses e franceses, nos No século XVIll tivemos a fundação de
séculos XVI e XVII rumo ao norte do Brasil, Macapá e a construção da Fortaleza de São
atingindo lugares até então não desbravados José, como necessidade de garantir a
pelos portugueses. Durante certos períodos, soberania portuguesa nesta região.
esses estrangeiros citados tentaram
apropriar-se das riquezas dessas terras. Em 1885 chegou a ser fundada a república do
Perceba o quadro sinótico (MARQUES, Cunani, na área que correspondia ao
1999). CONTESTADO FRANCO-BRASILEIRO).
Essa república foi uma tentativa francesa de
• 1599 – holandeses instalando-se no criar uma região independente sob a proteção
território amazônico. da França.
• 1611 – cobiça britânica às margens do
Oiapoque. Em 1894, com a descoberta de ouro em
•1605 – governo françês demonstrava Calçoene fez-se aumentar a penetração
interesse pela região amazônica. francesa, na região, agravando o litígio.
• No século XVII havia o grandioso projeto
francês de instalar no Maranhão França A República foi proclamada (1889) e este
Equinocial, contudo, os franceses são conflito continuou. Coube ao novo regime,
expulsos desta região em 1615. em seu processo de consolidação, resolvê-
• Ao longo do século XVII, os franceses, já lo.
estabelecidos na Guiana, penetraram nas
terras do cabo norte (especificamente nas Um fato importante, é que a França
terras do Amapá), intimando os portugueses
questionava a verdadeira localização do RIO
a abandonarem as fortificações construídas;
acima das margens esquerda do Rio OIAPOQUE, alegando que este e o
Amazonas. Segundo os franceses, a área ARAGUARI eram o mesmo rio. Os franceses
pertencia ao rei da França. chamavam o OIAPOQUE de RIO VICENTE
Podemos perceber que esse período nos PINZON.
mostra a existência de um litígio (conflito)
entre lusitanos e franceses. Para resolvê-lo, A França, sem provas substanciais, chegou a
foram assinados alguns tratados: propor que a região fosse dividida pelo rio
Calçoene. O Brasil não aceitou e o Barão do
04/03/1700 – foi assinado o TRATADO Rio Branco reuniu novas provas obtidas nos
PROVISIONAL, entre Portugal e França: arquivos europeus, apresentou uma segunda
Esse tratado determinava a neutralização da defesa e o Brasil ganhou a questão.
área, contudo, não foi obedecido pelos
franceses, que continuaram invadindo a A questão foi resolvida através do
região.
arbitramento, durante o governo de CAMPOS
11/04/1713 – foi assinado o TRATADO DE
UTRECHT, determinando que a fronteira SALES (1898-1902). O árbitro escolhido foi a
entre as duas regiões (francesa e portuguesa) CONFEDERAÇÃO SUÍÇA, através de seu
seria o Rio Oiapoque (ou Vicent Pinzon), além representante WALTER HOUSER.
de proibir qualquer transação comercial por
parte dos franceses no Território legalmente A França foi representada por uma
português. Novamente, o acordo foi chancelaria e o Brasil teve como
representante o BARÃO DO RIO BRANCO
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Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.
CLUBE DO CONCURSO
Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no amapá PROFESSOR: AROLDO
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(José da Silva Paranhos). Através de provas
e argumentos irrefutáveis (documentações
cartográficas, títulos e 2 volumes do livro
"L'OIAPOC ET L’AMAZONE" de autoria de
Joaquim Caetano da Silva), o diplomata
brasileiro sustentou que Brasil e França
agiram corretamente quando em 1713,
definiram suas fronteiras na América do Sul
pelo Rio Oiapoque ou Vicente Pinzon, porque
sabiam serem dois nomes para um mesmo
rio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E
FONTES:
COELHO, Mauro César. Diários do Cabo
Norte. Amazônia, Modernidade e Conflito.
Séculos XVIII e XIX: UNIFAP, 1998.
MARQUES, Carlos Alberto Viana.
Conteúdos de História do Amapá para
Pré-Vestibulares e Concursos: UNIFAP,
1999.
SANTOS, Fernando Rodrigues dos.
História da Conquista do Amapá.
Fortaleza-CE: Prêmius Editora, 2013.
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Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.