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Cronologia da história do amapá:

Macapá: significa lugar de bacabas, nome deriva do tupi e foi dado pelos indígenas.

Amapá: lugar de chuva, nome deriva do tupi e foi dado pelos indígenas.

Brasil colônia 1500-1808:

ACONTECIMENTOS: (1501 a 1600- XVI, séc. 16)

Capitanias Hereditárias 1494: Tratado de Tordesilhas assinado por Portugal e Espanha.

Sociedade açucareira 1499-1500: Vicente Pinzón, primeiro europeu a navegar no Rio


Amazonas “santa maria de la mar Dulce”, chegou ao Rio Oiapoque e o
1789: Inconfidência Mineira
nomeou como Rio Vicente Pizón, chamou a costa do amapá de
1808: Vinda da Família para Província de Paricura e conheceu a Pororocay.
o Brasil. Obs: A vinda foi
1541-1542: Viagem de Francisco de Orellana, navegou pelo Rio
consequência direta do
Amazonas (ele que nomeou o rio) desde o peru em busca do “País da
Período Napoleônico e
Canela” e do “El dourado”, o cronista da expedição se chamava Frei
do desentendimento
Gaspar de Carvajal, o Orellana virou o Adelantado de Nueva Andaluzia
existente entre França e por ter “achado” essas terras, o adelantado era uma função/cargo e
Portugal na questão do Nueva Andaluzia era a região da Amazônia como um todo e não só o
Bloqueio Continental que amapá.
consistia na França
invadindo os países que 1580-1640: União Ibérica- união das coroas da Espanha e de Portugal
fizessem negócios com a com a coroação de Filipe II como rei de Portugal, ele era Rei da
Inglaterra que era a sua Espanha mas era o parente mais próximo do falecido Rei de Portugal.
inimiga, como a O domínio era espanhol, mas os portugueses aproveitaram e foram
entrando no território, avançando para além do litoral.
Inglaterra era o principal
parceiro econômico de (1601 a 1700-XVII, séc. 17)
Portugal, eles não
cortaram os laços, 1612-1615: Franceses criaram a colônia França Equinocial no
derivando assim a Maranhão, onde se localiza a atual capital São Luís do Maranhão.
invasão napoleônica em Observação: Antes dos Portugueses chegarem nas regiões da
Portugal. Isso explica a Amazônia, a região do amapá era marcada pela presença de Ingleses,
invasão a Guiana (Caiena) Franceses, Irlandeses e Holandeses, que faziam forte comercio com os
em 1809 pelos indígenas da região, os Palikur, maroani, aruã, tucuju, aricores,
portugueses como forma italtans, macabas etc, Eram produtos desse comércio as Madeiras,
de represália. peixes-boi, gomas, urucum e foi cultivado tabaco e cana.

1615: Expulsão dos Franceses do Maranhão pelos Portugueses.

1616: é criada a capitania do Grão-Pará, os portugueses chegaram a


Belém e construíram o Forte do Presépio que mais tarde virou o Forte
do Castelo.
1621: Foi Criado o Estado do Maranhão separando o Brasil em 2 ESTADOS (1 Estado do
Grão-Pará e Maranhão e o 2 Estado do Brasil), renomeado em 1654 como Estado do
Maranhão e Grão-Pará e em 1751 para Estado do Grão-Pará e Maranhão. Foi uma unidade
administrativa portuguesa, criada por Filipe II (pegava a região do Maranhão, Piauí, Pará,
Amazonas, Amapá e Roraima).

1625: Conflitos entre Portugueses e a presença dos holandeses e ingleses na região do


Amapá derivou na destruição dos fortes Tilletille e Uarumuiaca dos Ingleses.

1637: Bento Maciel Parente obteve de Filipe IV a concessão de todo o Cabo Norte
como capitania hereditária, para garantir à posse de Portugal e a proteção da região devido a
presença estrangeira. O limite da Capitania do cabo norte é muito propagada de que seja o
rio Paru, porém, na carta de doação do rei para Parente, o rio usado como limite é o rio
Surumiur (em Alenquer). Obs: se não tiver o rio surumiur, marque o rio Paru.

1645: O rei Dom João IV de Portugal reafirma a propriedade da Capitania para Bento Maciel
que ao morrer deixou como herdeiro o seu filho e depois o seu neto, contudo, nada foi feito
na região por falta de recursos financeiros e por 1638 o Bento Maciel Parente ter virado
governador do Estado de Maranhão e não ter se interessado pelo cabo do norte devido ao
cargo que ganhou.

1660: Casa-forte do rio Araguari foi o primeiro forte construído por Pedro da Costa Favela
para expandir o território português, exploração econômica e proteger os missionários
frades de Santo Antônio (franciscanos) que estavam no Cabo do Norte e para controlar os
indígenas, destruído pelas inundações e pororoca.

1687: Construído o segundo forte, a Casa-Forte no rio Batabouto para evitar o contato dos
franceses e indígenas, impedindo a existência de comércio entre eles e a entrada dos
franceses, sendo destruído pela pororoca em 1697.

1688: Ferrolles vindo da Guiana Francesa fez uma expedição até o forte e alegou ao
comandante que aquele território era Francês.

1694: Marquês de Ferrolles, governador de Caiena, queria que a fronteira passasse a ser na
foz do Amazonas para terem posses nas terras amapaenses.

1695: O Terceiro forte foi construído, se chamava de Forte Santo Antônio de Macapá, foi
construído sobre as ruínas do Forte Cumaú dos ingleses localizado no rio Matapi/Igarapé da
fortaleza, tinha por objetivo bloquear os franceses vindos de Caiena que comercializavam
com os indígenas e estavam tentando expandir seu território.

1697: Houve invasão armada por parte dos franceses, que tomaram o Forte de Santo
Antônio de Macapá/Forte de Macapá, o Marquês de Ferroles argumentava que era território
francês. Posteriormente, o forte foi retomado pelo militar português Francisco de Sousa
Fundão vindo do forte de Gurupá.

1698: ocorreram negociações para por fim a situação.


1700: Tratado Provisório/provisional ou tratado de Lisboa neutralizou as áreas entre o rio
Oiapoque e o rio Amazonas, a área contestada, até o acordo final que definiria quem seria o
dono da área, além da neutralização da área, outras medidas deveriam ser feitas como, por
exemplo, a destruição dos fortes nas terras do cabo norte, demolições das aldeias indígenas a
serviço dos fortes, a não ocupação da área do contestado, a proibição da escravidão dos
ameríndios/ indígenas.

Obs: Principal exploração econômica do século XVII (17) eram as drogas do sertão,
sobretudo o Cacau.

(1701 a 1800- XVIII, séc. 18)

1701: o tratado foi ratificado e deixou de ser provisório, porém, não foi obedecido.

1702-1714: Guerra de sucessão espanhola foi uma guerra ocorrida na Europa para definir
quem seria o herdeiro da Espanha, por isso que os espanhóis decidiram assinar o tratado
Provisório, pois na Europa eram aliados.

1713: Tratado de Utrecht dispôs que o limite seria o Rio Oiapoque (Rio Vicente Pinzón) e
que Portugal tivesse posse exclusiva das margens do Rio Amazonas, ele foi assinado no
contexto da guerra de sucessões, Portugal iniciou no conflito como aliada da França por isso
foi assinado o tratado Provisional, porém depois se opôs a França que apoiava o Felipe de
Bourbon para suceder ao trono, porém a França em 1712 optou pela paz e o que resultou no
Tratado de Utrecht assinado em Portugal, pois a França teve que assinar vários tratados de
paz, esse tratado teve como mediador a Inglaterra na pessoa da rainha Anne.

OBS: os franceses passaram a considerar o rio Vicente Pinzón como não sendo o mesmo que
o Oiapoque, alegaram até que poderia ser o Rio Amazonas, assim não cumpriram o tratado
de Utrecht.

1728-1729: foi construído a Casa-Forte da Ilha de Santana para tentar impedir a presença
dos franceses no Cabo Norte pois os franceses não obedeciam o tratado de Utrecht e a
impedir a fuga de soldados desertores e índios e negros escravizados, em 1729 foi mudado o
local da Casa-Forte.

Obs: todas as fortificações foram construídas com o objetivo de Posse e Possessão.

1738: o governador do Grão-Pará e Maranhão, João de Abreu Castelo Branco envia um


destacamento militar na região que hoje é conhecido como Macapá, para alguns
historiadores Macapá surge com esse destacamento. (o professor não concorda, mas se só
tiver isso na prova é para marcar como correto).

1750: Tratado de Madri definia que os espanhóis tinham as terras da bacia do Rio da Prata e
Portugal tinha as da bacia do Amazonas. Ele foi um acordo com a Espanha, tinha como
princípio do Uti Possidetis que consistia que o território que estivesse ocupado teria a posse.
1751: O governador Mendonça furtado manda vir os Açorianos para ocupar a região,
colonizar e fundar uma vila. Fazendo dar início às medidas adotadas (projeto pombalino
para Amazônia) de ocupação portuguesa na região iniciadas na segunda metade do século
XVIII (1750) na figura de Francisco Xavier de Mendonça Furtado (Irmão do Marquês de
Pombal que era Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Guerra. Foi Governador
geral do Estado do Grão-Pará e Maranhão e conseguiu a permissão da coroa de transformar
o povoado de Macapá em vila).

1751-1758: foi o período que Macapá foi Povoado antes de ser vila, eles produziam muito
arroz e em segundo lugar algodão, eram junto com as drogas do sertão as principais fontes
de exploração econômica do século XVIII (18).

Obs: Os objetivos do Projeto pombalino para Amazônia era: desenvolver a região por meio
da agricultura, proteger as fronteiras por meio das fortificações e criação de vilas e garantir a
posse pela ocupação.

1753-1754: Povoado de Santa Ana situado no rio Matapi era um povoado de indígenas
fundado pelo Francisco Portilho de Mello, traficante de indígenas, com o apoio do
governador Mendonça Furtado, tinha como objetivo ser reserva de mão de Obra dos
açorianos em Macapá.

1755: em um contexto geral de medidas para a Amazônia, foi criado a Companhia de


Comércio do Grã-Pará e Maranhão para venda de negros escravizados e produtos da região.

1757: o Diretório dos índios definia que os indígenas tinham que trabalhar
compulsoriamente, eles eram obrigados a trabalhar, mas não eram escravos porque tinham
que receber um pagamento, esse trabalho compulsório faz parte do contexto da construção
da fortaleza.

1758: 04 de fevereiro foi criada a Vila de são José de Macapá, mas já era ocupada desde 1752
pela instalação de uma comunidade de colonos portugueses de origem Açorianos, a região
de Macapá foi escolhida por ter posição estratégica por estar situada na foz do rio Amazonas
o que impediria as pretensões francesas, além de ser um símbolo de “civilidade” branca, a
fim de civilizar os índios

1761: Inaugurada a Igreja de São José de Macapá (aquela do lado do shopping vila nova),
monumento colonial mais antigo do Amapá.

1761: construção do forte provisório, chamado de forte de Macapá no local que agora é a
fortaleza de São José de Macapá, o forte foi construído em 1761 e foi demolido para ser feita
a construção em 1764-1782 da atual fortaleza. (obs: essa diferença de forte e fortaleza pode
ser confundindo pela própria banca, então tem que diferenciar pela data e não pelo nome).

1761: Construção da Vigia do Curiaú serviu como meio de comunicação com o forte de
Macapá para avisar uma possível entrada de embarcações estrangeiras no rio Amazonas.
1764: Iniciada a construção da fortaleza, sendo oficialmente inaugurada em 19 de março de
1782. A elaboração das planas foi feita pelo engenheiro italiano Henrique Antônio Gallucio a
pedido do governador do Grão-Pará e Maranhão Fernando da Costa Ataíde Teive. Em
decorrência da morte de Gallucio quem terminou a obra é o Gaspar Geraldo Gronfelde e seu
ajudante Domingos Sambuceti. A forma de baluartes na arquitetura da fortaleza foi adotada
o estilo conhecido como VAUBAN com os baluartes pentagonais, os quatro baluartes tem
nomes de santos: Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus. A Obra
foi entregue sem ser concluída por falta de recursos, a obra paralisava por causa das chuvas
e falta de tijolos.

1767: Criada a Vila Vistosa da Madre de Deus, no início do século XIX (1798) a vila já estava
abandonada devido a falta de estrutura, alimentação deficitária e falta de indígenas para
trabalhar.

1770: 23 de janeiro de 1770 foi criada a Vila de Nova Mazagão, os mazaganenses foram
sendo instalados na vila entre 1770 e 1776, a Mazagão africana era uma cidade-fortaleza,
onde é o Marrocos hoje em dia, recebiam ataques dos mouros (mulçumanos) porém a partir
de 1750 esses ataques foram intensificados, assim, como solução evacuaram a cidade de
Mazagão em 1769 para serem transferidos para o Brasil criando uma vila para eles
povoarem.

1772: O Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido e são dividas no Estado do Grão-Pará e


Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí.
1782: Inauguração oficial da fortaleza de São José de Macapá. Serviu como quartel da Guarda
Territorial a partir de 1944, foi tombada (instrumento jurídico que garante a preservação de
determinado bem) pelo IPHAN em 1950 e com o golpe de 1964 e a ditadura militar ela
serviu como prisão para os opositores políticos, ocuoado pela GT que após 1975 virou a PM
e saiu da fortaleza.
OBS: a IPHAN em 2015 enviou à UNESCO a lista dos candidatos para se tornarem Patrimônio
Mundial e a fortaleze está nessa lista.
1797: tratado de Paris (1º) quando das vitórias francesas nas guerras napoleônicas a França
impôs a Portugal que a fronteira era o Rio Calçoene.

(1801 a 1900- XIX, séc. 19)

1801: Tratado de Badajoz adotava o Rio Araguari como fronteira e não o Rio Oiapoque, foi
assinado entre Portugal, Espanha e França que estavam coligadas (E e F), pôs fim à guerra
das laranjas e Portugal estava sob ameaça francesa.

1801: Tratado de Madri adotava o Rio Carapanatuba, ao sul do Araguari expandindo ainda
mais o território francês.
1802: Tratado de Amiens celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos
reconheciam a Fronteira no Rio Araguari, porém, Portugal não aderiu. Este acordo selou
provisoriamente a paz na Europa no contexto de guerras napoleônicas.

1808: Chegada da família real ao Brasil. O príncipe regente anulou esses tratados.

1809: como represália à ocupação de Portugal na Europa pelos franceses, os portugueses


invadiram a Guiana Francesa (nesse período a Guiana Francesa só era chamada de Caiena)
além de ser uma forma de fixar a fronteira no Rio Oiapoque novamente, tomaram Caiena que
foi governada durante oito anos de 1809 a 1817.

1815: Tratado de Paris (2º) termina a guerra entre a França e a Sexta Coligação, composta
por Reino Unido, Rússia, Áustria, Suécia e Prússia, ocorreu após a derrota de Napoleão. As
fronteiras francesas foram restauradas por esse tratado com as fronteiras de 1792, voltando
a ser o rio Oiapoque.

1815: No Congresso de Viena (com a derrota da França, eles tiveram que assinar diversos
tratados de paz) reconheceu-se a antiga demarcação do tratado de Utrecht.

1817: Na Convenção de Paris, após o congresso de Viena e a assinatura de tratados a Guiana


Francesa foi restituída aos franceses depois de ter sido governado pelos portugueses desde a
invasão de 1809, ratificando que o rio Oiapoque era a fronteira.

Brasil Império 1822-1889:

ACONTECIMENTOS: (1801 a 1900- XIX, séc. 19)


1822: Independência do 1821-1889: Foi criada a Província do Grão-Pará quando ocorre a
Brasil independência, nesse contexto existiam presidentes das colônias.
1822-1831: 1º Reinado
1833: Mazagão perde o status de vila (deixando de ter uma câmara de
(Dom Pedro I)
vereadores) e é anexada a Macapá, sob o nome de “Regeneração”. Causa:
1831-1840: Período No início do século XIX, as vilas de Macapá e Mazagão foram assoladas
Regencial (Governo de por epidemias de cólera e de malária, assim houve uma decadência
regentes) econômica na região mazaganense.

1840-1889: 2º Reinado 1835-1840: CABANAGEM- A província do Grão-Pará foi a ultima a aderir


(Dom Pedro II) à independência, por estar mais ligada a Lisboa do que ao Rio de Janeiro.
Na então província do Grão-Pará, as vilas de Macapá e Mazagão se
aliaram às forças legalistas contra o exército cabano, sofrendo
depredações e seus rebanhos dizimados. Em Macapá e Mazagão não
Cidade houve resistência por parte das elites quanto à independência, por isso
não aderiram a cabanagem. Os responsáveis pela proteção/defesa das
Vila vilas no amapá: FRANCISCO DE SIQUEIRA MONTERRO e MELO DA
Povoado SILVEIRA VASCONCELOS.
1835: com o pretexto de proteger sua colônia dos cabanos paraenses, o governo francês em
Caiena estabeleceu uma força militar francesa no Lago Amapá no território brasileiro.

1840: O governo francês evacua o forte do Lago Amapá para prosseguir com as negociações
da fronteira, mas não desativaram a fortificação do Oiapoque (forte Malouet).

1840: Criada a Colônia Militar Pedro II na margem direito do Rio Araguari (Ferreira Gomes)
para proteger das invasões francesas e impedir a fuga de negros escravizados, um ano
depois já estava quase abandonada, pois era um lugar isolado de difícil comunicação, com
estrutura precária, crises de abastecimentos, má administração dos diretores.

1841: Mazagão recobrou seu nome de origem e sua autonomia administrativa voltando a ser
vila.

1841-1900: Contestado Franco-Brasileiro.

1841: Contestado Franco-Brasileiro - França e Brasil concordam em neutralizar o território


entre o Rio Oiapoque e o Rio Araguari, no qual nenhum dos dois poderia exercer soberania
até uma solução jurídica definitiva. OBS: o primeiro tratado (1700) neutralizava a região
entre o rio Oiapoque e amazonas, nesse segundo acordo de neutralização é entre o rio
Oiapoque e Araguari.

1853: Lutas pela autonomia (separação do Pará)- Cândido Mendes, deputado da província
do maranhão, propõe a assembleia geral de separação/desmembramento do Amapá da
província do Pará por causa da grande extensão do território do Pará e o abandono das vilas
de Mazagão e Macapá pelas elites paraenses, sendo necessário criar uma nova província
chamada Oyapockia com a capital em Macapá com 02 senadores e 20 deputados. Não foi
aceito.

1856: A vila de Macapá foi elevada a categoria de cidade pela Lei nº 281 em 06 de setembro.

1870: Lutas pela autonomia (separação do Pará)- as vilas de Macapá e Mazagão fazem uma
representação à assembleia geral pedindo para que o projeto da Província de Oyapockia
fosse realizado. Não foi aceito.

1873: Lutas pela autonomia (separação do Pará)- Cândido Mendes agora como senador da
continuidade ao projeto de Oyapockia chamando-o de Província Pínsonia. Não foi aceito.

1886: a República do Cunani foi criada uma república francesa independente na região do
Cunani entre o Rio Caciporé e o Rio Calçoene. (República da Guiana Independente, República
do Cunani, Estado Livre de Cunani e Estado Independente da Guiana) não teve apoio nem da
França e nem do Brasil.
Na área do Contestado haviam núcleos populacionais (povoados de Amapá, Cassiporé e
Cunani), principalmente depois da descoberta de puro também Calçoene. O Cunani (sig.
Tucunaré) era um povoado que surgiu em 1777 como uma missão religiosa comandada por
padres a serviço da França que lá catequizavam os indígenas que fugiam dos portugueses,
mesmo com o fim da missão chegavam na região vários negros fugidos do Pará formando um
mocambo/quilombo. Já como líder/capitão do Cunani o ex- escravo Trajano foi convencido
pelo engenheiro Guigues francês a escrever uma carta à Caiena solicitando a criação de um
governo independente em Cunani por interesses econômicos de explorar a região, o
engenheiro Guigues foi à Paris buscar apoio financeiro e político para concretizar a ideia de
independência do contestado cuja capital seria Cunani, lá ele convenceu o geógrafo e literato
Jules Gros para ser presidente do novo governo. Em 1886, Gros e Trajano escreveram uma
carta de intenções que declarava a independência da região. Após a morte e destituição de
Gros quem assumiu a presidência foi Adolphe Brézet (1892-1894) que vivia no Brasil. Em
1892 ele teria proclamado a constituição de Cunani. Voltou a proclamar em 1901 uma nova
Repúbluca no “Estado Livre de Cunani” que vigorou até 1908. Teve como interesse o desejo
de loteá-lo e aluga-lo para capitalistas nacionais ou estrangeiros.

1887: O governo francês liquida esta república.

1888: Mazagão foi elevada a categoria de cidade pela Lei Provincial nº 1.334 (se refere ao
atual Mazagão velho).

1889: A província do Grão Pará se torna Estado.

Brasil República 1889-1930:

1893 ou 1894: Ocorreu a descoberta do ouro na região de Calçoene por dois irmãos
(Germano e Firmino), com a notícia do ouro há um crescimento demográfico (crescimento
populacional) formando um povoado chamado povoado de Calçoene. Como era uma região
do contestado não houve uma organização dos garimpos ou impedimento da atividade, mas
quem mais se beneficiou foi a França, pois o ouro ia para Caiena em primeiro momento. A
extração do ouro foi uma das maiores atividades econômicas do século XIX (séc. 19). A
povoação por causa do ouro teve um impacto negativo nos outros povoados (Cassiporé,
Cunani e Amapá) por eles se sentirem ameaçados pelos estrangeiros vindos para Calçoene e
outras localidades, nesse contexto os que se sentiram mais ameaçados foram os habitantes
do Povoado do Amapá (pois era formado em sua maioria por brasileiros), assim um grupo de
brasileiros tentaram resistir impedindo a entrada dos estrangeiros (sobretudo os franceses)
no contestado (A França soube disso e ficou muito insatisfeita), eles também criticavam
Trajano afirmando que ele estava incentivando a vinda dos estrangeiros, que perseguia
brasileiros e que até queimou/rasgado a bandeira do Brasil. O Brasil (Pará) mandou uma
comissão para investigar a situação liderada pelo Antônio Gonçalves Tocantins e Cônego
Domingos Maltês.

1894: eleito o primeiro Triunvirato governativo composto por Francisco Xavier de Veiga
Cabral “Cabralzinho”, Cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho.

1894: em dezembro foi criada a Vila do Amapá.


1894: O Triunvirato recebeu a missão de elaborar e aplicar leis que envolvessem todos os
assuntos de ordem econômica e social da região (vila do Amapá) elaboraram um decreto que
proibia estrangeiros de explorar ouro na região do contestado e permitia só a exploração
pelos brasileiros e vendidos não mais em caiena e sim no Pará.
Os franceses não ficaram inertes. Numa demonstração de prepotência, nomeiam para
governar Cunani um ex-escravo brasileiro (Trajano), como forma de neutralizar a reação
brasileira. Trajano como governador, passa a desrespeitar as decisões do Triunvirato,
perseguindo os mineiros brasileiros. Cabralzinho, autoridade máxima do Triunvirato
determina a prisão de Trajano, impondo-lhe severos castigos físicos. Imediatamente, o
governador de Caiena M. Charveim ordena uma expedição militar para libertar Trajano que
se encontrava preso na sede da administração (vila de Amapá) e fazer cessar a proibição da
entrada dos franceses no contestado.

1895: ocorreu a Intrusão Francesa no Amapá, culminando no contestado franco-brasileiro.


As tropas francesas comandadas pelo capitão Lunier invadiram o território brasileiro, sendo
repelida por Cabralzinho em 15 de maio 1895. Na versão brasileira, ao invadirem o Amapá
ocorreu um confronto entre as tropas brasileiras e francesas, como as tropas militares
brasileira estava em precárias condições acabou as munições e a tropa brasileira se
escondeu no mato, os franceses fizeram uma chacina na vila do Amapá e os jornais
brasileiros alegaram que Cabralzinho era um herói por ter defendido os interesses nacionais
e ter matado o capitão Lunier, agravando muito mais as relações entre França e Brasil.

1897: França e Brasil assinaram um tratado de arbitragem para que fosse decidida pela
Suíça ou confederação Helvética a questão do contestado.

1898: O Barão do Rio Branco foi encarregado de defender o Brasil no conselho federal suíço
(tribunal arbitral).

1899: Rio Branco entrega sua Memória apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à
confederação Suíça apresentou também o trabanho de Joaquim Caetano da Silva, o Oiapoque
e o Amazonas, de 1861 que continha estudos e 86 mapas sobre a área.

1900: O conselheiro federal coronel Eduard Müller em 1º de dezembro de 1900 deu vitória
ao Brasil por meio do LAUDO SUÍÇO/BERNA.

Era Vargas 1930-1945:

(1901 a 2000- XX, séc. 20)


ERA VARGAS: 3 FASES 1901-1907: a república francesa independente reaparece com o
Governo provisório nome de Estado Livre de Cunani.

1934: Governo 1901: a área do contestado é incorporada ao estado do Pará


Constitucional sendo chamado de ARICARY sendo criados dois municípios,
Amapá e Montenegro.
1937: Estado novo
1902 ou 1903: o Amapá é fundido a Montenegro.
1915: Mazagão muda sua sede para Mazaganópolis, onde se
encontra até hoje.

1920: Lutas pela autonomia (separação do Pará)- Os habitantes de Montenegro pedem ao


presidente da República Epitácio Pessoa para se separarem do Pará e serem administrados
diretamente pelo governo federal igual ao Acre.

1922-1927: Clevelândia do Oiapoque. (2022 ocorreu o centenário) Foi criada como uma
colônia agrícola, hoje é um distrito do município do Oiapoque, com o deslocamento
incentivado pelo governo federal de nordestinos (Ceará e Maranhão) para produzirem e
comercializarem. Foi criada para povoar a região da fronteira, garantir a posse e a presença
do Estado brasileiro, nacionalizar/abrasileirar a população que já existia na área por eles
estarem em mais contato com os franceses, proteger contra influências francesas e evitar o
comercio/contrabando de mercadorias com a Guiana Francesa, antes de ser colônia de
Clevelândia havia a Colônia militar de Oiapoque para garantir a proteção e a posse da região.

1924-1927: Vira uma Colônia Penal (prisão política), Clevelândia do Oiapoque era conhecido
como inferno verde por ser assolada por diversas epidemias, com condições precárias,
trabalhos forçados, falta de alimentação, assim se tornou essa Colônia Penal, a maioria dos
presos foram os Anarquistas a mando do Presidente do Brasil Arthur Bernardes, outros
eram os militares das revoltas tenentistas (18 do forte de Copacabana e revolta de São
Paulo), pequenos criminosos, mendigos etc. Após essa data Clevelândia é passada para
Administração Militar passando a ser uma unidade de fronteira e deixando de ser essa
Colônia penal.

1930: Montenegro volta a ser chamada de Amapá.

1934: O geólogo Josalfredo Borges em relatório ao Departamento de Produção Mineral


assinala a presença de manganês na região do Araguari.

1940: Macapá, Mazagão e Amapá somavam apenas 30 mil pessoas.

1941: O governo federal, no período da Segunda Guerra Mundial, autorizou a construção de


base militar na área do Amapá (atual município do Amapá) pelo exército americano, no
litoral amapaense foram afundados dois submarinos inimigos.

1943: TERRITÓRIO FEDERAL, em 13 de setembro de 1943 pelo decreto-lei nº 5.812 Vargas


transformou o Amapá em Território federal do Amapá (sem autonomia política e econômica,
visando a defesa nacional), sendo desmembrado do estado do Pará.

1943: Getúlio Vargas designou o capitão Janary Gentil Nunes para ser o primeiro governador
do Território.

1943: Manganês da Serra do Navio foi descoberto.

1944: Definiu oficialmente Macapá como capital do território federal e reconheceu a


existência de apenas três municípios (Amapá, Macapá e Mazagão)
República populista 1945-1964:

1945: A Base Aeronaval norte americana construída no Município de Amapá foi desativada

1945: Descoberta de Jazidas de manganês no alto do Rio Amapari, 190 km de Macapá.

1945: foi criado em 23 de maio o município do Oiapoque através da Lei nº 7.578 e instalado
em 01 de julho

1946: confirmação de Manganês de alto teor no Território Federal Amapaense.

1947: Assinado contrato de concessão de exploração para a empresa ICOMI ligada a


Bethlehem Steel Company.

1940-1950: por essa época teve a remoção da população negra do centro histórico para as
regiões periféricas (bairros Laguinho e Santa Rita antigo bairro favela)

1957: primeiro carregamento de minério feito (nesse contexto nasce a vila Serra do Navio e
Vila Amazonas atual Santana).

1956: em 22 de dezembro foi criado o município de Calçoene, nele se encontra o Stonehenge


do amapá (círculo de pedras antigo observatório indígena) no parque Arqueológico do
Solstício e a Praia do Goiabal banhada pelo Oceano Atlântico.

Ditadura Militar 1964-1985:

1967: Início do Projeto Jari com a produção de celulose e outros produtos às margens do Rio
Jari pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig (no Pará-Almeirim e no território f.
Amapaense- Mazagão “o vale do jari ainda pertencia ao município de mazagão”)

1976: Foi criada a AMCEL S.A Amapá Floresta e Celulose é uma empresa brasileira de
manejo florestal sustentável com o objetivo de reflorestar, processar e exportar cavacos de
eucalipto. Nos últimos anos a empresa também passou a produzir soja no Cerrado
amapaense.

1976: Desde dessa data que a CADAM S/A vem extraindo o Caulim ao longo do Rio Jari com
porto e fábrica na cidade de Munguba em frente ao município de Vitoria do Jari.

1981: em 06 de janeiro de 1981 ocorreu o naufrágio do Novo Amapá, fazia rota entre a vila
amazonas e monte dourado, tinha capacidade para 400 passageitos e meia tonelada de
carga, porém partiu com 600 passageiros e mais de uma tonelada de carga, resultando na
morte de mais de 300 passageiros.

1981: A Vila Amazonas (Santana) foi elevada a distrito de Macapá pela Lei nº 153/81-PMM,
oficialmente instalada 01 de janeiro de 1982.

Nova república 1985-hoje:


1987: em 17 de dezembro Santana, Ferreira Gomes, Laranjal do Jari e Tartarugalzinho foram
elevadas a categoria de município.

1988: Criado em 05 de outubro de 1988 o Estado do Amapá pela constituição federal de


1988.

1990: esgotamento das jazidas de manganês acarretando a interrupção permanente das


atividades.

1991: instalado o estado do Amapá.

1992: a vila serra do navio foi emancipada do município de ferreira gomes em 1 de maio e se
tornou o município de serra do navio, também foram criados os municípios de Pracuúba
antes pertencente ao município de Amapá; Itaubal que era antes distrito de Macapá; Cutias
que foi desmembrado do Município de Macapá; Pedra branca do Amapari e porto Grande.

1994: o município de Vitória do Jari foi emancipado de laranjal do Jari em 08 de setembro de


1994.

1992: em 08 de maio de 1992 entrou em vigor a Área de Livre comércio Macapá e Santana
(ALCMS) criada com o abjetivo de eliminar e reduzir taxas alfandegárias com benefícios
fiscais parecidos com os da Zona franca de Manaus para poder integrar a região ao restante
do país, a ALCMS foi oficialmente implantada em março de 1993.

2012: Foi descoberto Ouro em Pedra Branca e desde 2012 ela é explorada pela empresa
australiana Beadell Resources no Projeto Tucano Gold na Mina Tucano, a empresa também
tem o Projeto Tartaruga em menor escala no município de Tartarugalzinho.

2015: Foi sancionado a Zona Franca Verde (ZFV) que é um corredor econômico que permite
a instalação de indústrias para a fabricação de produtos com matéria-prima da
biodiversidade local – de origem animal, vegetal e mineral. O maior incentivo fiscal é a
isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com o fim de desenvolver
socioeconomicamente as áreas de ALCs.

EXPLORAÇÃO ECONÔMICA NO SÉCULO XIX (SÉC. 19)

 Exploração do Látex/borracha na metade do séc. XIX (1870), a Amazônia foi a maior


produtora de Látex do mundo. A principal força de trabalho eram os seringueiros
vindos do nordeste, sobretudo o Ceará.
o 1º ciclo 1870-1912: Segunda metade do Séc. XIX 19.
 Condições de trabalho: O sistema de trabalho que os Seringueiros estavam
inseridos se chamava de sistema de Aviação, era um sistema de exploração, no
qual os Seringalistas (patrões) “endividavam” os seringueiros por meio dos
barracões (lugar de comercialização) fazendo-os pagar por seus mantimentos,
estadias, instrumentos de trabalho, assim, eles não poderiam sair dessa relação de
trabalho. Sistema de Aviação explicado abaixo:

Casas Exportadoras (empresas maiores que pegavam o Látex e


exportavam)

Casas Aviadoras (empresas que emprestavam dinheiro aos


Seringalistas) em Belém e Manaus

Patrões

Seringueiros

 Belém e Manaus passam pela BELLE ÉPOQUE em decorrência da Exploração da


borracha, passando por um desenvolvimento urbanístico e mudanças
socioculturais, outras questões foi a questão do Acre cominando no tratado de
petrópoles. Fracasso de Fordlândia.
 Crise da Borracha:
Concorrência Inglesa: Mudas das árvores que derivavam o látex foram
contrabandeadas pelos ingleses e cultivadas nas suas colônias asiáticas (Cingapura
e Sirilanca) e começaram a vender a um preço mais barato e de qualidade melhor.
 No Amapá: Foi a principal atividade econômica do século em Macapá e
Mazagão (no vale do Jari que fazia parte do Mazagão, pegava parte de
Almeirim), só que era feito um extrativismo simples e em pequena
quantidade comparado com outras localidades. José Júlio de Andrade foi o
mais famoso Seringalista da região por explorar seus empregados.
o 2º ciclo 1939-1945 (no contexto da 2ª Guerra Mundial): Acordo de
Washington.
 Batalha da Borracha: Nordestinos foram chamados para “lutar” como
“Soldados da Borracha” contra o inimigo para a produção de matérias
primas (borracha) para os Aliados (EUA, França, Inglaterra).
 Exploração do Ouro em Calçoene (1893-1894)

EXPLORAÇÃO ECONÔMICA NO SÉCULO XX (SÉC. 20)

 Exploração envolvendo a mineração (ICOME e Projeto Jari)

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