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CAPÍTULO IV - FORMAÇÃO DA MARINHA IMPERIAL

BRASILEIRA
CONTEXTO: As guerras Napoleônicas ocorriam na Europa, e após a derrota da
francesa na Batalha de Tralfagar para a Marinha inglesa, Napoleão toma berlim e
inicia guerra econômica à Inglaterra, estabelecendo um bloqueio continental em
que os associados a França deveriam se abster de importar mercadorias inglesas.

Portugal, aliados dos ingleses, não aderiu ao bloqueio continental, o que levou
a invasão das tropas de Napoleão a Portugal, e assim D. João e toda a Família
Real se retirou para o Brasil.
A VINDA DA FAMÍLIA REAL
PRIMEIRO ATO DE POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO: Em 1808, ao chegar o
Brasil, na Bahia, D, João proclamada independência econômica do Brasil,
publicando carta régia, que abriu os portos brasileiros ao comércio
estrangeiro.
A CORTE NO RIO DE JANEIRO

Em 7 de Março de 1808, D. João e todo o aparato burocrático e administrativo da coroa


portuguesa foram transferidas para o Rio de Janeiro.

O desembarque da Brigada Real da Marinha, no Rio de Janeiro, é considerado o marco


zero da história dos Fuzileiros Navais.

AÇÕES POLÍTICAS DE D. JOÃO: Instalação do Ministério dos Negócios da Marinha e


Ultramar.

REPARTIÇÕES DO MINISTÉRIO DA MARINHA: Quartel-General da Armada; Intendência


e Contadoria; Arquivo Militar; Hospital da Marinha; Fábrica de Pólvora; e Conselho
Supremo Militar.

ACADEMIA REAL DE GUARDAS-MARINHA: Primeiro estabelecimento de ensino


superior do Brasil.

ARSENAL DA CORTE: Já existente no Rio de Janeiro, teve sua capacidade ampliada para
pode apoiar a recém chegada esquadra .

ATUAÇÃO DA MARINHA NA POLÍTICA EXTERNA DE D. JOÃO

Após a invasão das tropas napoleônicas, comandadas por Junot, a portugal, D. João, em maio de
1808, assina manifesto de guerra contra a França, anulando os tratados de Madrid e Badajós e
também o de Neutralidade, levando ao questionamento quando aos limites do Brasil e Guiana
Francesa.

TOMADA DE CAIENA: A corte ordena a ocupação militar do Rio Oiapoque. Designou


uma força naval com o objetivo de ocupar o território da Guiana francesa e submeter
Caiena.
A tomada de Caiena foi o primeiro ato consistente da política externa de D.
João realizada por Meio Militar, contando com forças navais brasileiras.
OCUPAÇÃO DA BANDA ORIENTAL: No processo de independência das Américas espanholas, a
banda oriental recusava-se a fazer parte das Províncias Unidas do Rio da Prata, um movimento
liderado por Buenos Aires.

José Gervásio Artigas: Tinha um plano de independência da Banda Oriental e invadiu


fronteiras Portenhas, ocasionando uma ação conjunta de Portugal e Buenos Aires contra
ele.

Emprego do Poder Naval: Bloqueio Fluvial do Rio Uruguai; Transporte de Tropas; Bloqueio
Naval de Montevideu; e Combate a corsários na colónia de sacramento.

Desfecho: Apesar de tenaz resistência, Artigas teve sua derrota final na Batalha de
Taquarembó em 1820. Em 1821, a banda oriental foi incorporada à coroa portuguesa,
fazendo parte do domínio do Brasil com o nome de Província da Cisplatina.

REVOLTA NATIVISTA (1817): Movimento separatista que eclodiu em


Pernambuco concomitante com a ocupação da Banda Oriental.

Foi enviado uma esquadrilha de 10 navios mercantes, com o objetivo de


bloquear o porto de Recife.

Uma divisão, Sob comando do Chefe-de-Esquadra Rodrigo José Ferreira


Lobo, composta por 3 navios, dois regimentos de cavalaria e dois de
infantaria seguiam por terra da Bahia.

O cerco por mar e terra fizeram os rebeldes abandonar a cidade, dando


fim ao movimento separatista.

GUERRA DA INDEPENDÊNCIA

CONTEXTO: Com o fim das guerras Napoleônicas, a burguesia, nobreza e elites que
permanecerem em Portugal, requisitavam a volta da família real a Lisboa, onde seria o legítimo
centro do poder português, chamada de Revolução Liberal do Porto, e queriam a restauração
do Pacto Colonial.

Entretanto, D. João permaneceu no Brasil e para isso elevou-o a Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, condição equivalente a Portugal.

ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE (CORTES): Ameaçavam


instaurar uma monarquia constituinte, o que provocou o retorno de D.
João a Portugal em 1821, deixando D. Pedro como príncipe regente.

Mesmo com o retorno do Rei, as Cortes queriam a restauração do


Pacto Colonial e reativar a subordinação do Brasil a Portugal.

Solicitaram o retorno de D. Pedro I à Lisboa.


DIA DO FICO (09 Jan de 1822): D. Pedro I declarou que permaneceria no
Brasil, apeasar da determinação das Cortes para que retornasse à Lisboa.

DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA: No dia 7 de Setembro de 1822, Dom


Pedro I rompe com Portugal e declara a Independência do Brasil.

Apenas as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo


atenderam de imediato a independência.

As províncias do Norte mantiveram-se sua ligação a Lisboa, devido a


proximidade geográfica e a presença majoritária de comerciantes
portugueses aderentes ao Pacto Colonial.

Salvador era a resistência mais forte à Independência, uma vez que as


guarnições militares portuguesas eram mais numerosas.

Na Cisplatina, houve divisão de tropas, que se dividiam entre a causa


da Independência e a manutenção da autoridade portuguesa.

O mar era uma via aberta para recebimento de reforços portugueses. Desse modo, deu-se
origem a Esquadra Brasileira (Marinha Imperial).

FORMAÇÃO DA ESQUADRA BRASILEIRA

Sua formação se deu em regime de urgência, aproveitando os navios deixados pelos portugueses
no porto do Rio de Janeiro.
Composta por Oficiais e Praças da Marinha portuguesa que aderiram a Independência; e
Experientes contratados da Marinha Inglesa, Lorde Thomas Cochrane.

OBJETIVOS
Manter a unidade territorial através do domínio do mar.
Transportar tropas leais e suprimentos as áreas de combate
Impedira chegada de reforços portugueses ao portos brasileiros, interceptando e combatendo
navios.
OPERAÇÕES NAVAIS DA MARINHA IMPERIAL

A esquadra brasileira comanda por Thomas Cochrane e capitaneada pela NAU Pedro I:

Partiu do RJ em 1823 com destino a Bahia, para realizar Bloqueio Naval de Salvador e dar
combate as forças navais portuguesas.
Colocou Salvador sob Bloqueio Naval, capturando navios de abastecimento
portugueses.
FRAGATA NITERÓI: Comanda por John Taylo,
apresou e atacou, até a foz do Rio Tejo, vários
navios portugueses que abandonaram a cidade de
Salvador após bloqueio de Cochrane.
EXPULSÃO DOS PORTUGUESES DO MARANHÃO

Thomas Cochrane usou a esquadra brasileira para persuadir a Junta


Governativa que se mantia fiel a Lisboa.

Esse ato incluía, utilizando a Nau Pedro I como ponta de lança, uma
ameaça de que uma força naval transportava um volumoso exército
nacional que tomaria São Luís.

Não passava de um blefe para levar a deposição da Junta Governativa,


que ocorreu em 27 de Julho de 1823.

ATUAÇÃO NO GRÃO-PARÁ

O Brigue Maranhão, comandado por John Pascoe Grenfell, utilizou a


mesma estratégia que Cochrane usou no Maranhão.

O emprego da marinha de guerra no Grão-Pará tinha sentido


apaziguador, diplomático ou ordem através da força.

ATUAÇÃO NA CISPLATINA

A Força Naval comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Pedro Antonio


Nunes, atuou de forma semelhante as operações na Bahia, realizando
bloqueio naval conjugado com cerco de terra a cidade de Montevideu.

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

Revolta separatista que eclodiu em Pernambuco em 1824 após a dissolução da assembleia


constituinte em 1823, e colocou em risco a integridade da unidade territorial do Brasil. Esta
revolta agregou os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Envio de uma Força Naval comanda por Cochrane, que transportava a


Terceira Brigada do Exército Imperial (1500 Homens), comanda pelo
Brigadeiro Francisco Lima da Silva.

A ação conjunta da Marinha e Exército, instituiu bloqueio naval de


Recife, derrotando os rebeldes em 18 de Setembro de 1824.

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