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2.

ª Guerra Mundial
Escola de Sargentos do
Exército

Ao serviço de Portugal e dos Portugueses


História Militar
História Militar do séc. XX
2ª Guerra Mundial
A posição de Portugal no conflito.

COR CAV Amado Rodrigues


Professor de História Militar
2.ª Guerra Mundial
Escola de Sargentos do
Exército

Agenda:

• 2ª Guerra Mundial

• A Posição de Portugal no Conflito

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Ao serviço de Portugal e dos Portugueses
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3.1 Antecedentes
3.2 Causas diretas e indiretas
3.2.1 Pactos e Alianças nas vésperas da Guerra.
3.2.2 Desenvolvimento e mundialização da guerra.
3.2.2.1 A frente Ocidental
3.2.2.2 A Frente Leste
3.2.2.3 Pacífico
3.2.3 A Vitória Aliada

3.3 Posição de Portugal durante a II Guerra Mundial


3.3.1 A Neutralidade Colaborante
3.3.2 A importância Geoestratégica da Macaronésia Portuguesa
3.3.2.1 O caso particular dos Açores.

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Antecedentes

• Condições do Tratado de Versalhes após a Grande Guerra à Alemanha e aliados:

• Restituição da Alsácia e da Lorena à França.

• Devolução dos territórios ocupados.

• Pagamento de pesadas indeminizações aos vencedores.

• Obrigação da desmilitarização da Alemanha.

• Crise financeira de 1929 foi muito dura para população alemã:


•Taxas alfandegárias
•Barreiras aduaneiras
•Controlo dos câmbios
•Nacionalismo económico

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Antecedentes

• Totalitarismo
• Devido à crise económica social e politica na Europa vários países seguiram
regimes totalitaristas como solução para a crise.

• Itália- Mussolini
• Alemanha- Hitler
• Espanha- Franco
• Portugal- Salazar

• Este tipo de regimes baseados na máxima “ Tudo para a Nação, nada


contra a Nação”, leva a posições de desrespeito e violência sobre outros
estados.

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Antecedentes

• Rivalidade Económica.
• Alemanha tentou, através do “dumping”,
rivalizar com a Inglaterra e a França.
• Crispação das relações entre estados.

• Rearmamento
• Com a chegada de Hitler ao poder na
Alemanha em 1933, este rompe com o
tratado de Versalhes, rearma o país, cria
um novo exército (Wehrmacht), uma
força aérea, (Luftwaffe), e uma armada
(Kriegsmarine), declara o SMO e
aumenta o orçamento da defesa.

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Antecedentes

• Expansionismo.
• Após rearmar a Alemanha, Hitler lança-se numa política imperialista de
ocupação de espaço vital perante a passividade dos aliados
• 1935 – Ocupação da região do Sarre
• 1936 – Militarização da região da Renânia
• 1938 – Ocupação da Áustria
• 1938 – Hitler apoia a autonomia dos alemães dos Sudetas e invade a
Checoslováquia

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Antecedentes

• 1938 – Cimeira de Munique


• 1939 – Em 1 de Setembro de 1939, invasão da Polónia sem
declaração de guerra pela Alemanha e acordada com os Russos no
pacto Molotov- Ribbentrop, em agosto.

Cimeira de Munique. Invasão da Polónia em 01 de setembro de 1939

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Frente Ocidental
Após o ataque da Wehrmacht à Polónia e a derrota deste país em menos de um
mês e a sua divisão entre soviéticos e alemães, a guerra que se seguiu
caracterizou-se mais uma vez, por um lado, pela inação dos aliados e por outro,
pela estratégia e velocidade do avanço da Alemanha sobre os países da Europa
Ocidental, numa ação que ficou conhecida pela guerra relâmpago ou blitzkrieg,
assente em divisões blindadas ou panzer e numa força aérea que apoiava o
avanço terrestre.

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Frente Ocidental
Numa sequência muito rápida de
ataques, aniquilou e submeteu vários
países. Em abril de 1940, além da Polónia
a Dinamarca e a Noruega eram
conquistadas diante de uma Inglaterra
sem capacidade anímica e bélica para
contrariar Hitler, com a agravante de logo
em maio, ter entrado na Holanda e na
Bélgica sem oposição.

Aproveitando a inércia da Inglaterra e da


própria França, este país é invadido e
ocupado, tendo Pétain, assinado em
nome do governo o armistício em junho
de 1940.
Zonas Ocupadas pelas forças Nazis, Rússia e Países Aliados não
Ao serviço de Portugal e dos Portugueses Ocupados em 1942.
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Norte de África

Saindo do teatro de guerra europeu, o conflito estende-se ao


Norte de África, onde o Afrika Korps do General Rommel, mais
uma vez vem obter êxito diante dos ingleses na Líbia, em abril de
1942.

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Frente Leste
Perante as tentativas infrutíferas de
Hitler conquistar a Inglaterra e o avanço
soviético sobre os estados do báltico,
Estónia, Letónia e Lituânia, que faziam
perigar os planos expansionistas da
Alemanha, decidem inverter o rumo das
ações e lançarem-se em conquistas para
Leste.

Os Alemães invadem a URSS com cerca


de 200 divisões (3 exércitos) enfrentando
um exército tecnologicamente mais fraco,
mas que beneficiou de um aliado de peso
que impediu a conquista de Estalinegrado:
O inverno.

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Avanço do III Reich

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Desenvolvimento e Mundialização da Guerra

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Desenvolvimento e Mundialização da Guerra
Pacífico.
O Japão que se tinha coligado com as forças
da aliança do Eixo, era o principal aliado
alemão na Ásia e no Pacífico onde atacou e
conquistou as possessões Inglesas, Francesas
e Holandesas nestes territórios.

Pressionando as Filipinas, onde os Estados


Unidos da América tinham bases navais,
decidem-se os japoneses por um ataque
aéreo ao Hawai onde bombardeiam a frota
americana fundeada no porto de Pearl
Harbor, em 7 de dezembro de 1941, levando
os Estados Unidos a declarar guerra ao Japão
e a entrar na Guerra Mundial.
Bombardeamento Japonês a Pearl Harbor, Havaí, em 7 de Dezembro de 1941.

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A Vitória Aliada da Guerra

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A vitória Aliada

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A Vitória Aliada da Guerra
A vitória Aliada Frente Leste Com a entrada dos EUA no conflito, tornou-se possível
a criação de uma força multinacional ofensiva aos
países do Eixo.

Entre os anos de 1942-43, a guerra entrou num


período de equilíbrio de forças devido à dispersão das
forças do III Reich, obrigado a combater em várias
frentes.

O ataque alemão a Estalinegrado manteve-se durante o


inverno de 1942-43, com grandes baixas de parte a
parte, tendo finalizado com a rendição em fevereiro de
43 do Marechal Von Paulus frente ao exército soviético
comandado pelo general Vassili Cuikov.

Esta vitória sobre os Alemães, vai provocar uma


reviravolta na guerra, com o Exército Vermelho, a
partir de 1944 a avançar por toda a parte em direção a
Ao serviço de Portugal e dos Portugueses Berlim.
2.ª Guerra Mundial
Escola de Sargentos do
Exército As ofensivas aliadas contra a Alemanha começaram, de uma
A vitória Aliada Norte de África forma concertada e em todas as frentes, na primavera de
1944, pressionando ao máximo as forças do Eixo de forma a
desgastá-las e a quebrar o ímpeto, preparando um
desembarque na Europa, que veio a acontecer em 06 de
junho de 1944, no célebre” Dia D”.

O palco inicial da ofensiva aliada na Europa foi o Mediterrâneo, após a


derrota do Afrika Korps, pelos britânicos de Montgomery em maio de
1943. Partindo do Norte de África estabeleceram uma ponte através da
Sicília, com o objetivo de libertar a Itália que tinha deposto o Duce,
Mussolini.
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A Vitória Aliada da Guerra
A vitória Aliada Europa

No Norte de Europa, fechando o cerco a sul e a leste,


em 6 de junho de 1944, deu-se o desembarque na
Normandia das forças aliadas, composto por 100 mil
homens comandados por Eisenhower.

Em 15 de Agosto, na Região da Provença, em França,


os aliados vão fazer um segundo desembarque, que
permitiu a libertação da França e da Bélgica.

Em dezembro de 1944, os alemães ensaiam uma


resposta na contra ofensiva das Ardenas, que tinha
como objetivo separar as forças Britânicas e
Americanas, cercando-as e, posteriormente, obrigar os
aliados a um acordo de paz separado dos Soviéticos,
para concentrar o que restava dos exércitos alemães
na frente Leste.
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A Vitória Aliada da Guerra
A vitória Aliada Ásia Pacífico.
Pressionado a Leste pelo Exército Vermelho Soviético, a Ocidente, a
sul e a norte pelos Aliados, que fechavam a tenaz sobre a Alemanha,
Hitler suicida-se em Berlim e a Alemanha rende-se sem quaisquer
condições no início de maio de 1945.

No entanto, no oriente a guerra vai prosseguir contra o Japão,


atacado por mar e ar pelos americanos, e por terra, na Manchúria,
pelo Exército Vermelho.

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A Vitória Aliada da Guerra
A vitória Aliada Ásia-Pacífico.
Após o bombardeamento de Pearl Harbor em
7 de dezembro de 1941, e a consequente
entrada dos Estados Unidos na conflito, o
rumo da guerra no Pacífico veio sofrer um
“volte-face” na Batalha Naval de Mydway, em
junho de 1942, quando os Americanos,
comandados pelo General Mac Arthur,
afundam quatro porta-aviões japoneses,
retirando-lhes a capacidade ofensiva naval e
aérea.

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A Vitória Aliada da Guerra
A vitória Aliada Ásia-Pacífico.

Perante a resistência japonesa o presidente dos EUA,


Henry Truman, ordenou a utilização do poder
atómico, lançando duas bombas, uma sobre a cidade
de Hiroxima em 6 de agosto de 1945 e a outra sobre
Nagasáqui três dias depois.
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A Vitória Aliada da Guerra

A rendição Japonesa perante a devastação, foi a assinada em 2 de setembro de 1945.


Tinha Terminado a Segunda Guerra Mundial.

Alfred Jodl assina a rendição da Alemanha, em 7 de maio de 1945 Representante do Imperador Hiroito assina a rendição do Japão em 2
de Setembro de 1945
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3.4.3. Posição geopolítica de Portugal durante a II Guerra Mundial

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3.4.3. Posição geopolítica de Portugal durante a II Guerra Mundial

Desfile Corpo Expedicionário nos Açores.

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3.4.3. Posição geopolítica de Portugal durante a II Guerra Mundial

• Regime salazarista do estado Novo.


• Neutralidade Colaborante.
• Pacto Ibérico março de 1939.
• Tratado Luso-Britânico em agosto de 1939.
• Operação Félix e Pacto Ibérico Adicional
• Planeamento retirada para os Açores 1940.
• Invasão de Timor pelo Japão 1941
• Acordo das Lajes com Britânicos de 1943 a 1944
• Cedência das Lajes aos EUA desde 1944

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3.4.3. Posição geopolítica de Portugal durante a II Guerra Mundial

No decorrer da II guerra Mundial, 400 militares australianos (e holandeses) foram


enviados para a ilha de Timor com o intuito de evitar a invasão japonesa, que julgavam
iminente.

Os japoneses temeram que o território se tornasse em breve uma base militar avançada e
em fevereiro de 1942, enviaram uma força invasora composta por cerca de 20.000
soldados.

Em fevereiro de 1943, os soldados australianos e holandeses abandonaram a ilha depois


de terem infligido cerca de 1.000 a 1.500 baixas na força militar japonesa. Alguns
timorenses continuaram a resistir, mas foram rapidamente derrotados.

A sua curta resistência levou à retaliação pela força militar japonesa, o que conjuntamente
com os raides aéreos aliados implicou que quando Tóquio se rendeu, em agosto de 1945,
cerca de 40.000 timorenses e portugueses tivessem morrido.
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Membros Fundadores da OTAN 1949

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