Disponibilizado a 04/03/2023
Imperialismo O Mapa Cor-de-Rosa e o Ultimato Inglês
↪ Política de expansão e domínio territorial,
cultural e económico de uma nação sobre
outra ou sobre uma ou várias regiões.
Países Dominantes Países Dominados
↪ França ↪ China
↪ Inglaterra ↪ Austrália
↪ Alemanha ↪ África
↪ EUA ↪ Índia
↪ Holanda ↪ Canadá
↪ Japão ↪ Indonésia
Colonialismo
↪ Política caracterizada pelo exercício do
controlo ou autoridade sobre um território
ocupado e administrado por um grupo de
indivíduos com poder militar ou por
representantes de um país ao qual esse
território não pertence.
Supremacia europeia – Domínios
Coloniais
↪ Económicos – as colónias forneciam
matérias-primas mais baratas e eram
consumidoras dos excedentes industriais;
↪ Político e militar – os espaços coloniais
representavam a afirmação de várias
potências europeias;
↪ Técnico e científico – visível nas
invenções e descobertas que aconteceram
durante o séc. XX;
↪ Ideológico e cultural – os colonizadores
europeus, consideravam-se superiores em
relação aos povos submetidos (racismo),
procurando impor a religião, a língua, as
formas de vida e de administração aos
povos denominados.
Conferência de Berlim (1884–1885)
↪ Realizada para resolver a questão da
partilha de África, onde apenas os países
que tivessem meios para ocupar os
territórios poderiam ter colónias.
↪ Na Conferência de Berlim, Portugal deu a
conhecer a sua pretensão de unir Angola e
Moçambique, que ficou conhecido como
mapa cor-de-rosa. Já Inglaterra tinha
interesse em ligar o Cairo ao Cabo. Em
1890, Inglaterra fez um ultimato ao Governo
português, exigindo a retirada das tropas
portuguesas do território entre Angola e
Moçambique. Portugal acabou por ceder,
fragilizando a sua posição em África e
acentuando a crise política que se vivia no
país.
Antecedentes da 1ª Guerra Mundial:
↪ Concorrência económica: Entre
Inglaterra, França e Alemanha, pela posse
de áreas ricas em matérias-primas e dos
mercados.
↪ Tensões nacionalistas: engradeciam-se
os valores e os feitos históricos de cada
nação fomentando o ódio contra as nações
rivais.
↪ Disputas políticas: a França desejava
que a Alemanha lhe restituísse a Alsácia e a
Lorena; a Polónia e a Finlândia queriam ser
autónomas; a região das Balcãs desejava
libertar-se do Império Austro-Húngaro; Itália
pretendia ocupar territórios que se
encontravam na posse do Império Austro-
Húngaro e que considerava seus.
A política de Alianças
↪ Triple Aliança (1882) – Alemanha, Império
Austro-Húngaro e Itália (1915)
↪ Triple Entente (1907) – França, Inglaterra
e Rússia
O Início da 1ª Guerra Mundial
↪ Assassinato do Arquiduque Francisco
Fernando levou a Áustria-Hungria a declarar
guerra à Sérvia.
↪ A Rússia mobilizou as suas tropas em
apoio da Sérvia, uma vez que era sua
aliada.
↪ A Alemanha, membro da Triple Aliança,
declarou guerra à Rússia e à França.
↪ A Alemanha invadiu a Bélgica para
alcançar o domínio sobre a França.
↪ A Grã-Bretanha e a França declararam
guerra à Alemanha.
Crescimento económico dos EUA
↪ Taylorismo – Trabalho em cadeia (num só
local, não se desloca)
↪ Fordismo – sistema de racionalização do
trabalho

O sistema de alianças entrou em

funcionamento. A Revolução Soviética

↪ A Rússia era governada pelo Czar

Nicolau II que exercia o poder em regime
As fases da 1ª Guerra Mundial: absoluto:

↪ Guerra de Movimentos (1914) – vários • Ponto de vista económico:

avanços e recuos, (superioridade alemã). ↪ a agricultura era a atividade
principal, apesar da reduzida
↪ Guerra de Trincheiras (1914–1917) – produtividade;
soldados de ambas as partes viveram em ↪ indústria pouco desenvolvida e
trincheiras, em ziguezague.
concentrada em algumas cidades.
↪ Guerra de Movimentos (1917–1918) – • Ponto de vista social:
com a retirada da Rússia e a entrada dos ↪ sociedade hierarquizada e
EUA, a guerra tomou um novo rumo e marcada pelas grandes
conduziu ao armístico de 11 de novembro desigualdades
de 1918, com a vitória dos Aliados (Triple ↪ 85% da população era
Entente). camponesa
↪ os operários eram uma minoria
↪ a burguesia encontrava-se
fragilizada e com pouco poder
Armamento utilizado na 1ª Guerra
Mundial:
↪ Tanques de Guerra
Consequências da participação russa na
↪ Gás venenoso
guerra
↪ Lança chamas
↪ Metralhadora ↪ elevado nº de
mortos
↪ Avião Aumento do ruído
↪ falta de
↪ Trincheiras de contestação do
alimento
↪ Canhão de Longo Alcance Czar Nicolau II
↪ derrotas
↪ Espingarda
sofridas pela tropa
↪ Submarinos

Transformações económicas do após- Revolução de Fevereiro

guerra
↪ A Europa registou baixos níveis de
produção agrícola e industrial. Já o Japão e
EUA assinalavam um crescimento visível no
ganho de novos mercados. As moedas
europeias desvalorizaram em relação ao
dólar.
↪ Aumento da inflação
↪ Fim da supremacia europeia e a
ascensão dominante dos EUA como
primeira potência mundial.
↪ Em fevereiro de 1917, a cidade de
Petrogrado fervilhava em agitação social
que exigia o fim do czarismo e da guerra.
Entre 22 e 28 de fevereiro de 1917, surgiram
grandiosas manifestações de operários que,
reunidos em sovietes (assembleias
populares de operários e camponeses),
incitavam à mudança. A burguesia e o
operariado moviam-se para levar a cabo
uma revolução que veio a acontecer a 27 de
fevereiro – revolução burguesa. Dias
depois, o Czar Nicolau II foi forçado a
abdicar e formou-se um regime provisório
apoiado por liberais e socialistas
moderados. Foi o fim do czarismo e o início
da República na Rússia.
Medidas que o governo provisório
(dirigido por Lvov e posteriormente por
Kelensky) tomou para instaurar uma
democracia parlamentar:
↪ liberdade de imprensa e de reunião
↪ direito à greve
↪ preparação de uma Constituição
↪ aplicação do sufrágio universal por voto
direto e secreto
↪ abolição de todas as desigualdades
baseadas na origem social, regional ou
nacional
Revolução de Outono (1917)
↪ Causas:
• Permanência na guerra –
agravamento do custo de vida
• Fome e desemprego – agitação
social
↪ Consequências:
• Desagradou grande parte da
população que se manifestava nas
ruas com o apoio dos sovietes
• Agitação das massas, fomentando
pelos sovietes de S. Petersburgo
↪ Esta política deu frutos e, em outubro de
1917, uma nova revolução pôs fim ao
governo provisório liderado por Kelensky e
iniciou a revolução socialista – revolução de
outubro
↪ Esta revolução foi criada pelos
bolcheviques que se opuseram à
Democracia Parlamentar instaurada pelo
governo provisório, iniciando a distribuição
de propaganda onde defendia medidas mais
radicais.
↪ Lenine assumiu a liderança da Revolução
de Outubro e entregou o poder ao Conselho
dos Comissários do Povo.
Medidas tomadas pelo novo governo:
↪ Estabelecer paz com a Alemanha
(através do tratado de Brest-Litovsky, em
1917)
↪ Propriedade privada abolida. Os bens
foram confiscados passando para o controlo
do Estado.
↪ O governo bolchevique tinha como
objetivo implantar a Ditadura do
Proletariado. Para isso, tentou “varrer” todos
os opositores.
A Guerra Civil
↪ O fim da propriedade privada e a
transferência para o controlo do Estado
provocou descontentamento nos grupos
sociais privilegiados, conduzindo à Guerra
Civil (1918–1920), que opôs os brancos,
partidários do anterior regime
(mencheviques) aos vermelhos
(bolcheviques), defensores da revolução
socialista.
↪ Lenine levou ao extremo as suas
posições e adotou o “comunismo de guerra”:
• Proibição dos partidos políticos à
exceção do Partido Bolchevique
• Censura
• Aumento da ação repressiva da
polícia política
• Perseguição dos adversários
• Requisição obrigatória de produtos
agrícolas
↪ A Guerra arruinou o país e constituiu um
dos episódios mais dramáticos da revolução
russa. A fome, o frio e as doenças foram
responsáveis pela morte de 10 milhões de
pessoas. Quando terminou, em 1920, com a
vitória dos bolcheviques e do Exército
Vermelho, a Rússia era um país devastado.
Nova Política Económica (NPE) (1921)
↪ Face ao clima de descontentamento e de
agitação social, Lenine resolveu retomar
algumas medidas de carácter capitalista: a
Nova Política Económica.
↪ Alguma das medidas tomadas:
• Permissão para a existência de
pequenas unidades privadas de
produção
• Entrada de técnicas e capitais
estrangeiros
• Alguma liberdade de comércio
Estas medidas levaram ao
crescimento da economia
Construção da URSS
↪ Lenine promoveu a criação da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
com o objetivo de seduzir estes povos para
a ideologia bolchevique. A Constituição,
aprovada em 1924, reconhecia a autonomia
e o respeito pela diversidade das
identidades regionais.
↪ A Revolução Bolchevique teve um grande
impacto na sociedade da época e os
sentimentos e reações que suscitou foram
opostos. Foram várias as manifestações de
apoio e as tentativas de implementação de
formas de governo inspiradas no
bolchevismo, em países como Alemanha,
Hungria, Itália, Austrália.
Belle Époque
↪ Período de prosperidade, entre a última
década do século XIX (1890) e o início da 1ª
Guerra Mundial (1914), que se caracterizou
pela vida de luxo e de ostentação da média
e da alta burguesias.
Modo de vida da média e da alta
burguesias no início do século XX
↪ No início do século XX, novos hábitos de
lazer foram-se instalando entre a burguesia:
• Idas à praia
• Idas a recintos desportivos
• Idas aos cabarés
• Idas ao teatro
• Viagens de lazer
Como as condições de vida do
operariado impulsionaram o movimento
sindical
↪ As difíceis condições de trabalho e as
péssimas condições de vida dos operários
conduziram ao desenvolvimento do
movimento sindical. Os sindicatos e as
crescentes preocupações sociais por parte
dos governos contribuíram para a
publicação de uma legislação protetora dos
operários.
↪ Este movimento fez agravar a oposição
entre os patrões e os trabalhadores.
Peso crescente das classes médias – o
que contribuiu
↪ O desenvolvimento do setor terciário
possibilitou o crescimento das classes
médias, constituídas pela pequena e média
burguesias. Delas faziam parte médicos,
advogados, engenheiros,
professores, funcionários, pequenos
industriais e comerciantes. Caracterizavam-
se por um nível de instrução e de cultura
elevados, o que lhes permitia influenciar os
governantes.
↪ As classes médias tinham cada vez mais
acesso a jornais e revistas o que contribuiu
para que começassem a representar a
opinião pública.
Loucos Anos 20
↪ Após a 1ª Guerra Mundial, a sociedade
europeia dos anos 20 do século XX alterou
a sua maneira de pensar e de viver. Grande
parte da população, sobretudo nas grandes
cidades, procurou viver avidamente a vida,
retirando dela o máximo prazer. Esta fúria
de viver ficou também conhecida por roaring
twenties.
↪ Os “loucos anos 20” permitiram a
afirmação do jazz e de novos estilos de
dança: o charleston, o foxtrot e o tango.
↪ Nos anos 20 do século XX, a sociedade
dos EUA e da Europa foi influenciada por
novos estilos de moda, quer no vestuário,
quer nos penteados e acessórios. As
mulheres passaram a usar vestidos curtos e
cabelo à garçonne, enquanto o traje
masculino, pelo uso de casacos mais curtos.
O vestuário desportivo popularizou-se.
Emancipação feminina no início do
século XX
↪ No início do século XX, as mulheres:
• adquiriram uma nova condição
• substituíram os homens nos seus
postos de trabalho (durante a
guerra)
• começaram a reivindicar o direito ao
voto e a igualdade de direitos em
 relação aos homens, com o apoio
dos movimentos feministas
• começaram a praticar desporto.
Cultura de massas
↪ Grande parte da população das cidades
passou a ter acesso às notícias, música e
publicidade através da rádio e a assistir a
espetáculos que pretendiam satisfazer os
gostos do grande público.
↪ cafés – locais propícios à troca de ideias
e à formação de opinião.
↪ No início do século XX, a cultura de
massas procurava ir de encontro aos gostos
e aspirações da população em geral,
opondo-se à cultura de elite, apenas
acessível a grupos restritos.
Como os meios de comunicação
contribuíram para a emergência de
cultura de massas
↪ Livros, cinema, banda desenhada,
imprensa escrita e rádio foram meios de
comunicação de grande divulgação que
veicularam a cultura de massas nos anos 20
do século XX.
Como a publicidade contribuiu para o
surgimento de novos hábitos na
população
↪ A publicidade, conduzida em cartazes nas
ruas ou através dos meios de comunicação
de grande divulgação, estimulou o consumo
de bens em vastas camadas da população.
Monarquia
↪ Governo em que um monarca exerce a
função de chefe de Estado e mantém-se em
tal cargo até à sua morte ou abdicação.
República
↪ Regime político em que o chefe de Estado
é eleito pelos cidadãos ou pelos seus
representantes, tendo a sua chefia uma
duração limitada por lei.
Ditadura Militar
↪ Forma de governo autoritário onde o
poder político é efetivamente controlado
por militares.
Crise da Monarquia
↪ Nos finais do século XIX, Portugal
continuava a ser um país agrícola e com
baixa produção. Também a indústria,
apesar do esforço feito pelos governos da
Regeneração, encontrava-se pouco
desenvolvida comparativamente aos países
industrializados, continuando as
importações a aumentar em relação às
exportações, mantendo a balança comercial
deficitária.
↪ Na década de 1890, uma grave crise
económica afetou a Europa e atingiu
Portugal com intensidade, levando alguns
bancos e empresas à falência e até o
Estado, que entrou em bancarrota em 1892.
↪ Estas dificuldades económicas originaram
um crescente descontentamento social:
• As classes médias, constituídas
pela pequena e média burguesias,
confrontavam-se com o aumento
dos impostos, a inflação e a ameaça
do desemprego, pois as pequenas e
médias empresas em que
trabalhavam enfrentavam graves
dificuldades;
• O operariado debatia-se com
problemas semelhantes, aos quais
se juntavam os baixos salários
recebidos e, por vezes, as catorze
ou mais horas de trabalho diário.
↪ Economia portuguesa nos finais do século
XIX/inícios do século XX:
• Balança comercial deficitária;
• Dependência em relação ao
estrangeiro: acumulação de dívidas;
• Aumento dos impostos;
• País predominantemente agrícola e
com baixa produção;
 • Crise económica – Estado entrou
em bancarrota em 1892.
↪ Os governos monárquicos começaram a
ser alvo de contestação, nomeadamente na
imprensa escrita, através de caricaturas.
↪ O Ultimato Inglês:
• No início do século XX, o ultimato
inglês (1890) e as suas
consequências para Portugal ainda
eram criticados na imprensa.
Continuava visível o sentimento de
revolta e de humilhação que muitos
portugueses sentiam relativamente
a Inglaterra.
Crescimento do Partido Republicano
↪ Graças
• a sucessivas manifestações e
comícios
• à publicação de jornais e
propaganda
• à ação de clubes políticos e, por
outro lado, às crescentes
dificuldades do regime monárquico,
o partido republicano cresceu
sucessivamente desde a sua fundação
(1876).
31 de Janeiro de 1891
↪ Na cidade do Porto, os defensores
republicanos (regime onde o chefe da
Nação é o Presidente da República)
tentaram derrubar a monarquia e
implementar a república. Este episódio foi
facilmente controlado, contudo dava claros
sinais das movimentações do
republicanismo.
Ditadura de João Franco
↪ Em 1907, com o apoio do rei D. Carlos e
as críticas aos elevados gastos da família
real foram fatores que contribuíram para o
agravamento do descrédito da Monarquia
Constitucional.
Regicídio
↪ A 1 de Fevereiro de 1908, deu-se o
regicídio: O rei D. Carlos e o príncipe
herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados
no Terreiro do Paço em Lisboa. D Manuel II
assumiu o trono, aos seus 18 anos, mas não
conseguiu evitar a queda da Monarquia.
Fim da Monarquia
↪ A 5 de outubro de 1910, Machado dos
Santos, e outros, triunfaram uma revolução.
↪ Decididos a pôr fim à Monarquia,
contaram com o apoio de militares de baixa
patente e civis armados que participaram de
forma decisiva.
↪ A base social de apoio da República era
constituída por membros da pequena e
média burguesias e largos setores do
operariado.
↪ Os apoiantes da monarquia não se
opuseram, deixando o novo regime
implementar-se sem oposição.
↪ Na varanda da Câmara Municipal de
Lisboa, na manhã de 5 de outubro de 1910,
José Relvas anuncia a implementação da
república.
1ª República (1910–1914)
↪ Implantada a República, foi formado um
Governo Provisório chefiado por Teófilo
Braga que dirigiu o País até à aprovação da
Constituição Republicana, a 21 de agosto de
1911.
↪ A Constituição de 1911, defendia a
separação de poderes e a existência de
duas Câmaras representativas da Nação.
Contudo, a Constituição estabelecia o
sistema de democracia parlamentar, com a
predominação do poder legislativo, exercido
pelas duas Câmaras, sobre o poder
executivo.
↪ Para marcar a diferença em relação à
monarquia, adotou-se uma nova bandeira,
um novo hino nacional (A Portuguesa) e
uma nova moeda, o escudo.
Realizações da 1ª República
↪ Legislação social
• Leis da Família, que garantiam a
igualdade de direitos entre homem
e mulher no casamento
• Lei da Greve, que autorizava e
regulava o direito à greve, proteção
na doença e na velhice e redução
do horário semanal de trabalho
↪ Medidas educativas
• estabelecimento da escolaridade
obrigatória entre os 7 e os 10 anos;
• combate ao analfabetismo, criação
de jardins-escola;
• escola primárias e das
Universidades do Porto e de Lisboa;
• reforma do ensino técnico;
↪ Laicização do Estado
• Lei da Separação da Igreja do
Estado
• expulsão das ordens religiosas e
nacionalização dos seus bens
estabelecimento do ensino laico nas
escolas;
• legalização do divórcio e ↪ Perante um clima de instabilidade política
obrigatoriedade do registo civil;
• reconhecimento do casamento civil
como único válido.
↪ Medidas financeiras
• sucessivas tentativas de equilíbrio
das contas públicas, com êxito
apenas em 1913, durante o governo
de Afonso Costa.
Principais dificuldades da ação
governativa
↪ elevadas expectativas, o povo rural,
católico e conservador recebeu mal
algumas medidas, principalmente as que se
relacionavam com o anticlericalismo dos
governantes republicanos
↪ divisão do Partido Republicano Português
em diversos partidos rivais foi um fator de
grande instabilidade política. Durante 16
anos, a República teve 45 governos e 8
presidentes, resultando na degradação do
regime parlamentar
↪ participação de Portugal na 1ª Guerra
Mundial foi outro fator de contestação social,
uma vez que a intervenção não contava com
apoio de largos setores da sociedade
Declínio da 1ª República:
↪ A participação de Portugal na 1ª Guerra
Mundial não conseguiu reunir o consenso da
população portuguesa e produziu
consequências que tornaram ainda mais
frágil a situação do país.
↪ Do ponto de vista político, a guerra
contribuiu para um maior desgaste dos
partidos no poder que se sucediam sem
conseguir desenvolver os seus objetivos. A
situação económico-financeira não era
melhor:
• Aos elevados custos de guerra
juntavam-se a carestia de vida e a
falta de géneros alimentícios;
• O aumentando o descontentamento
social provocado pelo elevado
número de mortos de feridos em
campanha;
e social, sucederam-se as tentativas de
derrube do regime republicano. Em 1917,
alguns grupos da sociedade portuguesa
apoiaram a implantação de um regime
autoritário liderado por Sidónio Pais.
↪ Em dezembro de 1918, a ditadura
terminava com o assassinato de Sidónio
Pais.
Ditadura Militar
↪ Entre 1919 e 1926, a instabilidade
política, a agitação social e as dificuldades
económicas criavam condições para o
crescimento dos adeptos de soluções
autoritárias.
↪ Os exemplos dados por Espanha e Itália,
onde se implantaram, na década de 1920,
regimes autoritários convenciam uma fatia
cada vez maior da população.
↪ A 28 de maio de 1926, o general Gomes
da Costa, acompanhado das suas tropas,
saiu de Braga, numa marcha militar em
direção a Lisboa. Uma vez derrubado o
Governo, suspenderam as liberdades
individuais, puseram fim à República
parlamentar e instauraram, assim, a
ditadura militar.
Antecedentes da Crise de 1929
↪ Ao longo da década de 1920, os EUA
conheceram um período de prosperidade
económica. A produção agrícola e industrial
atingiu níveis nunca vistos e a maioria da
população assistiu à melhoria do seu nível
de vida, visível no aumento do consumo,
devido ao crédito facilitado e à expansão da
publicidade.
↪ A Bolsa de Nova lorque registava um
grande otimismo, com milhares de pessoas
a comprar e a vender ações a um preço
muitas vezes acima do seu valor real –
especulação. Contudo, a prosperidade era
frágil e ilusória, pois a produção era muito
superior à capacidade de compra dos
consumidores.
A Grande Depressão dos anos de 1930
↪ Na década de 20 do século XX, muitos
americanos sonhavam com um
enriquecimento rápido. Iludidos com o fácil
escoamento dos produtos durante a guerra,
foram pedindo empréstimos para comprar
mais terras e produzir mais produtos.
↪ No entanto, a pouco e pouco, a venda dos
produtos agrícolas e industriais tornou-se
mais difícil. Os stocks começaram a
acumular-se. Muitos proprietários tiveram
dificuldades em pagar os empréstimos. A
crise de superprodução foi-se instalando e
muitos produtos agrícolas foram destruídos
por falta de compradores.
↪ Assustados com a baixa de lucros, os
investidores decidiram vender as ações
para reduzir os prejuízos. No dia 24
de outubro de 1929, em Wall Street, foram
colocados à venda milhões de ações que
não tiveram comprador, baixando
vertiginosamente os preços: era o crash da
Bolsa de Nova lorque.
↪ Nos dias que se seguiram à «Quinta-feira
Negra», o pânico instalou-se entre milhares
de acionistas que rapidamente perceberam
que estavam arruinados, uma vez que não
havia compradores para as suas ações e
por isso não podiam pagar os empréstimos
bancários que tinham contraído.
Principais consequências da “Quinta-
feira negra”
↪ Alguns acionistas arruinados procuraram
pôr os seus bens à venda.
↪ A ameaça de colapso do sistema bancário
levou os depositantes a retirar o seu dinheiro
dos bancos, o que arrastou milhares de
bancos à falência.
↪ Muitas empresas encerraram as suas
portas e o desemprego alastrou. Elevado
número de pessoas ficou desempregada e,
por isso, sem poder de compra o que
contribuiu para agravar a crise de
superprodução.
↪ A crise de 1929 deu origem a um longo
período de dificuldades económicas e
sociais. Por exemplo, muitos industriais,
agricultores e operários perderam tudo o
que tinham: emprego, casa e outros bens.
As classes médias também foram afetadas.
Foi a «Grande Depressão».
Crise Mundial
↪ Os EUA retiraram muitos dos capitais que
tinham na Europa, provocando o
encerramento de bancos. Grande número
de empresas ficou sem crédito, o que levou
ao seu encerramento. O comércio mundial
diminuiu. A “Grande Depressão” espalhou-
se por quase todo o mundo.
↪ Iniciada nos EUA, a "crise de 1929"
rapidamente se alastrou às economias
deles dependentes:
• Os países que forneciam matérias-
primas viram, assim, reduzidas as
exportações
• Os países industrializados não
conseguiam vender a sua produção
industrial e, consequentemente,
deixavam de precisar de matérias-
primas
• Os países que dependiam dos
créditos americanos para se
 reconstruírem após a destruição
provocada pela 1ª Guerra Mundial

↪ Com a retirada dos capitais americanos,

numerosos bancos austríacos, alemães e
ingleses sentiram graves dificuldades e
abriram falência. Também as empresas
europeias que, após a 1.ª Guerra Mundial,
estavam dependentes dos investimentos
americanos enfrentaram a ruína.