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john keegan

Espionagem
na Guerra
Conhecer o Inimigo
de Napoleão à Al-Qaeda

Tradução de
Mariana Pinto dos Santos

l i s b o a:
tinta-da- china
MMVI
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© 2006, John Keegan


© Tradução, Edições tinta-da-china, Lda.
Rua João de Freitas Branco, 33, Loja 8
1500-627 Lisboa
Tels: 21 726 90 28/9 | Fax: 21 726 90 30
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Título original: Intelligence in War —


Knowledge of the Enemy from Napoleon to Al-Qaeda
Autor: John Keegan
Tradução: Mariana Pinto dos Santos
Revisão científica: Pedro Aires Oliveira
Revisão: Tinta-da-china
Capa: Vera Tavares
Composição: Olímpio Ferreira

1.ª edição: Março 2006


isbn 972-8955-04-9
Depósito Legal n.º 000000/06
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Para Rose
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Sumário

Mapas 11
Agradecimentos 13

Introdução 21

1. Conhecer o Inimigo 29

2. Perseguindo Napoleão 53

3. Conhecer o Terreno: Stonewall Jackson no Vale Shenandoah 99

4. Espionagem sem Fios 137

5. Creta: O Conhecimento Antecipado nem sempre Ajuda 191

6. Midway: a Vitória Plena da Espionagem? 237

7. Espionagem, Um Factor Entre Muitos: A Batalha do Atlântico 283

8. Espionagem Humana e Armas Secretas 327

Epílogo: Espionagem Militar desde 1945 371


Conclusão: O Valor da Informação Militar 401

Notas 435
Bibliografia Seleccionada 449
Índice Remissivo 461
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Mapas

Nelson no Mediterrâneo, 1798 66-67

O Vale Shenandoah, 1862 104-105

Von Spee no Pacífico e no Atlântico, 1914 156-157

O Mediterrâneo Oriental, 1941 225

Midway, o Teatro do Pacífico, 1942 268-269

Batalha do Atlântico, 1939-43 292-293

As Ofensivas de V-1 e V-2, 1943-44 358

Ilhas Falkland, 1982 380-381


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Agradecimentos

entei manter-me longe do mundo da espionagem ao longo de


T toda a minha vida profissional. Por uma boa razão: enquanto
jovem professor de história militar na Royal Military Academy de
Sandhurst foi-me dito que qualquer contacto com serviços de infor-
mações, especialmente os de outros países, mas também os nossos,
seria alvo de reprovação oficial (deveria ter respondido, mas não o
fiz, que não possuía qualquer informação que pudesse suscitar
o mínimo interesse a qualquer agente secreto sensato). Mais tarde,
como correspondente do Daily Telegraph para os assuntos da Defesa
e depois como editor dessa mesma secção, decidi que o envolvimen-
to com os serviços de informações era imprudente, tendo concluído
nessa altura da minha vida, através de leituras, conversas e um
pouco de observação pessoal, que quem quer que se aventurasse no
mundo da espionagem, crendo poder usar os contactos aí estabele-
cidos, seria muito provavelmente ele próprio usado, em seu prejuí-
zo. Continuo a acreditar que é isso que acontece.
De qualquer modo, foi inevitável, dada a minha carreira primei-
ro no Ministério da Defesa, depois como jornalista e sempre como
historiador militar, que ao longo dos anos tenha acabado por conhe-
cer muitos protagonistas do mundo da espionagem que de outra
maneira não encontraria. Alguns dos meus alunos de Sandhurst
tornaram-se agentes secretos; um deles morreu heroicamente às
mãos do Exército Republicano Irlandês (IRA). Alguns dos meus
colegas de Sandhurst serviram nas Forças Especiais, que estão inti-
mamente relacionadas com os serviços de informações e muitas
vezes agem como o seu braço de intervenção. Por muito improvável
que possa parecer, a vida académica levou-me ao contacto com os
serviços de informações, ainda que tenha lidado com o ramo analí-
tico, mais do que com o operacional.
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A Fleet Street — onde ficavam os escritórios do Daily Telegraph


quando me juntei à redacção em 1986 — tinha então, e ainda tem, as
suas próprias relações informais com os serviços de informações; no
início o jornal encorajou-me a travar conhecimento com os chama-
dos «contactos».
O primeiro com quem me agendaram um encontro era o mais
importante, o então presidente do Joint Intelligence Committee*,
que supervisiona o trabalho do Secret Intelligence Service (Serviços
Secretos britânicos — MI6) e do Security Service (Serviço de Segu-
rança britânico — MI5), o primeiro relacionado com a espionagem
estrangeira e o segundo com a nacional. Ficou combinado que nos
encontraríamos num dos melhores clubes de Londres. Não me dis-
seram como o reconheceria. Lembrei-me, contudo, dos romances
de John le Carré — com quem a Fleet Street também me poria em
contacto — que um bom agente se senta sempre no canto da sala de
onde consegue ver a entrada e tem acesso a duas saídas. Quando
cheguei, descobri imediatamente o presidente.
Mais tarde conheci o director do MI6 e, ainda mais tarde,
a directora do MI5, Stella Rimington; não hesito em mencionar o seu
nome pois, para escândalo de alguns dos seus colegas, ela fez questão
de publicar as suas memórias depois de se ter reformado. Conheci-a
acompanhado pelo então meu editor e grande amigo, Max Hastings,
que me convidara para jantar com eles, talvez para certificá-la de que
a ocasião era meramente social e não uma tentativa para obter infor-
mações. Durante a refeição tive a forte sensação de que estava a fazer
de pau-de-cabeleira; decididamente, participei muito pouco na con-
versa. Uns dias depois um Max ultrajado encostou-me a um canto no
escritório. «Sabes o que um amigo acaba de me dizer? Na manhã a
seguir ao nosso jantar com a Stella ela enviou para o e-mail de White-
hall os pontos principais do que discutimos. Acreditas nisto?» As
minhas memórias dos esquemas mentais da administração pública
vieram ao de cima. «Perfeitamente», disse eu, «ela estava a retaliar
antecipadamente. Os funcionários do governo têm pavor de que os
acusem de confraternizar com o inimigo.»
Achei os serviços de informações americanos, em geral, mais
humanos. Numa conferência académica cruzei-me com uma perso-
nagem jovial que conhecia o meu trabalho como historiador militar

* Organismo que coordena as diferentes agências de informações britânicas (n. da t.).


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agradecimentos [15]

e me perguntou qual o aspecto da minha área de estudo de que eu


mais gostava. «Análise da ordem de batalha», respondi sem hesitar;
a ordem de batalha é a lista das unidades envolvidas numa operação
e é muitas vezes surpreendentemente difícil de estabelecer.
«A sério?», disse ele. Um pouco mais tarde recebi uma mensagem
em que ele me dizia que era responsável pela formação de funcioná-
rios do governo americano para quem a ordem de batalha era extre-
mamente importante. E se eu poderia ir a Washington fazer uma
palestra sobre o assunto.
Washington acabou por ser Langley, na Virgínia, e os funcioná-
rios do governo em questão eram analistas estagiários da Central
Intelligence Agency (Agência Central de Informações — CIA); os
analistas processam a informação reunida pelo outro ramo da Agên-
cia, os agentes de campo. A minha primeira palestra foi um sucesso.
Convidado para a fazer uma segunda vez, dei por mim na sede da
CIA, entregue aos cuidados de um agente que me acompanharia.
Fiquei impressionado com a atenção que a Agência dava aos porme-
nores. «Vai precisar de um passe», disse o meu acompanhante, e pôs
à minha frente uma folha de papel para assinar. Continha mais
informação pessoal sobre mim do que eu seria capaz de ali reunir.
«Vamos ver o director», disse ele, «mas mais daqui a pouco. Vamos
tomar um café». Virámos uma esquina. O casal que tomava conta do
café era cego.
«Agora vamos ao escritório do director.» Foi à minha frente,
confiante, primeiro um andar, depois outro. Às tantas senti-o menos
seguro. Depois de um momento, parou para abordar alguém que pas-
sava. «Andar errado», disse, com uma ponta de embaraço. Assim que
finalmente chegámos — todas as portas eram idênticas e tinham
minúsculas placas com nomes abaixo do nível dos olhos — entrámos
numa antecâmara cheia de jovens musculados com protuberâncias
junto às axilas. «O director está à sua espera», disse um deles.
Entrei na sala adjacente. Um homem possante, que vim a saber
ser William Casey, director da Central Intelligence, indicou um
lugar e começou a falar. Nesta altura dos acontecimentos tinha já a
impressão, apenas por intuição, de que a CIA queria comunicar
com o Daily Telegraph; o problema é que eu não conseguia discernir
exactamente porquê. Aproximei a minha cadeira da secretária de
Mr. Casey. Continuou a falar, ininteligível. Aproximei-me mais.
Acabei por perceber que o director não estava a falar de assuntos
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correntes de espionagem, mas de história militar; era leitor dos


meus livros e queria discutir questões técnicas, pois ele próprio
escrevia. Ainda era difícil perceber o que dizia.
Finalmente, e num sinal claro de que o tempo se esgotara,
levantou-se da sua secretária, tirou um livro de uma estante, escreveu
qualquer coisa e disse adeus. O livro era Where and How the War Was
Fought, uma descrição surpreendentemente arrepiante da Guerra da
Independência Americana analisada sob uma perspectiva geográfica;
a calorosa dedicatória dizia que os meus livros lhe tinham sido úteis
para escrever o dele. Ligeiramente confuso, voltei ao corredor. O meu
agente acompanhante estava lá, bem como vários outros agentes mais
velhos da CIA. «O que é que ele disse?» foi a pergunta colectiva. «Na
verdade, não consegui perceber bem», respondi. Rebentou uma garga-
lhada geral. Tinha dado a resposta certa. Mais tarde soube que o
director era conhecido por «Mumbles»* e descrito como «o único
homem do governo que não precisa de uma linha segura de telefone».
O último encontro com o mundo da espionagem que vou refe-
rir foi mais complexo e talvez mais sinistro, embora não possa afir-
mar que tenha sido perigoso. Durante os anos 80 do século xx
estabeleci ligação com a revista americana Atlantic Monthly, na altu-
ra a publicação mundial que remunerava mais generosamente os
seus autores. Pela Atlantic fui ao Líbano, durante a Guerra Civil,
e mais tarde à Fronteira do Noroeste, durante a guerra russa no Afe-
ganistão. A razão para aceitar estas incumbências era simples.
Tinha quatro filhos em colégios caros e a soma que me era paga,
10 000 dólares por artigo, contribuía consideravelmente para as
despesas com as propinas. A minha última encomenda para a Atlan-
tic foi uma reportagem sobre a situação de segurança na África do
Sul, imediatamente antes do colapso do Apartheid.
A revista, que tinha contactos na África do Sul, tratou de todas
as questões práticas. Fiquei grato pela sua intervenção porque ainda
pertencia ao quadro da Royal Military Academy de Sandhurst e, ape-
sar de a minha ausência ter lugar durante as férias da Academia, esta-
va bem ciente de que não devia visitar um país que não era membro
da Commonwealth, a soldo de uma revista estrangeira, e sem uma
autorização oficial que não tinha assegurado ou sequer pedido.
Disseram-me que viria alguém ao meu encontro à chegada. Quando

* Mumble significa resmungo, murmúrio, falar de forma incompreensível (n. da t.).


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agradecimentos [17]

aterrei no aeroporto Jan Smuts, dei por mim como o único passagei-
ro que perdera a mala. Comuniquei o facto às autoridades e fui, com
o meu guia, para Pretória. Durante a semana seguinte, além de com-
prar roupas para substituir as que estavam desaparecidas, visitei o
Monumento Voortrekker, a sede do regimento do 1.º Regimento
Ligeiro de Cavalaria e o Ministério da Defesa da África do Sul, onde
me foram dadas indicações por um oficial da Marinha da África do
Sul. Fui também almoçar ao Clube de Pretória com o ex-director dos
serviços de informações militares da África do Sul, o General du
Toit. Durante o almoço perguntou casualmente: «Ainda está em
Sandhurst?» Senti uma pontada; pensava que estava a viajar como
jornalista freelancer. Ele tinha claramente outras ideias. Subitamente
o desaparecimento da minha mala tornou-se significativo.
A mala acabou por aparecer, na Esquadra Central da Polícia de
Joanesburgo, um dia antes da minha partida. Nas semanas que se
seguiram esqueci o estranho episódio. Mas um ou dois meses depois
recebi uma chamada de alguém do Ministério da Defesa. Se nos
podíamos encontrar para almoçar. Talvez eu não tenha ouvido com
muita atenção. De qualquer maneira, precipitei-me ao concluir que
o telefonema era de alguém da Defence Intelligence Agency, um
organismo aberto e muito útil, para onde eu telefonava frequente-
mente a pedir informações quando escrevia sobre guerras travadas
em obscuras partes do mundo. Combinámos o encontro.
O jovem do Ministério impressionava — bem vestido, com
boas maneiras, boas falas — aquilo a que a minha geração chamaria
um rapaz polido. Depois dos preliminares, observei o quão agradá-
vel era finalmente conhecer um representante da Defence Intelli-
gence Agency, que era uma fonte tão útil. Ergueu ligeiramente o
sobrolho. Era claro que havia um mal-entendido. «Não sou da
Defence Intelligence Agency», disse. Sem especificar qual, deu a
entender que era de outra agência. Percebi imediatamente que era
um agente do Secret Intelligence Service (MI6). O que poderia que-
rer de mim? Rapidamente tratou de me esclarecer.
Com uma franqueza notável, contou-me que me conhecia de há
longa data; tendo estado em Sandhurst, sentia que podia confiar em
mim e tinha lido o meu artigo na Atlantic Monthly sobre a África do
Sul. A África do Sul era a sua especialidade. Ia lá com frequência.
Alarmado, deixei escapar a pergunta: «Eles sabem?» Respondeu,
imperturbável: «Sabem alguns dos meus nomes. Espero que não sai-
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bam todos porque isso significaria vinte anos.» Enquanto eu digeria


aquilo, continuou: «Achei muito interessante o relato das suas
entrevistas na África do Sul. Acha que poderia voltar lá e fazer mais
algumas perguntas? Dir-lhe-ia o que perguntar. Tudo pago, claro.»
Fiquei estupefacto e assim permaneci algum tempo. O almoço
acabou por chegar ao fim. As suas palavras de despedida foram:
«Acha que é preciso mencionar esta conversa ao seu editor?» A res-
posta não tardou: «Pode crer que sim.» Quando voltei ao escritório,
o Max explodiu. «John, não toques nisso nem sequer com uma vara.
Nem sequer andaste na escola de espiões. Eles vão comer-te ao
pequeno-almoço.» Eu já tinha chegado à mesma conclusão.
Assim terminou o meu único encontro com o interior do
mundo da espionagem. Não me arrependo nem por um instante de
que a intimidade tenha acabado por ali. Sei, com toda a certeza, que
me faltam todas as qualidades, sobretudo a coragem e a autocon-
fiança, necessárias a servi-lo bem. Por outro lado, estou grato por
ter conhecido algumas das pessoas que as têm. Não desejo mencio-
nar nomes. Diria, contudo, que entre os que conheci durante os
meus encontros intermitentes com o mundo da espionagem está
um dos mais célebres traidores do século xx. Serviu o Ocidente,
com grande risco para si próprio, e é um ser humano fascinante e
encantador. Partilho, no entanto, a opinião da minha mulher, em
quem arde o verdadeiro fogo do patriotismo britânico. «Gosto
dele», disse ela depois do nosso único encontro, «mas não consigo
abstrair-me do facto de ele ter traído o seu país. Eu preferia morrer
a ser uma traidora.»
O meu primeiro agradecimento é para ela, a minha amada
Susanne. Também desejo agradecer reconhecidamente a ajuda e o
apoio dos nossos filhos, genro e nora, Lucy e Brooks Newmark,
Tom e Pepi, Mathew e Rose, bem como o facto de nos terem pro-
porcionado a entrada nas nossas vidas dos seus filhos maravilhosos,
Benjamin, Sam, Max, Lily, Zachary e Walter. Quero agradecer em
especial a Lindsey Wood, minha indispensável assistente, pela sua
ajuda, e aos meus editores, Anthony Whittome, Simon Master, Ash
Green e Will Sulkin, Anne-Marie Ehrlich, e ao mestre da cartogra-
fia, Reginald Piggott. A geografia é a chave da história militar.
Sem quebrar confianças em mim depositadas, gostaria também
de agradecer a Alan Judd, John Scarlett, Sams Smith, George Allen,
William Casey, Bill Gates, Percy Cradock, Anthony Duff, Jeremy
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agradecimentos [19]

Phipps e John Wilsey. Entre os meus colegas do Daily Telegraph gos-


taria de agradecer a Charles Moore, Michael Smith e Kate Baden.
Finalmente, desejo agradecer ao meu agente literário, Anthony
Sheil. Jovem rico no seu começo de vida, decidiu fazer fortuna a
apostar em cavalos. Desistiria dessa ambição para apoiar autores,
entre os quais, gratamente, me encontro. Sobre cavalos saiu-lhe um
dia uma tirada memorável: «Nunca sabemos o suficiente.» Eis um
bom mote para este livro.
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Introdução
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ste livro procura responder a uma questão simples: qual é a


E utilidade da espionagem na guerra? A quantidade de literatura
sobre o assunto leva a crer que é de facto muito importante. As
prateleiras cedem sob o peso de livros dedicados à máquina alemã
Enigma, ao código britânico e à escola de criptografia em Bletch-
ley Park, que atacou a Enigma, à decifração dos códigos japoneses
pelos Americanos, às operações simuladas que tentaram iludir o
inimigo, aos agentes que arriscaram a vida para pôr em funciona-
mento essas operações ou para descobrir os segredos do inimigo
como infiltrados. A literatura baseada em factos é largamente
suplantada pela de ficção. No século xx a literatura de espio-
nagem tornou-se uma das formas literárias mais populares e os
seus autores, de John Buchan a John le Carré, tornaram-se ricos e
famosos.
O clima criado pelos mestres da ficção de espionagem afec-
tou profundamente as atitudes da população em relação ao traba-
lho e ao modo de vida dos espiões. O puro fascínio pelas técnicas
reveladas ao público — o uso da escrita críptica, as caixas de
correio falsas, a perseguição de agentes, a «mudança de campo»
de agentes com o objectivo de se tornarem «duplos», a vigilância,
a intercepção, para além de uma dúzia de outras práticas deste
mundo secreto — fez com que a técnica fosse vista como um
fim em si mesmo. O «espião» atingiu o estatuto de herói, ou
às vezes de anti-herói, uma figura misteriosa e deslumbrante,
concebida para parecer importante pelo que era, mais do que
pelo que fazia.
É notável que sejam muito poucas, mesmo entre as mais céle-
bres, as histórias de espiões que realmente estabelecem o nexo
entre a actividade do espião e o propósito pelo qual ele suposta-
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mente arrisca a vida. Por exemplo, em Greenmantle* — o excelente


romance de John Buchan sobre o trabalho de espionagem na Tur-
quia durante a Primeira Guerra Mundial — torna-se impossível
discernir no final o que é que Sandy, enquanto Greenmantle, fez
exactamente: frustrou uma jihad muçulmana contra a Grã-
-Bretanha e seus aliados ou, pelo contrário, tornou-se ele próprio
um profeta muçulmano? Em The Riddle of the Sands, o primeiro
romance sério sobre espionagem, ainda hoje entre os melhores,
Erskine Childers sugere como os Alemães podem planear uma
invasão da costa oriental da Grã-Bretanha através dos canais secre-
tos perto das ilhas Frísias, mas o desenlace da história não demons-
tra como os seus dois velejadores patrióticos conseguiram que o
Almirantado tomasse as devidas precauções. No maravilhoso Kim,
de Kipling, aparentemente um inesquecível retrato movimentado
da vida na Índia, mas na essência uma história de espiões, o herói,
involuntariamente, impede de facto uma revolta num dos principa-
dos; mas após o clímax, a história limita-se a fazer passar por tolos
alguns espiões russos na fronteira dos Himalaias. Quase nenhuma
das brilhantes e convincentes construções da vida de espionagem e
contra-espionagem feitas por John le Carré corresponde a um des-
fecho objectivo sobre a actividade das suas personagens. Elas
lutam na Guerra Fria; mas depois de todas as intrincadas ilusões e
desilusões a Guerra Fria continua.
O autor pode argumentar, e com razão, que estava a retratar a
realidade — felizmente a Guerra Fria não teve um desfecho, pelo
menos não em termos militares, e era função dos serviços de infor-
mações de ambos os lados assegurar que não o tivesse. Jogava-se um
jogo cujo objectivo era continuar a jogar, e não ganhar. Ninguém
refutará esta ideia ou poderá acusar a espionagem de, na ausência de
um resultado palpável, ser uma actividade inconsequente.
Os serviços de informações de todos os estados nasceram, não
obstante, dos esforços para evitar que o inimigo alcançasse a vanta-
gem militar e para atingir essa vantagem em primeiro lugar. Em
tempo de paz a actividade de espionagem pode eventualmente
reduzir-se aos serviços mínimos. Na guerra é suposto conduzir à
vitória. Qual o seu grau de eficácia? Como o consegue (ou não) fazer?

* Greenmantle: romance de espionagem de John Buchan (1975-1940) originalmente publicado


em 1916. É o segundo em que Richard Hannay, um oficial dos serviços de espionagem do
exército britânico, surge como protagonista (n. do r.c.).
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introdução [25]

Os romancistas de espionagem disseminaram uma enorme


quantidade de informação sobre técnicas de espionagem. Algumas
são rigorosas, outras induzem em erro. Contudo, poucos são os
escritores, mesmo entre aqueles com uma experiência pessoal de
espionagem tão vasta como a de John le Carré, que descreveram na
totalidade as componentes essenciais e a sequência das operações
de espionagem bem sucedidas. Tal é compreensível. A maior parte
das etapas da prática de espionagem é mundana e burocrática,
pouco susceptível à abordagem literária. No entanto, mesmo os
aspectos mais mundanos são essenciais para a eficácia da espiona-
gem. Há cinco etapas fundamentais.

1. Aquisição. A informação relevante tem de ser encontrada. Pode


estar acessível sob a forma de publicações que tenham sido des-
curadas. Um ex-director da CIA avisou os seus analistas contra o
que ele chamava o factor Enciclopédia Britânica: não desperdiçar
esforços a procurar informação que pode facilmente ser encon-
trada em jornais, revistas universitárias ou monografias acadé-
micas. A Rússia de Estaline tomou precauções para que a
informação fosse tão difícil de obter quanto possível, restringin-
do a distribuição de material tão comum como listas telefónicas
e mapas das cidades. Contudo, como princípio geral, pode
considerar-se como dado adquirido que a informação útil a um
adversário é aquela a que se chama «secreta» e tem de ser obtida
através de meios clandestinos. Os métodos mais comuns são a
espionagem, hoje tecnicamente mais conhecida como «human
intelligence»* ou «humint», sob todas as suas formas; a intercepção
de comunicações do adversário, que provavelmente requerem
desencriptação, conhecida como «signal intelligence»** ou «sigint»;
a vigilância no local ou através de imagens, via reconhecimento
fotográfico ou por radar, por avião ou satélite.
2. Transmissão. Uma vez recolhida a informação é necessário enviá-
-la ao seu utilizador potencial. A comunicação é muitas vezes a
fase mais difícil, sobretudo para o transmissor de humint.
O agente de humint pode estar a ser vigiado, escutado ou inter-
ceptado, ou pode sujeitar-se a uma possível detenção nos pon-

* Obtenção de informações através de meios humanos (n. da. t.).


** Obtenção de informações através da intercepção e decifração de emissões (n. da t.).
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[26] espionagem na guerra

tos de encontro. Para mais, o emissor sofre sempre a pressão da


urgência. A informação desactualiza-se ou é esmagada pelos
acontecimentos. A menos que seja enviada em tempo útil, de
preferência em «tempo real», permitindo tomar decisões nela
baseadas, perderá o seu valor.
3. Aceitação. A informação tem de ser credível. Os agentes volun-
tários têm de assegurar as suas credenciais: podem ser imposto-
res. Os nossos próprios agentes operativos podem ter mudado
de campo ou ficado sob o controlo dos serviços de contra-
-informação do adversário. Até a informação que oferecem de
boa fé pode ser falsa, ou apenas uma meia-verdade. As informa-
ções interceptadas parecem mais fidedignas, mas podem ser
embustes. Mesmo que o não sejam, só é possível que contem
parte da verdade. Foi neste sentido que o secretário de estado
americano Henry Stimson alertou para a diferença que existe
entre ler a correspondência de alguém e ler a sua mente.
4. Interpretação. A maior parte da informação chega em fragmen-
tos. Para visualizar a tela completa é necessário reunir e coser
todos os pedaços de tecido. Esta tarefa exige frequentemente o
esforço de vários peritos, que terão dificuldade em explicar uns
aos outros as conclusões a que chegaram com base em pistas
individuais e que discordarão quanto à sua importância relativa.
Em última análise, para refazer o quadro completo pode ser
necessário que um superior hierárquico tenha uma inspiração
de momento, que pode ou não estar correcta.
5. Implementação. Os agentes de espionagem respondem a supe-
riores hierárquicos; não só têm de estar convictos da credibili-
dade do material em bruto que possuem, como também têm de
convencer os decisores, chefes políticos e comandantes da cre-
dibilidade do que lhes apresentam. Não há o «segredo de ouro»,
o pedaço de «informação pura» que resolva todas as dúvidas e
conduza um general ou almirante a uma solução infalível para o
seu problema operacional. Por um lado a informação está longe
de ser totalmente precisa, por outro o seu valor é alterado pelo
desenrolar dos acontecimentos. Como observou memoravel-
mente o general Moltke, o Velho, arquitecto das brilhantes
vitórias da Prússia sobre a Áustria e a França no século xix e
talvez o maior intelectual militar de todos os tempos, «Nenhum
plano sobrevive aos primeiros cinco minutos do encontro com
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introdução [27]

o inimigo». Poderia ter afirmado com a mesma pertinência que


nenhuma avaliação e interpretação das informações obtidas em
espionagem, por mais solidamente fundamentada, pode sobre-
viver completamente ao teste da acção.

Este livro é uma colectânea de estudos de caso, começando na era


da navegação à vela, quando a máxima dificuldade da espionagem
era adquirir informação que fosse relevante em tempo útil, e termi-
nando na Era Contemporânea, em que abundam todas as formas de
informação mas cujo volume ameaça esmagar a capacidade de a
mente humana conseguir avaliar o seu valor. O argumento principal
é que a espionagem na guerra, independentemente da sua qualida-
de, não indica o caminho infalível para a vitória. A vitória é um pré-
mio ilusório, comprado com sangue, mais do que com o cérebro.
A espionagem é a serva do guerreiro, não a amante.
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Aboukir, Baía de: 59, 85-7, 222 Apalaches, montanhas: 103, 106, 109,
Abrolhos, ilhas dos: 161, 179, 180-2 113, 116-18, 417
Abwehr: 50, 186, 350, 364-6, 458 Apia: 146, 158
Acton, Sir John: 73-5, 92 Argentina, ver também Guerra das Fal-
Adrianópolis, Batalha de: 33 klands: 144, 159, 375, 376-8, 382,
Ajaccio: 65 383-87, 389, 390, 392
Albânia: 213, 432 Armada de Toulon: 73, 75-85, 95, 97,
Alcateias: 286, 296, 299, 300, 303, 304, 166
306, 307, 309, 313, 317, 322, 413 armas secretas: 331, 334, 336, 340,
Alemanha: 49, 50, 76, 95, 97, 141, 342-5, 348, 351, 355, 356, 369, 399, 415,
144-8, 151, 153, 164, 177, 186, 193, 194, 416, 455
198, 202, 203, 206, 209, 213, 216, 240, Ascensão, ilha de: 379, 386
242, 243, 286, 287, 289, 299, 311-4, Asché, agente: 206
321, 332, 334, 338, 343, 350, 368, 369, Asdic: 314, 323, 412
370, 396, 410, 429, 447, 453, 454 Ashby, Turner: 119, 121, 123, 128, 129,
Alexandre, o Grande: 31, 33, 43, 403 131, 132
Alexandria: 77, 81, 83, 84, 85, 86, 87, 89, Atlantic Conveyor, navio: 391
91-7, 140, 143, 188, 294, 411 atentados de 11 de Setembro: 170, 396,
Alleghenies: 109, 115, 120, 122, 124-8, 399
130, 132 Atlântico, Batalha do: 46, 51, 211, 283,
Almirantado: 24, 75-7, 94-7, 139, 140, 285, 286, 289, 294, 298, 299, 301, 304,
142, 143, 151-3, 158-166, 169, 170, 172, 306, 307-9, 311, 313, 314, 323-6, 414
173, 178-181, 185-188, 194, 290, 291, Áustria: 26, 60, 72, 75, 93, 95-97, 213,
294, 295, 298, 300-3, 305-7, 312, 313, 350
354, 412, 456, 458
al-Qaeda: 48, 395, 396 Bagdad: 32, 433
América do Norte: 40, 151, 152, 308, Ball, Capitão Alexander: 65, 68, 80-4,
309, 323, 409 91
América do Sul: 149, 151, 152, 159-162, Báltico: 35, 61, 147, 195, 299, 314, 331,
166, 173, 179, 180, 184, 185, 382, 409 332, 334, 337, 347-349, 351, 354, 432
Anaconda, plano: 106 Baltimore: 103, 118, 139
Andrew, tenente-coronel Leslie: 224, bandeiras, sinais de: 45, 46, 56, 57, 139,
228, 229, 233 182, 316
Antalia, golfo de: 83,84 Banks, general: 107, 108, 117-131, 134
anti-submarinos: 46, 289, 290, 313, 316, Baraguey d’Hilliers, Almirante: 64
318, 413 Barbarossa, Operação: 212-214, 216
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 464

[464] espionagem na guerra

Batalha de Inglaterra: 47, 212, 404, 456 Brutus, agente: 366


Batalhas dos Sete Dias: 135 Bryant, Sir Arthur: 86
Battenberg, Príncipe Louis de: 163 Buchan, John: 23, 24, 329, 354, 368, 398
B-dienst: 301-303, 305, 307, 308, 323, Bulgária: 212, 213, 216
324, 413 Bull Run, Batalha de: 106, 114, 116
Beamish, capitão: 222 Bulldog Drummond: 329
Beatty, almirante Sir David: 194, 195 Buresk, navio: 172, 174-6
Beevor, Anthony: 231 Burgess, Guy: 375, 420-3, 452
Bélgica: 51, 60, 163, 215, 223, 350, 357,
363, 426, 430 Cable and Wireless Company: 386
Bennett, Ralph: 232, 234, 235 Cabo Horn: 159, 162, 163, 165, 167, 178,
Berry, capitão Edward: 65, 68, 81, 88 180, 185
Berthier, marechal: 64, 83, 419 Cádis: 58, 61, 78
Biscaia, Golfo da: 290, 294, 299, 307, Cairncross, John: 420
308, 310, 318, 319 Califa: 32, 433
Bismarck, navio: 410 Calvocoressi, Peter: 203, 207, 452, 458
Bizantino, Império: 36, 44 Cambridge, espiões de: 375, 420-23,
Blair, Clay: 309, 311, 319, 325 452
Blanchett, comodoro John: 78 Campbell, tenente coronel I.R.: 227
Bletchley Park: 23, 203, 204, 206-212, Camperdown, Batalha de: 61, 62
219, 221, 222, 232, 234-6, 248, 249, Canaris, tenente (depois almirante):
296-8, 300-2, 304-7, 309, 313, 318, 186, 458
323-6, 335, 336, 351, 352, 354, 397, 404, Canberra, navio: 393
410, 413, 420, 451, 452, 454, 456, 457-9 cartografia: 18, 34, 111, 113, 115, 117
Blix, Dr. Hans: 394, 395 Carvoni, general: 77
Blizna: 348, 354, 360 Casabianca, capitão: 65, 89
Blücher, irmãos: 227 Ceilão: 170, 251, 254, 263
Bluff Cove: 389, 392 Central Intelligence Agency (CIA): 15,
Blunt, Anthony: 375, 420 16, 25, 375, 377, 420, 421, 432, 457
bomba planadora (anti-navio): 332, 333, Cerrito: 160
353 César, Júlio: 33, 34, 40, 43, 45, 46
bomba voadora ver V-1 Checoslováquia: 213, 214, 350, 430
bombe: 206, 207, 210, 324 Cherwell, Lord (professor F.A. Linde-
Bonaparte, Napoleão (general, impe- mann): 343-347, 351, 353, 354, 360,
rador): 40, 59-64, 68-73, 77-83, 361, 414, 415, 456
85-87, 93, 94, 96-8, 147, 410, 411, 419 Chetniks: 427, 453
Bône: 94 Childers, Erskine: 24, 334
Bora Bora: 158 Chile: 154, 161, 163, 185, 384
Bornholm: 351 Churchill, Winston: 169, 173, 179, 187,
Boyd, Belle: 127 213, 218, 298, 299, 309, 311, 312, 316,
Boyle, R.W.: 314 336, 343, 347, 360, 387, 419, 426-8,
Braddock, general: 40 432, 446, 453, 456
Braun,Wernher von: 334, 335, 338, 340, Cifras: 139, 203, 206, 208, 247-250, 259,
341, 361, 362, 370 260, 262, 270, 302, 303, 305, 307, 308,
Brigada Stonewall: 114, 125 323-5, 374, 404, 419, 430, 452, 453
British Tabulating Machine Com- Cipião Africano: 40
pany: 210 Círculo Lucy: 50
Brueys, almirante: 65, 85, 87-89, 91, 92, City of Rangoon, navio: 170
95 Civita Vecchia: 65, 73
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 465

índice remissivo [465]

Clan Matheson, navio: 171 Davidoff, Constantino: 376


Clarke, tenente W.F.: 194 Davout, marechal: 83
Cocos e Keeling, ilhas: 150, 174-6, 188 Day, tenente William: 75
Código Naval: 195, 250, 251, 259, 302, Denniston, comandante Alastair: 208,
303, 323, 406 209
Collins, Michael: 426 Dia D: 364, 366, 404, 415, 429
Comandos: 314, 324, 378, 379, 388, 390 Dinamarca: 61, 198, 215, 306, 334, 347,
Comboio: 55, 56, 61-3, 65, 72, 95-7, 426
151-3, 159, 173, 175, 177, 187, 285-7, Diplomat, navio: 170
290, 291, 294-6, 298, 299, 301, Direction, ilha: 174-177
303-10, 312-19, 321-26, 412, 413 Dolemieu, M. de: 76
comint (communications intelligence): Dönitz, Admiral Karl: 286-8, 290, 291,
374, 375 294, 301, 303, 305-12, 314, 316, 318,
Comissão Crossbow: 343, 348, 352 319, 321, 322, 325, 326, 414
Comissão dos Vinte: 365-367, 369 Doolittle, coronel James: 255, 258
Conan Doyle, Sir Arthur: 329 Doorman, almirante Karel: 252
Confederação do Sul: 101 Dornberger,Walther: 338, 363, 370
Conrad, Joseph: 329 Dovre, navio: 171
Constantinopla: 36, 84, 85, 93, 94, 97, Drummond,William: 198
148, 177, 411 Duncan, almirante: 61, 62
Copenhaga, Batalha de: 198 Dundas, Henry: 75, 77
Coron, golfo de: 85
Coronel, Batalha de: 91, 198 Early, general Jubal: 116
Corporate, Operação: 386, 388 Eben Emael: 215
Corregidor, ilha de: 251, 253 Egipto: 32, 49, 59, 60, 63, 64, 72, 75-77,
Córsega: 65, 68, 70, 72, 78 80, 81, 83, 86, 92-4, 97, 98, 140, 144,
Couraçado: 95, 96, 144, 147, 148, 155, 170, 217, 218, 232, 411
244, 410 Elba: 72, 73
Cradock, contra-almirante Sir Chris- elint (electronic intelligence): 374, 375
topher: 152, 159-167, 169, 176, 177, Ellis, professor C.D.: 343
179, 184, 188, 189, 409 Encriptação/Desencriptação: 25, 46-8,
Cram, Thomas Jefferson: 115 200, 201, 204, 205, 207, 209, 211, 219,
Creforce: 218, 219, 228, 232 234, 260, 264, 267, 298, 301, 302, 310,
Creta, Batalha de: 228, 231, 234, 235 324, 398, 399, 408, 413, 419, 454
Crew, Dr. A.D.: 343 Engenheiros Topográficos (Exército
Cripps, Sir Stafford: 352, 353 dos Estados Unidos): 112
Criptanálise: 248, 249, 258, 260, 261, Enigma: 23, 48, 199-212, 219-21, 234, 235,
278, 305, 456 250, 297, 298, 302, 304, 307, 310, 313,
Crooke, Sir William: 141 324, 325, 330, 351, 352, 360, 361, 374,
Cruewell, general: 336 397, 404, 410, 413, 433, 454-6, 458
Cruzados: 35, 36, 399 Eniwetok: 158
Cunningham, almirante: 232 Escoltas: 56, 255, 264, 274, 275, 290,
291, 294-6, 298-301, 303, 308-17, 320,
Dalton, Hugh: 426 321, 323, 326, 412, 413
Darby, capitão: 80, 81 Espanha: 40, 59, 60, 65, 72, 76, 77, 93,
Dardanelos, estreito de: 76, 80, 93, 97 97, 145, 177, 411, 424
Dário, imperador: 403 Esquadrão de Cruzadores da Ásia
Darwin, Australia: 256 Oriental: 148, 149, 154, 164, 169, 173,
Darwin, ilhas Falkland: 389 179, 183, 186, 239
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 466

[466] espionagem na guerra

Estados Unidos: 102, 110-112, 144, 145, França: 26, 37, 38, 40, 51, 59, 60, 61, 63,
198, 199, 239, 240, 242-5, 247, 73, 75, 83, 86, 93, 95, 144, 153, 206,
249-251, 253, 256, 257, 259, 261, 280, 209, 212, 214, 244, 285, 294, 299, 318,
281, 285, 288, 300, 301, 305, 306, 310, 319, 323, 336, 338, 346, 347, 349, 351,
311, 313, 323, 347, 356, 360, 361, 387, 352, 355, 363, 364, 397, 409, 419,
393, 397, 399, 407, 408, 432, 453, 458 427-30, 452, 454
Estaline, Joseph: 25, 49, 422, 427 Fredericksburg: 124, 126, 127
Estocolmo: 350, 351, 354 Frederico, o Grande: 39, 113
Estreito de Magalhães: 159, 160-162 Frémont, general: 107, 124, 125, 128,
Estreito de Messina: 78, 80, 95 130-5
Everest, Sir George: 112 Freyberg, general Bernard: 218-23, 226,
Ewell, general: 125-7, 129 228, 231-6, 405
Ewing, Sir Alfred: 419 Friedman,William: 249, 452
Exército Alemão: 35, 148, 200, 204, Front Royal, pontes e Batalha: 109,
338, 345, 350, 361, 414 110, 119, 120, 126-8, 130
Exército Britânico: 24, 42, 47, 222, 329, Frota do Alto Mar: 144, 147, 151, 136,
387, 424 178, 194
Exército de Potomac: 107, 111 Fuchs, Claus: 422
Exército do Oriente: 64 Fuller, J.F.C.: 429
Exército do Vale: 114, 115, 117, 119, 120, fundamentalismo islâmico: 400
122-134
Exford, navio: 172, 174 Gallipoli, campanha de: 148, 218
Exocet, mísseis: 384-7, 390, 391, 393 Ganteaume, almirante: 64
Exploratores: 33 Garbo (Juan Piyol Garcia): 365, 366
Gaugamela, Batalha de: 403
Falkland, ilhas: 146, 150, 160-5, 169, Genda, comandante Minoru: 246, 266
177-81, 187, 189, 375-8, 382, 384, 385, Génova: 65, 72, 73, 75
389, 393, 409, 410, 417 Gestapo: 50, 211, 331, 369, 396, 430
Falklands, guerra das: 375, 393 Gettysburg, Batalha de: 135
Fanning Head: 390 Gibraltar: 58, 61, 65, 70, 71, 72, 73, 78,
Fanning, ilha: 413, 158, 161 93, 95, 143, 146, 317
Fauner, professor: 368, 369 Giglio, ilha: 72
Fieseler ver V-1 (bomba voadora): 339, Glorioso Primeiro de Junho, Batalha
340 de: 74
Filipinas: 169, 239, 241, 245, 251, 252, Goddard, Robert Hutchings: 338, 346
253, 256, 258, 263, 265 Göring, Hermann: 214, 333
First Sea Lord: 166, 173, 179, 378 Government Communications Head-
Fisher, almirante Sir John: 166, 169, quarters (GCHQ): 377, 384, 386, 420
179, 179, 180 Grande Cifra, a: 197
Fletcher, almirante Jack: 258, 274, 277, Grant, general Ulysses S.: 114, 116, 141,
278, 281 417
Florença: 77 Greenmantle: 24
Foley, capitão: 87, 88 Guerra Boer: 425, 429
Foley, Frank: 332 Guerra Civil Americana: 101
forças especiais: 13, 258, 265, 267, 273, Guerra da Crimeia: 140
278, 379, 387, 389, 390, 394, 396, 424 Guerra do Golfo: 374
fragatas: 55-8, 61, 65, 69, 70, 71, 73, 81, Guerra do Vietnam: 373, 375
82, 84, 85, 90-2, 155, 258, 290, 296, Guerra dos Cem Anos: 37
313, 321, 322, 379, 385, 390, 412 Guerra dos Trinta Anos: 38
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 467

índice remissivo [467]

Guerra Fria: 24, 342, 404, 420, 422, humint (human intelligence): 25, 48,
423, 447 50, 51, 350, 367, 375, 416
guerra naval: 45, 189, 240, 294, 301, Hungria: 212, 213, 453
410 Hunos: 32
Guerra Peninsular: 40, 424 Hunt, Sir Rex: 378
Guerrilha: 227, 231, 424, 426-8 Hussein, Saddam: 394
Guilherme II, Kaiser: 144, 145 Hyder Ali: 41
HYPO: 251, 259, 261, 262, 264, 265,
Halsey, almirante William: 255, 258 267, 270
Hamilton, Sir William: 73-5, 83, 92
Hannay, Richard: 24, 329, 354, 368 Império Otomano: 63, 72, 97
Hardy, capitão Thomas: 69, 70, 71, 80, Império Persa: 31
82, 83 Imphal, Batalha de: 403
Hargest, brigadeiro J.: 228, 229 Índia: 24, 40, 41, 43, 59, 61, 63, 75-8, 81,
harkara, sistema: 41-43 86, 92, 97, 111, 113, 143, 155, 263, 403,
Harper’s Ferry: 109, 110, 115, 118, 122, 409, 424, 425, 431, 432, 439
128-30 Indices: 33, 39
Harrisonburg: 110, 123, 124, 126, 127 Indus, navio: 170
Hartlepool: 195 informação em tempo real: 38, 43, 44,
Havai: 241, 246, 251, 253, 256, 258-265, 45, 46, 48, 50, 182, 188, 410, 434
267, 278, 410 informação fotográfica: 48, 51, 336, 357,
Heinemann, general Erich: 356 375, 416
Henderson, comandante R.G.H.: 291 Iraque: 373, 374, 393, 395
Heraklion: 217, 218, 219, 226, 227, 228, Irlanda do Norte: 323, 397
233, 235 Ismay, general: 336, 343
Herbert, Mr.: 298, 345, 355 Israel: 49, 85, 375, 394
Herivel, John: 211 Itália: 36, 59, 60, 63, 65, 71, 72, 76, 79,
Hertz, Heinrich: 141 95, 242, 244, 453
Himmler, Heinrich: 341 Iwo Jima: 403
Hinsley, Sir Harry (F.H.): 285, 325, 349,
404, 455 Jackson, Andrew, presidente: 112
Hitler, Adolf: 212-6, 231, 245, 251, 285, Jackson, capitão H.B.: 141
286, 286, 288, 330-5, 388, 345, 359, Jackson, contra-almirante Thomas:
370, 419, 431, 447 194, 195
Hohenfriedberg, Batalha de: 39 Jackson, Thomas «Stonewall»: 9, 51,
Holanda: 51, 215, 242, 311, 350, 357, 359, 99, 101, 108, 109, 113, 115-36, 140,
363, 426, 427, 432, 454 141, 416, 417
Holland, J.P.: 296 James, rio: 106, 107
Hompesch, Grande Mestre: 79, 80 Jane’s Fighting Ships: 383
Hong Kong: 150, 169, 252 Japão: 49, 153-5, 239, 240-7, 251-3,
Honolulu: 158 255-7, 263, 264, 277, 278, 281, 285,
Hope, capitão George: 70, 71 426, 454, 459
Horton, almirante Sir Max: 313 Jefferson, Thomas: 112, 115, 199
Hotchkiss, Jedediah: 115, 116, 124, 125, Jellicoe, almirante Sir John: 194
127, 128, 131, 132, 135, 417 Jerram, almirante: 170
Howe, almirante Lord: 55-7 Jerusalém: 36, 79
Huff Duff (high-frequency direction Jervis, Sir John ver St Vincent, almi-
finding): 310, 317 rante Lord
Hulagu: 32, 433 Jodl, general: 215, 419
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 468

[468] espionagem na guerra

Johnson, general Edward: 124 Lettow-Vorbeck, general von: 149


Johnston, general Albert Sydney: 116 Lexington: 114-5
Johnston, general Joseph E.: 107, 108, Lhasa: 113
116-21, 123,125, 126, 130, 131 Lincoln, Abraham, presidente: 102,
Jones, Dr. R.V.: 331, 332, 333, 336, 342, 106-8, 112, 116-7, 122, 128-30, 135
345, 347, 359, 456 Lindemann, professor F.A.: 343, 414
Jones, major Frank: 121 Livorno: 76, 78
Jones, Mr., agente: 77 Loredano, navio: 170
Juan Fernandez, ilhas: 162, 167, 186 Los Alamos: 422
Jugoslávia: 212, 213, 427, 428, 430, 431, 453 Low, capitão Francis: 254
Jutland, Batalha de: 74, 194, 195 Lubbeck, Isaac: 346
Luc, professor de: 76
Kabinga, navio: 170, 171 Luce, capitão: 186
Kahn, David: 433, 447, 448, 452, 456 Lüdecke, capitão: 186
Kaiser, Henry: 311 Luftwaffe: 47, 50, 209-12, 214, 219, 297,
Kamato, capitão Kuroshima: 264 304, 333-4, 338, 340, 343, 345, 351-2,
Kamina: 146 354, 357, 367, 410, 456
Kennedy, capitão: 95 Luray, vale e pontes: 110, 120, 122-3,
Kerneval: 299, 314 126-7, 131-2
Kernstown: 121, 123, 124 Lützen, Batalha de: 38
Kernstown, Batalha de: 122, 123 Luxemburgueses: 348
KGB: 420, 432
Khan, Noor Inayat: 428 Maclean, Donald: 51, 375, 422-3, 452
Killin, navio: 170 Madras: 41, 171-2
Kim: 24, 113, 329, 398 Maercker, capitão: 183, 185
King, almirante Ernest: 254, 260, 264, Magic ver Purple: 251, 404-5
300, 316 Mahan, Alfred Thayer: 82
Kipling, Rudyard: 24, 113, 329, 398 Maleme: 217-21, 223-4, 226, 228, 230,
Kleye, capitão: 229 232-5, 405
Knox, Dilly: 208, 209, 249 Malta: 59, 61, 72, 74-5, 77-83, 93-4,
Kochel: 348 96-7, 143, 146, 214-5, 257, 403, 411
Kohima: 403 Manassas: 106, 118-20, 122, 126
Kretschmer, Otto: 319 Manzikert, Batalha de: 44
Mapas: 25, 34, 40, 110-14, 116, 223, 391,
L’Echo, jornal: 76 417, 439
La Pallice: 294, 296-7 Mar de Coral, Batalha do: 256 -8,
Lannes, General: 64, 83 261-2, 265, 274, 277
Lapeyrène, almirante A. Boué de: 95 Mar de Java, Batalha do: 252-3, 256, 265
Lawrence da Arábia (T.E.): 177 Marabout, baía: 87
Layton, comandante Edwin: 260 Maratona: 43
le Carré, John: 14, 23-5, 329-30, 366, Marconi, Guglielmo: 141-3, 146, 409
422 Marinha Alemã, navios (1914-1918)
Le Moniteur, jornal: 76 Breslau: 94, 97, 148, 166, 411
Le Surveillant, jornal: 76 Cormoran: 155, 158
Leach, almirante Sir Henry: 378 Dresden: 149, 155, 160-3, 177, 185-6
Lee, general Robert E.: 115, 125-6, 131, Emden: 149, 154-5, 158-9, 169-77,
134-5, 141 186-8, 254
Leigh Light: 318-9 Gneisenau: 149, 155, 161-2, 167-8,
Leninegrado: 35 182-3, 185
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 469

índice remissivo [469]

Goeben: 94-7, 148, 166, 411 Tangier: 262


Jaguar: 154 Wasp: 253, 257
Karlsrühe: 160-1, 186 Yorktown: 257-8, 262, 265, 274-7
Königsberg: 149, 173, 332 Marinha Francesa: 86
Kronprinz Wilhelm: 186 Marinha Francesa, navios (1798-1805)
Leipzig: 149, 155, 160, 162, 166, 177, Aquilon: 88, 90
185, 188 Bonne Citoyenne: 65, 69-71
Magdeburg: 195 Conquérant: 88-9
Markommania: 155 Diane: 90
Nürnberg: 149, 154-5, 158, 168-9, 177, Franklin: 88, 90
183, 185 Guerrier: 88-9
Prinz Eitel Friedrich: 154-5, 158, 186 Guillaume Tell: 88, 90
S.90: 154 Justice: 90
Scharnhorst: 149, 155, 161-2, 164-5, Heureux: 89-90
167-8, 177, 182-5 L’Orient: 64-5, 85, 88-90
Yorck: 154 Mercure: 89-90
Marinha Alemã, navios (1939-1945) Peuple Souverain: 88, 90
Bismarck: 410 Spartiate: 88, 90
Graf Spee: 148 Terpsichore: 65, 68-71
Krebs: 324 Timoléon: 90
Larenburg: 324 Tonnant: 88-90
München: 324 Marinha Francesa, navios (1914-1918)
U-47: 294 d’Iberville: 172
U-99: 319 Dupleix: 153, 171
U-110: Fronde: 172
297, 324 Montcalm: 153, 171
U-663: 318 Mousquet: 172, 187
Marinha Australiana, navios Pistolet: 172
Australia: 152, 154, 158 Marinha Japonesa: 239-40, 242-43,
Melbourne: 152, 175 245, 264, 266, 301
Sydney: 152, 175-6, 188 Marinha Japonesa, navios (1914-1918)
Marinha da Argentina Chikuma: 171
Belgrano: 384-6 Ibuki: 171, 175
Veinticinco de Mayo: 383, 385 Marinha Japonesa, navios (1941-1945)
Marinha dos Estados Unidos 239, 251, Akagi: 257, 264, 275-6, 278
300-1, 305 Arashi: 276, 279, 408
Marinha dos Estados Unidos, navios Hiryu: 257, 264, 270, 276-8, 280
Card: 317 Kaga: 257, 264, 276, 278
Enterprise: 253, 255, 257-8, 262, 265, Ryujo: 257, 260
270, 273-9 Shoho: 257
Hornet: 253, 255, 257-8, 262, 265, Shokaku: 257
273-5, 278-9 Soryu: 257, 264, 276-8
Lexington: 253-4, 257 Tone: 272-3, 280
Nautilus: 276-7, 279, 408 Yamato: 264
Neosho: 257 Zuiho: 257, 260
Ranger: 253, 257 Zuikaku: 257
Salt Lake City: 262 Marinha Russa, navio
Saratoga: 253, 257 Zhemchug: 172, 187
Sims: 257 Mark 24 mine: 289, 320, 322
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 470

[470] espionagem na guerra

Marlborough, Duque de: 31 Mornington, Lord: 77


Marmont, marechal: 83 Morse, Código: 46-7, 139, 212
Marquesa, ilhas: 162, 164, 409 Mosa, rio: 215
Marriot, J.A.: 365 Mücke, Kapitänleutnant von: 174-7
Maryland: 103, 109, 132 Müller, capitão von: 154-5, 159, 169-72,
Mas-a-Fuera: 167, 177, 185 174-6, 187-8
Massanutten, montanhas: 109-10, 120, Murat, marechal: 83
122-3, 126-7, 131-3 Mussolini, Benito: 213
Mauborgne, major Joseph: 198,249
Maxwell, James Clark: 141 Nagumo, almirante Chuichi: 81-2,
May, Alan Nunn: 422 254, 260, 263-4, 266-7, 270-81, 408
McArthur, general Douglas: 252, 262 Nain Singh: 113
McClellan, general George: 106 -9, Napoleão, Imperador (general Bona-
111, 116-9, 121-4, 126, 129, 134-6 parte) ver Bonaparte
McDowell, Batalha de: 107-8, 124-5, Nápoles, reino de: 61, 73, 93
127, 130 National Security Agency (NSA): 377,
McDowell, general: 124, 129, 130 386, 420, 453
McPherson, James: 106 Nauen: 146, 159-60
Mediterrâneo: 51, 56-9, 61, 63, 69-73, Nauru: 146
75-6, 78-9, 82-3, 92-97, 101, 147-8, Nelson, Horatio, Lord: 51, 56, 58-9,
151, 161, 164, 187, 213-5, 222, 257, 64-5, 68-75, 78-88, 90-8, 101,
295-7, 410-2, 451, 453 139-40, 147-8, 155, 167, 174, 184, 188,
Meillerwagen: 342, 363-4, 394 222, 296, 322, 410-2, 415, 417
Melbourne: 260-1, 278 Nelson, Lady: 84
Merkur (Mercúrio), Operação: 215, Neptune, avião: 385-6
219, 221 New Market, Shenandoah: 110, 127, 131
Meyer, Hans Friederich: 332 New Zealand, cruzador de Batalha: 152
MI6 ver Secret Intelligence Service Niemen, rio: 35
(SIS): 14, 17, 332, 342-3, 349-50, 377, Nilo: 32, 59, 63, 65, 83, 86, 91-2, 94,
382, 420, 432, 447 97-8, 140, 411-2, 415, 417
Midway: 241, 246, 255-6, 259-67, Nimitz, almirante Chester: 252, 257-9,
270-4, 276-8, 280, 406-8 261-2, 264-5, 267, 276-8, 281
Midway, Batalha de: 81, 248, 249, 256, Nordhausen: 348, 363
263-6, 277-8, 280, 405, 407-8, 416-7 Northwood, quartel-general: 386-8
Mihailovic, Draza: 427, 430 Noruega: 209, 215, 311, 321, 324, 332, 426
Miller, capitão: 88 Nova Guiné: 145, 153, 178, 240, 256,
Milne, almirante Sir Berkeley: 95-98, 259, 261-3
166 Nova Zelândia: 143, 151-2, 240-1, 409
Milroy, general R.H.: 125 Nubia: 32, 35
Mississípi: 102-3, 106, 109, 111-3
Mogóis, Imperadores: 424 OB 40 (Room 40): 194-5, 456
Moltke, Helmuth von: 26 Oberth, Hermann: 338
Mongóis: 41-2, 63 Oceano Índico: 63, 93, 150, 155, 159,
Monongahela, Batalha de: 40 169, 172-4, 177-8, 253-4, 258, 263, 296,
Monroe, fortaleza: 107-8, 117 407
Monrovia: 146 Office of Strategic Services (OSS):
Monte 107, Creta: 223-4, 226, 229, 231, 330, 396, 432
233 OP-20-G: 249, 251-2, 261-2, 264, 278,
Montecristo, ilha de: 72-3 305-7, 309, 397
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índice remissivo [471]

Operational Intelligence Centre: 313 Primeira Guerra Mundial: 24, 46-7,


Orange Bay: 162-164 189, 198, 239, 241, 243, 249, 286-90,
Orquestra Vermelha: 50 294, 296, 301, 312, 329, 330, 334, 338,
Oshima, Barão: 251 349-50, 419, 448, 456, 458
Ostro: 367 Primeiro Lorde do Almirantado: 76
procursatores: 33
Pacific Railroad Act: 112 Prússia: 26, 35, 60, 113, 193, 214, 332
Pacífico, Oceano: 112, 147, 159, 241, 263 Punta Arenas: 162, 180
Pacto Tripartido: 212-3 Purple, ver também Enigma: 249-51, 452
Pagan: 154, 158, 169
Papieté: 158 Quadrado Vigenère: 201
pára-quedistas: 51, 214-7, 219-22, 224, Quatre Bras, Batalha de: 44
226-8, 230-1, 233, 235-6, 379, 388
partisans: 427, 430, 432 Rabaul: 146, 153, 159, 240, 254
Páscoa, ilha da: 162, 164, 409 rádio telegrafia (R/T): 46-7
Passaro, cabo: 80 rádio ver comunicação sem fios
Pearl Harbor: 244, 246-8, 251, 253-4, Raeder, almirante Erich: 288
257, 259, 261-3, 265-6, 277, 285, 294, Ramcke, coronel: 229-30
311, 406, 410, 459 Rappahannock, rio: 106, 117, 124-5
Peenemünde: 48, 332, 334-5, 337-8, Rechlin: 345, 369
344-9, 351-4, 356, 359-60, 368-9, Reid, Ensign Jack: 265, 266, 270
415-6 Rejewski, Marian: 204-5, 207, 209
Penang: 172 Relatório de Oslo: 332-4, 353, 367-8, 416
Península da Virgínia: 107, 109, 115, 117, Rennenkampf, general: 193
134 Resolução 1441: 394-5
Pensilvânia: 103, 109, 132, 134 Rethymno: 219, 226-8, 233, 235
Pernambuco: 146, 159 Richmond: 106-8, 117-20, 122-36, 140,
Peron, coronel Juan: 376, 384 416
Philadelphia, paquete: 142 Rio da Prata: 148, 160-1
Philby, Kim: 375, 420-3, 432, 452, 458 Rochefort, capitão Joseph: 61, 261,
Philippeville: 94 262, 267, 281
Phoney War: 209 Rockbridge: 115
Pianosa, ilha: 73 Roessler, Rudolf: 50
Poe, coronel Orlando: 113 Roménia: 212-3, 216
Polónia: 75, 204, 206, 209, 213, 288, Rommel, marechal de campo Erwin:
331, 338, 348-50, 369, 430, 433, 447 213, 231, 406
Ponapé: 154 Romney: 118
Ponto Médio de Impacto (Mean Point Roosevelt, Theodore, presidente: 118,
of Impact, MPI): 366-7 247-8, 254, 257, 311
Pontoporos, navio: 170-1, 174 Rossignol, sistema: 197
Popham, Home: 57-8 Rowehl, coronel: 345
Port Republic: 109-10, 120, 132-4 Royal Australian Navy ver Marinha
Port Stanley: 181-4, 188, 377, 379, Australiana
389-92 Royal Canadian Navy: 289, 301, 313
Porto Moresby: 256-7 Royal Navy: 56-7, 60-2, 74-5, 83, 86,
Portugal: 40, 59-61, 72, 75, 77, 93, 97, 141, 144-5, 147, 150-2, 163, 167,
179, 424, 439 169-70, 172-3, 178-9, 181, 187, 194,
Potomac, rio: 109, 118, 129-30, 135 222, 231, 288-91, 294-5, 299-301, 313,
Prien, Gunther: 291 376, 411-2, 431, 456
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 472

[472] espionagem na guerra

Royal Navy, navios (1798-1805) Orama: 180


Alcmene: 70-1 Otranto: 152, 159-60, 162-4, 166-7, 169
Alexander: 65, 68, 72, 80, 85, 88-9 Queen Elizabeth (classe): 150
Audacious: 88 Severn: 186
Bellerophon: 80, 88, 90 Suffolk: 152
Culloden: 80-1, 85, 90 Swiftsure: 88-9
Defence: 161, 164-6, 179 Triumph: 151, 154
Emerald: 65, 69-71 Yarmouth: 151, 170, 173-4
Gloucester: 96, 232 Royal Navy, navios (1939-1945)
Goliath: 85, 87-8 Achilles: 148
Indefatigable: 95 Ajax: 148
Indomitable: 95-6 Cornwall: 159, 179, 181-5, 254
Leander: 65, 72, 80-1 Dorsetshire: 254
Leopard: 78 Exeter: 148
Majestic: 88, 90 Hermes: 254, 384
Minotaur: 88, 151-2, 154, 171, 175 Illustrious: 246
Mutine: 65, 69-74, 80, 83 Prince of Wales: 252
Orion: 65, 69, 72, 80-1, 88, 183 Repulse: 252
Swiftsure: 88-9, 151 Royal Oak: 291, 294
Theseus: 88 Scarborough: 295-6
Transfer: 78 Starling: 316
Vanguard: 65, 68-71, 78, 80-2, 84-5, Walker: 319
88, 94 Royal Navy, navios (1982, Guerras das
Victory: 86, 311 Falklands)
Zealous: 59, 85, 88-9 Antrim: 389
Royal Navy, navios (1914-1918) Conqueror: 385
Berwick: 152 Coventry: 386
Bristol: 181-2 Endurance: 376-8
Canopus: 152, 161-2, 164-9, 181-3 Glasgow: 151, 159-62, 164, 166-9, 179,
Carnarvon: 179, 181-5 181-6, 386, 409
Cornwall: 159, 179, 181-5, 254 Hermes: 254, 384
Dartmouth: 152 Invincible: 179-81, 183, 187, 392
Defence: 161, 164-6, 179 Sheffield: 386, 390, 393
Essex: 152 Fox: 152 Rozycki, Jerzy: 204
Glasgow: 151, 159-62, 164, 166-9, 179, Rude’s Hill: 120, 123, 131-2
181-6, 386, 409 Rússia: 25,60, 63, 102, 113, 148, 153,
Good Hope: 152, 159-60, 162, 164, 212-3, 239-40, 249, 295, 329, 338, 404
166-9, 183, 185, 187
Hampshire: 151-2, 170, 173-4, 188 Sambre, rio: 45
Inflexible: 179-81, 183-4, 187 Samoa: 145, 146, 158, 162, 178, 179, 240,
Invincible: 179-81, 183, 187, 392 409
Kent: 179, 181-5 Samsonov, general: 193
Lancaster: 152 San Carlos Water: 390, 392
Macedonia: 180 Sandover, capitão T.C.: 219
Mersey: 186 Sandover, major R.L.: 227
Minotaur: 88, 151-2, 154, 171, 175 Sandys, Duncan: 336, 337, 343, 345, 346,
Monmouth: 152, 159-60, 162, 164, 347, 353
166-9, 183, 185, 187 São Vicente, Cabo Verde: 61, 62, 74, 180
Newcastle: 151 Sapper Hill: 182
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índice remissivo [473]

Sapper, autor: 329 Spee, almirante Maximilian Graf von:


Sardenha: 59, 60, 65, 68, 70, 71, 78 148, 149, 154, 155, 158-67, 169, 177-85,
Saumarez, capitão James: 65, 80, 81 187-9, 239, 296, 408, 409
Saxe, marechal de: 39 Speer, Albert: 335, 340, 343
Scapa Flow: 147, 179, 194, 291 Spencer, Lorde: 75, 78
Scarborough: 195, 295, 296 Spruance, almirante Raymond: 258,
Scherbius, Arthur: 199, 200 273, 274, 277, 278, 281
Schönberg, capitão von: 169 St Fond, Faujas de: 77
Scott, general Winfield: 102, 106 St Sebastian, Cabo: 70
Scud, mísseis: 394 St Vincent, almirante Lord (Sir John
Secret Intelligence Service (SIS): 249, Jervis): 61, 62, 74, 84, 91, 93
349, 350, 351, 352, 368, 420, 447 Staunton: 110, 115, 120, 122, 123, 124, 132
Segunda Guerra Mundial: 48-50, 148, Stimson, Henry: 26
159, 186, 214, 242, 267, 285, 286, 301, Stoddart, almirante: 165, 179, 180
330, 361, 373, 387, 396, 404, 414, 419, Stony Creek: 123
428, 430, 451-5, 457, 458 Strasburg: 110, 120, 122, 126, 127, 128,
Semáforo: 139 130, 131
Shell, Companhia de Petróleo: 346 Student, general Kurt: 215, 229
Shenandoah, vale: 9, 11, 51, 99, 101, Sturdee, almirante Sir: 180-2, 184, 189,
103, 107-9, 114, 117, 118, 123, 125, 127, 410
130, 131, 133, 136, 140, 416, 417 Sturm, coronel: 216, 227
Sheridan, general Philip: 116 Suécia: 61, 350, 355
Sherman, general William: 113 Suez: 78, 97, 172
Shields, general: 126, 130-5 Super Etendard: 385, 386, 390, 391
Shiloh, Batalha de: 116 Survey of India: 111, 113
Sibéria: 49 Suva: 164
Sicília: 59, 65, 72, 73, 75, 78, 80, 81, 84, Swinemünde: 334, 369
91-5, 140, 411 Szabo, Violet: 428
sigint (signals intelligence): 25, 368, 374, Szenassy, Stephan: 368
375, 393
Simard, capitão Cyril: 266, 270, 278 Tahiti: 158, 182
Singapura: 150, 169, 170, 252 Taiyo Maru, navio: 246
Siracourt: 348 Talamone, golfo de: 72
Siracusa: 84 Talibã: 395
Slidex: 47 Talk Between Ships (TBS), sistema:
Smith, capitão Sir Sydney: 86 46, 316
Smuts, Jan: 17, 426 Talleyrand, Charles de: 63
Sonar: 47, 315, 316, 321, 323, 412 Tallmadge, major Benjamin: 197
Sorge, Richard: 49, 50, 438 Tannenburg, Batalha de: 193
Souchon, almirante: 94-7 Taranto, Batalha de: 246, 294
South Fork, Batalha de: 109, 210, 133, task force: 182, 258, 378, 379, 382-6, 391,
134 392, 408
South Georgia: 375-8, 389, 392 Tavronitis, rio: 223, 224, 229, 405
Special Air Service (SAS): 379, 388-92 Telconia, navio de instalação de cabo:
Special Boat Service (SBS): 379, 389, 195
390 Telefunken: 146, 166
Special Operations Executive (SOE): telégrafo: 42, 45, 107, 113, 127, 139, 140,
51, 226, 330, 343, 350, 352, 387, 388, 142, 143, 175, 193, 411, 416, 417
396, 427, 428, 431, 432, 453-5, 458 Terra Nova: 142, 305, 306
Espionagem2 3/9/06 23:43 Página 474

[474] espionagem na guerra

Terrorismo: 395, 398, 399, 418, 434 Upham, tenente Charles: 230
Thatcher, Margaret: 377, 378 Usedom: 345
The Riddle of the Sands: 24, 334
The Times Atlas: 391 V-1 (bomba voadora): 48, 51, 331, 333,
Thoma, general von: 336 335, 337-40, 344, 348-55, 357, 359, 361,
Thomas, capitão: 81 362, 367, 370, 404, 415, 416, 419
Tidbury, brigadeiro: 217 V-2 (foguetão): 48, 51, 331-5, 337, 338,
Tipu, sultão: 41, 75 340-2, 344-9, 351-4, 356, 359-64,
Tirpitz, almirante von: 144, 145, 149, 150 367-70, 394, 404, 414-16
Tirreno, Mar: 78 Valens, imperador: 33
Tito, Josef: 427, 446, 453 Valetta, Grão Mestre de: 79
Tizard, Sir Henry: 331 Valley Turnpike: 118-21, 123, 124, 128,
Tomonaga, tenente Joichi: 267, 270, 129, 131, 132
272, 273, 280 Valparaíso: 161, 164, 165, 167, 177, 178,
Tóquio: 49, 246, 251, 254, 255, 262 180
Tortura: 396 Venlo, incidente: 350
Toulon: 64, 65, 68, 69, 70, 72, 75, 77, 78, very high-frequency (VHF): 46
95, 97 vigilância por satélite: 387, 388, 398
Trafalgar, Batalha de: 58, 65, 69, 80, 86 Vikings: 32, 37
Tranow, Wilhelm: 302 Villeneuve, almirante: 58, 65, 90
Tratado Naval de Washington: 243
Travis, comandante Edward: 219 Wachtel, coronel: 351, 352
Treasure, agente: 367 Waffenamt: 350, 351
Trebboch, navio: 171 Wake, ilha: 241, 252, 256, 265
triangulação (ver também cartografia): Waldron, tenente-comandante John:
111-3 275
Tricycle, agente: 364, 366 Walker, capitão F.J.: 316
Tríplice Aliança: 95 Wallenstein, Albrecht von: 38
Troubridge, almirante Ernest: 95, 96, Washington: 15, 51, 103, 106-9, 115-8,
148 122, 128, 130, 135, 139, 243, 245, 250,
Troubridge, capitão Thomas: 70-2, 74, 305, 306, 324, 421, 422
75, 80, 81, 95 Washington, George: 31, 112, 197
Tsingtao: 149, 153, 154, 158 Waterloo, Batalha de: 44, 227
Tsushima, Batalha de: 90 Watten: 348
Tulagi: 257 Wavell, general: 221, 222, 228
Tumultos Irlandeses: 426 Webley, tenente: 89
Turcos Seljuk: 36, 44 Wegener, Peter: 334, 335, 337, 348
Turing, Alan: 210, 249 Welchman, Gordon: 207-10, 212, 234,
Turner, almirante Richard: 261 458
Turner, Cobden: 332 Wellington, Duque (Sir Arthur Wel-
lesley): 40-4, 227
U-boots (submarinos alemães): 285, Western Approaches: 306, 313
289, 291, 294-300, 303, 304, 306-10, Western Telegraph Company: 180
313, 320, 326, 412, 413, 416 Wheatstone, Charles: 139
Udney, cônsul: 76-9 Whitby: 195
Ultra: 221-3, 233-5, 251, 315, 404, 405, White Cloud: 387
451, 455, 457, 459 Wilhelmshaven: 194
União Soviética: 49, 214, 243, 285, 375, Wilkes, tenente Charles: 112
383, 420, 421, 426 Williams, E.T.: 419
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índice remissivo [475]

Williamsburg, Batalha de: 108, 126 Y, serviço: 47, 438, 453


Williamsport: 110 Yamaguchi, almirante Tamon: 280
Wilson, presidente: 198 Yamamoto, almirante Isoruku: 246,
Wilson’s Creek, Batalha de: 116 263, 264, 277, 280
Winchester: 38, 110, 118, 120, 121, 128, Yap: 146
129 York, rio: 106, 107
Windhoek: 146 Yorktown: 107, 108, 115
Winn, Rodger: 313
Wissant, porto: 38, 346 Zaunkönig, torpedos acústicos:
Woodhouse, Christopher: 226 320, 322, 333
Woodstock: 123 Zero, caça: 244, 266, 270, 272, 273, 275,
Woodward, almirante Sandy: 384, 386, 276, 279
393 Zimmermann, telegrama: 198, 458
Xangai: 154, 169, 241 Zygalski, Henryk: 204
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ESPIONAGEM NA GUERRA
foi composto em caracteres hoefler

text e impresso pela guide, artes

gráficas, sobre papel print speed

de 90 gramas, numa tiragem de

3000 exemplares, em março de 2006


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