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Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo Ano letivo 2021/2022

Disciplina de História A
Trabalho realizado por: Maria Vrinceanu nº16 e Mariana Nunes nº18 da turma 11ºM

AS INVASÕES FRANCESAS
1. Enquadre os documentos B, E e F na conjuntura histórica (Portugal no início do século XIX).

No século XIX, Napoleão pretendia acabar com a invencibilidade inglesa estabelecida, e por
isso decretou o bloqueio continental que dizia que nenhum país podia realizar trocas comerciais com
a Inglaterra. Portugal, no entanto, não se dignou em aceitar as exigências francesas acabando por ser
invadido 3 vezes, sendo a primeira em 1807. É possível observar estas pretensões no documento B,
em que está explícito o ultimato francês e as seguintes ideias:”Portanto, se [...] o Príncipe Regente de
Portugal não declarar guerra à Inglaterra, retendo como reféns os ingleses estabelecidos em
Portugal, confiscando as mercadorias inglesas, fechando os seus portos ao comércio inglês,
entender-se-á que o Príncipe Regente de Portugal renuncia à Coroa do continente, isto é, que se
declara inimigo da França.”Com isto, a família real portuguesa e a corte fugiram para o Brasil,
realocando assim a capital portuguesa para o Rio de Janeiro, o que permitiu a preservação da
integridade do estado português.
A primeira invasão francesa comandada por Junot, tinha como objetivo principal a captura
da família real para assim obter controlo do território português, algo essencial para a expansão do
Império francês. Para concretizar este mesmo objetivo, Junot pretendia ganhar a confiança dos
portugueses de forma pacífica e pouco tumultuosa, e por isso enviou uma carta que tinha como
remetente o povo português. Nesta carta, que se encontra no documento E, o general apelava ao
povo português: criticando a atitude dos seus respetivos governantes (a fuga para o Brasil), “O
príncipe do Brasil [príncipe regente D. João], abandonando Portugal, renunciou a todos os seus
direitos à soberania deste reino.”; demonstrando a intenção do governo francês, “O imperador
Napoleão quer que este belo país seja administrado e governado em seu nome e pelo general-chefe
do seu exército.”; referindo todos os benefícios que teriam ao colaborarem com os invasores, “As
rendas públicas bem administradas assegurarão a cada empregado o prémio do seu trabalho; a
instrução pública, esta mãe da civilização dos povos, de derramará pelas províncias.(...)A religião de
vossos pais, a mesma que todos professamos , será protegida e socorrida pela mesma vontade que
soube restaurá-la no vasto Império Francês.[...] A tranquilidade pública não será mais perturbada por
horríveis salteadores, resultado da ociosidade[...].”; aliciando os militares e nobres portugueses com
festas, bailes e jantares, “O general Junot principiou também a dar as suas festas, diziam que
brilhantíssimas. Os seus jantares e bailes eram frequentes, tanto no Palácio do Quintela, na rua do
Alecrim, como no Palácio da Rainha Carlota, ao Ramalhão ".
Após esta primeira invasão, que resultou no controlo francês sobre Portugal, acabou com a
Convenção de Sintra, entre a Grã-Bretanha e a França, determinando as condições em que os
franceses deixariam Portugal. Esta Convenção marca por isso a rendição dos franceses. No entanto,
como é possível observar no documento F, a assinatura desta não trouxe benefícios para Portugal, já
que os franceses levaram de forma bárbara várias preciosidades tais como, ouro e a Bíblia dos
Jerónimos.

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