Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NAPOLEÔNICA
Em dezembro de 1807, a bandeira francesa foi arvorada no Castelo de São Jorge, em
Lisboa. Os portugueses tomaram, então, o real conhecimento que a nação lusa caíra
“em poder das águias”. Alguns tumultos entre soldados franceses e o baixo povo
registraram-se. Os últimos gritavam: “Viva Portugal e morra a França!” Começava,
assim, o domínio francês em Portugal.
Tal atitude, porém, foi se modificando, com a publicação do decreto (1º de fevereiro de 1808) que extinguia o Conselho da
Regência e destituía a dinastia de Bragança. Novos impostos foram determinados, como a contribuição de guerra
extraordinária, no valor de 100 milhões de francos. Foram ainda sequestrados os bens pertencentes à família real
portuguesa, bem como os de todos os fidalgos que acompanharam D. João.
Em meados de junho, chegou a Lisboa a notícia do Manifesto ou exposição justificativa do procedimento da Corte de
Portugal a respeito da França, escrito no Rio de Janeiro em 1º de maio, que proclamava fidelidade à aliança inglesa e que
autorizava os súditos portugueses “a fazer a guerra por terra e mar aos vassalos do Imperador dos Franceses”. Era o início,
ainda que simbólico, da ofensiva contra o invasor. Em agosto de 1808, a Restauração portuguesa começava, por meio de
uma operação, decidida pelo próprio governo inglês, sem o acordo prévio de qualquer autoridade portuguesa. Dois fatores
foram decisivos para a derrota das tropas francesas: a impossibilidade de apoio da Espanha, também convulsionada, e a
fidelidade da massa popular a seu rei, colocando-se contra o invasor infiel. Em fins de setembro de 1808, Lisboa proclamava
a Restauração completa do reino, em meio a festas e celebrações.
O ano de 1809 foi marcado pelo temor constante de novas invasões. Na visão dos próprios governadores do reino, “o
insaciável Napoleão” não deixaria de empenhar todas as suas forças para vingar seus exércitos humilhados. A segunda
invasão foi iniciada, em março de 1809. O terreno acidentado e o erro estratégico de subestimar a capacidade de
mobilização da população da região, porém, garantiram o êxito da atuação do exército luso-britânico, forçando a expulsão
dos franceses.
Em agosto de 1810, o exército francês entraria em Portugal novamente. Os franceses apoderaram-se de Coimbra, mas
foram obrigados a recuar. Travou-se então prolongada guerra de usura, recorrendo os dois lados à tática de terra arrasada,
o que provocou fome e devastação entre os portugueses, mas que também desgastou as tropas napoleônicas. Nessa
situação, as tropas francesas começaram sua retirada, em março de 1811, embora só em outubro tenham atravessado a
fronteira espanhola.
FEITO POR: ESIRLAN FRANÇA,
ANTÔNIO LUCAS, EVERTON
PHILIPE, DEIVIDE SILVA