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No inicio do século XIX Portugal era um país típico do Antigo Regime. Governado pelo príncipe D.João, a agricultura
era a principal atividade económica e a sociedade continuava com os antigos privilégios da nobreza e clero.
A inquisição, a Real Mesa Censória e a Intendência-Geral da polícia continuavam com a sua ação repressiva contra
todos os que desejavam ou pretendiam alguma mudança.
Já nos centros urbanos, burgueses e intelectuais, ligados ao comércio com o Brasil e alguns intelectuais discutiam
algumas ideias de mudança. Surge também a maçonaria, que era uma sociedade secreta, cujos membros cultivavam
os princípios da liberdade, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual. Os maçons estruturaram-se e
organizaram-se em células autónomas, designadas por Lojas, todas iguais em direitos e honras independentes entre
si.
Os anos passaram e D. João, príncipe regente e, a partir de 1816, rei, não mostrava qualquer intenção de regressar,
tendo mesmo promovido o Brasil ao estatuto de reino em 1815, decisão que aumentou ainda mais o mal-estar na
metrópole. O sentimento era, cada vez mais, o de que Portugal trocara de posição com o Brasil, tendo este passado
a ser o centro do Império e aquele decaído à condição de colónia. Além de ser agora uma espécie de colónia do
Brasil, Portugal era, assim, igualmente, aos olhos de muitos, um protetorado da Grã-Bretanha.