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Os antecedentes da revolução liberal

No inicio do século XIX Portugal era um país típico do Antigo Regime. Governado pelo príncipe D.João, a agricultura
era a principal atividade económica e a sociedade continuava com os antigos privilégios da nobreza e clero.

A inquisição, a Real Mesa Censória e a Intendência-Geral da polícia continuavam com a sua ação repressiva contra
todos os que desejavam ou pretendiam alguma mudança.

Já nos centros urbanos, burgueses e intelectuais, ligados ao comércio com o Brasil e alguns intelectuais discutiam
algumas ideias de mudança. Surge também a maçonaria, que era uma sociedade secreta, cujos membros cultivavam
os princípios da liberdade, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual. Os maçons estruturaram-se e
organizaram-se em células autónomas, designadas por Lojas, todas iguais em direitos e honras independentes entre
si.

As invasões francesas e a dominação inglesa


Decidido a abater o poderio inglês, Napoleão decretou o bloqueio continental em 1806. A França queria que nos
associássemos ao bloqueio, fechando os portos ás esquadras inglesas, prendendo os súbditos ingleses residentes no
país e sequestrando-lhes as propriedades, consequentemente a Inglaterra ameaçava-nos com as mais violentas
represálias, se procedêssemos assim. As Invasões Francesas decorreram de 1807 a 1811, havendo 3, deixando
Portugal numa situação de grande crise durante a década de 10 do século XIX. Desde logo, uma crise política causada
pela ausência da família real, que se instalara no Brasil para fugir da 1ª invasão, com o resto da corte, para escapar à
primeira invasão, chefiada por Andoche Junot.

Os anos passaram e D. João, príncipe regente e, a partir de 1816, rei, não mostrava qualquer intenção de regressar,
tendo mesmo promovido o Brasil ao estatuto de reino em 1815, decisão que aumentou ainda mais o mal-estar na
metrópole. O sentimento era, cada vez mais, o de que Portugal trocara de posição com o Brasil, tendo este passado
a ser o centro do Império e aquele decaído à condição de colónia. Além de ser agora uma espécie de colónia do
Brasil, Portugal era, assim, igualmente, aos olhos de muitos, um protetorado da Grã-Bretanha.

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