Você está na página 1de 3

Guerra dos Cem Anos

Guerra dos Cem Anos foi um conflito, entre 1337 a 1422, envolvendo França e
Inglaterra, caracterizado por várias batalhas e que determinou a formação das
monarquias europeias.

O rei Henrique V ampliou o domínio inglês sobre a França e participou dos conflitos
na Normandia, em 1415.
O rei Henrique V ampliou o domínio inglês sobre a França e participou dos conflitos
na Normandia, em 1415.
Imprimir
Texto:
A+
A-
PUBLICIDADE

A Guerra dos Cem Anos, ocorrida entre 1337 e 1422, não foi uma guerra contínua, mas
sim uma sucessão de batalhas envolvendo França e Inglaterra durante o processo de
formação das monarquias nacionais europeias.

Essa guerra é lembrada por conta da participação de Joana d’Arc, uma camponesa que
lutou junto do exército francês. A Guerra dos Cem Anos foi vencida pela França,
acabando com qualquer pretensão da Inglaterra de anexar seu território.

Leia também: Revolução Gloriosa – última fase da Revolução Inglesa

Tópicos deste artigo


1 - Resumo sobre a Guerra dos Cem Anos
2 - Videoaula sobre a Guerra dos Cem Anos
3 - Antecedentes da Guerra dos Cem Anos
4 - Causas da Guerra dos Cem Anos
5 - A Guerra dos Cem Anos
Primeiro período (1337-1364)
Segundo período (1364-1380)
Terceiro período (1380-1422)
Quarto período (1422-1453)
6 - Videoaula sobre Joana d’Arc
7 - Fim da Guerra dos Cem Anos
8 - Consequências da Guerra dos Cem Anos
Resumo sobre a Guerra dos Cem Anos
A Guerra dos Cem Anos foi uma série de conflitos envolvendo França e Inglaterra,
entre 1337 e 1453.

Os ingleses se aproveitaram do vácuo de poder na França para invadir seu território


e controlar o comércio de Flandres.

As guerras civis nos dois reinos interferiram no andamento da Guerra dos Cem Anos.

A camponesa francesa Joana d’Arc teve participação fundamental na vitória francesa


contra os invasores ingleses durante o último período da guerra.

Após mais de cem anos de conflitos, as monarquias inglesa e francesa se


fortaleceram, despertando sentimento nacional e patriótico.

Videoaula sobre a Guerra dos Cem Anos


Vídeos
Antecedentes da Guerra dos Cem Anos
A Guerra dos Cem Anos está inserida na transição da Idade Média para a Idade
Moderna, período em que se formavam os Estados Nacionais. Se, no período medieval,
o poder estava descentralizado nas mãos dos senhores feudais, na Modernidade, os
novos Estados surgiam com o poder centralizado em um monarca.

No século XII, a Europa assistia ao fim da Idade Média, período marcado pelo
feudalismo e a descentralização do poder, e o surgimento das primeiras monarquias
nacionais e reis absolutistas. O comércio e as cidades renasciam em contraposição
ao campo, que estava em crise. Os reis, que durante a Idade Média era chefes
militares, ganharam força ao conter as revoltas camponesas e as guerras entre os
reinos em formação.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)


Causas da Guerra dos Cem Anos
A origem da Guerra dos Cem Anos está na disputa pelo trono francês, que ficou vago
logo após a morte de Carlos IV, em 1328. Os ingleses queriam se aproveitar desse
vácuo de poder na França para assumir o seu território e usufruir dos benefícios
econômicos, principalmente em Flandres, uma região próspera comercialmente.

O rei inglês Eduardo III, que era neto do monarca francês Felipe, o Belo, usou seu
grau de parentesco como justificativa para anexar aos reinos da Inglaterra o da
França. Era uma forma de os ingleses dominarem a França e se beneficiarem do seu
comércio em expansão. Flandres possuía uma indústria têxtil que lucrava com o
comércio de lã com os ingleses e, por conta desse interesse econômico, viu com bons
olhos a tentativa da Inglaterra de anexar o reino da França.

A Guerra dos Cem Anos


Primeiro período (1337-1364)
O primeiro período da Guerra dos Cem Anos foi marcado pelo êxito da Inglaterra no
combate contra a França. Isso fez com que os ingleses ocupassem parte do litoral
norte francês. As tropas lideradas pelo rei Eduardo III eram em maior número do que
as da França. Flandres e a Bretanha, que estavam em território francês, apoiaram a
Inglaterra financiando seu exército.

No entanto, a peste negra provocou o fim das primeiras batalhas da Guerra dos Cem
Anos. Um terço dos europeus morreu por conta dessa doença. Ao retornar os
confrontos, os ingleses mantiveram seus avanços em território francês. Os nobres
não eram leais à Coroa francesa e se rebelaram contra os prejuízos da guerra.

Percebendo as derrotas no campo de batalha e a falta de apoio dos nobres e da


burguesia, o rei francês Carlos V negociou um tratado de paz com o rei Eduardo III
que encerrava o primeiro período da guerra, em 1364, e reconhecia o domínio da
Inglaterra em boa parte das terras francesas. Em troca, os ingleses se
comprometeram a não mais requisitar o trono da França.

Segundo período (1364-1380)


Em 1364, o rei francês Carlos V não reconheceu o tratado de paz assinado
anteriormente com a Inglaterra e reiniciou o conflito. As tropas francesas atacaram
os ingleses e começaram a reverter as derrotas sofridas durante o primeiro período
da guerra.

O êxito da França nesse segundo período se deveu a Bertrand Du Guesclin, um


cavaleiro francês que unificou as tropas e usou o sistema de guerrilhas para
derrotar os ingleses. Essa unificação demonstrou a importância de se ter um poder
centralizado, que organizasse os nobres em seu entorno e aumentasse a arrecadação
de impostos.

Os ânimos entre a França e a Inglaterra esfriaram por conta da morte dos seus
monarcas. Em 1377, morreu Eduardo III. Seu sucessor, Ricardo II, tinha apenas 10
anos de idade. Em 1380, o monarca francês Carlos V morreu, amenizando as forças
militares da França.
Leia também: O que é absolutismo?

Terceiro período (1380-1422)


O terceiro período da Guerra dos Cem Anos foi marcado por guerras internas e
disputas pelo trono. Os ingleses enfrentavam as revoltas servis, e o rei Ricardo II
entrou em confronto contra os nobres. Desse confronto, a nobreza apoiou a subida de
Henrique V para o trono inglês.

Já na França, os confrontos internos se deram por causa de uma revolta na região de


Borgonha. Com a morte de Carlos V, seu sucessor foi Carlos VI, em 1380. Os nobres
se dividiram entre os Armagnacs, que apoiavam os Orleans, e os Burguinhões, que
estavam do lado da região da Borgonha. Essa guerra civil se justificava porque o
rei Carlos VI não tinha condições mentais para governar a França.

Os ingleses se aproveitaram dessa desunião entre o rei e sua nobreza para


continuarem avançado pelo território francês. Em 1415, o rei inglês Henrique V
desembarcou na Normandia, norte da França, e invadiu Harfleur. Os franceses foram
derrotados pelos ingleses, que, no mesmo ano, já ocuparam Paris.

Em 1420, foi assinado o Tratado de Troyes, no qual a França reconhecia o domínio


inglês sobre o norte e que forçava o rei Carlos VI a deserdar do trono o seu filho
Delfim Carlos VII. Além disso, Henrique V se casou com Catarina, filha do rei
francês, e se tornou herdeiro do trono. A França se manti

Você também pode gostar