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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

DIRETORIA DE DEFESA CIVIL


Gerência de Segurança Contra Incêndio e Pânico

NORMA TÉCNICA n. 32/2007


_____________________________________________________________________

Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco

SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos
Norma Técnica n. 32/2007 – Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco

1 OBJETIVO Norma Regulamentadora n. 5 – Ministério do


Trabalho – Alterada pela Portaria n. 25, de 29 de
Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros de dezembro de 1994 – Comissão Interna de
segurança à edificação e área que contenha Prevenção de Acidentes (CIPA).
produtos perigosos, atendendo o previsto no
Código Estadual de Proteção Contra Incêndio, Norma Regulamentadora n. 6 – Ministério do
Explosão, Pânico e Desastres (Lei Estadual n. Trabalho – Equipamentos de Proteção Individual
15802, de 11 de setembro de 2006). (EPI).

Norma Regulamentadora n. 9 – Ministério do


2 APLICAÇÃO Trabalho – Programa de prevenção de riscos
ambientais.
2.1 Esta Norma Técnica aplica-se às edificações
e/ou áreas de risco que produzem, manipulam ou Norma Regulamentadora n. 15 – Ministério do
armazenam produtos perigosos, sendo que Trabalho – Atividades e operações insalubres.
prevalecerão as disposições das Normas
Técnicas n. 27, 28 e 29. Norma Regulamentadora n. 16 – Ministério do
Trabalho – Alterada pelas Portarias n. 26, de 2 de
2.2 Esta Norma não se aplica aos locais em que agosto de 2000, e n. 545, de 10 de julho de 2000
todos produtos envolvidos, armazenados e – Atividades e operações perigosas.
estocados não ultrapassem a(s) quantidade(s)
limitada(s) prevista(s) para qualquer produto, de Norma Regulamentadora n. 19 – Ministério do
acordo com o Item 3.2.4 – Relação Numérica de Trabalho – Explosivos.
produtos perigosos, da Resolução n. 420/2004 –
Agência Nacional de Transportes Terrestres Norma Regulamentadora n. 20 – Ministério do
(ANTT). Trabalho – Líquidos combustíveis e inflamáveis.

Norma Regulamentadora n. 23 – Ministério do


3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E Trabalho – Proteção contra incêndios.
BIBLIOGRÁFICAS
Norma Regulamentadora n. 26 – Ministério do
Instrução Técnica n. 32/2004 – CBPMESP. Trabalho – Sinalização de segurança.

As normas relacionadas a seguir contêm 3.2 Referências bibliográficas


disposições relacionadas com esta Norma
Técnica: NBR 5382/1985 – Verificação de iluminância de
interiores.
Decreto n. 96044, de 18 de maio de 1988 –
Regulamento federal para o transporte rodoviário NBR 7501/1989 – Transporte de produtos
de produtos perigosos. perigosos.

Contran – Resoluções n. 640/85 e n. 91/99 – NBR 5413/1992 – Iluminância de interiores.


Dispõem sobre o currículo do Curso Mope
(Movimentação de Produtos Especiais). NBR 6493/1994 – Emprego de cores para
identificação de tubulações.
Contran – Resolução n. 38/98 – Dispõe sobre a
identificação de entradas e saídas de postos de NBR 7195/1995 – Cores de segurança.
abastecimento de combustíveis, oficinas,
estacionamentos e garagens. NBR 14064/1998 – Atendimento a emergência no
transporte de produtos perigosos.
Portaria n. 27, de 19 de setembro de 1996, do
Departamento Nacional de Combustíveis (atual NBR 14095/1998 – Área de estacionamento para
Agência Nacional do Petróleo – ANP) – Gás veículo rodoviário de produtos perigosos.
Liquefeito de Petróleo.
NBR 7504/1999 – Envelope de emergência.
Resolução n. 420 – ANTT, de 12 de fevereiro de
2004, alterada pela Resolução n. 701, de 25 de NBR 7500/2000 – Símbolos de risco e manuseio
agosto de 2004 – Instruções complementares ao para o transporte e armazenamento de materiais
regulamento de transporte de produtos perigosos. perigosos.

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Norma Técnica n. 32/2007 – Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco

NBR 7503/2000 – Ficha de emergência para o artigos novos é de responsabilidade do fabricante


transporte de produtos perigosos. seu enquadramento, respeitando o previsto nos
Itens 2.0.0.1. e 2.0.0.2. da Resolução.
NBR 8285/2000 – Preenchimento da ficha de
emergência.
5 PROCEDIMENTOS
NBR 9734/2000 – Conjunto de equipamentos
para avaliação e fuga em emergência com 5.1 Características gerais
produtos perigosos.
5.1.1 O funcionamento das edificações com áreas
NBR 9735/2000 – Conjunto de equipamentos reservadas para manipulação, estoque e
para emergências no transporte de produtos movimentação interna de produtos perigosos fica
perigosos. condicionado à autorização e fiscalização dos
órgãos competentes para expedição do alvará de
NBR 10898/1999 – Sistema de iluminação de funcionamento, após o projeto ter sido aprovado
emergência. pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás.
NBR 12710/2000 – Proteção por extintores contra
incêndio envolvendo produtos perigosos. 5.2 Instalação

CNEN – NE 6.02 – Licenciamento de instalações Para todas as classes de produtos perigosos


radiativas. devem ser previstas guaritas em área mais
afastada junto ao perímetro externo, de fácil
CNEN – NE 1.04 – Licenciamento de instalações acesso, com equipamentos de proteção individual
nucleares. (EPI) para atuação de estancamento e resgate de
pessoas em área contaminada, além de indicação
CNEN – NE 6.04 – Funcionamento de instalações do tipo de EPI mais adequado ao tratamento do
de radiografia industrial. produto, com a devida Ficha de Emergência
(NBR 7503) dos produtos manipulados na
CNEN – NN 2.04 – Proteção contra incêndio em edificação.
instalações nucleares do ciclo do combustível.
Nas edificações que recebam caminhões-tanque
CNEN – NN 2.03 – Proteção contra incêndio em ou contêineres-tanque em seus pátios internos,
usinas nucleoelétricas. devem ser previstos pelo menos uma vaga para
estacionamento de veículo com vazamento para
National Fire Protection Association – NFPA 801 controle e contenção do produto transportado.
– Fire Protection for Facilities Handling
Radioativite Materials, 1998 edition. 5.3 Área identificada

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança A área da edificação que contenha produtos
e Medicina do Trabalho (Fundacentro) – perigosos deve ser identificada de tal forma que
Ministério do Trabalho – “Introdução à Engenharia impeça o acesso de pessoas não-autorizadas,
de Segurança de Sistemas”, 4ª edição, 1994. preferencialmente com qualquer obstáculo físico
o qual impeça o ingresso. A brigada de incêndio
National Fire Protection Association – “Fire deve também ser treinada nas primeiras ações
Protection Handbook”, 18th edition, 1997. emergenciais envolvendo produtos perigosos,
sendo possuidores do Curso de Movimentação de
Produtos Especiais (Mope).
4 DEFINIÇÕES
5.4 Condições específicas para gases
4.1 Para efeito desta NT, aplicam-se as perigosos
definições constantes da NT 03 – Terminologia de
segurança contra incêndio, os glossários das 5.4.1 As classes de armazenagem de gases
normas CNEN – NN 2.03 e CNEN – NN 2.04 e as perigosos devem possuir as mesmas proteções
definições do Capítulo 1.2 da Resolução n. ativa e passiva determinadas pela NT 28 –
420/2004 – ANTT. Manipulação, armazenamento, comercialização e
utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP),
4.2 São considerados produtos perigosos os desde que tenham riscos primário ou subsidiário
listados no Item 3.2.4 da Resolução n. 420/2004 – de inflamabilidade.
ANTT e, em caso de produtos, substâncias ou

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Norma Técnica n. 32/2007 – Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco

5.4.2 A classificação de áreas de armazenagem 5.6 Iluminação


obedecem ao mesmo critério da NT 28.
O sistema elétrico deve ser todo blindado e
5.4.3 Os locais que armazenem no mínimo 250 garantir uma boa visibilidade em toda a área,
kg de gases infectantes, tóxicos ou corrosivos inclusive quando for acionada a iluminação de
devem ser observados os seguintes requisitos: emergência, privilegiando os locais de guarda dos
a) Possuir ventilação natural; equipamentos de proteção individual, materiais de
b) Estar o recipiente protegido do sol, da controle de vazamentos e rotas de fuga (NBR
chuva e da umidade; 5413, 5382 e 10898).
c) Estar o recipiente afastado de outros
gases envasados a no mínimo 50 m, 5.7 Equipamentos de proteção individual (EPI)
desde que não haja compatibilidade entre
os mesmos; O número de conjuntos de EPI deve ser igual ao
d) Estar afastado a no mínimo 1,5 m de número de pessoas habilitadas e credenciadas a
ralos, caixas de gordura e de esgotos, lidar com os produtos. O conjunto EPI consiste
bem como de galerias subterrâneas e em:
similares, quando possuírem peso a) Luvas para produtos perigosos em cano
específico maior que 1. longo;
b) Capacetes de boa resistência;
5.4.4 Os locais de armazenamento classificados, c) Máscara panorâmica com filtro para o
de acordo com a NT 28, devem estar afastados a produto ou polivalente ou EPR, de acordo
no mínimo 150 m de locais de reunião de público, com o tipo de proteção exigido;
escolas, hospitais e habitações unifamiliares, no d) Roupa encapsulada para ações de
caso de gases infectantes, tóxicos e corrosivos, controle de vazamentos (nível A, B ou C),
com limite de tolerância abaixo de 500 mg/kg. de acordo com os riscos do produto
armazenado;
5.4.5 Para área de laboratório será exigido e) Botas para uso em produtos perigosos.
sistema de detecção e alarme para vazamentos,
de forma a permitir leituras de no mínimo 10% do Nota. O fabricante dos produtos perigosos deverá
limite de tolerância das substâncias manipuladas, indicar o tecido e/ou material do EPI compatível com os
com acionamento em no máximo 3 segundos. produtos, visando melhor segurança dos usuários. Os
EPIs deverão ser certificados com fé pública, por órgão
de certificação nacional.
5.4.6 Em todas as classes de instalações fixas de
gases deve-se adotar o painel de segurança e
5.8 Sinalização
rótulo de risco especificados na NBR 7500, sendo
as quantidades especificadas conforme abaixo:
5.8.1 Além da sinalização de paredes e pilares
a) Uma placa, quando se tratar de área de
para a fácil localização dos sistemas ativo e
armazenamento Classe I;
passivo de prevenção e combate a incêndio, o
b) Duas placas, quando se tratar de área de
gerente de logística de produtos perigosos deve
armazenamento Classe II;
reunir todas as informações necessárias para
c) Quatro placas, quando se tratar de área
estabelecer o diagnóstico da situação, a fim de
de armazenamento Classe III;
serem expressas em um plano de intervenção de
d) Seis placas, quando se tratar de área de
incêndio, sob a orientação do Comandante da
armazenamento classe IV;
Unidade do CBMGO mais próxima da edificação,
e) Oito placas, quando se tratar de área de
contemplando:
armazenamento de classe V ou VI.
a) Identificação dos riscos existentes, con-
5.5 Instalações nucleares ou radioativas forme mapa de riscos físicos, químicos e
biológicos expressos na Portaria n. 25, de
5.5.1 Estas instalações devem obedecer à Lei 29 de dezembro de 1994 – Ministério do
Estadual n. 15802/2006 no que couber, além das Trabalho;
exigências específicas das normas do CNEN. b) Identificar com círculos coloridos os
riscos físicos, químicos e biológicos, de
5.5.2 Na solicitação de Inspeção final do Corpo acordo com sua grandeza;
de Bombeiros, deverá ser apresentada a c) Indicar o número de trabalhadores
autorização de funcionamento expedida pelo expostos aos riscos, e o tempo de evasão
CNEN, de acordo com as normas CNEN – NE da edificação;
1.04, 6.02 e 6.04. d) Anexar ao PPI os nomes apropriados
para embarque (atentar para a Parte 3 –
Relação de produtos perigosos e

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Norma Técnica n. 32/2007 – Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco

exceções para quantidades limitadas),


apelidos comerciais dos produtos f) Pintar todas tubulações externas na
perigosos, com suas respectivas fichas edificação, de acordo com o produto na
de emergência (NBR 7503) e seu local de qual ela é utilizada (NBR 6493).
armazenamento e estoque; Seguir as
orientações sobre sinalização e 5.8.2 Nos tanques de armazenagem a granel de
rotulagem de todas as embalagens, líquidos e sólidos considerados produtos
cofres de carga, contêineres-tanque, perigosos, deverá ser adotada a sinalização do
contendores intermediários para granéis produto armazenado prevista no Item 5.4.6 e
(IBCs) para acondicionamento e respectivas alíneas.
armazenagem de produtos, de acordo
com a Parte 4 – Disposições relativas a 5.8.3 Nos depósitos e estocagem de produtos
embalagens e tanques, do Capítulo 5.1 – perigosos, as paredes externas deverão possuir
Disposições gerais, e Capítulo 5.2 – sinalização (painéis de segurança e rótulos de
Marcação e rotulagem, e da Parte 6 – risco) dos produtos ali contidos, superiores às
Exigências para fabricação e ensaio de quantidades limitadas, previstas no Item 3.2.4 –
embalagens, contentores intermediários Relação numérica de produtos perigosos, da
para granéis (IBCs), embalagens grandes Resolução n. 420/2004 – ANTT, em locais de fácil
e tanques portáteis (Fonte: Resolução n. visualização, de maneira que se possa identificar
420/2004 – da ANTT; os produtos armazenados em qualquer face da
e) É vedada a presença de animais, edificação.
alimentos e medicamentos de consumo
humano e animal junto aos produtos
perigosos, salvo se houver
compatibilidade entre os produtos;

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