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Programa:

1. Introdução ao Desenho Técnico


2. Escrita Normalizada
3. Tipos de Linhas
4. Legenda
5. Escalas
6. Cotagem
7. Projecções Ortogonais
8. Cortes e Secções
9. Perspectivas Rápidas
10. Introdução ao CAD
Ano de 2018
Docente: Eng. Mapasse, Justino
1. Introdução
1.1. Criando um desenho técnico
O desenho é uma forma de linguagem usada pelos artistas.
Desenho técnico é usado pelos projectistas para transmitir uma
ideia de produto, que deve ser feita da maneira mais clara possível.

Mesmo preso por procedimentos e regras, um desenho técnico


necessita que o projectista use sua criatividade para mostrar, com
facilidade, todos os aspectos da sua ideia, sem deixar dúvidas.

Do outro lado, uma pessoa que esteja lendo um desenho deve


compreender seus símbolos básicos, que são usados para
simplificar a linguagem gráfica, permitindo que haja o maior número
de detalhes possível.
1.2. Normas associadas ao Desenho Técnico
Para que o desenho técnico seja universalmente entendido sem
ambiguidades, é necessário que obedeça a determinadas regras e
convenções, para que todos os intervenientes no processo de
desenho “ falem a mesma língua”.

Para uniformizar o desenho, existem as normas de desenho técnico.


Uma norma de desenho técnico não é mais do que um conjunto de
regras ou recomendações a seguir, aquando da execução ou da
leitura de um desenho técnico.

Existem vários organismos internacionais, que produzem normas


sobre os mais variados assuntos, entre os quais o desenho técnico.
Ao nível da Europa, as normas de maior aceitação e aplicação, são:
as normas EN, semelhantes, em geral, às normas ISO
(Internacional Organization for Standardization).

No continente Americano, as normas ANSI (American National


Standards Institute) são as normas de aplicação quase exclusiva.
Ao nível de cada país existem organismos ligados à normalização.

Em Portugal, por exemplo, o IPQ (Instituto Português de Qualidade)


é o organismo responsável pela normalização, produzindo normas
com o prefixo NP, assim como na Inglaterra é o BSI (British
Standards Institute), produzindo normas com o prefixo BS. Na
normalização de elementos de máquinas são usadas as normas
alemãs DIN.
Outras normas podem ser utilizadas para desenhos específicos:
arquitectura, eléctrica, hidráulica...

Eis a lista completa de algumas normas


 ISO
 ANSI - American National Standards Institute
 NP - Normas Portuguesas do Instituto Português de
Qualidade
 Gost - Normas Russas
 DIN- Normas Alemãs
 BSI - British Standard Institute produz normas com sigla BS
 INNOQ - Instituto Nacional de Normalização e Qualidade.
ENTIDADES NORMALIZADORAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society
of Mechanical Engeering)
ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society
for Testing and Materials)
BS – Normas Britânicas (British Standards)
DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung)
ISO – Organização Internacional para Normalização (International
Organization for Standardization)
JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards)
SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive
Engeering)
INNOQ - Instituto Nacional de Normalização e Qualidade.
1.3. Tipos de Desenhos Técnicos

• Desenho de concepção (geralmente realizado a mão isto é em


forma de esboço)
• Desenho Funcional (define as condições de funcionamento do
produto acabado)
• Desenho de Fabrico ou Desenho de Construção (contem
todas as indicações necessárias para executar ou fabricar o
objecto)
• Desenho de Catálogo (desenho destinado à ligação entre o
produtor e o utilizador)
• Desenho de Conjunto (De Montagem, De Vista Geral e em
Vista Explodida)
• Desenho de Detalhe
• Desenho Esquemático
• Esquema Cinemático
1.3. Tipos de Desenhos Técnicos

Quanto a forma como é realizado o desenho existe:


• Esboço (feito a mão livre)
• Desenho com Instrumentos
• Desenho feito com a ajuda de um Computador

Actualmente o uso de ferramentas de CAD (Computed Aided Design


– desenho auxiliado por computador) tornou obsoleto o uso de
pranchetas e salas de desenhos nas empresas.

Um dos programas mais conhecidos é o AutoCAD, criado pela


empresa Autodesk, bastante difundido no mercado.
1.4. Instrumentos usados
1.4.1. Lápis, lapiseiras e borracha
Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura
permite pontas finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais
macia cria traços mais escuros, mas as pontas serão rombudas
(ponta que não se presta para tal).

Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e


traços finos, e uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de
grafite dependerá da preferência pessoal de cada um.

Os lápis devem estar sempre afiados, de preferência com estilete.


Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,35
mm.
1.4. Instrumentos usados
1.4.1. Lápis, lapiseiras e borracha
Utilizar uma lapiseira com grafite ideal garante boa parte da
qualidade do desenho, mas muitas vezes temos que corrigir linhas
mal colocadas ou pequenas imperfeições do desenho, indicamos a
utilização de lapiseiras borrachas para desenho, encontradas
preferencialmente na cor branca ou verde.
1.4. Instrumentos usados
1.4.1. Lápis, lapiseiras e borracha
1.4.2. Réguas T e Esquadros
As réguas T são constituídas por duas partes, a cabeça e a régua
propriamente dita, em geral ligadas rigidamente entre si, de modo a
manterem-se perpendiculares.

São usados em pares: um de 45° e outro de 30°/60°. A combinação


de ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem
como traçar rectas paralelas e perpendiculares.

Para traçar rectas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o


segundo esquadro através do papel. Caso o segundo esquadro
chegue na ponta do primeiro, segure o segundo esquadro e ajuste o
primeiro para continuar o traçado.
1.4.2. Réguas T e Esquadros
1.4.3. Compasso
Usado para traçar circunferências e para transportar medidas.

O compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com


grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para
canetas de nanquim ou tira-linhas.

Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o


compasso, caso contrário o instrumento está descalibrado.

Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que


pode ser útil para grandes circunferências.
1.4.3. Compasso
Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências
ainda maiores.

Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas


(usado somente para transportar medidas), compassos de mola
(para pequenas circunferências), compasso bomba (para
circunferências minúsculas) e compasso de redução (usado para
converter escalas).
1.4.3. Compasso
1.4.4. Pranchetas e Estiradores
São constituídas por placas rectangulares de madeira com
superfície plana e perfeitamente lisa, com uma estrutura que as não
deixe empenar.
1.4.5. Escalímetro
Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu
uso elimina o uso de cálculos para converter medidas, reduzindo o
tempo de execução do projecto.

O tipo de escalímetro mais


usado é o triangular, com
escalas típicas de
arquitectura: 1:20, 1:25, 1:50,
1:75, 1:100, 1:125. A escala
1:100 corresponde a 1 m = 1
cm, e pode ser usado como
uma régua comum (1:1).
1.4.6. Gabaritos
Auxiliam na complementação do desenho, através de objetos
desenhados em escala específica.
1.4.7. Papel
As formas e dimensões dos papéis estão fixados pelas normas.

Existe uma norma que estabelece os formatos dos papéis de


aplicação geral e uma outra norma que fixa os formatos dos papéis
com aplicação no Desenho técnico.

Existem séries de designação dos formatos – Série A e séries B e C


– auxiliares.

A orientação dos formatos dos papéis de desenho é feita de acordo


com a conveniência da sua utilização, podendo ser feita:

 No sentido vertical ou ao alto


 No sentido horizontal ou ao baixo
1.4.7. Papel
A esquadria é feita obedecendo as dimensões estabelecidas pelas
margens de 25 mm no lado esquerdo para permitir a furagem do
papel, e de 5 mm nos lados direito, de cima e de baixo.

O formato usado como base,. Trata-se de uma folha com 1 m², cujas
proporções da altura e largura são de 1: 2.

Os formatos de papel a usar e a sua orientação segundo a ISO


5457-1980 e ISO 216:1975 na série A podem ser A0, A1, A2, A3 e
A4. Estes formatos tem por base o formato denominado A0 (A-zero),
igual a um metro quadrado de área e o lado maior é igual ao lado
menor do formato seguinte. Os lados em cada formato estão na
razão de raiz de 2.
1.4.7. Papel
Obtém-se então os seguintes tamanhos:
Referência Altura (mm) Largura (mm)

A0 841 1189

A1 594 841
A2 420 594
A3 297 420
A4 210 297
A5 148 210

Cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o


desenho será visto com clareza.
1.4.7. Papel
Todos os formatos devem possuir margens: 25 mm no lado
esquerdo, 5 mm e, costuma-se desenhar a legenda no canto inferior
direito.

O papel de desenho deve admitir bem o traço do lápis e, também,


depois deste apagado, não devem ficar vestígios.

No papel em que vamos desenhar deve estar completamente limpo,


liso e sem qualquer vinco ou ruga.
1.4.8. Dobragem
Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma
recomendada de dobragem.

Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta,


que possa ser consultada com facilidade sem necessidade de retirá-
la da pasta, e que a legenda esteja visível com o desenho dobrado.

1.4.9. Laptop

 Compatível para AutoCad!

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