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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
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1
Sumário
1 Indeterminações 3
0
1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
0
0
1.2 Indeterminações importantes do tipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
0
1.2.1 Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
sen(x)
1.2.2 O limite fundamental lim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
x→0 x
1.3 ∞ − ∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
∞
1.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
∞
1.5 0.∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.6 1∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.7 Indeterminações importantes do tipo 1∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1
1.7.1 lim (1 + x) x . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
x→0
1.8 00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.9 Formas determinadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.9.1 0∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2
Capı́tulo 1
Indeterminações
Esse texto ainda não se encontra na sua versão final, sendo, por enquanto, cons-
tituı́do apenas de anotações informais. Sugestões para melhoria do texto, correções da
parte matemática ou gramatical eu agradeceria que fossem enviadas para meu Email
rodrigo.uff.math@gmail.com.
A definição pode parecer meio confusa, mas esperamos que por meio de exemplos
possamos dar a ideia do que sejam indeterminações. Então vejamos alguns exemplos
0
1.1 .
0
f
Duas funções f e g podem tender a zero, porém seu limite pode tender a um número
g
0
qualquer, por isso dizemos que é uma indeterminação.
0
Exemplo 1 (Limites existindo). Sejam f, g dadas por f (x) = cx e g(x) = x, então vale
lim cx = lim x = 0
x→0 x→0
3
CAPÍTULO 1. INDETERMINAÇÕES 4
porém
cx
lim =c
x→0 x
0
sendo c arbitrário, os limites dessa forma não são sempre determinados, por isso é uma
0
indeterminação.
1
Exemplo 2 (Limite não existindo). Tomamos f (x) = xsen( ) e g(x) = x vale
x
1
lim xsen( ) = lim x = 0
x→0 x x→0
1
o primeiro limite existe pois sen( ) é limitada e x → 0, logo por teorema do sanduı́che o
x
resultado é nulo.
Porém o limite do quociente não existe
xsen( x1 ) 1
lim = lim sen( )
x→0 x x→0 x
1
lim sen( ) não existe.
x→0 x
Usamos o critério de sequências para mostrar que esse limite não existe . Tomamos as
1 1 1
sequências xn = e yn = π vale lim xn = 0 = lim yn e sen( ) = sen(2nπ) = 0
2nπ 2nπ + 2 xn
π 1
e sen(2nπ + ) = 1 logo os limites são distintos então lim sen( ) não existe.
2 x→0 x
Exemplo 3 (Limite infinitos). Tomando f (x) = cx2 , c ̸= 0 e g(x) = x tem-se
lim cx = lim x3 = 0
x→0 x→0
porém
cx
lim = ±∞
x→0 x3
0
1.2 Indeterminações importantes do tipo
0
1.2.1 Derivada
0
Exemplo 4 (Derivada). Se não fosse uma indeterminação (lembre que estamos falando
0
em limite e não em operação aritmética, que não é definida), fosse um limite fixo c, então a
teoria de derivação seria resumida, pois todo resultado de derivada é uma indeterminação
0
do tipo . Quando f é derivável em a, então f é contı́nua em a valendo
0
da mesma maneira
lim x = a, lim x − a = 0
x→a x→a
daı́
f (x) − f (a)
f ′ (a) = lim =c
x→a x−a
seria sempre c.
sen(x)
1.2.2 O limite fundamental lim .
x→0 x
sen(x) 0
O limite fundamental lim é uma indeterminação do tipo , vale
x→0 x 0
sen(x)
lim = 1.
x→0 x
CAPÍTULO 1. INDETERMINAÇÕES 6
1.3 ∞−∞
1
lim sen( )
x→0 x
não existe .
c 1
lim 2
= lim 2 = ∞
x→0 x x→0 x
1 1 1
lim c 2
− 2 = lim c 2 = ±∞
x→0 x x x→0 x
∞
1.4
∞
Exemplo 8 (Limite existindo). Seja c > 0, então
1 c
lim 2
= ∞ = lim 2
x→0 x x→0 x
CAPÍTULO 1. INDETERMINAÇÕES 7
f (x)
lim =c<0
x→a g(x)
o limite não pode ser negativo.
Demonstração.
Pois existe ε tal que x ∈ (a − ε, a + ε), vale f (x), g(x) > 0, nesse intervalo vale
f (x)
>0
g(x)
logo o limite não pode ser negativo .
∞
Corolário 1. A indeterminação não é total.
∞
Exemplo 9 (Limite infinito).
1 1
lim = ∞ = lim
x→0 x2 x→0 x4
porém
x2 1 1
lim 2
(2 + sen( )) = lim (2 + sen( ))
x→0 x x x→0 x
não existe.
CAPÍTULO 1. INDETERMINAÇÕES 8
O limite é + infinito.
Uma indeterminação que pode ser apenas desses três tipo chamaremos de uma inde-
terminação positiva .
1.5 0.∞
porém
cx2
lim =c
x→0 x2
porém
cx2
lim = ±∞
x→0 x4
1.6 1∞
Outra indeterminação importante.
x→0
1
lim (1 + x) x = e.
x→0
1.8 00
ln(a)
Exemplo 15 (Limite existindo). Considere a função de lei f (x) = x 1+ln(x) com a > 0,
ln(a)
temos que se x → 0+ então ln(x) → −∞ e daı́ → 0, porém o limite
1 + ln(x)
ln(a)
lim+ x 1+ln(x) = a
x→0
vamos calcular tal limite usando continuidade de ln, aplicando o limite na seguinte
expressão
ln(a) ln(x) + 1 − 1 −1
ln(x) = ln(a)( ) = ln(a)(1 + ) → ln(a)
1 + ln(x) 1 + ln(x) 1 + ln(x)
| {z }
→0
como o limite do logaritmo tende a ln(a) então por continuidade segue que
ln(a)
lim+ x 1+ln(x) = a.
x→0
Então temos a base da potência tendendo a zero e o expoente também, porém o limite
tende a a > 0.
CAPÍTULO 1. INDETERMINAÇÕES 10
2
Tomando g(x) = 0x , a função está definida em todo R, valendo g(x) = 0 se x ̸= 0
então seu limite quando x → 0 é nulo.
00 como limite, é uma indeterminação, como operação aritmética defendemos o uso
de 00 = 1, mas os motivos dessa definição aritmética tratamos em outro texto.
1.9.1 0∞ .
lim f (x)g(x) = 0.
x→a
Demonstração. Existe δ > 0 tal que para x ∈ (a − δ, a + δ) vale 0 < f (x) < ε < 1 e
g(x) > A > 1 daı́
0 < f (x)g(x) < εg(x)