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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
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1
Sumário
1 Teoria da medida 3
1.1 Integração em espaços produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Espaço de lançamento de moedas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Probabilidade em Espaço de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2
Capı́tulo 1
Teoria da medida
3
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 4
Y
n
Ak = {0, 1} × {0, 1} × · · · × {0, 1} .
| {z }
k=1,c n vezes
O conjunto {0, 1}n , é o conjunto das n-uplas (x1 , · · · , xn ) onde xk = 1 ou xk = 0,
logo {0, 1}n possui 2n elementos.
Outras maneiras de entender a projeção:
πn (wk )∞ n
k=1 = (wk )k=1 .
1
C(n, I) = π−
n (I) ⊂ Ω.
1
ΣΩ = σ({π−
n (In ), n ∈ N}).
In = { (1, · · · , 1) }.
| {z }
n elementos
Daı́
1
n (In ) = {( 1
π− · · , }1 , yn+1 · · · ), yk ∈ {0, 1}}.
|, ·{z
n elementos
Temos que
∞
1
\
A= k (Ik ) = {(1, · · · , 1, · · · )}.
π−
k=1
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 7
An+1 = {(|{z}
1 , 1, · · · , |{z} 1 , xn+2 , · · · ), xk ∈ {0, 1}},
1 , |{z}
x1 xn xn+1
1
e (A) = lim µ
µ e (Cn , In ) = lim µ(In ) = lim µ(|{z} 1 ) = lim n = 0.
1 , 1, · · · , |{z}
n n n n 2
x1 xn
πc(k) (wn ) = wk .
1
O conjunto π−
c(k) (x), pode ser escrito como união finita de conjuntos da forma
1
k (y1 , · · · , yk−1 , x), onde a projeção que definimos anteriormente. Tem-se
π−
que
1
c(k) (x) = {( x
π− ,··· ,x
| 1 {z k−}1
, x, xk+1 , · · · ) xt ∈ {0, 1} ∀ t},
k−1 elementos
1 −1
[
π−
k (y1 , · · · , yk−1 , x) = πc(k) (x).
yt ∈{0, 1}, t∈{1,··· ,k−1}
∞ \
∞
1
[
B= c(j) (1).
π−
j=1 k=j
Gn = (w1 , · · · , wn ),
e daı́
1
n (Gn ) = {(w1 , · · · , wn , x1 , x2 , · · · ), xk ∈ {0, 1}},
π−
f(w1 , · · · , wn , x1 , x2 , · · · ) = (x1 , x2 , · · · ),
e provar que tal probabilidade é nula, e daı́ de B também, por ser união
enumerável de conjuntos de medida nula. Definimos
m
1
\
Bm
n = C(k) {(1)}.
π−
k=n
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 9
Temos
1
Bm+
n = {(x1 , · · · , xn−1 , |{z}
1 , · · · , |{z} 1 , xm+2 , · · · ), xk ∈ {0, 1}},
1 , |{z}
xn xm xm+1
1 m−1
logo Bm+
n ⊂ Bm
n ⊂ Bn ⊂ · · · ∀ n, n ∈ N. Logo a sequência é decrescente
em m, dado n fixado.
∞
1
\
lim Bm
m→∞
n = c(k) {(1)}.
π−
k=n
Sendo a projeção θ : {0, 1}m → {0, 1}m+1−n , com θ(w) = (wn , · · · , wm ), que
X
m
possui 1 = m + 1 − n termos. Podemos perceber que
k=n
−1
n = θ {(|{z}
Bm 1 )},
1 , · · · , |{z}
xn xm
assim Bm
n é cilindro e por definição
1
e (Bm
µ n ) = µ{(|{z} 1 )} = m+1−n .
1 , · · · , |{z}
2
xn xm
Segue que
∞
!
\
1 1
µ c(k) {(1)}
π− = lim µ n ) = lim
e (Bm = 0.
2m+1−n
e
m→∞ m
k=n
ê Demonstração.
Seja m ≥ n, então podemos escrever a união
C(n, In ) ∪ C(m, Ym ),
como um cilindro C(m, Jm ). Seja In ⊂ {0, 1}n conjunto com s sequências. Podemos
simbolizar C(n, In ) como união dos conjuntos à seguir
•
(1)
(x1 , . . . , x(n1) , yn+1 , . . .), yk ∈ {0, 1}
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 10
• ···
•
(s)
(x1 , . . . , xn , yn+1 , . . .), yk ∈ {0, 1} .
(s)
Dado k ∈ {1, · · · , s}, definimos Ak como conjunto que contém a união de 2m+1−n
sequências de tamanho m
[
( (
Ak = x1 k), · · · , x( k)n , zn+1 k), · · · , z(k)
m .
(k) (k)
zn+1 , ··· ,zm ∈{0, 1}
s
[
Definimos Jm = Ym ∪ Ak . E temos
k=1
temos que tal elemento de C(m, Im ), também é elemento de C(n, In ), logo temos a
inclusão que desejávamos provar.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 12
ê Demonstração.
Escrevemos os cilindros como união de cilindros simples
s
[
c(n, In ) = Snk ,
k=1
l
[
c(m, Jm ) = Smj ,
j=1
tomamos a interseção de tais cilindros, resultando em
s [
[ l
c(m, Jm ) ∩ c(n, In ) = (Snk ∩ Smj ).
k=1 j=1
1. C0 é uma álgebra.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 13
2.
ê Demonstração.
• A união de cilindros é um cilindro, que por sua vez pode ser denotado pela
união de cilindros simples da forma C(n, In ), para algum n, onde In é um
conjunto que possui uma única sequência de n elementos.
Πu : RT → R|u|
com
Πu (w) = (w(t1 ), · · · , w(tn )).