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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
1
Sumário
1 Teoria da Medida 4
1.1 Notações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Motivação Para Construção da Teoria da Medida . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 σ-álgebra e álgebra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 A união de σ-álgebras podem não ser uma σ-álgebra . . . . . . . 7
1.3.2 Exemplo de álgebra que não é σ-álgebra . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3.3 Fechamento por interseções enumeráveis . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3.4 Se A, B ∈ Σ então A \ B ∈ Σ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3.5 Interseção de σ-álgebras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.3.6 σ-álgebra gerada por subconjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3.7 Σ = {A ∈ P(Ω) | A ou A é enumerável} é uma σ-álgebra . . . . .
c
17
1.3.8 ΣP(F) = {A ⊂ R | A ou A ⊂ F}. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c
19
1.3.9 σ-álgebra de Borel e borelianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.3.10 Espaço de Borel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.3.11 σ-álgebra e funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.3.12 σ-álgebra produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.3.13 σ(AX × AY ) = σ(σ(AX ) × σ(AY )). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.4 A reta estendida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.5 Semi-anéis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
1.5.1 h- intervalos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.5.2 Anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.5.3 Todo anel é um semi-anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.5.4 O Produto Cartesiano e Semi-Anéis . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
1.5.5 Álgebra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2
SUMÁRIO 3
1.5.6 σ-anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Capı́tulo 1
Teoria da Medida
Esse texto ainda não se encontra na sua versão final, sendo, por enquanto, cons-
tituı́do apenas de anotações informais, não tendo sido ainda revisado, então leia com
cuidado e atenção a possı́veis erros, Sugestões para melhoria do texto, correções da
parte matemática ou gramatical eu agradeceria que fossem enviadas para meu Email
rodrigo.uff.math@gmail.com.
1.1 Notações
• Dizemos que uma sequência de funções (fn ) é crescente se, fn (x) ≤ fn+1 (x) ∀ x ∈
A domı́nio da função. Dizemos que é estritamente crescente quando fn (x) <
fn+1 (x) ∀ x ∈ A, de modo similar para decrescente e estritamente decrescente,
denotando por fn ↓ f se fn → f e fn é decrescente, podemos denotar também
como fn & f. Em geral se é crescente ou decrescente a convergência é dita
monótona e podemos denotar como fn →m f.
4
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 5
1 se x ∈ Q
χQ (x) =
0 caso contrário
Z Z
lim fn = lim fn .
3.
1. X ∈ Σ.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 7
X \ X = ∅ ∈ Σ.
que não é uma σ-álgebra de X, pois não é fechado pela união {1} ∪ {2} = {1, 2} não
pertence a A1 ∪ A2 .
• ∅ ∈ A pois ∅ é finito .
n
[
como subconjunto de um conjunto finito é finito, segue que ( Ak )c é finito
k=1
.
∞
[
não é finito e também não é finito seu complementar {2k − 1}.
k=1
• X ∈ Σ é verificado.
• Xc = ∅ ∈ Σ e ∅c = X ∈ Σ se verifica.
• Se temos uma sequência que possui apenas ∅ então a união dessa sequência
é o conjunto vazio que pertence à Σ. Se a sequência possui um termo X
então a união é X que pertence à Σ.
Então Σ = {∅, X} é a menor σ−álgebra, pois qualquer uma outra deve conter essa.
• ∅ ∈ Σ.
Ac ⊂ {0, 1}.
b Propriedade 2. Se A, B ∈ Σ então A ∩ B ∈ Σ.
(Ac ∪ Bc )c = A ∩ B.
(A ∩ B)c = Ac ∪ Bc .
∞
[ ∞
\
( Ack )c = Ak .
k=1 k=1
1.3.4 Se A, B ∈ Σ então A \ B ∈ Σ.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 11
b Propriedade 4. Se A, B ∈ Σ então A \ B ∈ Σ.
ê Demonstração.
C∆B = (C \ B) ∪ (B \ C)
| {z } | {z }
∈Σ Σ
Suponha que Σ seja uma álgebra e fechada por uniões enumeráveis disjuntas,
vamos provar que Σ é uma σ−álgebra, isto é, é fechada por uniões enumeráveis
quaisquer .
Seja uma união enumerável de elementos de Σ,
∞
[
Ak ,
k=1
[1
k−
denotamos Bk = Ak \ ( Aj ), temos que cada Aj ∈ Σ e como é álgebra tem-se
j=1
[1
k− [1
k−
Aj ∈ σ , além disso e daı́ Bk = Ak \ ( Aj ) ∈ σ, temos porém que cada Bk , Bj são
j=1 j=1
disjuntos e daı́ por uniões enumeráveis disjuntas fechada, tem-se
∞
[ [1
k− ∞
[ ∞
[
Ak \ ( Aj ) = Bk = Ak ∈ Σ,
k=1 j=1 k=1 k=1
portanto segue a propriedade .
Z Exemplo 8. Sejam X = {1, 2, 3} então A = {∅, X, {1}, {2, 3}} é uma σ-álgebra,
no entanto {∅, X, {1}, {2}, {3}} não é σ-álgebra.
A primeira proposição vale pois X ∈ A, o complementar de cada elemento em
X está em A e as uniões também . Na segunda , temos que {3}c = {1, 2} que não
pertence a A, logo não é σ-álgebra.
Σ|E = {E ∩ B | B ∈ Σ}
é uma σ-álgebra em E .
ê Demonstração.
1. ∅ ∈ Σ|E pois ∅ ∈ Σ e E ∩ ∅ = ∅.
E\E=∅
z}|{
denotanto A = E \ A e A
c cX
= X \ A. O complementar de E ∩ B é Ec ∪Bc =
X\B
z}|{
Bc = E \ B = E ∩ BcX (conjunto de elementos que estão em E, mas não estão em
B) onde BcX é o complementar de B em X, que pertence a σ-álgebra Σ .
3. Dada uma coleção enumerável de elementos de Σ|E temos que mostrar que sua
união também pertence . A união enumerável pode-se escrever como
∞
[
(E ∩ Bk ),
k=1
\
Σk
k∈F
é uma σ-álgebra de X.
\
2. Seja A ∈ Σk então A ∈ Σk ∀ k, cada uma delas é σ-álgebra então Ac ∈ Σk ∀ k
k∈F
o que implica finalmente
\
Ac ∈ Σk .
k∈F
\
3. Seja (Aj ) ∈ Σk então Aj ∈ Σk ∀ k, j e por propriedade de σ-álgebra temos
k∈F
∞
[
Aj ∈ Σk ∀ k
j=1
e portanto temos
∞
[ \
Aj ∈ Σk .
j=1 k∈F
• ΣA é uma Σ-álgebra de X.
• A ⊂ ΣA .
\
Σk
k∈F
então segue que P(Q) ⊂ ΣA , logo temos a igualdade como querı́amos demons-
trar.
1. A1 = { {1, 2} }.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 16
2. A2 = { {1, 2} {1, 3} }.
Solução:
1. A1 = { {1, 2} }. Como A1 ⊂ ΣA1 segue que {1, 2} ∈ ΣA1 então seu complementar
também {3, 4, 5}. A Σ-álgebra é dada por
{1, 2, 3}, {1, 2, 3, 4, 5}, {1, 2, 4, 5} das uniões com {1, 2}.
{2},
{1}.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 17
• Passo 4-Uniões.
{1, 4, 5}, {2, 3}.
{ ∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {4, 5}, {1, 4, 5}, {1, 2, 3}, {3, 4, 5}}∪
1. Ω ∈ Σ pois Ωc = ∅ é enumerável.
Z Exemplo 12. Uma σ-álgebra pode não ser fechada por uniões e interseções
não enumeráveis. Considere a σ-álgebra de R = Ω, Σ = {A ∈ P(Ω) | A ou Ac é enumerável}.
que não pertence a Σ, pois [0, 1] não é enumerável, nem seu complementar.
• Segunda inclusão G ⊂ ΣA .
1. ∅ ∈ B pois ∅ ⊂ F.
6. Q e R \ Q são borelianos.
ê Demonstração.
b Propriedade 13. A σ-álgebra de borel B(R) é gerada por cada uma das
seguintes classes de conjuntos :
1. Intervalos abertos, isto é, conjuntos da forma (a, b), onde a e b ∈ R. Esse
caso contém semi-retas abertas do tipo (−∞, a) e (a, ∞).
2. Intervalos fechados, isto é, conjuntos da forma [a, b], onde a e b são reais.
1. Seja g a coleção de abertos temos σ(g) = B(R). Como todo intervalo aberto I
é um conjunto aberto então I ⊂ g e portanto σ(I) ⊂ σ(g) := B(R). Por outro
lado todo conjunto aberto pode ser escrito como união enumerável disjunta de
intervalos abertos logo B(R) ⊂ σ(I) e daı́ B(R) = σ(I).
2. Vamos mostrar que todo conjunto aberto pertence a σ-álgebra gerada por in-
tervalos fechados σ 0 . Temos que [a, b] e [b, c] ∈ σ 0 com c > b arbitrário logo
sua interseção também {b}, logo a união de unitários também {b, a}, como σ-
álgebras são fechadas por complementar então [a, b] \ {a, b} = (a, b) então todo
aberto está contido em σ 0 e por isso ela contém a σ-álgebra de Borel .
Vamos mostrar agora que a σ-álgebra de Borel, também contém todo intervalo
fechado. Tomamos dois conjuntos abertos (a, ∞) e (a, b) e tomamos a diferença
(a, ∞) \ (a, b) = [b, ∞), da mesma maneira dados c > b, tomamos a diferença
que resulta em
[b, ∞) \ (c, ∞) = [b, c],
3. Vamos mostrar que todo conjunto aberto pertence a σ-álgebra gerada por inter-
1
valos semi-abertos σ 0 . Tomamos a interseção de elementos da forma [a, a + )
n
que resulta em {a}, disso segue também que [a, b) \ {a} = (a, b), então todo
aberto está contido em σ 0 e por isso ela contém a σ-álgebra de Borel .
Vamos mostrar agora que a σ-álgebra de Borel, também contém todo intervalo
semi-aberto. Tomamos dois conjuntos abertos (−∞, b) e (−∞, a), com b > a e
tomamos a diferença (−∞, b) \ (−∞, a) = [a, b) logo todo intervalo semi-aberto
pertence a B(R) e portando B(R) = σ 0 .
4. Vamos mostrar que todo conjunto aberto pertence a σ-álgebra gerada por semi-
retas abertas σ 0 . Tomamos a diferença de (−∞, b) com (−∞, a), com b >
a, que resulta no conjunto [a, b). Tomando a interseção enumerável do tipo
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 23
1
[a, a + ), segue que conjuntos unitários são elementos, tomando [a, b) \ {a}
n
segue que todo aberto é elemento de σ 0 , então terminamos a primeira parte.
pois não existe x tal que ak < x < a ∀ k pois ak → a e por (ak ) ser crescente, a
partir de algum de um ı́ndice k temos que x < ak ≤ a e
x < ak ≤ ak+1 ≤ a,
Todo elemento de [a, bj ) pertence a interseção, pois dado x ∈ [a, bj ), temos que
ak ≤ a ≤ x ≤ bj , ∀ k ∈ N. Agora tomamos as uniões
∞
[
[a, bj ),
j=1
nenhum elemento x tal que x > b está na união, pois bj ≤ b < x, ∀ j. Além
disso todo elemento x com a < x < b está na união, pois bj → b então existe
algum ı́ndice j tal que x < bj < b. Então os elementos da forma [a, b) com a e b
reais arbitrários são gerados pela σ-álgebra com apenas extremidades racionais
para os intervalos.
5. Vamos mostrar que todo conjunto aberto pertence a σ-álgebra gerada por semi-
retas fechadas σ 0 . Temos que [a, ∞) e [b, ∞) ∈ σ 0 com b > a arbitrário
logo sua interseção também [a, b] , tomando a interseção deste último conjunto
com [b, ∞) segue que conjuntos com um elemento {b} pertencem a σ 0 , logo a
união também {b, a}, como σ-álgebras são fechadas por complementar então
[a, b] \ {a, b} = (a, b) então todo aberto está contido em σ 0 e por isso ela contém
a σ-álgebra de Borel .
Vamos mostrar agora que a σ-álgebra de Borel, também contém toda semi-
reta fechada . Tomamos dois conjuntos abertos (a, ∞) e (a, b) e tomamos a
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 24
diferença (a, ∞) \ (a, b) = [b, ∞) logo toda semi-reta fechada pertence a B(R) e
portando B(R) = σ 0 .
é uma σ-álgebra em X .
{B ⊂ Y | f−1 (B) ∈ A}
ê Demonstração.
Os itens seguem das igualdades
∞ ∞
f−1 (Y) = X, f−1 ( f−1 (Bk ))
[ [
Bk ) = (
k=1 k=1
• Primeiro σ(f−1 (C)) ⊂ f−1 (σ(C)) . Temos que C ⊂ σ(C) ⇒ f−1 (C) ⊂ f−1 (σ(C)),
onde f−1 (σ(C)) é uma σ-álgebra em X, logo
pois f−1 (σ(C)) é uma σ-álgebra que contém f−1 (C) e σ(f−1 (C)) é a menor de tais
σ-álgebras.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 26
• Seja B 0 = {B ⊂ Y | f−1 (B) ∈ σ(f−1 (C))} . Temos que f−1 (C) ⊂ σ(f−1 (C)), logo
C ⊂ B 0 o que implica σ(C) ⊂ B 0 pois B 0 é σ-álgebra . Portanto
porém o conjunto das semi-retas fechadas {[a, ∞), a ∈ R} também gera o conjunto
de Borel por isso σ(σ({[a, ∞), a ∈ R})) = B(R), isto é, f−1 (B(R)) ⊂ B(R) , por isso
para qualquer conjunto de borel S temos que f−1 (S) também é um conjunto de borel .
1
{Π−
k (Bk ), Bk ∈ Σk , k ∈ F}.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 27
ΣA × ΣB = {M × N | M ∈ ΣA , N ∈ ΣB }.
daı́ 0, 1, 2, 3 deveriam ser elementos de M e N e daı́ terı́amos por exemplo (1, 3) como
elemento do produto cartesiano, o que não acontece.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 28
ê Demonstração.
1 −1
Seja C = {Π−
A (BA ), BA ∈ ΣA } ∪ {ΠB (BB ), BB ∈ ΣB }. Queremos mostrar que σ(ΣA ×
ΣB ) = Σ(C), para isso vamos usar que se W ⊂ σ(V) então σ(W) ⊂ σ(V), vamos
mostrar a igualdade das σ-álgebras mostrando duas inclusões.
1
Σ−
A (CA ) = CA × B,
é elemento gerado por σ(C) pois é σ−álgebra, logo é fechada por interseções.
BA × B = F ∈ ΣA × ΣB ,
ê Demonstração.
Vamos mostrar duas inclusões de conjuntos. Vamos usar que se B ⊂ A então
σ(B) ⊂ σ(A).
σ(AX × AY ) ⊂ σ(ΣX × ΣY ).
Σ× = {A × Y, A ∈ Σ}
é uma σ-álgebra em Y × Y = Y 2 .
ê Demonstração.
Bc = Y 2 \ B = Y 2 \ (A × Y) = (Y \ A) ×Y.
| {z }
Ac ∈Σ
∞
[
logo segue que Bk ∈ Σ× .
k=1
Σi,A×Y = ΣA × P(Y).
Onde
:B
z }| {
Σi,A×Y = {F ∈ P(A × Y) | i−1 (F) ∈ ΣA } .
ê Demonstração.
Vamos mostrar as duas inclusões de conjuntos.
R := R ∪ {−∞} ∪ {∞},
isto é, fazemos a adjunção de dois pontos ∞ e −∞, chamados pontos ideais, tal
que para elementos de R vale a ordem já definida. Os pontos de R chamamos de
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 31
−∞ < x < ∞.
x+∞=∞+x=∞
x − ∞ = −∞ + x = −∞.
Se x > 0, definimos
Se x < 0, definimos
sup(A) = ∞.
Com essas definições, todo conjunto não vazio em R possui supremo e ı́nfimo em
R. Em geral consideramos também [0, ∞] = R ∪ {∞}.
1. inf (∅) = ∞.
2. sup(∅) = −∞.
ê Demonstração.
1.5 Semi-anéis
1. ∅ ∈ S.
m
[
S1 \ S0 = Sk .
k=2
1.5.1 h- intervalos
Então S é um semi-anel .
• ∅ ∈ S.
ê Demonstração.
ê Demonstração.
ê Demonstração.
\ n
[
• Suponha A1 , A2 ∈ Sk , então A1 \ A2 = ct união disjunta, onde cada ct ∈ Sk
k∈A t=1
n
[
para algum k. como A1 \ A2 ∈ Sk ∀ k então ct ∈ Sk ∀ k então cada ct deve
t=1
estar contido em Sk .
Ω ∈ S.
1.5.2 Anel
m Definição 17 (Anel). Seja S uma classe de conjuntos não vazia tal que
S ⊂ P(Ω), S é um anel se é fechado por
n
[
1. União finita, isto é, se (Ak )n1 em S então Ak ∈ S.
k=1
ê Demonstração.
Então Ω é um anel .
ê Demonstração.
m Definição 18 (Anel gerado por um conjunto). Dada uma classe não vazia
V de subconjunto de Ω, definimos o anel gerado por V como o menor anel que
contém V .
ê Demonstração.
ê Demonstração.
• (1) ⇒ (2) União finita fechada ⇒ União finita disjunta fechada. Diferença
fechada ⇒ Diferença própria fechada. Falta mostrar a propriedade de interseção
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 38
A1 \ A2 = A1 \ (A2 ∩ A1 )
n
[
tomando a união . segue que
k=1
n
[ m
[ n [
[ m
[Ck ∩ Bj ] = (Bj ∩ Ck )
k=1 j=1 k=1 j=1
|S {z }
n Sm
k=1 [Ck ]∩ j=1 Bj
m [
[ n
como Bj ∩ Ck ∈ S segue que Bj ∩ Ck ∈ a(S) pois é união finita disjunta de
j=1 k=1
elementos do semi-anel.
n
[ m
[ n \
[ m
= (Ck \ (Bj ∩ Ck )) = Ck \ (Bj ∩ Ck )
k=1 j=1 k=1 j=1
m
\ m
[
onde usamos que Ck \ (Bj ∩ Ck ) = (Ck \ (Bj ∩ Ck )) (mostrar!) , porém
j=1 j=1
n \
[ m
Ck \ (Bj ∩ Ck ) ∈ a(S).
k=1 j=1
Por isso temos que a(S) está contido no anel gerador por S, Ag (S) pois tal contém
todas uniões finitas de S, disso a(S) ⊂ Ag (S), tal é o menor anel que contém S logo
Ag (S) ⊂ a(S) daı́ pelas duas inclusões Ag (S) = a(S) como querı́amos mostrar.
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 40
Sp = {S × T | S ∈ S1 , T ∈ S2 }
é um semi-anel em Ω1 × Ω2 .
ê Demonstração.
Como S10 ∩S20 ∈ S1 e T1 ∩T2 ∈ S2 por S1 e S2 serem semi-anéis então (S10 × T1 ) ∩ (S20 × T2 )
| {z }
=(S10 ∩S20 )×(T1 ∩T2 )
pertence a Sp o que mostra que Sp é fechado pela interseção .
CAPÍTULO 1. TEORIA DA MEDIDA 41
m p
[ [
3. Sejam S0 × T0 ⊂ S × T com S \ S0 = Sk , T \ T0 = Tj temos
k=1 j=1
p
m [
[ [
S×T = Sk × Tj = Sk × Tj
k=0 j=0 (k,j)
daı́
[
S × T \ S0 × T0 = Sk × Tj
(k,j)6=(0,0)
$ Corolário 6. Por indução segue que se (Sk )n1 são semi-anéis em (Ωk )n1 ,orde-
nadamente, então
Sp = {S10 × · · · × Sn0 | Sj0 ∈ Sj }
é semi-anel em Ω1 × · · · × Ωn .
1.5.5 Álgebra
n
b
[
Propriedade 33. Se A1 , A2 , · · · An ∈ Σ então Ak ∈ Σ. Sendo Σ uma
k=1
álgebra.
[1
n+ n
[
Ak = An+1 Ak = A ∪ B ∈ Σ,
| {z }
k=1 1
A |k={z }
B
pois por hipótese da indução, temos que B ∈ Σ e como A também, segue da proprie-
[1
n+
dade básica para fechamento para unição de dois conjuntos que A ∪ B = Ak ∈ Σ
k=1
como querı́amos provar.
1.5.6 σ-anel