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Introdução........................................................................................................................................2
2- A raiva.........................................................................................................................................4
3- Epidemiologia e Transmissão.....................................................................................................4
4- Mecanismos de Transmissão e Vias de Contágio...................................................................5
5- Grupos de Maior Risco e Áreas Endêmicas................................................................................5
6- Agentes Causadores da Raiva.....................................................................................................5
7- Processo de Infecção e Propagação do Vírus..............................................................................6
8- Sintomatologia e Diagnóstico.....................................................................................................6
9- Manifestações Clínicas da Raiva em Humanos e Animais....................................................6
10- Métodos de Diagnóstico Laboratorial e Clínico........................................................................7
11- Tratamento e Prevenção.........................................................................................................7
12- Impacto Social e Econômico.....................................................................................................8
13- Conclusão..................................................................................................................................9
14- Referências Bibliográficas......................................................................................................10
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Introdução
A Raiva foi uma das primeiras doenças do homem reconhecida como causada por um vírus,
apesar de suas características morfológicas, químicas e replicativas não estarem esclarecidas
até o final da década de 1960. A palavra Raiva tem origem do latim rabidus que significa
louco, pelo aspecto terrível do cão raivoso. A história registrou a mudança de um animal
dócil e amigo numa fera combativa, freqüentemente com convulsões, considerado resultado
de causas sobrenaturais. Em 1804 foi reconhecida a natureza infecciosa da Raiva, porém na
década de 1880, Instituto Pasteur sugeriu que o agente etiológico responsável não era uma
bactéria. Em 1903, Negri descreveu a presença de proeminentes corpúsculos de inclusão
citoplásmicos (corpúsculos de Negri) nas células nervosas de seres humanos ou de animais
infectados. Seu aspecto característico e sua facilidade de reconhecimento possibilitaram o
rápido diagnóstico patológico de infecção (Dulbecco & Ginsberg 1974). A Raiva é uma
antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico, contido na saliva do
animal infectado, principalmente pela mordedura. O índice de letalidade é de 100%, segundo
dados do Ministério da Saúde (1998). O vírus rábico pertence ao gênero Lyssavirus, da
família Rhabdoviridae. Seu aspecto é de um projétil e seu genoma é constituído por RNA
(MS 1998). Apesar do longo período de incubação em infecções naturais e em animais
experimentais, em culturas celulares apropriadas as características da multiplicação viral não
são incomuns, o ciclo inicial de multiplicação é completado em 18 a 24 horas (Dulbecco &
Ginsberg 1974). A replicação viral ocorre em "fabricas" citoplásmicas onde são formadas
matrizes de nucleocápsides helicoidais. Os vírions são então reunidos pelo brotamento a
partir das membranas citoplasmáticas (Dulbecco & Ginsberg 1974). O período de incubação
depende do tamanho do inóculo viral e do comprimento do trajeto neural da ferida até o
cérebro. Então, as mordidas graves no rosto e na cabeça tendem a ter um período de
incubação mais curto (Schaechter et al. 1994). O vírus da Raiva pode infectar todos os
mamíferos até agora testados. Entre os animais domésticos são especialmente suscetíveis
cães, gatos e bovinos. Raposas, morcegos, esquilos, coiotes são os principais hospedeiros
selvagens (Dulbecco & Ginsberg 1974).
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A Raiva apresenta dois ciclos básicos de transmissão: o urbano, que ocorre principalmente
entre cães e gatos e o silvestre, que ocorre mais entre morcegos, macacos, raposas e outros,
segundo dados do Ministério da Saúde et al. (1998)
Ao longo da história, a raiva foi associada a diferentes mitos e crenças culturais. Em algumas
culturas, era considerada uma punição divina, enquanto em outras era vista como uma
manifestação de possessão demoníaca. Essas interpretações influenciaram não apenas a
percepção popular da doença, mas também as práticas de tratamento e prevenção adotadas pelas
comunidades antigas.
Objetivo especificos:
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2- A raiva
A raiva não é apenas uma questão de saúde pública, mas também um fenômeno complexo que
afeta aspectos sociais, psicológicos e biológicos da vida humana. Socialmente, a presença da
raiva em uma comunidade pode desencadear respostas de medo, estigma e discriminação contra
pessoas e animais infectados. Além disso, a falta de compreensão sobre os mecanismos de
transmissão e prevenção da raiva pode levar a práticas culturais prejudiciais, como a caça
indiscriminada de animais considerados portadores do vírus.
Do ponto de vista psicológico, o impacto emocional da raiva pode ser profundo, tanto para
aqueles que estão infectados quanto para suas famílias e comunidades. A incerteza sobre o curso
da doença, juntamente com o medo da morte, pode gerar ansiedade e estresse significativos.
Além disso, o trauma associado à perda de entes queridos para a raiva pode deixar cicatrizes
psicológicas duradouras nas comunidades afetadas.
Biológicamente, a raiva apresenta desafios únicos devido à sua natureza altamente letal e à falta
de tratamento eficaz uma vez que os sintomas se manifestam. Essa realidade enfatiza a
importância da prevenção, por meio da vacinação animal e da profilaxia pós-exposição em
humanos, como estratégias fundamentais para mitigar o impacto da doença.
Portanto, compreender a raiva em sua totalidade requer uma análise que vá além dos aspectos
puramente médicos, abrangendo seus impactos sociais, psicológicos e biológicos. Essa
compreensão holística é essencial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção, controle e
tratamento da raiva, visando proteger não apenas a saúde física, mas também o bem-estar
emocional e social das comunidades afetadas.
3- Epidemiologia e Transmissão
A raiva, uma doença viral quase sempre fatal, continua a representar uma preocupação
significativa em termos de saúde pública em muitas partes do mundo. Esta seção aborda as
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estatísticas globais e regionais da incidência da raiva, os mecanismos de transmissão e vias de
contágio, bem como os grupos de maior risco e áreas endêmicas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a raiva cause cerca de
59.000 mortes por ano em todo o mundo, principalmente em países de baixa e média renda, onde
o acesso a tratamento e profilaxia adequados é limitado. Áreas como a África subsaariana e o Sul
da Ásia são particularmente afetadas, com a raiva canina sendo responsável pela maioria dos
casos de transmissão para humanos.
8- Sintomatologia e Diagnóstico
A sintomatologia da raiva, tanto em humanos quanto em animais, é caracterizada por uma série
de manifestações clínicas distintas. Paralelamente, métodos de diagnóstico laboratorial e clínico
são fundamentais para confirmar a presença da infecção viral.
Nos animais, os sintomas da raiva podem variar, mas geralmente incluem mudanças de
comportamento, agressividade, salivação excessiva, dificuldade para engolir e paralisia. Em
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muitos casos, os animais afetados podem apresentar mudanças marcantes em seu
comportamento, tornando-se mais agressivos ou, ao contrário, mais dóceis.
Atualmente, não há tratamento curativo para a raiva em humanos uma vez que os sintomas se
manifestam. O tratamento se concentra em oferecer cuidados de suporte para aliviar os sintomas
e manter a pessoa confortável até a morte inevitável.
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Além disso, a profilaxia pós-exposição, que envolve a administração de vacina antirrábica e
imunoglobulina antirrábica em pessoas expostas ao vírus, é fundamental para prevenir a
progressão da doença em casos de mordida ou arranhão por um animal suspeito de raiva.
A raiva continua sendo um desafio de saúde pública em muitas partes do mundo, com
sérias consequências para a saúde humana e animal. Além das mortes humanas
diretamente atribuídas à raiva, a doença também tem um impacto significativo na saúde
mental e emocional das comunidades afetadas. O medo da raiva pode levar a práticas
culturais prejudiciais, como a caça indiscriminada de animais suspeitos de estarem
infectados, aumentando o risco de transmissão da doença.
Além disso, o impacto econômico da raiva se estende além dos custos diretos de
prevenção e tratamento, afetando setores como o turismo e a agricultura em áreas onde a
doença é endêmica. O medo da raiva pode afetar negativamente o turismo em regiões
propensas à doença, enquanto a perda de animais de criação devido à infecção por raiva
pode ter um impacto devastador na subsistência de comunidades rurais.
O impacto psicossocial da raiva é profundo e pode afetar tanto as pessoas diretamente afetadas
pela doença quanto as comunidades em geral. O medo da raiva pode levar a estigmatização de
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pessoas e animais infectados, isolamento social e discriminação. Além disso, a perda de entes
queridos para a raiva pode causar trauma emocional duradouro e afetar a coesão comunitária.
13- Conclusão
A raiva, uma doença viral grave e quase sempre fatal, continua a representar um desafio
significativo para a saúde pública em muitas partes do mundo. A raiva é uma doença complexa e
multifacetada que exige uma abordagem igualmente abrangente e coordenada para sua
prevenção e controle. Com um compromisso contínuo com a pesquisa, educação e cooperação
internacional, podemos trabalhar juntos para reduzir o fardo da raiva e proteger a saúde e o bem-
estar das comunidades em todo o mundo.
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14- Referências Bibliográficas
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2453/2/9813999.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
manual_diagnostico_laboratorial_raiva.pdf
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-
animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/
RevisosobreRaiva2017.pdf
https://revistas.unilago.edu.br/index.php/revista-cientifica/article/view/367/506
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