Você está na página 1de 22

Instituto Saude Santa

Delegação de Nacala

Curso de TMG 10

Cadeira: Saude da Comunidade

Tema: Malaria

Nacala, Abril de 2024


2

Elementos do grupo:

Artur Jose

Luisa Da Caridade

Canysha Canjal Raimundo

Isabel Joanquite Joaquim

Aneide Magito

Regina Carlos Antonio

Eugenia Sualehe

Tema: Malaria

Trabalho de pesquisa de caracter científico da


cadeira de Saude da Comunidade, do curso de
TMG 10, que será entregue e apresentado pelo
grupo com fins de obtenção de nota avaliativa

Docente: Simao Mauricio

Nacala, Abril de 2024


3

Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Objectivo geral.............................................................................................................................4
Objectivos específicos..................................................................................................................4
Metodologia.................................................................................................................................4
1. Malaria.....................................................................................................................................5
1.1. Definição de Malária.............................................................................................................5
1.2. Origem e historia...................................................................................................................5
1.3. Classificação da Malária (termo clinico)...............................................................................6
1.3.1. Malária não complicada.....................................................................................................6
1.3.2.............................................................................................................................................6
1.3.3. Malária durante a gravidez.................................................................................................7
1.3.4. Tipos de Malaria (classificacao quanto ao tipo de parasita)................................................8
1.4. A transmissão da malária.......................................................................................................9
1.5. Diagnóstico da malaria........................................................................................................10
1.5.1. Ciclo evolutivo.................................................................................................................10
1.6. Imunidade a malaria............................................................................................................11
1.7. Tratamento da malária.........................................................................................................12
1.7.1.Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária...................................................15
1.8. Prevenção da malária...........................................................................................................16
1.8.1. Medicamentos para prevenção da malária........................................................................17
2. Malaria na Africa....................................................................................................................18
3. Situação da malária em Moçambique.....................................................................................18
3.1. Plano estratégico do programa nacional de controlo da malária..........................................19
3.1.1. objectivos do PEM 2022-2026.........................................................................................19
4. Progresso e desafios da malária..............................................................................................19
4.1. Progresso rumo às metas de 2030........................................................................................19
5.1. O futuro...............................................................................................................................20
Conclusão...................................................................................................................................21
Referências bibliográficas..........................................................................................................22
4

Introdução

O trabalho a introduzir com tema malaaria, queremos trazer resultados e dados de caracter
cientifico acerca desse fenomeno que assola mais de 100 paises no mundo, principalmente os
paises da Africa, onde noos habitamos. Este estudo aborda conceitos e explica com base nos
dados bibliograficos e argumentativos, a forma como a malaria se manifesa nos humanos.
trazemos aqui tambem, os metodos de diagnostico, as fromas de tratamentos, prevecao e
como a malaria actua manifesta em diferentes organismos e situacoes.

Sendo a malária uma doença endémica e de grande impacto em Moçambique, todos os


profissionais devem assumir uma postura de responsabilidade, implementando e fazendo
cumprir rigorosamente estas normas para benefício da comunidade e da saúde pública no
nosso País, de modo a maximizar o benefício dos medicamentos e evitar o surgimento de
resistência aos antimaláricos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2006), a
malária é reconhecida como um grave problema de saúde pública no mundo, estimando-se
que 40% da população esteja em risco de contrair esta doença em mais de 100 países. Ainda
de acordo com a OMS (idem), ocorrem cerca de 300 a 500 milhões de novos caso e 1 milhão
de mortes por ano em todo mundo.

Objectivo geral

 Introduzir e desenvolver o tema malaria como todo

Objectivos específicos

 Apresentar conceitos gerais relacionados a malaria


 estudar metodos de diagnostico, transmissao, tratamento e preencao da malaria
 Analisar a malaria no contexto nacional, africano e mundial.

Metodologia

Entende-se por metodologia, a filosofia ou métodos usados para a pesquisa, incluindo, porem,
as suposições e valores que servem como justificativa e padrões e os critérios que os
pesquisadores usam para interpretar dados e alcançar conclusões, Marconi, (2001). a pesquisa
em causa é de natureza bibliográfica e buscas na internet.

Estrutura do trabalho: O trabalho em destaque segue a seguinte estrutura: Introdução,


Desenvolvimento, Conclusão e Referencias bibliográfica.
5

1. Malaria

1.1. Definição de Malária

A malária é uma doença infecciosa causada por um parasita unicelular (protozoário) do


género Plasmodium (P). A doença é transmitida de uma pessoa para outra através da picada de
mosquitos do género Anopheles (An.). Existem quarto espécies de Plasmodium que
transmitem malária em humanos: P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malariae. As duas
primeiras espécies causam a maior parte dos casos de malária humana. O P. falciparum é
responsável pela maior parte de casos graves e mortalidade por malária.

Após um mosquito infectado picar uma pessoa, os sintomas da malária geralmente


aparecem dentro de sete a trinta dias, mas eles podem não ocorrer até meses ou até mesmo
anos mais tarde.

1.2. Origem e historia


O termo malária surgiu na Itália no século XVII, onde a morte de pessoas com febre
intermitente ou romana foi atribuída ao mau ar (mal'aria) das zonas dos pântanos e brejos.
Existem vários relatos na história sobre a ocorrência dessas febres, como, por exemplo,
referências em escritos chineses e hindus, evidências arqueológicas, descrições em papiros,
assim como inscrições nas paredes dos templos egípcios. Hipócrates, no século V a.C., foi o
primeiro a descrever as manifestações clínicas da malária, inclusive observando a
esplenomegalia e relacionando seu aparecimento às estações do ano ou aos locais onde o
paciente vivia.

Conseguintemenete, a descoberta do agente etiológico se deu em 1880 por Charles


Alphonse Louis Laveran, mas o vetor era ainda desconhecido. Achava-se que a
malária era contraída através do ar contaminado (mal-aria), como explicado
anteriormente. Existem e existiram outras denominações, algumas mais populares,
são: maleita, sezão, febre palustre, carneirada, batedeira, tremedeira
(KOROLKOVAS, 1982).

Em 1899, descobriu-se que a transmissão da malária humana ocorria pela picada de


mosquitos de gênero Anopheles.

Ja nos tempos mais contemporaneos, durante a Primeira Guerra Mundial, a malária dizimou
os exércitos, na campanha da Macedônia, e, na Segunda, em algumas frentes, as baixas
causadas por tal parasitose foram, ironicamente, superiores às motivadas pelo combate (REY,
L., 1973).
6

 !Parafraseando o capitulo findado, enetende-se claramente que a malaria assim como


outras doencas ao longo do tempo, procuparam a sociedade mundial no que dizia respeito a
sua real natureza de atuacao e contaminacao no corpo humano, mas que com a
modernizacao e avancos da cienca, a percepcao sobre ela e respostas face ao seu combate e
prevencao foi sendo melhorado gradativamente.

1.3. Classificação da Malária (termo clinico)

A malária pode ser classificada utilizando diferentes critérios. Mas para o efeito destas
normas, a malária é classificada em termos clínicos em malária não complicada e malária
complicada.

1.3.1. Malária não complicada

Malária sintomática sem sinais de gravidade ou evidência (clínica ou laboratorial) de


disfunção de órgão vital. Os sinais e sintomas de uma malária não complicada são
inespecíficos , resumidamente: cefaleias, cansacco, dores articulres, mialgias, desconforto
abdominal, mal estar geral, febre (temperatura axilar rondando os 37.5 graus celcius),
sudorese, anorexia, vomitos e/ ou diarreias. Porem, em crianccas ee frequente observar-se
anemias (palidez na palma das maos). A FEBRE, a CEFALÉIA e as MIALGIAS são os
sintomas mais frequentes da malária não complicada em zonas de alta transmissão como é o
caso de Moçambique.

A finalidade do tratamento da malária não complicada em termos de saúde pública é a de


reduzir o reservatório da infecção (transmissão), prevenindo o surgimento e disseminação da
resistência do parasita aos antimaláricos. O tratamento da malária não complicada geralmente
tem como os farmacos principais (depe dendo de cada situacao): Arteméter - Lumefantrina
(AL), Artesunato-Amodiaquina (ASAQ) ou mesmo Quinino oral (primeiro trimestre da
gravidez).

1.3.2. Malária grave /complicada

Num doente com parasitémia (formas assexuadas) por P falciparum e sem outra causa óbvia
para os sintomas, a presença de um ou mais dos seguintes achados clínicos ou laboratoriais,
classifica o doente como sofrendo da malária complicada/grave.

Geralmente sao manifestação clínicas da malária grave:

 Prostracao (fraqueza generalizada que impede o doente de andar e sentar);


7

 Altercao da consciencia coma (Glasgow ¿ 11em adultos e Blantyre ¿ 3 em crianccas;


 Respiracao profunda, dificuldade respiratoria (respiracao acidotica);
 Convulsoes repetidas (mais de dois episodios em 24h);
 Colapso circulatorio ou choque (TA sistolica
¿ a 80 mmHg nos adultos e< 70 mmHgnas crianccas ¿ segundo a OMS ;
 Insuficiencia renal (reducao da diurese, urina cor de cocacola);
 Hiperpirexia (temperatura axilar ≥ 39.5o C);
 Hemoglobinuria (urina escura);
 Ictericia clinica e evidencia de difuncao de outro orgao vital; etc.

Como tratamento da malária grave/complicada recorre-se a medicacoes (dependendo da


situacao) como: o Artesunato injectável (EV, IM), Quinino injectável (EV, IM).

O objectivo principal do tratamento da Malária Grave é de impedir a morte do doente, em


segundo lugar, orientar-se para prevenir as sequelas e a recrudescência. A morte por malária
cerebral ocorre nas primeiras horas de admissão por isso é essencial que se consiga atingir tão
rápido quanto possível, concentrações terapêuticas de medicamentos eficazes (Artesunato ou
Quinino). Vários estudos realizados comparando a eficácia do Artesunato e quinino no
tratamento da Malária Grave, mostraram claramente vantagens comparativas do Artesunato
em relação ao Quinino. Estudos multicêntricos mostraram por exemplo, redução da
mortalidade em cerca de 35% no grupo de Artesunato se comparado ao do quinino. Por isso, o
Artesunato é hoje recomendado como tratamento de eleição para a Malária Grave em adultos,
mulheres grávidas ou em lactação e crianças.

1.3.3. Malária durante a gravidez

A malária durante a gravidez é um problema obstétrico, social e médico que requer uma
solução multidisciplinar e multidimensional. A mulher grávida constitui o principal grupo de
risco em adultos. Durante a gravidez, a malária é mais frequente e mais grave. As mulheres
grávidas, em particular as primigestas, têm maior risco de evoluir para as formas graves da
malária.

Mulher Feto
8

Anemia grave Baixo peso a nascenca


hiperparasitemia Atraso do desnvovimento intra-uterino
hipoglicemia Prematuridade
Edema agudo do pulmao Abortos espontaneos
Malaria grave Morte neonatal
Morte materna Nado morto

Quadro 1: complicacoes da malaria durante a gravidez.

 Manifestações clínicas e tratamento da malária na gravidez - malária não


complicada

O quadro clínico da malária durante a gravidez é variável, manifestando-se por febre ligeira e
astenia, podendo evoluir para formas graves e apresentar-se com hipoglicémia, anemia grave,
edema pulmonar, insuficiência renal, hiperpirexia e malária placentária.

Tratamento da Malária na Gravidez Malária Não Complicada: dependendo do periodo e e


tempo de medicaaco indicada, recomenda-se o uso de: Quinino oral, Arteméter-Lumefantrina,
Artesunato injectável (EV ou IM). O Quinino injectável só poderá ser usado como alternativa
em casos de alergia ou indisponibilidade do Artesunato. Tanto o Artesunato como Quinino
devem ser administrados com maior urgência numa mulher com suspeita ou confirmação de
malária grave.

Devido ao maior risco de hipoglicémia durante a gravidez, recomenda-se a administração


rotineira de dextrose a 30% de 8/8 horas, EV lenta durante a administração de Quinino.
Depois de melhorar, e se a mulher grávida não tiver vómitos, deve ser recomendada a
administração por via oral de AL ou Quinino de acordo com a idade gestacional (dose
completa).
1.3.4. Tipos de Malaria (classificacao quanto ao tipo de parasita)

Seguindo outros criterios classificativos, baseando-se nos tipos de parasitas infetantes,


Existem Cinco tipos de malária humana (vale pautar aqui que alguns autores classificam a
mesma em 4):

 Plasmodium falciparum
9

 Plasmodium vivax
 Plasmodium ovale
 Plasmodium malariae
 Plasmodium knowlesi (raramente)

Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum são os tipos mais comuns de parasitas


causadores da malária. O maior número de mortes é causado por Plasmodium falciparum.

O Plasmodium vivax e o Plasmodium ovale podem permanecer no fígado em estado latente


(hipnozoítos) e, periodicamente, liberar parasitas maduros para a corrente sanguínea,
provocando crises recorrentes. A forma inativa não é destruída por muitos medicamentos
contra a malária.

O Plasmodium falciparum e o Plasmodium malariae não permanecem no fígado. No


entanto, as formas maduras de Plasmodium malariae podem persistir na corrente sanguínea
durante meses ou mesmo anos, antes de provocarem sintomas.

O Plasmodium knowlesi, que infecta principalmente macacos, também causa a malária em


seres humanos. Ocorre principalmente em homens que vivem perto ou trabalham em áreas
de floresta da Malásia e de outras áreas do sudeste asiático.

!Podemos entender aqui que dependendo do tipo de parasita, a malaria pode se apresentar
em varios tipos nos organismos humanos ou animais.

1.4. A transmissão da malária

A transmissao da malaria baseia-se fundamentalmente na existência de uma fonte de infecção,


de anofelinos transmissores e de hospedeiros humanos suscetíveis no ambiente ecológico dos
vetores. Ainda que existam evidências de que os primatas não-humanos, como os chimpanzés
na África e alguns macacos da Amazônia, possam ser reservatórios silvestres da doença, o
hospedeiro humano com microe macromegatócitos se constitui, senão na única, pelo menos
na principal fonte de infecção para os transmissores da doença humana. A forma de
transmissão mais importante é a natural, pela picada da fêmea do anofelino. Também pode
ocorrer transmissão neonatal, por transfusão sangüínea, pelo uso de agulhas e seringas
contaminadas e por acidente de laboratório.
10

!Parafreseando, pudemos entender que desde que apens haja uma fonte de infeccao, a
malaria pode ser infetada em varias formas como abordadas acima, difenetemente do que o
senso comum sempre reforca, a malaria nao soo pode ser contraida da picada do mosquito.

1.5. Diagnóstico da malaria

O diagnóstico da malária deve ser feito em qualquer doente que apresente uma síndrome
febril aguda (suspeita) com um resultado positivo no teste de diagnóstico rápido (TDR), ou
presença de Plasmodium no esfregaço de sangue.

Exitem geralmente dois tipos de diagnostico de malaria, sendi eles: Diagnóstico Laboratorial
e Testes de Diagnóstico Rápido (TDR).

I. Vantagens do Diagnóstico Laboratorial - Permite a confirmação do diagnóstico


correcto e tratamento atempado dos pacientes com malária (positivos), Identifica os
casos negativos (sem malária) nos quais é preciso procurar outras causas da febre,
Reduz, a utilização desnecessária de antimaláricos, a exposição aos efeitos adversos
particularmente nos pacientes que não necessitam da medicação antimalárica, e a
pressão medicamentosa na selecção de parasitas resistentes, Melhora a notificação dos
casos da malária ou Confirma as falências ao tratamento.
II. Testes de Diagnóstico Rápido (TDR) - Existem vários tipos de teste de diagnóstico
rápido da malária, para diferentes espécies de parasita Histidine-rich
protein2/Plasmodium lactato desihidrogenase [HRP2/pLDH para (Pf/Pv e
Pf/Pv/Po/Pm)] e Histidine-rich protein2 (HRP2/Pf).

Tem-se como vantagens no diagnostico usando o TDR: Simplicidade na realizacao e


interpretacao, nao necessita de pessoal especializado, fornecimento de resultado rapido (15 a
20 minutos) e outras. Em contraste, este tipo de diagnostico carrega como desvantagens as
seguintes: pode permanecer positivo atee 4 semanas, nao indicam a densidade parasitaria,
sensibilidade imprevisivel alterando facilmente com calor e humidade e outras desvantagens.

1.5.1. Ciclo evolutivo

Basicamente o cicli evolutivo da malaria acontece da seguinte maneira: Dois hospedeiros são
necessários para o desenvolvimento completo do ciclo evolutivo, um invertebrado (anofelino)
e outro vertebrado (homem). A malária é transmitida de uma pessoa a outra por meio da
picada da fêmea do mosquito Anopheles, que necessita de sangue como fonte de proteína para
maturação de seus ovos. No momento da picada o mosquito injeta, juntamente com a saliva,
11

as formas infectantes para o homem, os esporozoítos, que, após um certo período,


desaparecem da circulação e vão ao parênquima hepático (hepatócitos), onde iniciam a
esquizogonia exoeritrocitária, dando origem aos esquizontes teciduais primários. Estes
amadurecem e liberam, nos capilares intra-hepáticos, os merozoítos que, conforme a espécie
de pJasmódio, são em números diferentes (até 40.000 para P. falciPamil/, 15.000 para P. ovale,
10.000 para P. vivax, e 2.000 para P. malariae).

Após a liberação, os merozoítos invadem os eriu'ócitos e, no seu illterior, transformam-se em


trofozoítos jovens; estes crescem, dando origem aos esquizontes hen1áticos que, por divisão
nuclear e posterior segmentação, originam um número variável de merozoítos. Há, então, o
rompimento dos eritrócitos infectados, liberando os merozoítos, que voltarão a parasitar
outros glóbulos vermelhos, repetindo o ciclo. Depois de determinado período, que pode variar
de 3 a 15 dias, alguns merozoítos diferenciam-se em gametócitos femininos
(macromegatócitos) e masculinos (micromegatócitos).

O P. vivax e o P. ovale apresentam formas que permanecem quiescentes nos hepatócitos, ditas
hipnozoítos, e que são as responsáveis pelas recaídas que podem ocorrer nestas espécies. Na
malária falciParum, embora não haja hipnozoítos, podem ocorrer novas crises (as
recrudescências) em virtude da persistência de formas eritrocitárias em níveis sangüíneos
muito baixos, a ponto de não serem detectáveis à microscopia óptica (parasitemia subpatente).

1.6. Imunidade a malaria

Primeiro vale dizer que Ee incrivel saber que devido a varios factores e condicoes individuais,
algumas pessoas dispoem de uma imunidade a malaria incrivelmente comfirmada.

 Fatores Naturais de Resistência

A habilidade em se defender contra a infecção malárica é determinada não somente por


mecanismos imunobiológicos, mas também por características inatas do hospedeiro. A
resistência inata é geneticamente determinada e existe sem exposição prévia ao parasita, por
isso, o hospedeiro pode ser completamente resistente ou apresentar sensibilidade diminuída à
gravidade dos sintomas.

Os fatores freqüentemente envolvidos na resistência inata aos parasitas da malária são:

1. ausência do grupo sangüíneo Duify, fenótipo encontrado em pessoas negras (que são
Duifynegativas), cuja característica principal é a refrataliedade às infecções;
12

2. presença de glicoforinas, consideradas como receptores eliu'ocitários para P.


jalciparum;
3. variações hematológicas, como hemoglobina fetal, esferocitose, talassemia,
deficiência de glicose e níveis reduzidos de fosfato piridoxal e eletrólitos intra-
eritrocíticos.
 Imunidade Naturalmente Adquirida

existe tambem a imunidade que devido a alguns factores ee adquirida. Algumas características
fundamentais da resposta imune adquirida devem ser ressaltadas:

1. suscetibilidade universal existente à malária-infecção, ou seja, todos os indivíduos,


excluindo-se aqueles portadores de resistência inata, são suscetíveis à infecção
malárica, a diferença básica\ residindo nos diferentes graus de suscetibilidade à
malária-doença (morbidade e/ou mortalidade);
2. a resposta do hospedeiro à malária é específica para cada espécie de plasmódio, e para
cada estágio do parasita durante seu ciclo no hospedeiro vertebrado;
3. a imunidade naturalmente adquirida é de lenta aquisição e tem pouca duração,
persistindo somente enquanto existir o contato entre o hospedeiro e o parasita. Esta
característica tem por base a análise da situação de imunidade concorrente nas áreas
ditas endêmicas, onde a prevalência de malária decresce à medida que aumenta a
idade.
4. Assim, em áreas endêmicas, podem-se agrupar certas peculiaridades do
comportamento imunitário em crianças, conforme cada grupo etário. Da fase pré-natal
até os 6 meses de idade, a criança apresenta alguma proteção, proveniente,
principalmente, da presença de anticorpos maternos, recebidos através da placenta, no
caso de mãe semi-imune. Nesta situação, a criança poderá apresentar alguma proteção
advinda da presença de hemoglobina fetaI.
5. A partir dos 6 meses até cerca de 2 anos, conforme a maioria dos autores, a crian~ ça
vai perdendo gradativamente essas defesas iniciais, e os anticorpos obtidos na vida
intrauterina encontram-se em franco declínio.

1.7. Tratamento da malária

Depois de começar o tratamento da malária, a maioria das pessoas melhora dentro de 24 a


48 horas, mas no caso de malária por Plasmodium falciparum, a febre pode persistir durante
cinco dias.
13

Para o tratamento da malária aguda, a escolha do medicamento baseia-se em

 Os sintomas da pessoa
 Espécie infectante de Plasmodium
 Probabilidade de que o parasita seja resistente

O parasita ter probabilidade de ser resistente varia com

 A espécie de Plasmodium
 A localização geográfica em que as pessoas foram infectadas

O regime de tratamento baseia-se nos resultados dos exames diagnósticos e no local da


exposição. No entanto, se os médicos suspeitarem seriamente de malária, eles poderão tratar
as pessoas para malária mesmo se os resultados dos exames não confirmarem o diagnóstico,
pois os exames não detectam todos os casos e, se não for tratada, a malária pode trazer risco
à vida. Os médicos medem o nível de açúcar (glicose) no sangue da pessoa, particularmente
na malária falciparum, e administram glicose se o nível cair abaixo do normal.

Como a malária traz um risco potencial à vida, as pessoas são tratadas imediatamente. A
maioria dos casos de malária pode ser tratada com medicamentos orais. Em pessoas que não
podem tomar medicamentos por via oral, o artesunato pode ser administrado por via
intravenosa. A malária grave requer tratamento urgente, de preferência com artesunato
administrado por via intravenosa. Quando o artesunato não estiver disponível de imediato,
inicia-se o tratamento oral temporário com arteméter-lumefantrina, atovaquona-proguanil,
sulfato de quinina (combinado com doxiciclina ou clindamicina por via intravenosa).
a) Malária por Plasmodium falciparum
Os tratamentos comumente usados que são tomados por via oral incluem

 Arteméter-lumefantrina
 Atovaquona-proguanil para malária sem complicações

Os medicamentos que foram desenvolvidos a partir de artemisinina (como arteméter e


artesunato) agora são usados no mundo inteiro para tratar malária por Plasmodium
falciparum ou por outras espécies de Plasmodium. A artemisinina é derivada de uma erva
medicinal chinesa chamada qinghaosu, originária da planta do absinto doce. Alguns
medicamentos com artemisinina são dados por via oral, por injeção ou por supositório.
14

Nenhum permanece no corpo por tempo suficiente para ser usado na prevenção da malária.
No entanto, esses medicamentos são úteis para o tratamento, pois agem mais rapidamente
que outros antimaláricos e são geralmente bem tolerados. Eles são administrados com um
segundo medicamento para evitar o desenvolvimento de resistência a medicamentos. Uma
dessas combinações de medicamentos é arteméter e lumefantrina (administrados em um só
comprimido).

Quando não houver complicações, a malária por Plasmodium falciparum poderá ser tratada
com a combinação de atovaquona e proguanil.
A quinina combinada com o antibiótico doxiciclina ou às vezes com clindamicina já foi
amplamente usada, mas os medicamentos arteméter-lumefantrina e atovaquona-proguanil
têm menos efeitos colaterais. Essas combinações de medicamentos substituíram em grande
parte os tratamentos que envolvem quinino.

A mefloquina administrada em doses mais altas que as recomendadas para a prevenção é


uma alternativa, mas ela é usada somente quando não houver outras opções disponíveis,
devido aos seus efeitos psiquiátricos e outros efeitos colaterais potencialmente graves.

Devido ao risco de progressão para doença grave em pacientes com infecção


pelo Plasmodium falciparum, as pessoas são hospitalizadas para serem monitoradas até que
os sintomas melhorem e a densidade de parasitas diminua.

b) Malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale


A cloroquina (ou hidroxicloroquina) continua a ser uma escolha eficaz para infecções
pelo P. vivax e P. ovale, exceto para infecções pelo P. vivax contraídas em países com alta
prevalência de P. vivax resistente à cloroquina. Nessas áreas, as pessoas são tratadas com
arteméter-lumefantrina ou atovaquona-proguanil.

A primaquina tomada diariamente por catorze dias, ou tafenoquina tomada como uma única
dose em adultos (16 anos de idade ou mais), é administrada ao término do tratamento para
prevenir ataques recorrentes de malária. Ambos os medicamentos matam parasitas
persistentes no fígado. Antes de serem iniciados, é feito um exame de sangue para verificar
se há deficiência de G6PD. Em pessoas com deficiência desta enzima, tanto
a primaquina quanto a tafenoquina causam a ruptura dos glóbulos vermelhos do sangue e
não podem ser usadas.
15

c) Malária por outras espécies


Plasmodium malariae e Plasmodium knowlesi são suscetíveis à cloroquina. Os
medicamentos e as combinações de medicamentos usados para tratar a malária
por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina também são eficazes no tratamento de
malária por essas espécies. Elas não têm parasitas persistentes no fígado.

1.7.1.Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária

a) Medicamentos à base de artemisinina (os principais)

(arteméter e artesunato) às vezes têm efeitos colaterais, os quais incluem dores de cabeça,
perda de apetite, tontura e fraqueza.

Quando a combinação de arteméter-lumefantrina é usada, a lumefantrina pode interagir com


outros medicamentos causando, às vezes, um ritmo cardíaco anormal. Portanto, as pessoas
devem lembrar-se de informar seus médicos de todos os medicamentos que estejam
tomando para que se possa evitar interações medicamentosas.

A ruptura de glóbulos vermelhos e anemia podem ocorrer nas semanas seguintes à


administração de artesunato e, ocasionalmente, outras artemisininas.

A atovaquona-proguanil costuma ser bem tolerada, mas ocasionalmente causa uma


erupção cutânea alérgica ou sintomas intestinais. Ela é administrada a mulheres que estão
grávidas ou amamentando somente se não houver nenhuma outra alternativa e se o possível
benefício superar os possíveis riscos para o feto.

A cloroquina Possui um gosto amargo e pode causar coceira e sintomas intestinais, como
dor abdominal, perda de apetite, enjoo e diarreia. O medicamento deve ser mantido longe de
crianças porque superdosagens podem ser fatais.

A hidroxicloroquina, um medicamento quimicamente semelhante que tem atividade anti-


inflamatória e é usado principalmente para tratar lúpus e artrite reumatoide, também tem
atividade antimalárica. Seus efeitos colaterais são semelhantes aos da cloroquina.

A mefloquina causa sonhos vívidos e insônia. Ela também pode causar efeitos colaterais
psicológicos graves e convulsões em pessoas com um distúrbio convulsivo (epilepsia) e
afetar o coração. Assim, a mefloquina é evitada em pessoas com diagnóstico confirmado de
distúrbio convulsivo, problemas psiquiátricos ou distúrbio cardíaco.
16

O quinino causa frequentemente dor de cabeça, enjoo, vômito, problemas visuais e


zumbido nos ouvidos. Essa combinação de sintomas é chamada cinchonismo.
O quinino também pode causar níveis baixos de glicose em pessoas infectadas
com Plasmodium falciparum.

1.8. Prevenção da malária

Todos noos sabemos o que ee se previnir de algo, previnir-se da malaria ee o mesmo que
jogar na seguranacaa, evitando enfrentara situacaoes que nao se pode prever o seu desfecho.
Embora nada seja 100% garantido no que concerne a seguranaca, a preevencao ee sempre
aconselhada nos centros de saude e areas realacionadas. Geralmente, a prevenção da malaria
envolve:

 Controlar os mosquitos;
 Evitar picadas de mosquitos;
 Tomar medicamentos preventivos (profilaxia contra malária).

As medidas de controle de mosquitos, que incluem eliminação das áreas de reprodução e


destruição das larvas em águas paradas onde vivem, são muito importantes. Além disso, as
pessoas que vivem ou viajam para áreas onde a malária é prevalecente podem tomar
precauções para limitar a exposição do mosquito:

 Usar inseticida (permetrina ou piretrina) em spray nas casas e no lado de fora das
casas;
 Colocar telas em portas e janelas;
 Usar redes mosquiteiros tratados com inseticida sobre as camas;
 Aplicar repelentes de mosquito contendo DEET (dietiltoluamida) em áreas expostas
da pele;
 Usar calças compridas e camisas de manga comprida, principalmente entre o
anoitecer e o amanhecer, para proteção contra as picadas do mosquito;
 Se a exposição a mosquitos for provavelmente longa ou envolver muitos mosquitos,
aplicar permetrina nas roupas antes de usá-las.

Tratar vestuário e equipamentos com produtos contendo permetrina ajuda.


A permetrina continua a conferir proteção depois de várias lavagens. Existem roupas pré-
17

tratadas com permetrina disponíveis e elas podem proteger mesmo depois de muitos ciclos
de lavagem.

1.8.1. Medicamentos para prevenção da malária

Medicamentos podem ser tomados para prevenção da malária em viagens para áreas onde
ela esteja presente. O medicamento preventivo é iniciado antes de começar a viagem,
continuado pelo tempo de estada e prolongado por um tempo (que varia para cada
medicamento) depois que a pessoa sair da área. Os medicamentos preventivos reduzem, mas
não eliminam o risco de malária. Para evitar (e tratar) a malária, utilizam-se vários
medicamentos.

A resistência a medicamentos é um problema sério, particularmente com o


perigoso Plasmodium falciparum e, em algumas regiões do mundo, com Plasmodium vivax.
Desse modo, para prevenção, a escolha do medicamento varia de acordo com a localização
geográfica. Os medicamentos que são usados mais frequentemente na prevenção da malária
são
 A combinação de atovaquona e proguanil (em um só comprimido)
 Doxiciclina

A eficácia desses dois tratamentos é semelhante, mas eles variam em relação aos efeitos
colaterais. A atovaquona associada a proguanil costuma ser mais bem tolerada do que a
doxiciclina
 Vacinação - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização da
vacina RTS,S/AS01 (RTS,S) contra a malária em crianças na África Subsaariana e
em outras regiões com transmissão moderada a alta da malária por Plasmodium
falciparum.

!um exemplo concreto de prevencao de malatria conhecido e implementado no nosso


paaiisr com base a medicacao ee o programa de prevencao a malaria com base na
Quimioprevencao Sazional da Malaria (QMS), que decorre nos primeiro 4 meses de cada
ano e que ee direcionado a criancas de 3 meses a 5 anos de idade. Nesse programa ee
administrado aas criancas o SPAQ (Sulfadoxina, Primitamina e amodioquina), combatendo
assim a malaria naqueles meses predominantemente chuvosos.
18

2. Malaria na Africa

África enfrenta ameaças cada vez maiores que aumentam o risco de casos e mortes A África
está no centro duma "tempestade perfeita" que ameaça interromper os serviços de saúde
essenciais que salvam vidas, o que leva a surtos de casos e mortes por malária e anula décadas
de progresso.

Os países africanos enfrentam grandes lacunas orçamentais que exigem uma mobilização
urgente de recursos. Uma análise do Fundo Mundial identificou que os Estados-membros
necessitam de pelo menos US$ 1,5 mil milhões apenas para manter os níveis existentes das
intervenções contra a malária entre 2024 e 2026. Essas lacunas estão ligadas à actual crise
financeira mundial, com aumento dos custos de entrega de produtos e intervenções essenciais
para as comunidades. A necessidade de produtos de custo mais alto e de próxima geração para
lidar com insecticidas generalizados e o aumento da resistência parcial a medicamentos
aumenta ainda mais a pressão sobre os orçamentos restritos.

A história demonstra que as interrupções nos serviços relacionados à malária resultam


consistentemente em surtos quase imediatos, com os casos retornando aos níveis de pré-
controlo. Os déficits previstos para 2026 podem ter um resultado semelhante aos piores
cenários estimados no início da pandemia da COVID-19.
as mortes por malária em risco de aumentarem ao dobro. São necessários mais US$ 5,2 mil
milhões por ano para que o continente progrida rumo à eliminação.

3. Situação da malária em Moçambique

A malária continua a ser um problema de saúde pública em Moçambique sendo endémica em


todo o país, variando de zonas hiper-endémicas ao longo do litoral, zonas meso-endémicas
nas terras planas do interior e de algumas zonas hipo-endémicas nas terras altas do interior.
Vários factores contribuem para esta endemicidade, desde as condições climáticas e
ambientais como as temperaturas favoráveis e os padrões de chuvas, bem como locais
propícios para a reprodução do vector. A maioria do país tem uma transmissão ao longo de
todo ano, com picos durante a época chuvosa, de Dezembro aa Abril. Os principais vectores
da malária em Moçambique pertencem aos grupos Anopheles funestus e gâmbiae. O
Plasmodium falciparum é o parasita mais frequente, sendo responsável por mais de 90% de
todas infecções maláricas, enquanto infecções por Plasmodium malariae e Plasmodium ovale
são observadas em 9% e 1%, respectivamente (IDS 2011).
19

3.1. Plano estratégico do programa nacional de controlo da malária

O Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM) é responsável pelo desenvolvimento


de políticas, normas, planificação e coordenação de todas as actividades de controlo da
malária no país. Em 2016, foi feita avaliação final do plano estratégico da malária 2012-2016
(PEM), e as constatações da revisão foram usadas na elaboração do Plano Estratégico da
Malária para o período 2017-2022. O Plano Estratégico da Malária 2017-2022 centrou-se na
redução da incidência da malária em áreas de transmissão elevada e na sustentação dos
ganhos alcançados em áreas de transmissão reduzida, de modo a intensificar os esforços para
a eliminação.

3.1.1. objectivos do PEM 2022-2026

Ja faz pouco tempo que foi implemetado o novo ciclo do PME (2022-2026) e os seus
objectivos são baseados nas seis áreas temáticas nomeadamente:
 Fortalecer as competências de gestão do programa e nível central, provincial e distrital,
de modo a alcançar os objectivos do plano estratégico.
 Disponibilizar pelo menos, 85% de cobertura da população com, no mínimo, uma
intervenção de controlo vectorial em todos os distritos do país.
 Testar 100% dos casos suspeitos de malária e tratar 100% dos casos confirmados de
malária ao nível das unidades sanitárias e a nível comunitário, de acordo com as
directrizes nacionais.
 Implementar uma abordagem efectiva de comunicação para mudanças social e
comportamento para assegurar que, pelo menos, 70% das pessoas procuram cuidados de
saúde apropriados e atempados, e que, pelo menos 85% da população utiliza um método
de protecção adequada.
 Acelerar os esforços para a eliminação da malária, através da implementação de
intervenções epidemiologicamente adequadas.
 Reforçar o sistema de vigilância de modo a que 100% das unidades sanitárias e distritos
notifiquem dados completos, atempados e de qualidade.

4. Progresso e desafios da malária

4.1. Progresso rumo às metas de 2030

De acordo com a OMS, houve uma estimativa de 236 milhões de casos da malária (95% do
total mundial) e 590.935 mortes por malária (97% do total mundial) nos Estados-membros
20

africanos em 2022.1 Como foi apresentado no relatório do ano passado, apenas quatro
Estados-membros são responsáveis por quase metade dos casos mundiais de malária: Nigéria
(27%), República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%) e Moçambique (4%). Em todo
o continente, 1,27 mil milhões de pessoas correm o risco de contrair a malária. Entre essa
população, havia 186 casos por 1.000 pessoas e 47 mortes por 100.000 pessoas. Em
comparação com 2000, isso representa uma redução de 38% na incidência de malária e uma
redução de 60% na mortalidade por malária.

Nas duas últimas décadas, foram evitadas 1,6 bilhão de casos de malária e 10,6 milhões de
mortes por malária em África. O progresso continua estagnado e o continente não está no
caminho para atingir o seu objectivo de controlar e eliminar a malária até 2030.2 Desde 2015,
a incidência da malária diminuiu 7,6% e a mortalidade 11,3%, muito aquém dos objectivos
intercalares da União Africana de 40% de redução até 2020 e 70% até 2025. Dos 46
Estadosmembros que relatam incidência de malária, sete alcançaram uma redução de 40% na
incidência ou mortalidade por malária.3 Serão necessários muitos ganhos para que o
continente volte ao caminho certo.

5.1. O futuro

A luta contra malária irá apenas aumentar no futuro. Novos medicamentos consistirão em
moléculas pequenas e vacinas desenvolvidas como resultado do crescente entendimento e
análise de fatores moleculares e epidemiológicos. Por exemplo, um único fragmento
específico para o P. berghei proteína ookinete Pbs21 bloqueia transmissão no intestino do
mosquito foi recentemente anunciada.. Esta não só é uma ferramenta útil como um potencial
terapêutico, mas também porque o próprio gene do Pbs21 pode ser usado para gerar um
sistema modelo para estudar como mosquitos podem, eles mesmos, tornarem-se resistentes às
formas transmissíveis de malaria.

(YOSHIDA, 1999) A malária também está sendo atingida através de métodos


genéticos funcionais e tradicionais. Um recente estudo descreve como o rompimento
atingido do gene de CTRP do patógeno confirmou e revelou seu papel crítico na
doença. Como são validados mais tais genes como objetivos, eles invariavelmente
conduzirão a terapias precisamente atingidas. (YUDA, 1999).
21

Conclusão

Resumindo todo o capitulo, pode-se afirmar a malária é uma doença com risco de morte
causada por parasitas que são transmitidos às pessoas por meio da picada de mosquitos
infectados, porem, ela pode ser prevenida e curada.

Durante o estudo, notamos que a classificaaco da malaria ee geralmente definida pela


gravidade sintomal do paciente, gerando a malaria nao complicada e complicada
respectivamente. Porem, podendo-se classificar tambem com base no tipo de parasita
contaminante, uma vez que existem varios tipos deles sendo agentes infectantes em humanos.
A malaria pode provocar dferebres sintomas dependendo de cada individuo, uns podem ser
mais vulneraveis e outros ate imunes a esta endemia.

Uma realidade que nao se pode deixar de comentar ee a de que A malária é uma doença da
pobreza desproporcionalmente concentrada nos países de baixa renda e populações
vulneráveis. Ora vejamos, os países de África que são mais afectados pela crise financeira
contínua, enfrentam altos níveis de dívida e riscos de inadimplência, esses paisses que na
maiioria têm recursos internos limitados sao os mais afectados devido factores como o pobre
saneamento publico, inexistecia de condicoes de higiene publica controlada, factores estes
ligados a economia e poblemas como pobreza subdesenvolvimnto socioeconomico.

Notamos tambem que a malaria sendo uma doenca altamente perigosa e potencialmente fatal,
ela deve ser evitada a partir de noos mesmos, recorrendo a metodos preventivos como o uso
de redes mosqueteiros. Nas criancas com menos de 5 anos devemos submetelos a campanhas
anuais da OMS de distribuicao de mediacamenteo anti malarico (geralmente SPAQ-
sulfadoxina, primitamina e Amodiaquina) que fornecem dosagem anti-malaria para essas
criancas tenham imunidade nos primeiros meses do ano, meses estes em que a malaria ee
mais prevalente devido ao tempo chuvoso
22

Referências bibliográficas

GISELLA, P. 1998. Membros da Medilife. Malaria. URL http://members.tripod.com/medlife-


ua KACHUR, S. P. et al. 1999. Pesquisas para erradicação da Malária. Nature América Inc.
18(1):112 KOROLKOVAS, A. & BURCKHALTER, J. H. - Química Farmacêutica,
Guanabara Dois, Rio de Janeiro, RJ, 1982.

MILHOUS, Wilbour. Diretor do Experimental Terapeutics Walter Reed Army Institute of


Research. E-mail: col_wil_milhous@wrsmtp-ccmail.army.mil MINISTÉRIO DA SAÚDE .
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE . GERÊNCIA TÉCNICA DE MALÁRIA . Avaliação
Epidemiológica da Malária no Brasil . Boletim Informativo, Brasília, março, 1997.

PINDER, Roger M. 1973. Malaria. 1973. The Design, Use, and Mode of Action of
Chemotherapeutic Agents. p 30. REY, L. - Parasitologia, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
1973. 23

STECK, E. A. - The Chemotherapy of Protozoan Diseases, Vol. III, Walter Reed Army
Institute of Research, Washington, D.C., 1975 TARGETT, G. A.T. 1991. Malaria waiting for
the vaccine. p 12-25

THOMPSON, P. E. & WERBEL, L. M. Antimalarial Agents: Chemistry and Pharmacology.


1972. p 5-9; 62; 100;123; 150; 197.

VERONESI, R. 1985. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 7ª Ed. Editora Guanabara Koogan


S.A. Rio de Janeiro - RJ, p. 753-779.

Você também pode gostar