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Malaria
Angoche, Dezembro
2023
Instituto De Gestão De Ciências De Saúde (IGCS)
Turma: P4
Malaria
Angoche, Dezembro
2023
Índice
1. Introdução .............................................................................................................. 4
2. Malária ................................................................................................................... 5
3. Distribuição Geográfica da Malaria no Mundo ..................................................... 5
4. Historial Do Surgimento da Malaria ..................................................................... 6
5. Agente Etiológico .................................................................................................. 7
6. Período de Incubação............................................................................................. 7
7. Período de Transmissibilidade .............................................................................. 7
8. Principais Sinais e sintomas .................................................................................. 7
9. Transmissão ........................................................................................................... 8
10. Fatores de Risco ................................................................................................. 8
11.1. Manifestações de P. vivax, P. ovaleP. malariae e P. knowlesi ............................ 9
12. Diagnóstico da Malaria ........................................................................................... 9
12. Tratamento ....................................................................................................... 10
13. Prevenção ......................................................................................................... 10
13.1. Ações de educação em saúde ....................................................................... 11
13.2. Medidas de Controlo .................................................................................... 11
14. Conclusão......................................................................................................... 13
15. Referencias Bibliográficas ............................................................................... 14
1. Introdução
A malaria é uma doença infeciosa transmitida por mosquitos e causada por
protozoários parasitários do género Plasmodium, Desde 2700 a.C., na antiguidade
chinesa, que são encontradas ao longo de toda a História escrita referências à febre
periódica característica da malária. A malária pode ter contribuído para o declínio do
Império Romano, onde era uma doença tão comum que chegou a ser conhecida como
"febre romana". Várias regiões do império eram consideradas de risco devido à presença
de condições favoráveis aos vetores de malária, como o sul de Itália, a ilha de Sardenha,
as lagoas Pontinas, as regiões baixas da costa da Etrúria e a cidade de Roma ao longo do
rio Tibre, O período de transmissibilidade natural da malária está ligado à existência de
portadores de gametócitos (reservatórios humanos) e de vetores. Existem centenas de
espécies de anofelinos com potencial de transmitira malária. A malária pode ser
transmitida acidentalmente por transfusão de sangue (sangue contaminado com
plasmódio), pelo compartilhamento de seringas (em usuários de drogas ilícitas) ou por
acidente com agulhas e/ou lancetas contaminadas. Há, ainda, a possibilidade de
transmissão neonatal, Em casos graves pode causar icterícia, convulsões, coma ou morte.
Os sintomas começam-se a manifestar entre 10 e 15 dias após a picada. Quando não é
tratada, a doença pode recorrer meses mais tarde, Entre os métodos de prevenção da
malária estão a erradicação dos mosquitos, a prevenção de picadas e medicação. A
presença de malária numa dada região pressupõe a conjugação de vários fatores: elevada
densidade populacional humana, elevada densidade populacional de mosquitos
‘’anopheles’’ e elevada taxa de transmissão entre humanos e mosquito e vice-versa.
2. Malária
Malária é uma doença infeciosa transmitida por mosquitos e causada por protozoários
parasitários do género Plasmodium.
3. Distribuição Geográfica da Malaria no Mundo
A malária é atualmente endémica nas regiões equatoriais, em regiões da América,
algumas partes da Ásia e grande parte de África.
Entre 85 e 90% das mortes por malária ocorrem na África subsariana. Em 2009, uma
estimativa indicou que os países com a maior taxa de mortalidade por cada 100 000
habitantes foram a Costa do Marfim (86,15), Angola (56,93) e o Burkina Faso (50,66).
Em 2010, uma outra estimativa indicou que os países com maior taxa de mortalidade
foram o Burkina Faso, Moçambique e o Mali. Ainda em 2010, cerca de 100 países
possuíam malária endémica. Estes países são visitados anualmente por mais de 125
milhões de viajantes internacionais, dos quais mais de 30 000 contraem a doença.
No Brasil, 97% dos casos ocorrem na região amazónica e pouco menos de 2,9% nas
regiões próximas, sendo mais de 80% nas regiões rurais.
Em Angola, o número de casos também tem vindo a diminuir. Entre 2006 e 2010,
registaram-se em média quatro milhões de casos por ano, enquanto em 2011 se registou
pela primeira vez um número inferior a três milhões.
A malária é mais frequente nas áreas rurais do que em área urbanas. Por exemplo, há
várias cidades na bacia do rio Mekong que são livres de malária mas a doença é prevalente
em muitas das regiões rurais. Por outro lado, em África a malária está presente tanto em
áreas rurais como urbanas, embora o risco seja menor nas maiores cidades. É provável
que as alterações climáticas venham a criar novos habitats para o mosquito vetor de
malária em regiões mais frias e de maior altitude, provocando alterações na sua
distribuição geográfica e o aumento de surtos epidémicos.
O termo malária tem origem no italiano medieval mala aria, ou "maus ares"; a
doença era anteriormente denominada "ague" ou "febre dos pântanos" devido à sua
associação com os terrenos alagados. A malária era comum em grande parte da Europa e
da América do Norte, onde já não é endémica, embora continuem a ser registados casos
importados.
Em abril de 1894, Patrick Manson e o médico escocês Ronald Ross iniciam uma
colaboração ao longo de quatro anos, a qual culminaria em 1898 no momento em que
Ross, que trabalhava no hospital geral de Calcutá, demonstra o ciclo de vida completo do
parasita da malária nos mosquitos, provando que o mosquito é o vetor da malária em
humanos ao mostrar que determinadas espécies de mosquitos transmitem malária às aves.
Ross isolou parasitas de malária a partir das glândulas salivares dos mosquitos que se
tinham alimentado de aves infetadas.
5. Agente Etiológico
Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana:
P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. O P. ovale está restrito a
determinadas regiões do continente africano e a casos importados de malária.
6. Período de Incubação
O período de incubação geralmente é
7. Período de Transmissibilidade
O mosquito é infetado ao sugar o sangue de uma pessoa com gametófitos
circulantes. Os gametófitos surgem na corrente sanguínea em período que varia de poucas
horas para o P. vivax e de 7 a 12 dias para o P. falciparum, a partir do início dos sintomas.
Caso não seja adequadamente tratado, o indivíduo pode ser fonte de infeção por até 1 ano
para malária por P. falciparum; até 3 anos para P. vivax; e por mais de 3 anos para P.
malariae.
Febre,
Fadiga,
Vómitos e;
Dores de cabeça.
9. Transmissão
O período de transmissibilidade natural da malária está ligado à existência de
portadores de gametócitos (reservatórios humanos) e de vetores. Existem centenas de
espécies de anofelinos com potencial de transmitira malária. A malária pode ser
transmitida acidentalmente por transfusão de sangue (sangue contaminado com
plasmódio), pelo compartilhamento de seringas (em usuários de drogas ilícitas) ou por
acidente com agulhas e/ou lancetas contaminadas. Há, ainda, a possibilidade de
transmissão neonatal.
A doença tem vindo a ser associada a efeitos nefastos muito significativos na economia
das regiões onde está disseminada. A pobreza pode aumentar o risco de malária, uma vez
que aqueles que vivem na pobreza não têm recursos financeiros para prevenir ou tratar a
doença. Estima-se que o custo global do impacto da malária em África seja anualmente
de 12 mil milhões de dólares.
Infeções de P. malariae na maioria das vezes não causam qualquer sintoma agudo, mas
parasitemia de nível baixo pode persistir durante décadas e conduzir à nefrite mediada
por imunocomplexos ou nefrose ou esplenomegalia tropical; quando sintomática, a febre
tende a ocorrer em intervalos de 72 horas — um padrão quartã.
12. Tratamento
O tratamento da malaria é feito através dos Fármacos anti maláricos: Os anti maláricos
são escolhidos de acordo com:
Gravidade da doença (critérios clínicos e laboratoriais)
Plasmodium spp infetante
Padrões conhecidos de resistência das cepas na região de aquisição
Eficácia e efeitos adversos dos fármacos disponíveis
O tratamento combinado contendo artemisina, como artemeter/lumefantrina por via oral,
é o tratamento mais rapidamente ativo e, em muitas situações, é o tratamento de escolha.
Há relatos de resistência às artemisinas, mas isso ainda não é comum.
A malária grave requer tratamento urgente, preferencialmente com artesanato
intravenoso, que é considerado geralmente disponível nos US para tratamento parenteral
da malária grave (ou para pacientes que não podem tomar fármacos por via oral).
A malária não complicada pode ser tratada com medicação oral. O tratamento mais eficaz
para a infeção por P. falciparum é o uso de artemisinina combinada com outros anti-
maláricos, denominada Terapia Combinada de Artemisinina ou ACT.
A combinação de fármacos diminui as hipóteses de se verificar resistência do parasita a
qualquer um dos componentes individuais.
Entre os outros anti-maláricos com que a artemisinina é combinada estão a
amodiaquina, lumefantrina, mefloquina ou sulfadoxina/pirimetamina. Outra
combinação recomendada é a associação dihidroartemisinina-piperaquina.
Para o tratamento de malária na gravidez, a OMS recomenda o uso de quinino e
clindamicina no primeiro trimestre e ACT nos restantes trimestres.
A infeção por’P. vivax, P. ovale or P. malariae é geralmente tratada sem necessidade de
internamento hospitalar. O tratamento de’P. vivax requer não só o tratamento das fases
sanguíneas (com cloroquina ou ACT), como também da eliminação das formas hepáticas
com primaquina.
13. Prevenção
Entre os métodos de prevenção da malária estão a erradicação dos mosquitos, a
prevenção de picadas e medicação. A presença de malária numa dada região pressupõe a
conjugação de vários fatores: elevada densidade populacional humana, elevada densidade
populacional de mosquitos ‘’anopheles’’ e elevada taxa de transmissão entre humanos e
mosquito e vice-versa. Quando algum destes fatores é reduzido de forma significativa, o
parasita irá eventualmente desaparecer dessa região, tal como aconteceu na América do
Norte, Europa e partes do Médio Oriente.
13.1.Ações de educação em saúde
Por meio da informação de qualidade e oportuna sobre a doença e sua transmissão, é
possível promover a mobilização de entidades, governos, da própria população e de
lideranças locais para realização e intensificação de ações impactantes como, por
exemplo:
13.2.Medidas de Controlo
A interrupção da transmissão de malária é o objetivo final do controle desta doença.
Com ampliação rápida e esforços sustentáveis, a eliminação da malária é possível em
cenários de baixa transmissão. No entanto, em áreas de transmissão moderada a alta, é
possível reduzir fortemente a transmissão, mas a eliminação pode requerer novas
ferramentas e estratégias.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia para gestão local
do controle da malária: controle vetorial. Brasília, 2008.