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Perante o exposto, consideramos que o presente estudo assume particular relevância
por diversas razões. Em primeiro lugar, porque enquanto cidadã angolano, consideramos que
os estudos epidemiológicos em Angola devem ser incentivados, uma vez que é através deles
que se conseguem ilustrações mais verossímeis da realidade da saúde das populações.
Em segundo lugar, os estudos epidemiológicos permitem identificar a
prevalência e a incidência de uma determinada doença nas população, sendo que podem
ser analisados múltiplos fatores associados ao longo do tempo permitindo uma maior
configuração da realidade específica que carateriza a população de risco.
Em quatro e último lugar, a realização deste estudo poderá assumir-se numa mais-
valia para que possam ser promovidas ações de sensibilização junto dos agentes de saúde
pública, bem como da sociedade em geral, no sentido de potenciar uma maior tomada de
consciência para a implementação de medidas preventivas e profiláticas que permitem
continuar o combate da malária nas população geral.
OBJECTIVOS - Miriam
Geral
a. Determinar a prevalência da malária em paciente atendidos no hospital Municipal
da Catumbela no período de novembro a Dezembro de 2023.
Específicos
a. Estudar as espécies de parasitas envolvidas na ocorrência dos casos de malária;
b. Identificar os factores associados a malaria;
c. Citar as técnicas para pesquisa do plasmodium;
d. Mostrar os riscos que os plasmódium podem causar;
e. Identificar as medidas de prevenção;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - Miriam
A malária é um problema dominante da saúde pública em Angola e ainda é a primeira
causa de morte, de doença e de absentismo laboral e escolar.
Aproximadamente 3,7 milhões de casos de casos de morbilidade por malária foram
estimados em 2010.
De facto, apesar de a malária ter sido erradicada em vários países, há registos de
casos da doença que decorrem da infeção de viajantes a países onde a malária continua a ser
endémica.
No século V a.C. Hipócrates, considerado o pai da medicina, foi o primeiro a associar
a malária à época do ano e a locais frequentados pelos indivíduos por ela acometidos, bem
como a descrever de forma detalhada os seus sintomas, diferenciando a febre malárica
intermitente da febra contínua, que decorria de outras doenças infeciosas, fazendo alusões
às alterações no baço, provocadas pela doença .
Em 1890, Giovanni Grassi e Raimundo Filetti designaram de Plasmodium vivax e
Palsmodium malariae as duas espécies de parasitas que foram identificadas. Em 1897,
William Welch atribuiu o nome de Plasmodium falciparum à espécie responsável pela
malária terçã.
Em 1965 foi documentada, pela primeira vez, uma infeção humana por Plasmodium
knowlesi num homem que se encontrava a viajar pela Malásia. Este parasita teria já sido
identificado em 1931, em macacos, por Robert Knowles e Biraj Gupta.
Foi durante o século XVIII que a doença, associada às emanações provenientes
dos pântanos, recebe o nome de malária que, em italiano, signiica "mau ar"