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VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Plano do curso
OBJETIVOS GERAIS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
METODOLOGIA
Este módulo está sendo ofertado na modalidade de educação mediada por tecnologia,
autoinstrucional, sendo desenvolvido de forma interativa, por meio da utilização de elementos
visuais, auditivos e avaliações.
RECURSOS
Serão utilizados textos no formato de PDF, vídeos, ilustrações, infográficos, entre outros
recursos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua, realizada por meio de questionários pré e pós-teste compostos por
questões de múltipla escolha, para reflexão do conteúdo estudado e para identificar seu
aprendizado. Será também oferecido, ao final do módulo, um questionário de autoavaliação
sobre o desenvolvimento do curso e a contribuição para sua prática.
CONTEUDISTAS
REVISORES TÉCNICO-CIENTÍFICOS
Apresentação..........................................................................................05
Epidemiologia.........................................................................................07
Vigilância em Saúde.................................................................................18
Modelos explicativos do processo saúde e doença: bases
para compreender a vigilância em saúde..................................................32
O que é Vigilância Epidemiológica?..........................................................55
Ações da Vigilância Epidemiológica..........................................................59
Coleta de Dados e Notificação.................................................................75
Outros Sistemas de Informação.............................................................100
Divulgação das Informações..................................................................109
Fechamento..........................................................................................134
Referências Bibliográficas......................................................................135
Apresentação
Com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua proposição universal, integral e
equânime, veremos as transformações aplicadas no pensar saúde, as incumbências da
vigilância epidemiológica e a composição da estrutura da vigilância em saúde.
Objetivos do módulo
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A Política Nacional de Vigilância em Saúde;
A vigilância em saúde;
As ações de vigilância epidemiológica que devem ser realizadas em cada ponto da rede
de atenção à saúde;
Assista, a seguir, ao vídeo Repórter Saúde, no qual são apresentados os principais temas a
serem abordados durante o curso.
Abertura da Unidade
https://player.vimeo.com/video/919561367
Bons estudos!
5
Epidemiologia
Objetivos de aprendizagem
Entender o conceito de epidemiologia.
O que é epidemiologia?
6
A epidemiologia baseia-se em métodos quantitativos, com objetivo de compreender a
distribuição das doenças, suas causas ou fatores determinantes, suas repercussões e
proposição de medidas de prevenção e controle (ROUQUAYROL, 2018).
7
Fonte: Wikimedia Commons, 2014. Disponível em:
https: //commons.wikimedia.org/wiki/File:A _court_for_King_Cholera_Wellcome_L00
03001.jpg. Acesso em: 26 mai. 2023.
8
À época, John Snow buscava compreender como e por que os casos de cólera ocorriam e se
propagavam em determinadas áreas londrinas, e como levavam à morte. Ele,
meticulosamente, os associou às condições de vida e aos ambientes por onde os indivíduos
circulavam e habitavam, o que o levou, então, a identificar a causa daquele mal.
Ao elaborar um mapeamento, foi possível verificar que uma bomba d’água nos arredores da
Broad Street seria o foco principal da doença. A partir dessa percepção, John Snow notificou
as autoridades locais, que propuseram medidas de controle para a epidemia, impedindo que
outras pessoas utilizassem aquela fonte de água (BARATA, 1998; ROUQUAYROL, 2018; GORDIS,
2017).
9
Ao correlacionar ambientes, pessoas e seus hábitos de vida (tal como o consumo de água de
um determinado local), e dados de mortalidade, John Snow se utilizou do que chamamos de
métodos epidemiológicos e de vigilância para identificar o consumo de água contaminada
como causa da doença.
Suas hipóteses foram baseadas apenas em dados observacionais, mesmo sem saber que a
cólera era causada por uma toxina da bactéria Vibrio cholerae.
Esse momento tornou-se, então, um marco histórico, sendo uma das primeiras observações
epidemiológicas que subsidiaram uma ação para o controle de uma doença, no caso, a
cólera.
Com os avanços de estudos e das ciências médicas, adentramos ao século XX, tendo na
fisiologia, na parasitologia e nas descobertas bacteriológicas novas formulações acerca da
epidemiologia e a análise dos perfis dos adoecimentos.
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O olhar epidemiológico ganha novos contornos, expandindo o entendimento sobre as saúdes
coletiva e individual, bem como os paradigmas de causalidade e de prevenção das doenças.
No decorrer dos anos, com o avanço dos estudos das ciências humanas e da saúde, bem como
da própria epidemiologia, foi possível expandir as respostas para melhor explicar os perfis
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Os conceitos de transição demográfica e de transição
epidemiológica
Sendo a epidemiologia a ciência que estuda o processo saúde e doença das populações,
encontrar respostas explicativas para o crescimento ou diminuição populacional em um
determinado local, bem como seu padrão de adoecimento e mortalidade, faz-se necessário
para melhor estruturar ações de controle e as ações para a saúde pública. Desta forma,
importantes conceitos se estabeleceram:
12
Fonte: Wikimedia commons, 2008. Disponível em:
https: //commons.wikimedia.org/wiki/File:Dtm_pyramids.png. Acesso em: 17 jul.
2023.
Envelhecimento da população;
A partir dos dados do Censo coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e inseridos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), foi
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possível construir uma representação gráfica, por meio da qual podemos analisar o
desenvolvimento histórico da transição demográfica no país, como também projetar
tendências futuras, conforme Datasus (2022). Os gráficos apresentam a variação ocorrida nos
anos 1980, 2020, 2040 e 2060; neles a população brasileira, em quantidade, está representada
no eixo horizontal (X), em relação à faixa etária e sexo, representada no eixo vertical (Y).
14
2
15
A mudança do perfil epidemiológico no Brasil não se adequa ao modelo de
substituição das doenças infecciosas e parasitárias por doenças crônico-
degenerativas, acidentes e violências.
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Vigilância em Saúde
Com o advento do SUS, além do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), foi
incorporada uma proposta que abarcasse o conceito de saúde ampliado (não apenas como a
ausência de doença) e que contemplasse as mudanças no comportamento da sociedade,
suas condições de vida, saúde, adoecimento e morte, característicos das transições
demográfica e epidemiológica (BRASIL, 2010).
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Objetivos de aprendizagem
Definir vigilância em saúde.
Definir as ações de vigilância que devem ser realizadas em cada ponto da rede de
atenção.
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controle das condições que pudessem representar riscos ou ameaças à coletividade (BRASIL,
2009).
No final do século XX, muitos países e agências internacionais aventavam o olhar ampliado
para a saúde. No Brasil, ao longo dos anos, diversos agentes lutaram para que, muito além de
um conceito que considerasse esse olhar, a política de saúde se estruturasse de forma a
encampar a saúde como direito, a integralidade como princípio para a organização dos
serviços e que a vigilância em saúde, por sua vez, se estruturasse formalmente sob a lógica de
Figura 6. Linha do tempo do histórico das ações de vigilância epidemiológica no Brasil e seus
componentes.
Início do Século XX
19
Anos 1960
Ao final dos anos 60, com a Campanha Nacional de Erradicação da Varíola, se estabelece no Brasil
um marco da institucionalização das ações de vigilância no país.
Anos 1970
Na 5ª Conferência Nacional de Saúde, o MS instituiu o SNVE, por meio de legislação específica (Lei nº
6.259/75 e Decreto nº 78.231/76). Essa legislação permitiu as seguintes medidas:
Fica convencionado que a vigilância deve ser exercida nacionalmente em todas as instâncias de
gestão (nacional, estadual e municipal), a partir de um conjunto de serviços de saúde, públicos e
privados, habilitados para esse fim, organizados sob a coordenação do Ministério de Saúde e
respaldados pelas diretrizes gerais do Sistema Nacional de Saúde.
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Anos 1980
A organização do sistema contempla a visão ampla de saúde, instituindo-se ações de vigilância que
abarquem intervenções nos problemas de saúde, considerando os processos de vida das
coletividades, os territórios onde vivem e as ações de promoção da saúde, preventivas, curativas e de
reabilitação.
Em 1988, encorajado pelo movimento da Reforma Sanitária, que reivindicava uma drástica
mudança no modelo de atenção à saúde no país, alicerça-se o SUS como uma política
nacional com olhar mais amplo sobre a saúde, exigindo-se a redefinição de práticas
sanitárias, a fim de que estas também olhassem para a saúde de maneira integral.
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A partir da década de 1980, é possível constatar movimentos de aproximação entre a
epidemiologia, o planejamento e a organização dos sistemas de saúde, estimulados pela
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). Isto porque, classicamente, a epidemiologia
destinava-se às ações para o controle de doenças específicas ou direcionadas a determinados
grupos populacionais, sem incorporar processos relacionados à planificação e a programação
Com a criação do SUS, por meio da lei n°. 8.080, de 19 de setembro de 1990, o SNVE passa por
importantes transformações, dada a necessidade de se alinhar ao novo modelo assistencial
pautado pelo princípio da integralidade das ações de saúde, com articulação das ações
assistenciais, curativas e preventivas, e pelo princípio da descentralização, atribuindo aos
municípios responsabilidades específicas na gestão de saúde (ARREAZA & MORAES, 2010;
OLIVEIRA & CRUZ, 2015).
A repercussão mais relevante para o SNVE foi a integração das ações clássicas da saúde
pública (atividades coletivas como mutirões, campanhas, programas especiais e ações de
vigilância epidemiológica e sanitária), com as ações assistenciais (atividades individuais com
ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico).
Em resumo, a lei orgânica do SUS oficializa as ações de vigilância como parte integrante do
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Intervenção sobre problemas de saúde;
Atuação intersetorial;
Para tanto, exige-se um olhar integral para os problemas de saúde no país, que se faz
possível, a partir da efetivação dos princípios da integralidade e da organização intersetorial,
alicerçadas estruturalmente pelo SUS.
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Vigilância em saúde no Brasil contemporâneo
Recentemente, o tema vigilância em saúde ganhou destaque na 15.° Conferência Nacional de
Saúde, ocorrida em 2015. Foi a partir das propostas desta conferência e a mobilização do
controle social, que as discussões sobre a vigilância em saúde ganharam contornos mais
definidos, culminando, em 2018, na 1.° Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que
tinha como objetivo “propor diretrizes para a formulação da Política Nacional de Vigilância
em Saúde e o fortalecimento de ações de Promoção e Proteção à saúde".
Como resultado de todo este processo, foi publicada, no mesmo ano, a Resolução nº 588, de 12
de julho de 2018, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que institui a Política Nacional de
Vigilância em Saúde (PNVS). E em seu artigo 4º, ficou assim estabelecido:
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Componentes da vigilância em saúde
Por ter uma abordagem integral, a vigilância em saúde leva em conta alguns componentes,
que funcionam de forma conjunta e integrada. Tais componentes consideram a
transversalidade das ações sobre a determinação do processo saúde-doença. São eles:
Vigilância epidemiológica
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Vigilância em saúde do(a) trabalhador(a)
Conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores
determinantes e condicionantes do meio ambiente e que interferem na saúde humana, com a
finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos
fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde.
Vigilância sanitária
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários, decorrentes do ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação
de serviços do interesse da saúde.
Para acessar a página da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), clique aqui.
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Legislação da vigilância em saúde
A vigilância em saúde é amparada por legislação específica, com leis, portarias e resoluções
que regulamentam e normatizam o escopo de atuação e ações a ela vinculadas.
Principais pontos:
Principais pontos:
27
Criação do SUS
–
Lei n.° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Principais pontos:
O SUS incorporou o SNVE, definindo, em seu texto legal (Lei nº 8.080/90), a vigilância
epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Principais pontos:
"A inserção da Vigilância em Saúde na Rede de Atenção à Saúde (RAS) deve contribuir
para a construção de linhas de cuidado que agrupam doenças e agravos e
determinantes de saúde, identificando riscos e situações de vulnerabilidade" (Resolução n.°
588, de 12 de julho de 2018, do Conselho Nacional de Saúde).
29
RAS é o conjunto de ações e serviços de saúde
articulados em níveis de complexidade crescente,
com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saúde (Decreto 7.508, de 28 de junho
de 2011).
Para reforçar a compreensão sobre como esses conceitos se aplicam à vigilância, assista ao
vídeo, a seguir, com o Dr. Cesar Inoue, médico epidemiologista, do Hospital Israelita Albert
Einstein.
https://player.vimeo.com/video/919561464
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Modelos explicativos do processo saúde e doença:
bases para compreender a vigilância em saúde
Objetivos de aprendizagem
Descrever os modelos explicativos do processo saúde-doença.
31
Para tanto, como compreender o conceito de saúde e os modelos explicativos das
condições que agem sobre o processo de saúde e doença?
Importante lembrar:
Desta forma, podemos considerar que ter saúde ou ter doença não está condicionado a uma
única causa, tampouco é uma condição estática, e sim que existe um processo dinâmico, no
qual atuam diversos aspectos que influenciam essa relação: desde os aspectos biológicos,
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individuais e psicológicos, até aspectos sociais – padrões comportamentais, culturais, relações
sociais, políticos, relações de poder e condições econômicas.
seguintes exemplos:
Assim, a HND enriquece o conceito de saúde, refletindo sobre a evolução das doenças, a partir
de três pilares:
O agente;
O suscetível;
O meio ambiente.
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relativos à doença (ROUQUAYROL, 2018).
Epidemiológico;
Patológico.
Epidemiológico
Esse primeiro período traz, basicamente, a relação entre o indivíduo suscetível e o meio ambiente em
que ele vive ou se encontra. Nele, poderão ser observadas as pré-condições para que a doença se
desenvolva.
Patológico
O período patológico, por sua vez, compreende o surgimento da doença, desde alterações no nível
celular, até a manifestação clínica de sinais/sintomas.
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A partir dessas duas etapas, o modelo se torna complexo, especificando fases para cada
momento da doença:
Pré-Patogênese;
Patogênese.
Pré-Patogênese
A pré-patogênese se configura como a evolução das relações e dos condicionantes, sejam eles
individuais, sociais, genéticos ou do ambiente, que propiciam o aparecimento de alguma doença.
Fatores Sociais: todos aqueles externos ao indivíduo, mas que sobre ele exercem influência.
Aqui, excluem-se os fatores genéticos ou agentes agressores químicos, físicos ou biológico. São
considerados fatores sociais:
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a) Socioeconômicos: relacionados às condições de vida, de trabalho e de renda e à
possibilidade de acesso a bens e ao consumo. A suscetibilidade aumenta à medida que se
reduz o acesso à renda e ao consumo. Exemplo: casos de tuberculose entre a população em
situação de rua.
Fatores Ambientais: Conjunto de todos os fatores que mantém relações interativas com o
agente etiológico e o suscetível. São considerados fatores ambientais:
c) Agrotóxicos em alimentos.
d) Ambiente biológico:
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Estado nutricional.
Agressores ambientais:
Agentes pouco comuns, que diante de novas situações passam a se fazer presente de modo
perceptível em algum evento epidemiológico.
Patogênese
A patogênese se configura quando o indivíduo já tem alguma forma da doença instalada no seu
corpo. Dentro dela, a evolução da doença se subdivide em algumas fases:
Fase Pré-Clínica:
Patogênese precoce.
Desfechos:
Morte.
Cronicidade.
Defeitos permanentes.
Recuperação/Cura.
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O período da patogênese começa com perturbações no nível bioquímico do nosso corpo e, depois,
vai atingindo estruturas de outros níveis: atinge células, altera a forma de um órgão, prejudicando
sua função e, disso, dá-se um dos desfechos: defeito permanente, invalidez, recuperação/ cura ou
morte.
Pré-Clínica
Patogênese precoce:
A doença pode ser identificada por meio de exames clínicos ou laboratoriais orientados.
Fase Clínica
A doença começa a apresentar sinais clínicos quando atinge os órgãos em sua forma e função.
Horizonte Clínico
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Ao considerarmos o esquema explicativo da HND, é possível identificar os diversos níveis de
prevenção, com o objetivo de antecipar ou mesmo impedir o caminho evolutivo de uma
doença, ou agravo. A atuação nos diversos níveis de prevenção, por meio de medidas de
prevenção e controle, é foco das ações da vigilância.
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Prevenção Primária
Promoção da Saúde
Voltadas para um amplo público, as ações de promoção da saúde são pensadas tendo como foco
diferentes padrões de vida, sociais, econômicos ou culturais que possam, por uma ou outra razão,
gerar risco aos indivíduos e populações.
Proteção Específica
Também voltadas para um amplo público, são ações que visam combater uma doença específica,
tendo foco em suas causas e fatores de risco específicos.
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Prevenção Secundária
Visa a redução das consequências mais graves de uma doença, mediante a detecção prévia e
tratamento precoce dos casos.
Diagnóstico precoce;
Limitação do dano;
Cura.
Prevenção Terciária
Visa a redução do progresso e das complicações de uma doença, bem como de sequelas e
deficiências.
Reabilitação.
Exemplificando
Acompanhe os exemplos para melhor compreensão da atuação dos diferentes níveis
de prevenção.
Com isso, passaremos de forma breve por alguns agravos e entender como suas
medidas específicas de controle e prevenção se relacionam com a HND.
41
1
Objetivos preventivos:
42
2
Objetivo preventivo:
43
3
Objetivos preventivos:
44
4
Objetivos preventivos:
45
FECHAMENTO
Essas imagens são uma breve síntese da relação entre prevenções, agravos e a HND.
O modelo da HND dá suporte à descrição das múltiplas e diferentes enfermidades. Sua maior
utilidade é apontar os diferentes métodos de prevenção e de controle, servindo de base para
compreender situações reais que permitam a adoção de medidas preventivas.
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Figura 16. O modelo dos determinantes sociais, de Dahlgren e Whitehead.
1. Características individuais
São os fatores diretamente ligados ao indivíduo e que influenciam ou, até mesmo, determinam seu
estado de saúde.
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3. Redes sociais e comunitárias.
Nessa camada, consideram-se os fatores ligados à influência das redes de apoio do indivíduo. A partir
dela, geram-se fatores protetores ou destrutivos.
Quanto mais protetiva essa rede, maior coesão social o indivíduo apresenta. Essa coesão é benéfica
para a saúde do indivíduo, bem como, da comunidade.
Por exemplo: um indivíduo, sem uma rede de apoio, teria uma dificuldade maior de passar por uma
cirurgia ou tratamento de saúde complexo.
As condições de vida e trabalho impactam muito a vida de um indivíduo. Elas evidenciam, de forma
clara, a situação de pessoas que estão em desvantagem social e que, portanto, correm riscos
diferenciados e devem receber intervenção diferenciadas (equidade).
• Ambiente de trabalho;
• Desemprego;
• Habitação;
• Água e esgoto;
Assim, pessoas em situações desfavoráveis de vida e de trabalho correm um risco aumentado que,
por exemplo, pode estar ligado à condições de moradia, exposição à situações perigosas ou
estressantes de trabalho e acesso limitado a serviços básicos.
Nesse nível, estão os macrodeterminantes. Esses, por sua vez, estão ligados às condições econômicas,
políticas, culturais e ambientais.
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As camadas apresentam determinantes que exercem influência na saúde de indivíduos
e populações com abrangências distintas, mas que se interrelacionam. Para análise do
objeto de atuação da vigilância, é importante identificar de que maneira os determinantes
atuam para que possam ser proporcionadas ações e respostas sanitárias e sociais contínuas e
integradas.
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Vamos retomar os objetivos da vigilância em saúde:
Para que os objetivos possam ser alcançados, são organizados um “conjunto de ações
destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem
em determinados territórios” (BRASIL, 2010, p. 16).
Desta forma, o processo de trabalho na vigilância em saúde é estruturado com ações, que se
organizam desde a coleta e análise dos dados, desenvolvimento das propostas de
intervenções, culminando na divulgação das informações.
Análise de dados;
50
Divulgação das informações.
A seguir, são apresentadas as definições e em que consiste cada uma dessas ações:
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Análise dos dados
O objetivo da análise dos dados é caracterizar a situação ou caso e, se possível, estabelecer nexos
causais, gerando, assim, informações para a tomada de decisão. A depender do tipo de abordagem, o
enfoque pode ser individual e/ou populacional.
Após a caracterização da situação e/ou dos casos, devem ser planejadas ações para implementar
estratégias de prevenção, com vistas a promover mudanças diante da situação encontrada.
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Divulgação das informações
A divulgação das informações é uma etapa importante, pois funciona como uma retroalimentação
de todo o processo de trabalho da vigilância em saúde, tanto para demonstrar a importância do
engajamento dos envolvidos quanto para reforçar a utilidade de todos os passos desenvolvidos
anteriormente.
Por meio dos modelos explicativos da HND e dos DSS, é possível entender essas relações e
suas importâncias para estruturarmos as ações de prevenção, assistência e controle dos
agravos em saúde.
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O que é Vigilância Epidemiológica?
Objetivos de aprendizagem
Compreender o que é vigilância epidemiológica.
54
“Um conjunto de ações que fornecem o conhecimento, a detecção
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.”
Mas afinal, o que são “fatores determinantes e condicionantes de saúde”, nesse contexto?
Podemos entender esses fatores como todo elemento que exerce influência sobre o processo
saúde-doença de indivíduos ou coletividades. Estão em intrínseca relação com as condições
de saúde e organização da gestão e dos serviços e, nessa condição, podem ser identificados e
medidos por meios científicos, permitindo que sejam iniciadas ações específicas de
intervenção e controle.
Saneamento Meio
Moradia Trabalho
Básico Ambiente
Atividade
Renda Educação Transporte
Física
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A vigilância epidemiológica age na coleta, análise e monitoramento de dados relacionados
aos casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos. Notifica, divulga e realiza
recomendações, para que a gestão e as equipes de saúde dos territórios possam executar, de
forma mais assertiva, a prevenção e o controle de doenças e agravos e os fatores de risco a eles
relacionados.
56
Identificar, quantificar e monitorar as tendências e padrões do processo saúde-
doença na população
–
Como podemos observar, todos estes atributos têm a função de fornecer dados para a tomada
decisão, definição de prioridades e avaliação dos impactos de prevenção e controle (OPAS,
2002; BRASIL, 2018).
57
Ações da Vigilância Epidemiológica
Objetivos de aprendizagem
Descrever as ações da vigilância epidemiológica.
58
Identificar possíveis diferenças entre os critérios para definição de caso para notificação,
do ponto de vista de vigilância, bem como os critérios de diagnóstico clínico para ações
de cuidado dos pacientes.
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Identificar casos suspeitos ou confirmados
O ato de identificar um caso de interesse nacional para notificação é uma ação de vigilância. Para
isso, é necessário verificar se a situação investigada atende aos critérios de definição para ser
considerada como um caso identificado.
Essas definições também podem mudar ao longo do tempo, à medida que mais informações são
obtidas.
Esse ato se resume à coleta de dados do caso (frequentemente realizada por meio instrumento
conhecido como ficha de notificação), podendo ser suspeito ou confirmado. A comunicação às
autoridades sanitárias pode ser realizada por qualquer cidadão.
Em conformidade com a Lei nº 6.259/1975, da presidência da república, a notificação da ocorrência
de casos suspeitos ou confirmados de doenças de interesse nacional, aos gestores do SUS, é
obrigatório para os profissionais de saúde ou para os responsáveis pelos serviços de saúde, públicos
ou privados.
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Conforme Portaria nº 33/2005, do Ministério da Saúde, em seu artigo 3º, os responsáveis pela
notificação são os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por
organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino. Em conformidade com a
Lei nº 6.259/1975 são obrigados a comunicar aos gestores do SUS, a ocorrência de de casos suspeitos
ou confirmados de doenças de interesse nacional.
A lei também diz que o não cumprimento desta obrigatoriedade será comunicado aos conselhos de
entidades de Classe e ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas punitivas cabíveis.
Analisar e Interpretar
Mais adiante veremos detalhes sobre os sistemas de informações de saúde, em especial o sistema de
informação da vigilância epidemiológica.
Divulgar a informação
Divulgar informações e análises epidemiológicas são atribuições de todas as esferas de governo. Por
meio dessas divulgações é que todos podem ter conhecimento da situação de saúde e doença do seu
território (bairro, município, estado, região, país, entre outros) e até mesmo do serviço de saúde.
Verificar se as recomendações para a ação estão surtindo efeitos.
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Recomendar (promoção, prevenção, controle)
Tais medidas de prevenção podem ainda ser classificadas como primárias, secundárias, terciárias ou
quaternárias.
Monitorar / avaliar
Uma vez ocorrendo a notificação, o monitoramento / avaliação é uma ação que permeia todo o
processo de vigilância epidemiológica, e em todas as esferas, objetivando melhorar a qualidade das
ações de vigilância, nos seguintes aspectos:
Sistemas
No centro de tudo, para dar suporte à integração dessas ações, são utilizados vários sistemas de
informações, sendo o sistema principal o Sistema de Notificação de Agravos de Notificação
(Sinan).
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As ações de Vigilância Epidemiológica são transversais e acontecem em todas
as esferas de saúde, por diversos pro ssionais da saúde. Assim, pode ser que
você também atue em ações de vigilância.
• Você já realizou teste rápido de sí lis, HIV e/ou hepatites virais em algum
paciente?
Exemplos:
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A vigilância epidemiológica se inicia no indivíduo. Quando uma pessoa é identificada
vivenciando uma situação que configura uma suspeita ou uma confirmação de um agravo,
ou doença, essa situação é registrada.
A GR AV O DO E N Ç A E VE N TO
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A GR AV O DO E N Ç A E VE N TO
A GR AV O DO E N Ç A E VE N TO
“[...] situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de
surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico
epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a
magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como
epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes [...]”, inciso V, Art. 2º(BRASIL,
2016, p. 2).
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Para que um caso (agravo, doença ou evento) seja identificado, é fundamental que haja
critérios de identificação bem definidos.
Para exemplificar:
febre alta;
coriza;
tosse;
dor no corpo;
inflamação na garganta;
67
exame de carga viral positivo.
68
Cada caso identificado pelo sistema de vigilância epidemiológica será analisado a partir de
uma definição de caso, estabelecida com base nos critérios clínicos laboratoriais e
epidemiológicos. É ela que determinará a confirmação, ou não, da sua ocorrência.
Outro fator importante, é compreender que a definição de caso de uma doença, estabelecida
para notificação de casos, pode ser diferente daquele usado para o diagnóstico clínico desta
mesma doença. Essas diferenças de critérios podem ocorrer, pois a definição para fins da
vigilância epidemiológica pode ser mais sensível ou mais específica (BRASIL, 2018; CDC, 2012;
OPAS, 2002).
Vejamos:
69
Vantagens: aquele que é amplo,
com objetivo de capturar a maioria
ou todos os casos verdadeiros.
70
Assista, a seguir, ao vídeo Repórter Saúde, para entendermos melhor o que é e como pode
variar, de modo mais sensível ou mais específico, a definição de caso.
https://player.vimeo.com/video/919561540
71
Antes de continuarmos, é importante ressaltar que não há pretensão de explorarmos o vasto
campo das definições de casos e agravos ou dos fluxos, prazos e recomendações. O tema é
extenso e está em constante evolução. A todo momento surgem novos achados, definições e
procedimentos.
72
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Coleta de Dados e Noti cação
Objetivos de aprendizagem
Diferenciar vigilância ativa, passiva e sentinela de casos.
74
A coleta de dados baseia-se, principalmente, na notificação de casos.
Deste modo, esta se realiza por um processo contínuo e padronizado
de coleta.
A obtenção destes dados pode ser realizada por revisão em prontuários, esforços de
investigação ou em demais bases de dados que tem outros propósitos, ou seja, a obtenção
dos dados pode ocorrer por meio de buscas ativa, passiva ou sentinela (OPAS, 2010).
PA SSI VA AT I VA SE N T I N E L A
Principais características:
Essa busca é adequada para o monitoramento das tendências ao longo do tempo, local
e pessoa.
75
PA SSI VA AT I VA SE N T I N E L A
Principais características:
PA SSI VA AT I VA SE N T I N E L A
Significa dizer que as buscas de casos são seletivas, focadas em amostra populacional e
em unidades de saúde selecionadas.
Principais características:
76
Noti cação
Os casos, identificados por meio de diferentes iniciativas (busca ativa, passiva ou sentinela) e
inseridos nos sistemas de informação, devem ser comunicados por meio da sua notificação.
Para melhor compreensão, podemos dividir o conceito elaborado pelo Ministério da Saúde
(2021), da seguinte maneira:
É a comunicação da ocorrência de
a) O que é a notificação? determinada doença ou agravo à
saúde feita à autoridade sanitária.
Portanto, esse caso, uma vez notificado, será transformado em dado e, posteriormente, em
informação.
77
Segundo a Portaria nº 204, de 16 de fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde, há critérios para
a notificação de doenças e agravos.
78
Distrital) que podem ser estabelecidas em
portaria pelos entes federados.
Esta comunicação, a depender do agravo, doença ou evento de saúde pública, deve ser feita
Conforme Portaria nº 33, de 14 de julho de 2005, do Ministério da Saúde, em seu artigo 3º, "os
responsáveis pela notificação são os profissionais de saúde no exercício da profissão,
bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e
particulares de saúde e ensino" (BRASIL, 2005).
Esta portaria incluiu apenas algumas doenças na lista de notificação compulsória, conforme
seu preâmbulo: "inclui doenças à relação de notificação compulsória, define agravos de
notificação imediata e a relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos
Laboratórios de Referência Nacional ou Regional."
A lei também diz que o não cumprimento desta obrigatoriedade será comunicado aos
conselhos de entidades de Classe e ao Ministério Público para que sejam tomadas as
medidas punitivas cabíveis.
79
ou privados, de informações que permitam a identificação da condição de pessoa que vive
com qualquer doença e agravo de notificação compulsória. Este sigilo somente poderá ser
quebrado nos casos determinados por lei (BRASIL, 2022).
IMPORTANTE!
80
Conheça um pouco mais sobre as notificações na vigilância epidemiológica, assistindo o vídeo a
seguir, com o Dr. Cesar Inoue, médico epidemiologista, do Hospital Israelita Albert
Einstein.
https://player.vimeo.com/video/919561574
81
desenvolvimento de instrumentos, definição de fluxos e composição de novo software, capaz
de responder sua abrangência em todo o país (Portaria FUNASA/MS nº 073, de 09 de março de
1998).
Abrangência
–
Abrangência nacional e disponível em todos os municípios, mesmo naqueles que
eventualmente não dispõem de computadores. Nesses casos, os dados são inseridos no
sistema via regionais de saúde.
Objetivo
–
Coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância
epidemiológica, fornecendo informações para análise do perfil de morbidade da população,
nas três esferas de governo e Distrito Federal.
82
As fichas de notificação/ investigação de casos são os principais instrumentos para
coleta de dados do SINAN. As unidades federadas deverão utilizar estes modelos de fichas,
que são padronizadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do
Ministério da Saúde. Toda vez que ocorrer alteração nestes instrumentos de coleta de dados,
as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) devem coordenar, em articulação com a Secretarias
Municipais de Saúde (SMS), a ampla divulgação da atualização destes instrumentos aos
serviços de saúdes público e privado e, se necessário, realizar o recolhimento dos modelos
Também, cabe aos profissionais de saúde consultarem o site oficial do Ministério da Saúde
para verificar os instrumentos a serem utilizados.
Há fichas com dados agregados, como a ficha de investigação de surto, composta por dados
de identificação e caraterização do local do surto e o diagnóstico inicial; e a planilha de
acompanhamento, que contém as informações do quantitativo de casos do surto e seu
encerramento.
83
A ficha individual por agravo/ doença é bem completa, com campos que permitem a
identificação desde o nível individual (dados pessoais), até o mais amplo, relacionado ao local
e período da ocorrência do caso (espaço e tempo), além de especificidades da doença ou
agravo dos casos suspeitos, ou confirmados. Contudo, não se trata apenas de identificar os
eventos: a organização dos campos e sua posterior inserção no sistema são o que permite a
extração dos dados e análises mais completas, fundamentando todo o planejamento das
ações e orientações mais assertivas.
Destacamos que, geralmente, cada agravo terá sua ficha específica, ainda que todos
possuam a mesma estrutura-base (dados gerais, identificação do caso, dados demográficos e
dados complementares).
Todos os campos da ficha de notificação devem ser preenchidos por completo e com letra
legível. Em caso de dúvidas sobre algum deles, também é possível consultar o instrucional de
preenchimento da ficha de notificação/ investigação. Esse instrumento detalha o que deve
ser preenchido em cada campo da ficha.
84
Figura 19. Ficha de notificação de tuberculose no SINAN.
Dados Gerais
85
Identificação do caso e dados demográficos
Dados Complementares
86
As fichas de cada agravo de notificação e seu instrucional de preenchimento podem
ser encontrados no site: https://portalsinan.saude.gov.br/
87
Passo 1
88
Passo 2
89
Passo 3
o dicionário de dados;
a ficha de acompanhamento;
o caderno de análise.
90
IMPORTANTE!
Se surgir alguma dúvida de qual ficha você deve utilizar para notificar determinada
doença/agravo, lembre-se que Guia de Vigilância em Saúde da SVSA/MS traz todas
essas recomendações.
Acesse aqui o Guia de Vigilância em Saúde.
91
A identificação de locais com maior ocorrência da doença, para a implementação
ou aprimoramento de recursos e políticas melhor direcionadas às realidades
destes locais.
Assim, num universo tão vasto, o bom preenchimento da ficha é a peça-chave para o controle,
redução e erradicação de muitas doenças e agravos. Trata-se de um gesto diretamente ligado
92
Recomenda-se que todos os dados das fichas de notificação e investigação de agravos
notificados como suspeitos e/ou confirmados sejam inseridos no SINAN, mesmo que ainda
não tenha sido concluído a investigação.
Hanseníase;
Sífilis congênita;
Tuberculose.
93
Quadro 1. Encerramento dos casos em agravos específicos
Sarampo
30 dias após a notificação.
Rubéola
MB (Multibacilares): 18 meses.
MB (Multibacilares): 04 anos.
94
AGRAVO PRAZO DE ENCERRAMENTO
95
Figura 23. Operacionalização do SINAN.
Unidades de Saúde.
As Unidades de Saúde iniciam o processo com a notificação da suspeita de agravo ou doença. Elas
preenchem a ficha de notificação, podem digitar diretamente no sistema do Sinan ou, dadas as
condições estruturais, encaminhar para outras esferas de gestão administrativa.
As Unidades de Saúde podem ou não analisar os dados, a depender das orientações de seu
município.
Lembramos que o Sinan pode ser operacionalizado nas unidades de saúde, seguindo a orientação
de descentralização do SUS, mas essa operacionalização do sistema é definida por cada município.
Portanto, fique atento ao fluxo estabelecido em seu município.
Da mesma forma que as unidades de saúde, elas podem ou não analisar os dados, a depender da
estrutura do município.
96
Secretarias Regionais de Saúde.
Da mesma forma que as Secretarias Municipais, as Secretarias Regionais de Saúde podem ou não
existir na estrutura (a depender da necessidade ou de recursos), e basicamente têm as mesmas
atribuições:
• Podem recepcionar as fichas e digitá-las no sistema, mas são casos mais raros
(normalmente a digitação já ocorreu anteriormente).
Importante lembrar sempre as orientações locais, visto que se trata de processo descentralizado.
As Secretarias Estaduais de Saúde podem executar as mesmas atividades que as esferas anteriores,
porém a operacionalização é mais rara e a análise é feita em praticamente todos os casos.
Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde recebe as notificações e faz a análise dos dados. Não existe a recepção da ficha
e digitação no sistema federal.
Esse fluxo de operacionalização é cíclico, ou seja, as informações podem voltar para esferas
inferiores para solicitar complemento e/ou atualização dos dados e, ainda, para repassar os
achados e orientações.
97
Limitações dos Sistemas de Noti cação
Agora que conhecemos como a operacionalização desse sistema de notificação ocorre,
podemos nos aprofundar no tema e pensar quais são as limitações e os pontos de melhoria
desse sistema.
Ouça o podcast a seguir com o Dr. Cesar Inoue, médico epidemiologista, do Hospital Israelita
Albert Einstein:
05:44
98
Outros Sistemas de Informação
Objetivos de aprendizagem
Descrever os principais sistemas de informação em saúde.
99
Acompanhe a descrição de alguns dos principais Sistemas de Informação em Saúde
utilizados:
Os dados que alimentam o SINASC são provenientes da Declaração de Nascidos Vivos (DN),
preenchida pelos profissionais de saúde ou até mesmo por parteiras tradicionais,
reconhecidas e vinculadas às unidades de saúde. A DN também é um documento utilizado
para lavratura da Certidão de Nascimento nos cartórios de registro civil.
Fluxo do sistema
O fluxo da informação via sistema é praticamente o mesmo do SINAN, considerando
questões estruturais de cada local.
Saiba mais: Ministério da Saúde. Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)
Acesse: https://svs.aids.gov.br/daent/centrais-de-conteudos/dados-abertos/sinasc/
100
Mortalidade proporcional por causa-base.
Fluxo do Sistema
A ficha utilizada é a Declaração de Óbito, e o fluxo da informação pelo sistema é
praticamente o mesmo do Sinan, considerando questões estruturais de cada local.
o hospital;
os procedimentos hospitalares;
os custos hospitalares.
Esta AIH é preenchida pelo hospital após a alta hospitalar e enviada eletronicamente para a
Secretaria de Saúde municipal ou estadual, dependendo do nível de gestão. Os dados são
consolidados no nível nacional.
101
atenção ambulatorial. Além do desempenho e as condições sanitárias do estabelecimento,
que podem ser avaliados a partir das taxas de óbito e de infecção hospitalar.
102
pelo DATHI, com coordenação pelos departamentos de IST/aids e hepatites virais dos estados
e municípios.
Histórico terapêutico;
Fluxo do Sistema
O médico faz a solicitação do medicamento via formulário específico para a unidade
dispensadora de medicamentos (UDM) e, a partir daí, a solicitação segue via sistema de
informação em todas as esferas de saúde (municipal, regional e estadual, até chegar ao nível
nacional).
Além do mais, o SISCEL é utilizado para dar apoio às políticas do Programa Nacional de IST e
AIDS, possibilitando extração de relatórios com informações sobre:
103
Relação dos pacientes em monitoramento;
Fluxo do Sistema
A solicitação de exame e a coleta dos dados são feitas na ficha para contagem de Linfócitos T
CD4+ / CD8+ e obedecem ao seguinte fluxo:
São três situações monitoradas, obtidas com o cruzamento das informações de outros
sistemas (SISCEL e SICLOM): pessoas que não iniciaram o tratamento, aqueles que
abandonaram o tratamento e os que não estão conseguindo reduzir a carga viral.
104
Veja como identificá-las:
As pessoas que ainda não iniciaram o TARV são identificadas a partir do cruzamento dos
dados das PVHIV que realizaram exames de carga viral, mas que não constam no registro
de dispensa de medicamentos no SICLOM, indicando um GAP no tratamento.
As PVHIV que estão há mais de 100 dias sem dispensa de medicamentos de TARV no
Siclom são consideradas casos de abandono.
Aquelas PVHIV com esquema iniciado ou modificado há pelo menos 6 meses (180 dias) que
possuem, após esse período, carga viral detectável (mais de 50 cópias por ml), indicam o
não sucesso no enfrentamento, requerendo uma investigação mais aprofundada. Essas
informações são obtidas cruzando os dados no SISCEL (carga viral) e SICLOM (dispensa
efetiva de pelo menos um medicamento nos últimos 100 dias).
105
Trata-se de um sistema on-line e complementar ao SINAN, já que todos os indivíduos devem
ser notificados ao confirmar o diagnóstico de tuberculose, independentemente do tipo de
tratamento a ser utilizado.
Para saber mais detalhes sobre as fichas e seu preenchimento, bem como outras
informações e orientações, acesse: http://sitetb.saude.gov.br/.
Para ver mais detalhes sobre a ficha e seu preenchimento, bem como outras
informações e orientações, acesse: http://sitetb.saude.gov.br/
106
Consulta Rápida
No anexo abaixo, está disponível um quadro, resumido, dos sistemas de informação que
acabamos de ver:
107
Divulgação das Informações
Objetivos de aprendizagem
Localizar informações oficiais da vigilância epidemiológica.
DA DO S I N F O R MA Ç Õ E S
108
outros), clínicos (sinais e sintomas), laboratoriais (data do resultado de carga viral), e
epidemiológicos (exposição de risco), entre outros.
Ano
Frequência
diagnóstico
2018 26.776
2019 26.399
2020 21.200
2021 9.705
TOTAL 84.080
DA DO S I N F O R MA Ç Õ E S
109
Posteriormente, estes dados foram trabalhados de forma lógica, partindo de um ponto de
vista, e gerou-se o indicador de coeficiente de mortalidade de cada ano.
Divulgação de Informações
Uma vez que os dados tenham sido coletados, registrados e analisados de forma a gerar
informações, essas precisam ser divulgadas ao público e às instituições interessadas, de uma
maneira eficiente e confiável.
Vejamos a seguir:
Boletim Epidemiológico
Sabemos que, após a coleta e recepção dos dados, existe um trabalho árduo de análises,
interpretações e pesquisas. Nesse momento, a informação se torna conhecimento.
Os boletins publicados pela SVSA são configurados como instrumentos de vigilância, com a
finalidade de divulgar informações relevantes e qualificadas, com potencial de contribuir nas
orientações das ações em Saúde Pública no país.
110
São publicações de caráter técnico-científico, de acesso livre e em formato eletrônico, com
sequência de:
Boletim Epidemiológico.
Ministério da Saúde. Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e
Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/boletins-
epidemiologicos
Acesso em: 26 mai. 2023.
111
O lançamento anual de alguns boletins epidemiológicos tem como data preferencial de
publicação àquela alusiva ao agravo. O intuito é promover maior destaque aos avanços e
enfrentamentos, ampliando a discussão pública sobre o tema.
Acompanhe os exemplos:
transmissível.
112
O Dia Mundial de Combate à AIDS,
113
Foi escolhido o dia 27 de julho como Dia
doença.
114
O acesso à informação é fundamental para aprimorar a gestão em saúde. Para além dos
boletins, elas podem ser disponibilizadas por meio da tabulação de dados e dos painéis de
indicadores.
tabulação dos dados, que consiste na organização dos conteúdos para uma leitura mais
precisa e uma análise assertiva da situação.
Assista, a seguir, ao vídeo Repórter Saúde, no qual são apresentados os passos para realizar a
tabulação dos dados.
https://player.vimeo.com/video/919561621
Painel de Indicadores
O Ministério da Saúde disponibiliza, aos gestores e profissionais da saúde, um painel de—
indicadores epidemiológicos e dados básicos sobre alguns importantes agravos: HIV e aids,
115
sífilis e hepatites virais.
Painel de Indicadores
Acompanhe a sequência de passos que devem ser percorridos para acessar o Painel
de Indicadores com dados de agravos monitorados - HIV e aids, sífilis, hepatites,
tuberculose, hanseníase - do Ministério da Saúde.
Passo 1
Acesse o site
116
Passo 2
Vigilância Epidemiológica
117
Passo 3
118
Passo 4
Aqui estão os links de acesso aos dados de indicadores para todos os agravos
monitorados: HIV e aids, sífilis, hepatites, tuberculose, hanseníase, entre outros.
119
Passo 5
Passo 6
Acesse os números
120
Passo 7
Clique na seta "abrangência dos dados" até encontrar Amapá. Selecione Macapá, no
item "subcategoria".
Passo 8
121
Passo 9
Visualização gráfica
Qualidade de informação
Dentre os painéis de indicadores epidemiológicos, o Ministério da Saúde também se
preocupa em disponibilizar os dados de qualidade da informação.
122
Qualidade da Informação
Acompanhe a sequência de passos que devem ser percorridos para acessar o Painel
de Indicadores de Inconsistência.
Passo 1
Acesse o site
123
Passo 2
124
Passo 3
125
Passo 4
126
Passo 5
Acesse os números
São vários tipos, que variam de acordo com o recorte e com a doença.
Por exemplo, a segunda tabela resume o que está sendo demostrado na tela (nome:
tabela 1 - casos de hepatites virais sem informação de escolaridade ou raça), está
mostrando quantos casos de hepatites virais não vieram acompanhadas da
informação de escolaridade ou raça. Nestes casos, o que provavelmente aconteceu
é que a notificação foi preenchida de forma incompleta, apenas registrando o
caso como positivo, sem mais informações sobre o indivíduo. Temos aqui um
ótimo exemplo de sugestão de melhoria no preenchimento das fichas de notificação,
e que só pudemos notar porque existe este controle de qualidade dos dados
recebidos.
127
Passo 6
A história que essa tabela nos conta é que há algo estranho acontecendo. Isso porque
existe vacina para prevenir casos de hepatite A, mas mesmo assim há casos dela
sendo diagnosticados em pessoas vacinadas, como mostram os números. Será que
essas pessoas estão mesmo com essa doença ou foi erro de diagnóstico, ou
preenchimento da ficha? Ou será que há algo de errado nas vacinas que elas
receberam?
128
Recomendações (Promoção / Prevenção / Controle)
Com os dados tabulados e análises realizadas, a vigilância epidemiológica divulga uma série
de recomendações, sempre considerando ações voltadas à promoção da saúde, como
também de prevenção e controle de doenças e agravos.
Tais medidas de prevenção podem ainda ser classificadas como primárias, secundárias,
terciárias ou quaternárias.
PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O
PR I MÁ R I A SE C UN DÁ R I A TE R C IÁR IA Q UAT E R N Á R I A
129
PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O
PR I MÁ R I A SE C UN DÁ R I A TE R C IÁR IA Q UAT E R N Á R I A
PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O
PR I MÁ R I A SE C UN DÁ R I A TE R C IÁR IA Q UAT E R N Á R I A
PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O PR E V E N Ç Ã O
PR I MÁ R I A SE C UN DÁ R I A TE R C IÁR IA Q UAT E R N Á R I A
130
De acordo com o dicionário da WONCA (NORMAN, TESSER, 2009), considera-se a prevenção
quaternária como a ação destinada a detectar indivíduos em risco de intervenções
excessivas, sejam elas diagnósticas e/ou terapêuticas, a fim de protegê-los de novas
intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis.
131
CLIQUE AQUI
CLIQUE AQUI
CLIQUE AQUI
132
Fechamento
https://player.vimeo.com/video/919561654
133
Referências
134
sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação
compulsória de compulsória de doenças, e dá outras providências. Diário Oficial da União
(DOU), Brasília (DF), 13 ago. 1976. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-
1979/d78231.htm#:~:text=DECRETO%20No%2078.231%2C%20DE,doen%C3%A7as%2C%20e%20
d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Lei n.º 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 20 set.
1990. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em 26 mai.
2023.
BRASIL. Lei n.º 12.135, de 18 de dezembro de 2009. Institui o Dia Nacional de combate e
prevenção da Hanseníase. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 21 dez. 2009.
Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?
tipo=LEI&numero=12135&ano=2009&ato=e36ITRU1EeVpWT801#:~:text=Ementa%3A,COMBATE
%20E%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20DA%20HANSEN%C3%8DASE. Acesso em 26 mai.
2023.
BRASIL. Lei n.º 13.430, de 31 de março de 2017. Institui o dia nacional de combate à sífilis e à
sífilis congênita. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 03 abri. 2017. Disponível em:
https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?
tipo=LEI&numero=13430&ano=2017&ato=a30kXQU5EeZpWT688#:~:text=INSTITUI%20O%20DIA
135
%20NACIONAL%20DE%20COMBATE%20%C3%80%20S%C3%8DFILIS%20E%20%C3%80%20S%
C3%8DFILIS%20CONG%C3%8ANITA. Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Lei n.º 13.802, de 10 de janeiro de 2019. Institui o Julho Amarelo, a ser realizado a cada
ano, em todo o território nacional, no mês de julho, quando serão efetivadas ações
relacionadas à luta contra as hepatites virais. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 11
jan. 2019. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/lei/l13802.htm. Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Lei n.º 14.289, de 03 de janeiro de 2022. Torna obrigatória a preservação do sigilo sobre
a condição de pessoa que vive com infecção pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e
das hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e com tuberculose, nos casos
que estabelece; e altera a Lei n.º 6.259, de 30 de outubro de 1975. Brasília (DF): Diário Oficial
da União (DOU), Brasília (DF), 04 jan. 2022. Disponível em:
file:///C:/Users/DRT65155/Downloads/lei_n_14.289_de_3_de_ janeiro_de_2022_lei_n_14.289_de_
3_de_ janeiro_de_2022_dou_imprensa_nacional.pdf. Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Portaria MS n.º 33, de 14 de julho de 2005. Inclui doenças à relação de notificação
compulsória, define agravos de notificação imediata e a relação dos resultados laboratoriais
que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional. Diário
Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 22 fev. 2006. Disponível em :
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2005/prt0033_14_07_2005.html#:~:text=Inclui%
20doen%C3%A7as%20%C3%A0%20rela%C3%A7%C3%A3o%20de,de%20Refer%C3%AAncia%20
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BRASIL. Portaria GM/MS n.º 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de
Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de
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http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Portarias/Portaria_204.pdf. Acesso:
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BRASIL. Portaria GM/MS n.º 420, de 2 de março de 2022. Altera o Anexo 1 do Anexo V à Portaria
136
associada à infecção pelo vírus Zika na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças,
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional. Diário Oficial da União (DOU), Brasília (DF), 04 mar. 2022. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-420-de-2-de-marco-de-2022-383578277
. Acesso em 26 mai. 2023.
BRASIL. Resolução MS/CNS n.º 588, de 12 de julho de 2018. Fica instituída a Política Nacional
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em 26 mai. 2023.
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http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Portarias/Manual_Normas_e_Rotinas.pdf.
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ALBERT EINSTEIN
INSTITUTO ISRAELITA DE
ENSINO E PESQUISA
CENTRO DE EDUCA<;AO EM SAUDE
ABRAM SZAJMAN