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º Ano
Discentes:
Amélia Peu
Milvan Paulino
Muhammad Chitará
Telma Maguengue
MICOSES SISTÉMICAS
Xai-Xai
2022
Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthini
Amélia Peu
Milvan Paulino
Muhammad Chitará
Telma Maguengue
Micoses Sistémicas
Xai-Xai
2022
Sumário
1. Introdução 4
1.1. Objectivos 5
1.1.1. Objectivos Gerais 5
1.1.2. Objectivos Específicos 5
1.2. Metodologia de Pesquisa 6
2. Micoses Sistémicas 7
2.1. Coccidioidomicose 7
2.1.1. Patogenia 8
2.1.2. Exames Laboratoriais 9
2.1.3. Tratamento 9
2.2. Histoplamose 10
2.2.1. Patogenia 10
2.2.2. Exames Laboratorias 12
2.2.3. Tratamento 13
2.3. Blastomicose 13
2.3.1. Patogenia 14
2.3.2. Exames Laboratorias 15
2.3.3. Tratamento 15
2.4. Paracoccidiodomicose 16
2.4.1. Patogenia 16
2.4.2. Exames Laboratorias 17
2.4.3. Tratamento 18
3. Conclusão 19
4. Referências Bibliográficas 20
1. Introdução
No presente trabalho falaremos sobre as micoses sistémicas que são causadas por fungos
dimórficos, cujas podem ser obtidas por inalação de propágulos fúngicos. Sendo assim,
especificaremos como estes fungos agem dentro do organismo e que tipo de danos causam, para
em fim indicar os métodos de diagnóstico e como proceder ao tratamento.
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1.1. Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral
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1.2. Metodologia de Pesquisa
Para o presente trabalho foi aplicado método bibliográfico, que segundo Pradanov e
Freitas (2013) elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros,
revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias,
dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em
contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa
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2. Micoses Sistémicas
Para todas essas infecções, as defesas primárias do hospedeiro são exercidas pelos
macrófagos alveolares, geralmente capazes de inactivar as conídias e induzir uma resposta
imunológica expressiva. Este processo leva tipicamente a uma inflamação granulomatosa bem
como à produção de anticorpos e imunidade mediada por células. (Books, Carroll, Butel, Morse,
& Mietzner, 2014)
2.1. Coccidioidomicose
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Na maioria dos meios de cultura laboratoriais, o C. immitis forma uma colônia com
aspecto de algodão, branca a castanho-amarelada. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner,
2014)
2.1.1. Patogenia
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Alguns indivíduos desenvolvem doença pulmonar crónica mas progressiva, com vários
nódulos ou cavidades que aumentam de tamanho. Em geral, ocorre disseminação em até 1 ano
após a infecção primária. As esférulas e os endósporos disseminam-se por extensão direta ou por
via hematogênica. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
2.1.3. Tratamento
O tratamento cirúrgico também pode ser indicado nos casos de lesões ou nódulos
pulmonares, através de ressecção desses nodulos. A detecção de massa ou abcesso cerebral
requer drenagem ou remoção cirúrgica. O desbridamento de lesões, com retirada do tecido
necrosado, é uma medida auxiliar importante no tratamento. (Silva, 2016)
2.2. Histoplasmose
A forma de fungo filamentoso produz dois tipos de conídios: (1) macroconídios esféricos
grandes (8 a 15 μm) de parede espessas, com projecções puntiformes (macroconídios
tuberculados) que se originam de conidióforos curtos e (2) microconídios pequenos e
ovais (2 a 4 μm) com paredes lisas ou levemente rugosas sésseis ou em hastes curtas. As
células leveduriformes são de parede finas, ovais, de 2 a 4 μm (var. capsulatum) ou são
de paredes mais finas de 8 a 15 μm (var. duboisii). (Murray, Rosenthal, & Pfaller, 2014,
p. 1203)
2.2.1. Patogenia
De acordo com Almeida (2008), a infecção se inicia geralmente através da inalação dos
microconídios que estão dispersos na natureza, principalmente em solos com guano de
morcegos, ricos em nitrogênio. (Silva, 2016)
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leveduras podem disseminar-se para os tecidos reticuloendoteliais, como o fígado, o baço, a
medula óssea e os linfonodos. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
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Na histoplasmose disseminada grave. O sistema reticuloendotelial tem uma tendência
particular a ser afectado, com linfadenopatia, aumento de tamanho do baço e do fígado,
febre alta, anemia e taxa elevada de mortalidade na ausência de terapia antifúngica.
Podem ocorrer úlceras mucocutâneas no nariz, na boca, na língua e no intestino. (Books,
Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014, p. 691)
As amostras para cultura incluem escarro, urina, raspados de lesões superficiais, aspirado
de medula óssea e células do creme leucocitário. Os esfregaços sanguíneos, as lâminas de
medula óssea e as amostras de biópsia podem ser examinados ao microscópio. (Books, Carroll,
Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
As pequenas células ovoides podem ser observadas no interior dos macrófagos em cortes
histológicos corados por corantes fúngicos (p. ex., metenamina-prata de Gomori, ácido periódico
de Schiff ou calcofluorado branco) ou em esfregaços de medula óssea ou de sangue corados pelo
método de Giemsa. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
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A detecção do antígeno de Histoplasma no soro e na urina por ensaio imunoenzimático
tem sido muito útil, particularmente no diagnóstico da doença disseminada (Murray, Rosenthal,
& Pfaller, 2014)
2.2.3. Tratamento
2.3. Blastomicose
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“A blastomicose, uma infecção crónica com lesões granulomatosas e supurativas que
começa nos pulmões, a partir dos quais pode ocorrer disseminação para qualquer órgão, mas
preferencialmente para a pele e os ossos.” (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014, p.
692)
2.3.1. Patogenia
Na fase de levedura, este fungo expressa uma proteína chamada de BAD1. Essa proteína
se liga a actina que também está presente na parede celular do fungo. Esta interacção funcionará
como uma molécula de adesão na superfície da célula fúngica, Esta molécula se liga em
receptores do tipo complemento 3 e 4 (CR3, CD4) presentes em macrófagos e no tecido
pulmonar do hospedeiro. (Murray, Rosenthal, & Pfaller, 2014)
“Quando ocorre disseminação, as lesões cutâneas nas superfícies expostas são mais
comuns, podendo evoluir para granulomas verrucosos ulcerados, com bordas que avançam e
região central de cicatriza.” (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014, p. 692)
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“Ocorrem também lesões no osso, na genitália (próstata, epidídimo e testículo) e no
sistema nervoso central, enquanto outros locais são menos frequentemente acometidos.” (Books,
Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014, p. 692)
O exame diredto deve ser realizado de material corado com GMS, PAS, Papanicolaou ou
Giemsa. Dessa mesma maneira, preparados a fresco de escarro, líquido cefalorraquidiano, urina,
pus, escamas de pele e esfregaços de tecido podem ser examinados directamente utilizando
calcoflúor e microscopia de fluorescência para detectar as formas características de leveduras.
(Murray, Rosenthal, & Pfaller, 2014)
2.3.3. Tratamento
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Outro antifúngico muito utilizado no tratamento tanto nas demais micoses quanto na
blastomicose é o iItraconazol, cujo seu uso é indicado por 6 a 12 meses após a interrupção da
anfotericina B, sendo recomendado uma dose de 200 mg três vezes por dia, e que posteriormente
é diminuída para duas vezes por dia por pelo menos 6 meses de uso, para os casos de infecções
graves O fluconazol, posaconazol ou voriconazol podem ser alternativas àqueles pacientes
incapazes de tolerar o itraconazol. (Hage, Knox & Wheat, 2012, como citado em Silva, 2016)
2.4. Paracoccidioidomicose
2.4.1. Patogenia
Os conídios são inalados e durante este processo os propágulos passam pelo nariz,
laringe, faringe, traqueia, alcançando os pulmões e interagindo com o epitélio dessas estruturas.
As infecções pulmonares primárias, que subsequentemente se disseminam, manifestam-se muito
frequentemente como lesões de mucosa na boca, no nariz e, ocasionalmente, no trato
gastrointestinal. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
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O antígeno gp43 é um receptor de laminina-1 e pode ser responsável pela adesão das
células de leveduras à membrana basal do hospedeiro. Este antígeno também se liga a
macrófagos e provoca tanto uma forte resposta humoral quanto uma resposta de
hipersensibilidade tipo tardia (HTT) em humanos. (Murray, Rosenthal, & Pfaller, 2014)
Em exames a fresco, acrescenta-se uma gota de hidróxido de potássio (KOH) 10-40% sob
a amostra em lâmina e lamínula, onde são visualizadas leveduras de forma arredondada, hialinas,
com parede espessa com gemulação lateral múltipla de base fina, de tamanho menor que a
célula-mãe. (Books, Carroll, Butel, Morse, & Mietzner, 2014)
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2.4.3. Tratamento
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3. Conclusão
Essas infecções fúngicas não são transmitidas homem a homem, nem de animal a
homem. E seus agentes etiológicos apresentam-se como fungos dimórficos, isto é, em meio de
cultura, entre 25 a 30°C, e na natureza apresentam colónias filamentosas, com hifas e conídios ou
artroconídios. Já nos tecidos e em meios de cultivos especiais e específicos, entre 35 a 37 °C
apresenta-se na forma de levedura ou parasitária.
Estas micoses na maioria das vezes são assintomáticas, porém, podem apresentar rápida
evolução, com surgimento do quadro de doença grave e forma disseminada, originando lesões
extrapulmonares. Além disso, pode ocorrer uma resposta celular do indivíduo a esses agentes,
que consiste geralmente, em um processo granulomatoso, e, em alguns casos a doença pode
deixar sequelas irreversíveis.
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4. Referências Bibliográficas
Books, G. F., Carroll, K. C., Butel, J. S., Morse, S. A., & Mietzner, T. A. (2014). Microbiologia
Médica de Jawet,Melnick e Adelberg. (26th, Ed.) Porto Alegre: AMGH .
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6th ed.). São Paulo: Atlas.
Murray, P. R., Rosenthal, K. S., & Pfaller, M. A. (2014). Microbiologia Médica (7th ed.). Rio de
Janeiro: Elsevier.
Silva, W. C. (2016). Micoses Sistémicas Causadas por Fungos Dimórficos que Acometem o
Homem Através do Trato Respiratório: manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento,
epidemiologia e prvenção. (Monografia de Licenciatura, Universidade Federal de Minas Gerais).
Retrevied from http://hdl.handle.net/1843/FAMM-BD5VWT
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