Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
º Ano
Discentes:
Amélia Peu
Milvan Paulino
Muhammad Chitará
Telma Maguengue
Xai-Xai
2022
Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza Muthini
Amélia Peu
Milvan Paulino
Muhammad Chitará
Telma Maguengue
Xai-Xai
2022
Sumário
1. Introdução 4
1.1. Objectivos 5
1.1.1. Objectivos Gerais 5
1.1.2. Objectivos Específicos 5
1.2. Metodologia de Pesquisa 6
2. Mieloma Múltiplo 7
2.1. Etiologia 7
2.2. Epidemiologia 8
2.3. Carcterísticas Clínicas 8
2.4. Fisiopatologia 9
2.5. Diagnóstico Laboratorial 11
2.6. Prognóstico 13
2.7. Tratamento 13
3. Doenças Relacionadas 16
3.1. Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado 16
4. Conclusão 21
5. Referências Bibliográficas 22
1. Introdução
O Mieloma Múltiplo (MM) ainda é uma doença incurável e na investigação das anemias
tem o diagnóstico diferencial esquecido, por isso a importância da sua fisiopatologia e o
conhecimento dos seus parâmetros clínico-laboratoriais com o objectivo de aumentar a qualidade
de vida desses pacientes acometidos.
5
1.1. Objectivos de Pesquisa
6
1.2. Metodologia de Pesquisa
Este trabalho se caracteriza como uma revisão bibliográfica narrativa, que segundo
Rother (2007) são publicações amplas, apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento
ou o estado da arte de um determinado assunto, sob ponto de vista teórico ou contextual.
7
2. Mieloma Múltiplo
2.1. Etiologia
“A causa do Mieloma Múltiplo (MM) ainda não é bem estabelecida. Numerosos vírus e
outros agentes infecciosos têm sido relacionados à patogenia do MM, mas os mecanismos ainda
não foram totalmente elucidados.” (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013, p. 556)
8
É relatada a ocorrência de MM em grupos familiares de dois ou mais parentes de
primeiro grau e em gémeos idênticos. (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
2.2. Epidemiologia
“As manifestações clínicas dos tumores de plasmócitos são variadas. Elas resultam de
efeitos destrutivos ou de outro modo danosos das células tumorais em diversos tecidos e de com-
plicações relacionadas com as imunoglobulinas completas ou parciais secretadas pelas células
tumorais.” (Kumar, Abbas, & Aster, 2013, p. 439)
De acordo com (Kumar, Abbas, & Aster, 2013, p. 439), as características clínico-
patológicas comuns do mieloma múltiplo podem ser resumidas como se segue:
• Dor óssea, devido a fracturas patológicas. As fracturas patológicas das vértebras podem
causar invasão da medula espinhal, caracterizando uma emergência oncológica.
• Anemia, devido à substituição da medula óssea pelas células tumorais, como também
devido à supressão da hematopoese através de mecanismos incertos.
9
• Insuficiência renal (em até 50% dos pacientes), resultante de efeitos deletérios das
proteínas de Bence Jones nas células tubulares renais, como também de infecções bacterianas, da
hipercalcemia e da amiloidose.
2.4. Fisiopatologia
Devido ao seu baixo peso molecular, cadeias leves livres são excretadas na urina, onde
são denominadas proteínas de Bence Jones. Ainda mais comummente, plasmócitos
malignos secretam tanto imunoglobulinas completas quanto cadeias leves livres,
produzindo desse modo proteínas M e proteínas de Bence Jones. (Kumar, Abbas, &
Aster, 2013, p. 437)
10
As interacções entre as células do MM e as do microambiente medular ou proteínas da
matriz extracelular, que são mediadas por receptores de superfície celular (como integrinas,
caderinas, selectinas e moléculas de adesão celular), aumentam o crescimento do tumor,
sobrevida, migração e resistência a drogas. (American Cancer Society, 2018)
Isso vai fazer com que os osteoclastos acelerem a dissolução do osso. E ocorre a inibição
da via Wnt suprime os osteoblastos. Assim, o osso velho é quebrado sem osso novo para
substituí-lo, tornando os ossos fracos e fáceis de quebrar. Este aumento na degradação óssea
também pode aumentar os níveis de cálcio no sangue. (Kumar, Abbas, & Aster, 2013)
11
Células gigantes multinucleadas derivadas de macrófagos geralmente circundam os
acúmulos. As células epiteliais adjacentes aos acúmulos frequentemente tornam-se
necróticas ou atróficas devido ao efeito tóxico das proteínas de Bence Jones. Outros
processos patológicos comuns envolvendo o rim incluem calcificação metastática,
decorrente da reabsorção óssea e hipercalcemia. (Kumar, Abbas, & Aster, 2013, p. 439).
A VHS normalmente é > 100 mm/hora; ureia no sangue, creatinina sérica, DHL,
microglobulina beta-2 e ácido úrico podem estar elevados. O hiato aniônico às vezes é baixo.
Hipercalcemia está presente no diagnóstico em cerca de 10%. (Berenson, 2019)
A análise de cadeia leve livre no soro com classificação das proporções capa e lambda
ajuda a confirmar o diagnóstico e também pode ser usada para monitorar a eficácia da terapia e
fornecer dados para o prognóstico. (Berenson, 2019)
12
“Mede-se o nível sérico de microglobulina beta-2 se o diagnóstico é confirmado ou se é
muito provável e, junto com a albumina sérica, é utilizado para estadiar os pacientes como parte
do sistema de estadiamento internacional.” (Berenson, 2019)
“As cintigrafias ósseas habitualmente não são úteis. RM pode fornecer detalhes
adicionais e ser obtida se houver locais de dor ou sintomas neurológicos. A PET-CT pode
fornecer informações prognósticas e ajudar a determinar se os pacientes têm plasmocitoma
solitário ou mieloma múltiplo.” (Berenson, 2019)
13
2.6. Prognóstico
Tabela 1.Sistema de estadiamento internacional do MM ao diagnóstico (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
2.7. Tratamento
A terapia dever ser instituída apenas quando houver sintomas. O MM assintomático requer
observação clinica, uma vez que tratamento com quimioterapia convencional não demonstrou
benefício. (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
14
devem ser considerados elegíveis para altas doses de quimioterapia seguida de Transplante
Autólogo de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH). (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
“O IMWG recomenda que se colete pelo menos 4,0 × 106 células CD34/kg para um
único transplante e o dobro dessa quantidade, pensando na possibilidade de um segundo
procedimento.” (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013, p. 559)
15
2.7.2. Estratégias de Tratamento para Pacientes não Elegíveis a TCTH
“Os pacientes não candidatos às altas doses de quimioterapia e TCTH devem receber
combinações com Melfalano oral em doses convencionais. O principal objectivo nesses casos é
atingir resposta e prolongar a sobrevida livre de progressão com mínima toxicidade.” (Zago,
Falcão, & Pasquini, 2013, p. 559)
Doses elevadas de Dexametasona devem ser evitadas, a talidomida deve ser utilizada em
dose máxima de 100 mg, e esquemas semanais de Bortezomibe por via venosa ou subcutânea
têm sido recomendadas para diminuir a incidência de neuropatia periférica e aumentar a
tolerância ao tratamento. (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
A hiperuricemia pode ocorrer em alguns pacientes com alta carga tumoral e problemas
metabólicos subjacentes. Indica-se alopurinol ou rasburicase para pacientes com altos níveis
séricos de ácido úrico ou grande volume tumoral e alto risco de síndrome da lise tumoral com o
tratamento. (Berenson, 2019)
16
Combinação de Bortezomibe e Dexametasona eventualmente associado a Ciclofosfamida
é recomendado para insuficiência renal, já que promove uma rápida depuração das cadeias leves
em circulação. (Berenson, 2019)
A hipercalcemia que pode piorar a insuficiência renal deve ser prontamente identificada e
tratada com hidratação adequada, diuréticos, glicocorticoides e bisfosfonatos. Mas caso o
distúrbio renal não esteja relacionado a hipercalcemia, uma opção é o denosumabe mensal
(administrado por via subcutânea) que, contrariamente aos bisfosfonatos, não é eliminado pelos
rins e não causa reacções à infusão. (Berenson, 2019, Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
3. Doenças Relacionadas
Apesar do seu nome, torna-se cada vez mais evidente que a GMSI é uma lesão
precursora com tendência de evoluir para mieloma múltiplo. Entre os pacientes com
GMSI, um tumor sintomático de plasmócitos, mais comummente o mieloma múltiplo, se
desenvolve a uma taxa de 1% ao ano. (Kumar, Abbas, & Aster, 2013, p. 438)
17
de proteína monoclonal no soro e ausência de proteinúria de Bence Jones. (Kumar, Abbas, &
Aster, 2013)
Segundo (Kumar, Abbas, & Aster, 2013), o linfoma linfoplasmocítico afecta indivíduos
de idade mais avançada; o pico de incidência localiza-se entre a sexta e a sétima década de vida.
A maioria dos sinais e sintomas clínicos são causados pela secreção de IgM (macroglobulina)
pelas células tumorais. Devido ao seu tamanho, as macroglobulinas tornam o sangue viscoso,
originando a síndrome conhecida como macroglobulinemia de Waldenström, associada aos
seguintes aspectos:
18
3.3. Amiloidose de Cadeia Leve
As cadeias leves se acumulam nos tecidos como uma proteína anormal conhecida como
amilóide. O acúmulo de amilóide em certos órgãos pode aumentá-los e afetar a maneira como
eles funcionam. (American Cancer Society, 2018)
A amilóide nos rins pode fazer com que funcionem mal. Isso pode não causar sintomas
no início, mas a função renal ruim pode ser encontrada em exames de sangue. Se piorar, pode
levar à insuficiência renal. (American Cancer Society, 2018)
19
Em relação à quimioterapia convencional, o Melfalano oral tem sido utilizado para
controle da doença há vários anos e, recentemente, foi associado à Dexametasona com uma
resposta orgânica em 48% dos pacientes não elegíveis ao TCTH. (Zago, Falcão, & Pasquini,
2013)
Os pacientes com leucemia plasmocitária primária são mais jovens e têm contagem
plaquetária mais elevada, menor número de lesões ósseas, menor quantidade de proteína M
sérica e sobrevida mais prolongada do que aqueles com leucemia plasmocitária secundária
(mediana de 6,8 versus 1,3 mês). (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
A doença da cadeia pesada não é uma entidade específica, porém representa um grupo de
proliferações nas quais somente as cadeias pesadas são produzidas, mais comummente a IgA.
(Zago, Falcão, & Pasquini, 2013)
20
região de b. A imunofixação é um exame imprescindível para detectar a natureza monoclonal da
condição.” (Zago, Falcão, & Pasquini, 2013, p. 565)
21
4. Conclusão
Não existe uma cura para o mieloma múltiplo, mas pode-se fazer o acompanhamento,
para os pacientes elegíveis ao transplante autónomo de medula pode-se dar medicamentos mais
intensos, enquanto a terapia dos outros tem que ser mais leve.
22
5. Referências Bibliográficas
American Cancer Society. (2018, February 28). O que é mieloma multiplo? Retrieved from
https://www.cancer.org/cancer/multple-myeloma/about/what-is-multiple-myeloma.html
Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. (2021). Mieloma Multiplo: tudo o que voce
precisa saber. São Paulo: ABRALE.
Gil, A. C. (2008). Metodos e Tecnicas de Pesquisa Social (6ª ed). São Paulo: Editora Atlas
Kumar, V., Abbas, A. K., & Aster, J. C. (2013). Robbins Patologia Básica (9th ed.). Rio de
Janeiro: Elsevier.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paul. enferm. [online]. Vol.
20, n.2,
Zago, M. A., Falcão, R. P., & Pasquini, R. (2013). Tratado de Hematologia. São Paulo: Atheneu.
23