Você está na página 1de 16

Brazilian Journal of Development 80666

ISSN: 2525-8761

Leucemia Linfoide e Mieloide: Uma breve revisão narrativa

Lymphoid and Myeloid Leukemia: A brief narrative review

DOI:10.34117/bjdv7n8-333

Recebimento dos originais: 15/07/2021


Aceitação para publicação: 13/08/2021

Gabriella Morais Abreu


Discente do 8° Período do curso de medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP)
Av. Três, Setor Mundinho - Centro, Mineiros - GO,
CEP 75830-000
Email: gabi20morais@gmail.com

Sarah Campos de Sousa


Discente do 8° Período do curso de medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP)
Av. Três, Setor Mundinho - Centro, Mineiros - GO,
CEP 75830-000
Email: sarahcampos_souza@hotmail.com

Eriston Vieira Gomes


Doutorado em Bioquímica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/ Universidade
de São Paulo (FMRP-USP)
Docente do curso de medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP)
Av. Três, Setor Mundinho - Centro, Mineiros - GO,
CEP 75830-000
Email: eristongomes@alumni.usp.br

RESUMO
Introdução: a leucemia é um tipo de câncer que acomete todas as faixas etárias,
geralmente de origem desconhecida e caracterizada pelo acúmulo de células malignas na
medula óssea, podendo levar a morte do paciente. A medula óssea é uma cavidade situada
principalmente em ossos longos, onde determinadas células-tronco dão origem aos
glóbulos brancos (leucócitos) e vermelhos (eritrócitos), bem como às plaquetas.
Atualmente, existem mais de 12 tipos de leucemias, porém classificadas em quatro tipos
primários, sendo, leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC),
leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Objetivo:
caracterizar as leucemias linfocíticas e mielocíticas, agudas e crônicas, com ênfase em
suas respectivas peculiaridades. Métodos: o presente trabalho consiste em uma revisão
narrativa abordando os referidos tipos de leucemia em pacientes adultos e pediátricos,
com suas respectivas características clínicas e moleculares, diagnóstico, tratamento e
possíveis complicações. Foram usadas as bases de dados: Scientific Electronic Library
Online (SCIELO), Pub-Med, Google Acadêmico, bem como livros didáticos relacionados
ao tema. Utilizou-se para as buscas os seguintes descritores: leucemia linfocítica aguda,
leucemia linfocítica crônica, leucemia mieloide aguda e leucemia mieloide crônica e seus
correspondentes na língua inglesa. Resultados e Discussão: A LMA é mais comum em
pacientes adultos em torno dos 40 anos, com característica principal a proliferação

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80667
ISSN: 2525-8761

abundante e diferenciação incomum das células precursoras mieloides (blastos) na


medula óssea. A LMC é caracterizada pela transformação maligna de células-tronco
pluripotentes hematopoiéticas, gerando principalmente granulócitos imaturos, com maior
incidência em pacientes adultos em torno dos 40 anos. A LLC é predominante em
pacientes em torno dos 50 anos, caracterizada por apresentar um acúmulo lento e
progressivo de linfócitos B malignos. LLA apresenta maior prevalência em crianças e
como principal característica a proliferação rápida de células progenitoras
hematopoiéticas malignas. Conclusão: As principais características dos quatro tipos de
leucemia abordados nesse presente trabalho são baseadas, principalmente, a partir de um
sistema de classificação de neoplasias hematopoiéticas, oriundo da Organização Mundial
da Saúde (OMS). Este sistema é norteado de acordo com combinações de características
clínicas, morfológicas, imunofenotípicas e genéticas, considerando a porcentagem de
blastos ou células malignas na medula óssea (aguda ou crônica) e sua linhagem
predominante (mieloide ou linfoide).

Palavras-chave: leucemia mieloide aguda; leucemia mieloide crônica; leucemia


linfocítica aguda; leucemia linfocítica crônica.

ABSTRACT
Introduction: Leukemia is a type of cancer that affects all age groups, usually of unknown
origin and characterized by the accumulation of malignant cells in the bone marrow,
which can lead to the death of the patient. Bone marrow is a cavity located mainly in long
bones, where certain stem cells give rise to white blood cells (leukocytes) and red blood
cells (erythrocytes), as well as platelets. Currently, there are more than 12 types of
leukemia, but classified into four primary types, namely, acute myeloid leukemia (AML),
chronic myeloid leukemia (CML), acute lymphocytic leukemia (ALL), and chronic
lymphocytic leukemia (CLL). Objetive: Characterize acute and chronic lymphocytic and
myelocytic leukemias, with emphasis on their respective peculiarities. Methods: the
present work consists of a narrative review addressing the aforementioned types of
leukemia in adult and pediatric patients, with their respective clinical and molecular
characteristics, diagnosis, treatment and possible complications. As a database, the
following platforms were used, Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Pub-
Med, Google Scholar, and textbooks related to the subject. The following descriptors
were used for the searches: acute lymphocytic leukemia, chronic lymphocytic leukemia,
acute myeloid leukemia, and chronic myeloid leukemia and their corresponding terms in
Portuguese language. Results and Discussion: AML is most common in adult patients
around 40 years old, with the main characteristic being abundant proliferation and unusual
differentiation of myeloid precursor cells (blasts) in the bone marrow. CML is
characterized by the malignant transformation of pluripotent hematopoietic stem cells,
generating mainly immature granulocytes, with a higher incidence in adult patients
around the age of 40. LLC is predominant in patients around the age of 50, and is
characterized by a slow and progressive accumulation of malignant B-lymphocytes. ALS
is more prevalent in children and is characterized by rapid proliferation of malignant
hematopoietic progenitor cells. Conclusion: The main characteristics of the four types of
leukemia discussed in this paper are based mainly on a classification system of
hematopoietic neoplasms from the World Health Organization (WHO). This system is
guided according to combinations of clinical, morphological, immunophenotypic and
genetic characteristics, taking into consideration the percentage of blasts or malignant
cells in the bone marrow (acute or chronic) and its predominant lineage (myeloid or
lymphoid).

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80668
ISSN: 2525-8761

Keywords: acute myeloid leukemia; chronic myeloid leukemia; acute lymphocytic


leukemia; chronic lymphocytic leukemia.

1 INTRODUÇÃO
Todas as células do organismo apresentam um ciclo natural, elas são originadas,
diferenciam-se, proliferam e morrem. Entretanto, algumas células saem desse ciclo,
evadindo-se dos mecanismos de controle celular, geralmente em decorrência de
mutações. Consequentemente, essas células dão origem a outras células com as mesmas
imperfeições transformando-se em um tumor. Os tumores apresentam duas características
principais que os diferenciam, sendo, ritmo de crescimento (divisão celular) e sua
capacidade de infiltração para outros tecidos (ALMEIDA, 2005).
A palavra câncer é oriunda do latim, no qual o significado é caranguejo, devido
sua capacidade invasiva. O termo já sugere seu caráter maligno, devido seu crescimento
exacerbado e capacidade de migração. Este processo facilita a entrada dessas células em
outros tecidos do corpo, podendo inclusive utilizar a corrente sanguínea ou sistema
linfático como mecanismo de transporte, gerando assim, um tumor secundário ou
metástase (KINDT et al., 2008, p. 557, 558).
Os cânceres pediátricos e adultos são significativamente diferentes em
prognóstico e distribuição, dependendo da histologia e da localização do tumor, sendo
relativamente raro em crianças. O câncer na infância pode se manifestar através de
sintomas que ocorrem também em doenças benignas, o que pode levar a uma maior
dificuldade no diagnóstico. Sendo assim, se faz necessária a observação de manifestações
clínicas mais persistentes, sem explicação óbvia e com difícil recuperação para indicação
de uma possível neoplasia (KLIEGMAN; STANTON, 2013, p. 1730).
No Brasil, por ano são registrados mais de oito mil casos de câncer em crianças e
adolescentes sendo, portanto, considerada a maior causa de mortes por doença na faixa
etária de 1 a 19 anos. A leucemia é o tipo mais comum, correspondente a 30% dos casos
em crianças. Já em adultos, no ano de 2020, foram registrados 10.810 novos casos de
leucemia, sendo 5.920 homens e 4.890 mulheres, chegando a aproximadamente 7.200
mortes anuais (INCA, 2020).
As leucemias são consideradas doenças malignas do sangue, ou seja, um tipo de
câncer inicialmente originário na medula óssea, com consequências fisiológicas graves,
podendo levar o indivíduo à morte. Elas podem ser divididas em agudas, quando as
células sanguíneas não conseguem completar seu processo de maturação, levando ao

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80669
ISSN: 2525-8761

rápido crescimento das células imaturas (células embrionárias) e crônicas, onde as células
atingem um estado maturo, porém, devido a erros genéticos, se tornam morfológica,
histológica e funcionalmente “anormais” (KLIEGMAN; STANTON, 2013, p. 1723,
1726).
Concomitantemente, as leucemias podem ser subclassificadas em linfoides ou
mieloides, dependendo da origem celular hematopoiética. Células de defesa, tais como,
linfócitos B, T e células NK (natural killer), tem como origem as células progenitoras
linfoides. Já as células-tronco, mieloides originam as progenitoras de células vermelhas
do sangue (eritrócitos), a maioria das células brancas (neutrófilos, eosinófilos, basófilos,
monócitos, mastócitos e células dendríticas) e as células que dão origem as plaquetas,
denominadas megacariócitos (KINDT et al., 2008, p. 47, 48).

2 METODOLOGIA
O presente trabalho consiste em uma revisão narrativa sobre os principais tipos de
leucemia, sua frequência e diferenças entre pacientes adultos e pediátricos. Foram
utilizadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Pub-Med,
Google Acadêmico, bem como livros didáticos relacionados ao tema, nos últimos 16 anos
(2005-2021). Os descritores utilizados foram leucemia pediátrica, leucemia adulta, câncer
e seus correspondentes na língua inglesa. Como critério de inclusão foram utilizados
artigos relacionados ao tema, incluindo os seguintes tipos de leucemia, Mieloide Aguda,
Mieloide Crônica, Linfoide Aguda e Linfoide Crônica. Foram excluídos artigos que
estavam relacionados com enfermagem e odontologia.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 LEUCEMIA LINFOIDE
3.1.1 Leucemia Linfocítica Aguda
O tipo de leucemia mais prevalente em crianças é a linfoblástica ou linfocítica
aguda (LLA), chegando 80% dos casos infantis e 20% em adultos. A faixa etária com
maior incidência é entre 2 a 5 anos. A sua etiologia é idiopática, porém existem evidências
que indicam possíveis fatores como radiação, drogas, genéticos, imunológicos e virais. A
LLA tem como principal característica a alta proliferação celular com índice menor de
diferenciação, assim, evidencia-se suspeita de leucemia através do exame de hemograma,
em razão da quantidade de células imaturas (MOREIRA et al., 2018). Os sinais e sintomas
mais prevalentes é astenia, mal-estar, redução da tolerância a exercício, palidez

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80670
ISSN: 2525-8761

cutânea/mucosa, neutropenia, febre, otite média, faringite, pneumonia, sepse,


adenomegalia (SCHMIEGELOW et al., 2008).
Nas crianças um dos principais indícios é dor óssea podendo até ser o primeiro
sintoma, a dor é difusa em membros superiores e inferiores com dificuldade de
deambulação. Esses sintomas decorrem pela infiltração dos linfoblastos no periósteo ou
cortical do osso. As articulações mais acometidas são joelhos, tornozelos, punhos,
cotovelos e quadris (EDGAR; MORGAN, 2016). Além disso, sinais como cefaleia,
náuseas, vômitos, aumento da pressão intracraniana e papiledema podem indicar
infiltração para o sistema nervoso central (SNC) (SCHMIEGELOW et al., 2008).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a LLA pode ser dividida em precursor
B ou precursor T, isto é, uma linhagem linfoide com características de linfócitos B ou T.
A que tem o percursor B é responsável por 80% dos casos. A LLA pediátrica é prevalente
entre a faixa etária de 2 a 5 anos e com predomínio no sexo masculino, já a LLA em
lactentes é (LLA-B) mais comum no sexo feminino (SILVA, 2009).
A LLA pode ser adquirida ou devido a alterações genéticas, dentre a genética tem-
se alterações numéricas ou estruturais. Um dos casos mais comuns na LLA é a
translocação genética, que ativam os fatores de transcrição e modificam todo o ciclo
celular. A translocação que envolve o cromossomo 11 ocorre em 80% nos pacientes
lactentes LLA do precursor B. Em 30% dos casos da LLA na infância tem a hiperdiploidia
de 51 a 65 cromossomos e caracteriza-se com bom prognóstico. Já cerca de 25% das LLA
de precursor B apresentam fusão de TEL-AML1 com translocação (12; 21). Tal fusão nos
progenitores linfoides B podem causar um desarranjo destas células, apresentando uma
sobrevida de cerca de 90% é o tipo mais comum entre LLA pediátrica (PUI; ROBISON;
LOOK, 2008; SILVA, 2009).
A translocação (9; 22) conhecida como cromossomo Filadélfia é encontrado em
uma proporção menor e está relacionado a um mau prognóstico mesmo com tratamento
intenso (SCHAFFEL; SIMÕES, 2008). Ele é caracterizado pela junção do Receptor de
Células B (BCR) com a ABL, o BCR é a molécula mais específica desse tipo celular e
ABL é uma tirosina-quinase que interagem de forma complexa alterando a via de
sinalização para o gene RAS. É importante saber qual o tipo de alteração genética para
estabelecer um tratamento mais específico leve ou mais intenso (PUI; ROBISON; LOOK,
2008).
O tratamento mais comum é a quimioterapia de longo prazo, dura cerca de 2 a 3
anos, é intenso, principalmente nos primeiros meses, destroem células normais e

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80671
ISSN: 2525-8761

malignas, comum usar mais de um tipo de quimioterápico. Existem três fases


terapêuticas: indução, consolidação e manutenção (ROCHA, 2012).
A terapia de indução é o começo da quimioterapia, sendo objetivo principal
destruir o máximo de células possíveis para alcançar a remissão. As doses e o tipo de
medicação que será usada dependem da idade do paciente, tipo de leucemia e o quadro
clínico geral. Ao final desse processo de indução espera-se eliminação total de células
leucêmicas na medula óssea (MO), menos de 5% de blastos, nenhum blasto em sangue
periférico, níveis normais de células sanguíneas e ausência de sintomas do câncer.
Contudo, mesmo quando conseguem chegar a essa remissão, existem algumas células
leucêmicas que permanecem e podem não ser vistas no microscópio, conhecidas como
“doença residual mínima”, maior chance de recidivas. Como medida profilática ou
próprio tratamento faz uso de quimioterapia para evitar que ocorra infiltração para o SNC
(ABRALE, 2019).
Na fase de indução são usados antibióticos antitumorais (daunorubicina), inibidor
de enzima de reparo de DNA (etoposide), agentes que danificam DNA
(Cyclophosphamide, Ifosfamide), enzimas que impedem a sobrevivência das células
(asparaginase, pegaspargase), inibidor de tirosina quinase (mesilato de imatinibe,
desatinibe, nilotinibe), antimetabólicos (clofarabina, citarabina, fludarabina,
metotrexato), drogas que impedem a divisão celular (vincristina), corticoides (prednisona,
dexametasona) e imunoterapia (alemtuzumabe ,rituximabe, ofatumumabe,
blinatumomabe) (ABRALE, 2019; HAMERSCHLAK, 2008).
Na terapia pós remissão o tratamento é utilizado após a remissão total. A
consolidação tem como o foco de eliminar todas as células remanescentes no corpo, com
quimioterápicos e dosagens mais altas do que na etapa de indução, dura de quatro a seis
meses. Alguns protocolos usam a fazer uma reindução com drogas parecidas com as
usadas na indução para evitar resistência leucêmica, usando drogas como metotrexato em
altas doses, citarabina, vincristina, 6-mercaptopurina blinatumomabe, inotuzumabe
ozogamicina, ciclofosfamida, asparaginase e corticosteroides (prednisona,
dexametasona) (ABRALE, 2019; CAVALCANTE; ROSA; TORRES, 2017).
A terceira fase conhecida como manutenção é uma profilaxia para evitar recidiva.
São utilizados medicamentos orais, recebendo uma baixa dose de quimioterapia que dura
cerca de 2 anos para adultos e para crianças de 1 ano e meio a 2 anos. No período de
quimioterapia o paciente deve realizar alguns cuidados, pois está sujeito a diversas

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80672
ISSN: 2525-8761

infecções. O sistema imunológico encontra-se imunossuprimido, por isso os hábitos de


higiene devem ser intensificados (HAMERSCHLAK et al., 2006; ABRALE, 2019).

3.1.2 Leucemia Linfocítica Crônica


A leucemia linfocítica crônica (LLC) é uma doença que atinge as células de
defesa, principalmente linfócitos B. Caracterizada como uma doença monoclonal, se
apresenta com aumento crescente de linfócitos funcionalmente ineptos. Além de sua
maior incidência em caucasianos do que em relação aos negros, manifesta-se mais
frequentemente em faixas etárias mais elevadas. No hemisfério ocidental é uma das
formas mais frequentes (BARROS, 2009).
Entre as anomalias mais rotineiras destaca-se: trissomia 12, que proporciona
sobrevida de relativamente 9 anos; translocação ou deleção do braço longo do 13, na qual
apresenta bom prognóstico e sobrevida de 11 anos; modificação envolvendo braço longo
do 11, na banda q22-23, com sobrevida de 6,6 anos; deleção do braço curto do 17, com
sobrevida de 2,5 anos; deleção do braço longo do 6, além de translocação envolvendo
braço longo do cromossomo 14, corroborando em cerca de 60% das alterações. Com a
importância da citogenética e dados prognósticos, os pacientes com LLC devem ser
encaminhados ao estudo por FISH e cariótipo por banda G, nas diversas fases da doença.
A técnica por FISH, além de ser rápida, específica e sensível, auxilia em deleções além
da sensibilidade da banda G (CHAUFFAILLE, 2005).
Os sintomas mais característicos são perda de apetite ou saciedade precoce,
fadiga, sudorese noturna, infecções recorrentes, hematomas, linfonodomegalia,
esplenomegalia, hepatomegalia (YAMAMOTO; FIGUEIREDO, 2005; GONÇALVES et
al., 2009; MIR, 2016).
Os quimioterápicos mais usados na fase inicial são clorambucil e ciclofosfamida.
A introdução de análogos da purina utilizados no tratamento, demonstrou uma depressão
na imunidade de linfócitos T CD4 e CD8. O uso de anticorpos monoclonais como
rituximab (anti-CD20) e alemtuzumab (anti-CD52) com associação de outras drogas
como fludarabina também têm sido relatados. O rituximab reduz a quantidade de
linfócitos B na corrente sanguínea com diminuição de imunoglobulinas, porém com baixo
riscos de infecção. A alemtuzumab reduz linfócitos B e T, porém está associado a um alto
risco de infecções associadas a essa diminuição, por exemplo, pneumocistose, herpes
zoster e infecção fúngica. No Brasil recentemente foram aprovados uma série de
medicamentos. A ibrutinib, um inibidor de tirosinoquinase, tem mostrado bons

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80673
ISSN: 2525-8761

resultados em pacientes reincidentes e vem sendo estudada como tratamento de


primeira linha. O venetoclax, outro medicamento em destaque, inibe a proteína
antiapoptótica BCL2 e vem sendo utilizado de forma isolada ou combinado com
rituximabe (ABRALE, 2020).
O transplante de células progenitoras hematopoiéticas têm sido usadas também
como tratamento, particularmente em jovens de alto risco, há um grande risco de infecção
nessas modalidades (transplante autólogo, alogênico, mieloablativo e não mieloablativo).
O transplante alogênico não mieloablativo ou de intensidade baixa possui menor
toxicidade que o mieloablastivo (GARNICA; NUCCI, 2005).

3.2 LEUCEMIA MIELOIDE


A leucemia mieloide se caracteriza como uma doença clonal do tecido sanguíneo
que tem como principal característica a reprodução anormal das células progenitoras da
linhagem mieloide, como resultado tem-se uma produção insuficiente de células do
sangue maturas normais (LIMA et al., 2016).
Esse distúrbio pode ocorrer devido alterações genéticas que atingem as células-
tronco ou as células progenitoras da medula óssea, associando a alguns fatores do meio
ambiente, por exemplo, radiações, agentes químicos ou tóxicos e infecções. Embora não
se tenha total esclarecimento dos indícios da doença, os seres humanos com propensão a
ela, desenvolvem a mesma após exposição aos fatores ambientais acima citados. Como
consequência dessas exposições, ocorre um desequilíbrio no mecanismo, gerando
expressividade incomum de Proto-oncogenes, encarregados por um crescimento e
desenvolvimento celular fora do comum na divisão. Os genes supressores de tumores
codificam as proteínas para impedir a divisão celular ou induzir a apoptose de células
com alterações (SANTOS et al., 2019).
A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) representa aproximadamente 20% das
leucemias nas crianças, mas também pode ocorrer em adultos. Entre as características
clínicas destaca-se: febre, fraqueza, cálculos renais, hepatomegalia, esplenomegalia e
aspectos anormais no sangue. Uma das principais complicações são hemorragias,
infecções, leucostasia, síndrome de lise tumoral (células leucêmicas morrem e liberam
seu conteúdo no meio extracelular, causando disfunção química no sangue, acarretando
sobrecarga da função renal) (CHAVES, 2010; LIMA et al., 2016).

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80674
ISSN: 2525-8761

A LMA é uma neoplasia que se caracteriza pela proliferação abundante e


diferenciação incomum das células precursoras mieloides na medula óssea. Com o
aumento da população desses blastos na medula óssea, essas células mudam para sangue
periférico e esporadicamente para outros tecidos. Para identificar inicialmente a doença é
preciso a identificação de ≥ 20% de bastos no sangue periférico ou na medula óssea
(STONOGA; STROPARO, 2020).
O tratamento mais conhecido atualmente é a terapia de indução para controle da
moléstia, não significando uma cura definitiva, mas passa a não ser detectável nos
métodos morfológicos de controle, sendo fundamental medicações pós remissão. A
terapia de indução varia de acordo com a faixa etária, dividida em dois ciclos. A primeira
fase é a indução de remissão, com uso de dois ciclos de daunorrubicina, idarrubicina com
citarabina. A segunda modalidade é a de consolidação da remissão com dois a quatro
ciclos de citarabina em altas doses, podendo estar associada ao transplante de medula
óssea. Atualmente os medicamentos mais utilizados em quimioterapia são os agentes
alquilantes, classe de antineoplásicos que promove mielodrepressão, atua no ciclo celular
interrompendo a proliferação, com consequente morte das células em duplicação. Como
última opção terapêutica a radioterapia, devido a sua ineficiência em destruir tumores
sólidos presentes no baço, cérebro ou diversos outros locais com presença de células
leucêmicas (SANTOS et al, 2019).
No transplante de medula óssea existem três tipos de doadores. O primeiro é
alogênico quando é transferido por um membro da família ou banco de medula óssea
compatível, o segundo é singênico quando ocorre por meio de irmão gêmeo e por último
o autólogo ou autogênico que são células progenitoras do próprio paciente
(VOLTARELLI; PASQUINI; ORTEGA, 2009). Entre as indicações de transplantes
destaca-se: LLC, LMA em primeira remissão ou segunda com fator de mau prognóstico,
LLA em primeira remissão ou em outras com mau prognóstico (SANTOS et al., 2019).
A coleta pode ser feita pela punção de células troncos, onde é inserida uma agulha
no osso do quadril. Nos primeiros 100 dias após o TMO, temos a fase de aplasia medular,
na qual ocorre uma queda de todas as células sanguíneas, com isso é necessário o uso de
antibióticos, antivirais e medicamentos que estimulam a produção de glóbulos brancos,
devido à propensão a infecções decorrentes da depressão do sistema imunológico
(ABRALE, 2021).
Muitas anormalidades genéticas foram descobertas nas LMAs com cariótipo
normal, particularmente mutações nos genes: NPM1 (nucleofosmina), FLT3 (fms-related

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80675
ISSN: 2525-8761

tyrosine kinase 3), CEPBA (CCAAT/enhancer binding protein α), MLL PTD (myeloid-
lymphoid ou mixed-lineage leukemia), NRAS- (neuroblastoma RAS viral oncogen),
BAALC (brain and acute leukemia gene), ERG (v-ets erytroblastosis virus E26 oncogene-
like). Aproximadamente 45% dos casos de LMA possuem cariótipo normal, sendo as
mutações nos genes NPM1 e FLT3 as mais prevalentes. O gene FLT3 está localizado no
cromossomo 13q12 onde, codifica um receptor com atividade tirosina-quinase referente
à ativação de vias de sinalização celular encarregados pela proliferação celular, sendo este
mais expresso em estágios iniciais de células precursoras mieloides. Já o gene NPM1,
localizado no cromossomo 5q35, codifica uma fosfoproteína nucleolar que faz a ligação
entre o núcleo e o citoplasma, e está vinculada na regulação e estabilidade de proteínas
nucleares. Alguns trabalhos mostram que as LMAs com cariótipo normal e mutação nos
genes NPM1 e CEBPA possuem prognósticos favoráveis, enquanto mutações no gene
FLT3 possuem um pior prognóstico. Porém, casos em que ocorrem mutações paralelas
nos genes FLT3 e NPM1 possuem um prognóstico intermediário (VELLOSO et al.,
2011).
Já a leucemia mieloide crônica (LMC) acomete com maior incidência pacientes
adultos em torno dos 40 anos. Com casos de pacientes assintomáticos e sintomáticos,
entre os sintomas engloba-se fadiga, cefaleia, astenia, irritabilidade, febre, sudorese
noturna, perda de peso e devido à esplenomegalia, desconforto em hipocôndrio
esquerdo. Tais sintomas são variáveis segundo a fase (SANTOS et al., 2019).
O primeiro fármaco utilizado no tratamento foi o imatinibe, um inibidor de
tirosina-quinase, que apresenta como alvo a bcr-abl. Na LLC, ataca a translocação
9:22 (bcr-abl), bloqueando as atividades da via de sinalização. O imatinibe e
nilotinibe ajudam na remissão molecular e clínica, ambos realizam uma ligação em
um segmento que controla a cinase e fixa a enzima, fazendo com que a proteína não
se liga ao substrato doador de fosfato, o ATP. Por isso, ocorre uma inibição da BCR-
ABL (HAMERSCHLAK, 2008). As proteínas tirosina-quinase são um componente
fundamental na via de transdução de sinais pelo fato de regular o crescimento e
adaptação ao meio extracelular, em grande maioria das neoplasias. Essas proteínas
são ativadas e implicam na transformação tumoral. As terapias convencionais para o
controle de LMC são hidroxiureia, interferron-alfa, bussulfano ou citarabina em doses
baixas, infusão linfocitária e transplante de células medulares (SANTOS et al., 2019;
LEITE et al., 2012).

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80676
ISSN: 2525-8761

A LMC pode ser dividida em crônica, acelerada e blástica. Na fase crônica a


doença pode durar alguns anos de forma benigna, na acelerada varia de meses a anos,
com caraterística do aumento de blastos na medula óssea e sangue periférico, já a blástica
tem um crescimento no número de blastos linfoide e mieloide, sendo uma fase mais
agressiva, podendo levar o paciente a óbito entre 3 a 6 meses (BORTOLHEIRO, 2007).
A LMC se diferencia das outras leucemias por apresentar uma translocação entre
genes dos cromossomos 9 e 22. A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença
mieloproliferativa crônica clonal, representada por leucocitose com desvio à esquerda,
esplenomegalia e presença do cromossomo Philadelphia, originado da translocação entre
os braços longos dos cromossomos 9q34 e 22q11, em que gera a proteína híbrida BCR-
ABL, com atividade ampliada de tirosino-quinase. Essa proteína é notada em todos os
pacientes com LMC, e sua hiperatividade provoca liberação de efetores da proliferação
celular e inibidores da apoptose, sendo sua atividade encarregada pela oncogênese inicial
da LMC. Essa leucemia desenvolve-se em três fases: crônica, acelerada e aguda. Na fase
crônica ocorre multiplicação clonal maciça das células granulocíticas, mantendo estas a
capacidade de diferenciação. Em seguida, num período em que pode sofrer variações, o
clone leucêmico perde a capacidade de se diferenciar e a doença apresenta um controle
difícil com pior prognóstico e sucede para uma leucemia aguda (BORTOLHEIRO;
CHIATTONE, 2008).

3.3 DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DAS LEUCEMIAS


Para um bom diagnóstico deve-se observar bem a clínica do paciente e avaliar as
hipóteses diagnósticas. O paciente pode apresentar febre, esplenomegalia, palidez,
hepistaxe, hemorragias conjuntivais, sangramentos gengivais, petéquias e equimoses.
Após a suspeita clínica de leucemia é preciso fazer a solicitação do hemograma completo,
estudo da coagulação (TAP, PTT e fibrinogênio), análises bioquímicas (função renal,
hepática e eletrólitos), cultura de sangue na presença de febre, cultura de urina ou outros
líquidos biológicos se houver hipótese de outras infecções associadas, exame de imagem
de tórax se o paciente queixar de sintomas respiratórios e exame de imagem de abdome
em caso de queixa gastrointestinal (INCA, 2018; DUTRA et al., 2020).
Em exame laboratorial, das leucemias mieloides agudas, deve ser observado
plaquetas e hemoglobinas baixas, células brancas podem variar de < 1.000/μl a
200.000/μl, contagem diferencial de células brancas anormais com neutropenia e
presença de blastos, anemias normocrômica e normocítica; trombocitopenia pode ser

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80677
ISSN: 2525-8761

severa. Para auxiliar no diagnóstico pode ser feito coloração citoquímicas e citometria de
fluxo de modo a classificar e diagnosticar os possíveis subtipos de leucemia. A análise
genética molecular tem como finalidade tanto diagnóstico quanto classificação e
monitorização, principalmente das leucemias agudas (SILVA, 2015).
Existe um tipo de estadiamento muito utilizado para as leucemias linfoides
crônicas chamado de estadiamento Rai e de Binet. O sistema Rai está apoiado na alta
quantidade de linfócitos no sangue e na medula óssea. Divido em 5 estágios: Rai 0,
considerado como baixo risco, pois os linfonodos, fígado ou baço não estão aumentados e
hemograma normal; Rai I tem risco intermediário, o paciente apresenta linfocitose, além
de linfonodomegalia; Rai II também de risco intermediário, porém o paciente apresenta
esplenomegalia e hepatomegalia; Rai III de alto grau, apresenta linfocitose com anemia,
com ou sem aumento dos linfonodos, baço ou fígado; Rai IV apresenta-se de alto risco, o
paciente apresenta linfocitose, trombocitopenia, linfonodomegalia, esplenomegalia ou
hepatomegalia e pode apresentar anemia (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018).
O sistema de Binet é mais utilizado em países da Europa. Nesta estratificação a
LLC é classificada pelo número de grupos de tecidos linfoides afetados (linfonodos
cervicais, inguinais, axilares, baço e fígado) e também pela presença de anemia ou
trombocitopenia. Entre os estadiamentos podemos classificar estágio Binet A: menos de
três áreas de tecidos linfoides aumentados, sem anemia ou trombocitopenia; estágio Binet
B: três ou mais áreas de tecido linfoide aumentados, sem anemia ou trombocitopenia,
estágio Binet C: anemia e/ou trombocitopenia presentes (ABRALE, 2021).
Para um diagnóstico preciso deve-se utiliza a hematoscopia a fim de identificar a
presença de blastos no sangue mais periférico; a imunofenotipagem de sangue periférico
para se confirmar a porcentagem de blastos e respectivos fenótipos, permitindo
caracterizar o subtipo, segundo a existência de marcadores linfoides ou mieloides; o
mielograma com a finalidade de confirmar a quantidade de blastos na medula óssea, além
de permitir a análise de características displásicas nas diferentes esferas hematopoiéticas;
a citogenética da medula óssea, exame essencial para determinar prognóstico e realização
de uma escolha terapêutica adequada, visto que esse exame realiza uma avaliação de
cariótipo das células permitindo a busca da presença de mudanças nos cromossomos
estruturais ou numéricas; o FISH (fluorescence in situ hybridization) que pode indicar
alterações citogenéticas e permitir que seja alterado o tratamento inicial e o PCR
(polimerase chain reaction) utilizado para complementação dos estudos orientando
prognóstico e tratamento, além de auxiliar na estratificação de risco (INCA, 2018).

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80678
ISSN: 2525-8761

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leucemia é definida como um tipo de câncer maligno de origem da medula
óssea, ou seja, glóbulos brancos. Existem diversos tipos de leucemias, mas as principais
são mieloides e linfoides. A leucemia mieloide e linfoide se divide em dois tipos, aguda
e crônica. Nas leucemias crônicas, as células atingem o estado maturo, mas devido a erros
genéticos se tornam malignas e as agudas provém das células sanguíneas que não
conseguem completar seu processo de maturação, levando ao rápido crescimento das
células embrionárias.
A leucemia mieloide aguda é o tipo mais comum e mais agressivo atingindo a
idade média de 60 anos e com proliferação abundante e diferenciação incomum das
células precursoras da medula óssea (células-tronco mieloide que dão origem as células
hemácias, plaquetas, monócitos e granulocíticas). Já a leucemia mieloide crônica acomete
com maior incidência pessoas com 40 anos, que pode ser dividida em fase crônica,
acelerada e blástica. A fase crônica cursa de forma benigna, a acelerada dura anos com
aumento blastos tanto na medula óssea como sangue periférico e na blástica ocorre
crescimento de blastos linfoides e mieloides, sendo a fase mais agressiva.
A leucemia linfocítica aguda acomete crianças de 2 a 5 anos, chegando a 80% dos
casos, apresentando como principal característica alta proliferação celular com índice
menor de diferenciação. Na leucemia linfocítica crônica atinge a população maior de 50
anos, com característica de aumento crescente de linfócitos funcionalmente ineptos de
origem B.
Com os altos registros de casos de leucemia tanto em crianças e adolescentes
(cerca de 30% dos casos de câncer), quanto em adultos (cerca de 10.810 mortes em 2020,
chegando cerca de 7.200, mortes anuais), os diferentes prognósticos e sintomatologia, se
faz necessária a observação de manifestações clínicas mais persistentes, sem explicação
óbvia e com difícil recuperação para indicação de uma possível neoplasia.
Por fim, os exames com suspeita de leucemia podem ser realizados o hemograma
e o mielograma. Quando o diagnóstico é firmado, o paciente passa por uma série de
tratamentos para imunossupressão da medula óssea, como radioterapia e quimioterapia,
para futuramente realizar o transplante.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80679
ISSN: 2525-8761

REFERÊNCIAS

ABRALE (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA). Tudo Sobre


Linfoma e Leucemia. Manual Abrale, 2019.

ABRALE (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA). Tudo Sobre


Leucemia Linfoide Crônica. Manual Abrale, 2020.

ABRALE (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA). Transplante


de medula óssea. Manual - O que você precisa saber sobre o TMO, 2021.

ALMEIDA, V. L. et al. Câncer e agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-


celular não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Química nova, v.
28, n. 1, p. 118-129, 2005.

AMERICAN CANCER SOCIETY. How Is Chronic Lymphocytic Leukemia Staged?.


EARLY DETECTION, DIAGNOSIS, AND STAGING. Cancer, 2018.

BARROS, J. C. Leucemia linfocítica crônica & visão geral. Revista Brasileira de


Hematologia e Hemoterapia, v. 31, n. 4, pp. 215, 2009.

BORTOLHEIRO, T. C. (2007). Avaliação de fatores prognósticos e das respostas


hematológica, citogenética e molecular em pacientes com leucemia mieloide crônica
tratados com mesilato de imatinibe. Tese de mestrado, Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo, 1-7, 2007.

BORTOLHEIRO, T. C.; CHIATTONE, C. S. Leucemia Mieloide Crônica: história


natural e classificação. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 30, suppl
1, pp. 3-7, 2008.

CAVALCANTE, M. S.; SANTANA, ROSA, I. S.; TORRES, F. Leucemia linfoide


aguda e seus principais conceitos. Revista Científica Da Faculdade De Educação E
Meio Ambiente, v. 8, n. 2, pp. 151-164, 2017.

CHAVES, R. V. Avaliação dos marcadores celulares por citometria de fluxo nos


portadores de leucemia mieloide aguda atendidos no hemocentro do Rio Grande do
Norte- HEMONORTE. UFRN, 2010.

CHAUFFAILLE, M. de L. L. F. Citogenética e biologia molecular em leucemia


linfocítica crônica. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 27, n. 4, p.
247-252, 2005.

DUTRA, R. A. et al. A importância do hemograma no diagnóstico precoce da leucemia.


Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 7, 2020.

EDGAR, K.; MORGAN, A. Does infections cause or prevent childhood leukemia? A


review of the scientific evidence. London: Children with leukemia, 2016;1-43.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80680
ISSN: 2525-8761

GARNICA, M.; NUCCI, M. Epidemiologia, tratamento e profilaxia das infecções na


leucemia linfoide crônica. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 27, n.
4, pp. 290-300, 2005.
GONÇALVES, R.P. et al. Avaliação do perfil hematológico de pacientes com leucemia
linfocítica crônica (LLC-B) em um hemocentro estadual. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.
v. 31 n. 4, p. 228-234, 2009.

HAMERSCHLAK, N. Leucemia: fatores prognósticos e genética. Jornal de Pediatra,


v. 84, n. 4, supl. p. S52-S57, ago. 2008.

HAMERSCHLAK, N. et al. Estudo retrospectivo do tratamento de leucemia mieloide


aguda com o transplante de medula óssea: a experiência brasileira. Revista Brasileira de
Hematologia e Hemoterapia, v. 28, n. 1, pp. 11-18, 2006.

INCA (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER). Câncer infanto-juvenil. Ministério da


Saúde, 2020. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-
infantojuvenil>. Acesso em: 04 de nov. 2020.

INCA (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER). Leucemia - versão para Profissionais


de Saúde. Tipos de Leucemia. Ministério da Saúde, 2018. Disponível:
<https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia/profissional-de-saude>. Acesso em:
4 de nov. 2020.

KINDT, T. et al. Imunologia de kuby. 6ª ed. Nova Iorque: Artmed, 2008.

KLIEGMAN, R; STANTON, B. Nelson tratado de pediatria. 19ª ed. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2013.

LEITE, C. A. V. G. et al. Receptores tirosina-quinase: implicações terapêuticas no câncer.


Revista Brasileira de Oncologia Clínica, v. 8, n. 29, 2012.

LIMA, M. C. de et al. Acute Myeloid Leukemia: analysis of epidemiological profile and


survival rate. Acute Myeloid Leukemia: analysis of epidemiological profile and survival
rate. Jornal de Pediatria, v. 92, n. 3, pp. 283-289, 2016.

MIR, M. A. Chronic Lymphocytic Leukemia: Practice Essentials, Pathophysiology,


Etiology. Medscape Internal Medicine. Atualizado: 07 de setembro de 2016. Disponível
em: http://emedicine.medscape.com/article/199313-overview. Acessado 26 de setembro
de 2016.

MOREIRA, A. et al. Diagnósticos de leucemias linfoides agudas: Uma revisão. Revista


saúde em foco. 10ª ed., 2018.

PUI, C. H.; ROBSON, L. L; LOOK, A. T. Acute lymphoblastic leukaemia. Lancet,


v.371, pp. 1030- 43, 2008.

ROCHA, B. C. LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA: RELATO DE UM CASO E


REVISÃO DE LITERATURA. 2012. 18f. Trabalho de conclusão de curso apresentado
à Comissão de Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal, para obter
o título de Residência Médica. São Paulo, 2012.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021


Brazilian Journal of Development 80681
ISSN: 2525-8761

SANTOS, M. M. F. et al. LEUCEMIA MIELOIDE, AGUDA E CRÔNICA: diagnósticos


e possíveis tratamentos. Revista Saúde em Foco, 11ª ed., 2019.

SCHAFFEL, R.; SIMÕES, B. P. Leucemia Linfoblástica Aguda Filadélfia positiva.


Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2008, v. 30, suppl 1, pp. 52-58.

SCHMIEGELOW, K. et al. Etiology of common childhood acute lymphoblastic


leukemia: the adrenal hypothesis. Leukemia 2008; 22(12):2137-2141.

SILVA, F. A. Avaliação epidemiológica das leucemias linfoblásticas em crianças


brasileiras e implicação de infecções na sua patogênese. 2009. 116f. Tese apresentada
como requisito parcial para obtenção do título de Doutor ao Programa de Pós-Graduação
stricto sensu em Oncologia do Instituto Nacional de Câncer. Ministério da Saúde, Brasil,
2009.

SILVA, V. F. da. REVISÃO DAS ABORDAGENS DE TRATAMENTO DA


LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA COM CÉLULAS - TRONCO
HEMATOPOIÉTICAS. 2015. 35f. Tese de dissertação (Monografia para graduação em
Biomedicina). Faculdade São Lucas, Porto Velho, 2015.

STONOGA, L. C; STROPARO, E. LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA – GENÉTICA


MOLECULAR E MUTAÇÕES - REVISÃO. Biociências, Biotecnologia e Saúde, v. 12,
n. 24, 2020.

VELLOSO, E. D. R. P. et al. Molecular and cytogenetic abnormalities in acute myeloid


leukemia: review and case studies. Einstein, São Paulo, v. 9, n. 2, pp. 184-189, 2011.

VOLTARELLI, J. C.; PASQUINI, R.; ORTEGA, E. T. T. Transplante de células-tronco


hematopoéticas. São Paulo: Atheneu; 2009.

YAMAMOTO, M.; FIGUEIREDO, V. L. P. Epidemiologia da leucemia linfocítica


crônica e leucemia linfocítica crônica familiar. Revista brasileira de hematologia e
hemoterapia, v. 27, n. 4, p. 229-232, 2005.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.8, p. 80666-80681 aug. 2021

Você também pode gostar