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UNIVERSIDADE REGIONAL BRASILEIRA

FACULDADE REGIONAL DA BAHIA


BIOMEDICINA

ABRAHAM NUNES CEZAR SCHNEERSOHN

EPÍTOME: LEUCEMIAS LINFOIDES

Salvador
2020
ABRAHAM NUNES CEZAR SCHNEERSOHN

EPÍTOME: LEUCEMIAS LINFOIDES

Artigo de revisão de literatura apresentado a


disciplina Hematologia Clínica e Hemoterapia
II como parte dos requisitos necessários à
obtenção parcial de nota e concernir o estudo
em referência a neoplasia de origem linfoide.

Docente: Prof(a) Èrica Novaes Soares

Salvador
2020
“Você inspira pessoas que fingem não te ver, acredite.”
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
1.1 No Brasil...............................................................................................................6
2 FISIOPATOLOGIA ...................................................................................................7
2.1 Fisiopatologia da leucemia linfoide aguda .......................................................7
2.2 Fisiopatologia da leucemia linfoide crônica .....................................................7
3 QUADRO CLÍNICO ..................................................................................................8
3.1 Manifestações clínicas na LLA ..........................................................................8
3.2 Manifestações clínicas na LLC ..........................................................................8
4 DIAGNÓSTICO ........................................................................................................8
4.1 Diagnóstico da LLA .............................................................................................8
4.2 Diagnóstico da LLC .............................................................................................9
5 TRATAMENTO ......................................................................................................10
5.1 Tratamento da LLA ............................................................................................10
5.2 Tratamento da LLC ............................................................................................11
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................11
REFERÊNCIAS .........................................................................................................11
4

EPÍTOME: LEUCEMIAS LINFOIDES

Abraham Nunes Cezar Schneersohn1

RESUMO

A leucemia linfoide é uma neoplasia maligna que se caracteriza pelo aumento


descontrolado na hematopoese das células de origem linfoide. Subdividida em
leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC), essa doença
manifesta-se por meio da produção exacerbada de linfoblastos e sua consequente
liberação no sangue (LLA) ou aumento de células linfoides maduras e anormais na
circulação (LLC). Neste artigo, serão abordadas as características clínicas e
laboratoriais, dados epidemiológicos e fatores prognósticos dessas neoplasias
hematológicas, objetivando o conhecimento primordial ao diagnóstico em termos de
suspeição e confirmação das leucemias linfoides.

Palavras-chave: Leucemia. Linfoide. Neoplasias. Hematologia.

ABSTRACT

The Lymphoid leukemia is a malignant neoplasm that is characterized by an


uncontrolled increase in hematopoiesis of cells of lymphoid origin. Subdivided into
acute lymphocytic leukemia (ALL) and chronic lymphocytic leukemia (LLC), this
disease manifests itself through the exacerbated production of lymphoblasts and their
consequent release into the blood (ALL) or increase in mature and abnormal lymphoid
cells in the circulation (LLC). In this article, the clinical and laboratory characteristics,
epidemiological data and prognostic factors of these hematological neoplasms will be
addressed, aiming at the knowledge essential to diagnosis in terms of suspicion and
confirmation of lymphoid leukemias.

Keywords: Leukemia. Lymphoid. Neoplasms. Hematology.

1 INTRODUÇÃO

Com etimologia derivada do grego Leukos (branco) e Haima (sangue), essa


neoplasia é caracterizada por um acúmulo progressivo de leucócitos e distúrbio
monoclonal que se desenvolve na medula óssea, parte primordial por produzir as
células do sangue. A doença surge quando as células responsáveis por controlar

1
Neurocientista, pesquisador. Graduando em Biomedicina pela UNIRB.
5

infecções, que são os leucócitos, passam a se reproduzir de forma descontrolada e


produzindo mais blastos, de modo genérico, tem como principal característica o
acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas
normais. Ressalta-se que existem mais de 12 tipos de leucemia, subdivididas em
quatro primários, que se define como leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia
mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica
(LLC).
Em se tratando especificamente das leucemias de origem linfocítica (LLA e
LLC), sabe-se que a primeira se caracteriza pelo aumento desenfreado da produção
de linfoblastos na medula óssea, o que prejudica a hematopoese das demais
linhagens celulares por acúmulo e ocupação espacial nos sítios medulares de
produção das células sanguíneas. Já a segunda, difere-se pela liberação de células
linfoides maduras, porém patológicas, na circulação.2
Os fatores etiológicos envolvidos ainda não são consistentes, mas sabe-se que
a exposição a drogas antineoplásicas, fatores genéticos e imunológicos, exposição a
alguns vírus e irradiação, podem estar relacionados ao surgimento da (LLA), que
apresenta maior incidência de em crianças de origem caucasianas. No que diz tocante
a LLC, não existem evidências associativas a fatores externos como etiologia, embora
também haja associação entre a etnia caucasiana e a prevalência desse tipo de
neoplasia.3
As manifestações clínicas mais frequentes na LLA são astenia, adinamia, perda
ponderal, artralgias e ulcerações orais. Como se trata de um quadro agudo, é comum
que o surgimento dos sinais e sintomas se deem de maneira mais abrupta e o
comprometimento constitucional seja mais evidente logo no início da doença. Já nos
quadros de LLC, os sintomas tendem a ser insidiosos e pouco acentuados, podendo
se manifestar por meio de astenia, queda no estado geral, infecções de repetição e
adenomegalias, não sendo comum a perda ponderal significativa, sudorese e febre.
Ademais, boa parte dos casos cursam de modo assintomático.4
Pesquisas relataram que o histórico familiar da doença hematológica na família

2
COATES, V.; BEZNOS, G. W.; FRANÇOSO, L. A. Medicina do adolescente. 2ª. São Paulo, Sarvier,
2003.
3
BRINCKER, Hans. Population‐based age‐and sex‐specific incidence rates in the 4 main types of
leukaemia. Scandinavian journal of haematology, v. 29, n. 3, p. 241-249, 1982.
4
BARBOSA, Cássia Maria Passarelli Lupoli et al. Musculoskeletal manifestations as the onset of
acute leukemias in childhood. Jornal de pediatria, v. 78, n. 6, p. 481-484, 2002.
6

é o maior fator de risco para leucemia linfocítica crônica (CLL). O risco de LLC em
pessoas com parentes de primeiro grau com LLC é 8,5 vezes maior do que em
pacientes sem história familiar. Indivíduos em famílias de origem oriental, por
exemplo, têm uma baixa incidência de CLL, independentemente do país de origem
também podem desempenhar um papel no risco de LLC. Outro relato bastante
alentado nas pesquisas realizada por cientistas nos EUA, presume que altas taxas de
CLL foram identificadas em pessoas que vivem ou trabalham em fazendas, além da
associação de hepatite C, incluindo LLC, e distúrbios linfoproliferativos. 5
A suspeita diagnóstica se dá por meio da associação clínica com a análise
inicial do hemograma e o fechamento diagnóstico deve ser feito pelo mielograma e
imunofenotipagem, que diferenciará os subtipos de LLA em linhagem T ou B de
acordo com os traços imunofenotípicos dos linfoblastos. Já nos casos de LLC, a
suspeição inicia-se pelos sintomas constitucionais inespecíficos associados a uma
leucocitose importante ao hemograma. 6 A confirmação diagnóstica pode ser feita por
meio da imunofenotipagem e estudos citomorfológicos, sendo o mielograma não
indicado rotineiramente, embora tenha importância prognóstica e avaliação da
eficácia terapêutica estabelecida. 7

1.1 No Brasil

Em 2019 o Instituto Nacional de Câncer (INCA) declarou que haveria em torno


de 10.800 casos novos de leucemia no Brasil. Como a LLA representa cerca de 12%
das leucemias no adulto, pode-se estimar 13.000 casos novos de LLA por ano no
país. Com base nos estudos do INCA, estima-se que neste ano, para cada ano do
triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 5.920 casos novos de leucemia em
homens e 4.890 em mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado de
5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil
mulheres.
Pôde-se notar que cerca de 40% dos casos de leucemia linfoide aguda

5
MONTSERRAT, E. Leucemia linfática crónica: clínica, pronóstico y terapia. Enciclopedia
iberoamericana de Hematología, 1992.
6
HERNÁNDEZ RAMÍREZ, Porfirio. Leucemia linfoide crónica: Aspectos clínicos y biológicos. Revista
Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, v. 15, n. 1, p. 7-20, 1999.
7
FARIAS, Mariela Granero; CASTRO, Simone Martins de. Diagnóstico laboratorial das leucemias
linfóides agudas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 40, n. 2, p. 91-98,
2004.
7

acontecem em adultos, apesar que em crianças de até 5 anos o risco de desenvolver


leucemia linfoide aguda é maior, após essa idade, o risco declina lentamente até a
faixa etária dos 20 anos, começando a aumentar lentamente após os 50 anos. Com
base nas estáticas o risco de uma pessoa desenvolver LLA é inferior a 0,1%. Esse
risco é ligeiramente maior em homens do que em mulheres e maior em pessoas
caucasoide do que negras.
Em predomínio a maioria dos casos de LLA ocorre em crianças, mas a maioria
das mortes pela doença ocorre em adultos. Isso acontece devido às diferenças da
própria doença nas distintas faixas de idade, assim como do tipo de tratamento, uma
vez que o organismo das crianças acaba lidando melhor do que o dos adultos quanto
a um tratamento mais doloroso, até mesmo devido a alguma combinação terapêutica
durante o tratamento.

2 FISIOPATOLOGIA

2.1 Fisiopatologia da leucemia linfoide aguda

Com a produção acelerada e descontrolada de linfoblastos pela medula óssea,


ocorre a ocupação dos sítios mieloproliferativos e sua consequente saturação, o que
impede a formação das demais células sanguíneas, de origem mielocitica e
megacariocitica. Com isso, ocorre uma diminuição sérica de hemácias, plaquetas e
leucócitos de origem mielocítica, além do aumento significativo de linfoblastos na
circulação, sendo estes incapazes de exercer suas funções. Como resultado, podem
ocorrer manifestações variadas, como infitracao blástica em tecidos moles, anemia
normocitica e normocrômica, plaquetopenia e hemorragias.

2.2 Fisiopatologia da leucemia linfoide crônica

Devido ao aumento na quantidade sérica de linfócitos maduros com


características imunológicas e moleculares alteradas, pode ocorrer o
comprometimento da medula óssea, tecidos moles, tecidos linfoides e do baço. Esse
cenário configura um curso insidioso e progressivo da doença, com evolução lenta e
manifestações clínicas inespecíficas.
8

3 QUADRO CLÍNICO

3.1 Manifestações clínicas na LLA

O quadro clínico tende a ser acentuado e agudo na LLA. Devido às condições


hiperbáricas intramedulares, é comum as manifestações álgicas nos ossos. Sintomas
como febre, perda ponderal significativa, astenia, adinamia, infecções oportunistas,
anemia e linfadenomegalia, embora sejam inespecíficas, costumam estar presentes.
Por ocasião da linfoblastocitose, podem surgir acometimentos orais importantes,
como edema gengival, ulcerações orais, hipertrofia rápida de tonsilas e quadros
álgicos diversos, associados ou não a hemorragias.8

3.2 Manifestações clínicas na LLC

Embora o quadro clínico na LLC tende a ser mais insidioso, é importante atentar
para o fato de que esta doença acomete principalmente pessoas com mais de 50 anos
e a evolução arrastada dos parâmetros sintomatológicos podem tardar no diagnóstico
precoce. A leucocitose pelo aumento de linfócitos podem simular quadros infecciosos
e resultar em tratamentos ineficazes, culminando no diagnostico tardio e consequente
desfecho desfavorais em termos prognósticos. Os linfócitos alterados podem infiltrar
em grande quantidade no baço, resultando em esplenomegalia palpável ao exame
físico, além de possível hempatomegalia e massas tumorais detectáveis a palpação. 9

4 DIAGNÓSTICO

4.1 Diagnóstico da LLA

O diagnóstico da LLA pode ser feito por meio da associação clínica aos
parâmetros laboratoriais. Exames imunofenotípicos, morfológicos, moleculares e
citogenéticos são complementares. A suspeita diagnóstica se dá através das

8
CAVALCANTE, Matheus Santos; ROSA, Isabelly Sabrina Santana; TORRES, Fernanda. Leucemia
linfoide aguda e seus principais conceitos. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio
Ambiente, v. 8, n. 2, p. 151-164, 2017.
9
HERNÁNDEZ RAMÍREZ, Porfirio. Leucemia linfoide crónica: Aspectos clínicos y biológicos. Revista
Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, v. 15, n. 1, p. 7-20, 1999.
9

manifestações clínicas associadas a alterações no hemograma, pode evidenciar


anemias normocítica, normocrômica, além de trombocitopenia. A elevação dos
índices leucometricos pode atingir níveis acima de 100.000/mm³, embora 25% dos
casos se apresentam com valores inferiores a 4.000/mm³. Já no mielograma, pode
ser detectado um aumento significativo no número de blastos, sendo que em uma
análise cujos percentuais linfoblasticos sejam superiores a 25% do total de células, é
confirmado o diagnóstico de LLA.10
Os exames de imunofenotipagem, possibilita a distinção em subtipos
imunológicos, que se dividem em linhagem celular B ou T e é eficaz na determinação
do reconhecimento, especificação, estadiamento e classificação prognóstica. Já as
análises citogenéticas e moleculares concedem uma elucidação mais fundamental no
reconhecimento dessas neoplasias, por meio da detecção de alterações genéticas e
cromossômicas na linhagem celular estudada. 11

4.2 Diagnóstico da LLC

Por muitos anos a leucemia linfocítica crônica (LLC) foi tradicionalmente


considerada como doença do mundo ocidental, mas recentemente esse parâmetro
tem sido de grande questionamento na ciência. Os avanços em nossa compreensão
dos vários mecanismos patogenéticos na progressão e patobiologia da leucemia
ajudaram no desenvolvimento de diretrizes que incorporam marcadores prognósticos
mais novos, confiáveis e clinicamente relevantes na LLC. Tais avanços esses
desenvolvidos em laboratório, incluem novos marcadores prognósticos, estratificação
de risco da doença e novos agentes terapêuticos na LLC. Esses avanços na LLC
percorreram um longo caminho nas últimas três décadas, desde o desenvolvimento
dos sistemas de estadiamento clínico Rai e Binet.
Já diante da enunciação dos avanços dentre a patobiologia, desde a definição
do IGHV até as vias de sinalização do receptor de células B (BCR) e o microambiente
CLL, fizeram uma grande diferença em nossa compreensão dessa doença. O status
mutacional dos genes da cadeia pesada de imunoglobulina (IGHV), CD38 e Zap-70,

10
ALMEIDA, Tereza Joelma Barbosa. Avanços e perspectivas para o diagnóstico da Leucemia
Linfóide Aguda. Candombá [Internet], p. 40-55, 2009.
11
QUIXABEIRA, Valéria Bernadete Leite; SADDI, Vera Aparecida. A importância da
imunofenotipagem e da citogenética no diagnóstico das leucemias: uma revisão da literatura. RBAC,
v. 40, n. 3, p. 199-202, 2008.
10

aberrações cromossômicas e mutações mais recentes são os marcadores de


prognóstico clinicamente mais relevantes.
Sabe-se que os linfócitos CLL não entram facilmente em metáfase, portanto,
as técnicas convencionais de bandagem baseadas em estudos citogenéticos não
eram úteis. No entanto, a técnica de hibridização in situ fluorescente (FISH) forneceu
dados importantes sobre anormalidades cromossômicas em CLL. Defeitos como
del13q14, del11q22-23 (gene ATM), del17p13, vias TP53, Trissomia 12 são
observados em mais de 80% dos casos.

5 TRATAMENTO

5.1 Tratamento da LLA

A instituição terapêutica na LLA é aplicada mediante confirmação diagnóstica,


que se dá através do mielograma, da imunofenotipagem, da citogenética e da
citoquímica. Deve ser considerados múltiplos fatores como a idade do paciente,
quadro clinico e o grau de comprometimento da doença. No que diz respeito a
cronologia do tratamento, primeiro deve ser feita a indução de remissão, que consiste
em restaurar a produção normal de células saudáveis e deve ser associado ao
tratamento preventivo, com o objetivo de prevenir a doença no sistema nervoso central
por meio da aplicação quimeoterápica intratecal.12 Após, e realizado o processo de
consolidação e intensificação tardia, que objetivam evitar a recidiva pós remissão.
Então é instituída a fase de manutenção terapêutica, que consiste em administração
de baixas concentrações de drogas, como 6-Mercaptopurina e metotrexato, que
atuam no prolongamento do tempo de indução, podendo durar até dois anos, e
objetiva a prevenção da remissão da doença. Com o diagnóstico precoce e terapia
bem aplicada, as chances de cura gira em torno de 90%, o que faz da LLA uma
13
afecção maligna de caráter agressivo, porém com curabilidade elevada.

12
SOUZA, Marcelo Dos Santos. Estudo epidemiológico dos casos de leucemia linfoide aguda nas
crianças e adolescentes tratados no centro de tratamento onco-hematológico infantil-CETOHI, do
hospital regional de Mato Grosso do Sul. 2013.
13
CAZÉ, Marcelino Oliveira; BUENO, Denise; SANTOS, Maria Elisa Ferreira dos. Estudo referencial
de um protocolo quimioterápico para leucemia linfocítica aguda infantil. Revista HCPA. Porto Alegre.
Vol. 30, n. 1 (2010), p. 5-12, 2010.
11

5.2 Tratamento da LLC

A quimioimunoterapia (CIT) se tornou o tratamento de escolha para pacientes


com CLL jovens e em boa forma. Vários inibidores das vias de sinalização BCR e
drogas imunomoduladoras mostraram eficácia em ensaios clínicos. O avanço mais
recente é o uso da terapia de receptor de antígeno quimérico (CAR) baseada em
linfócitos T autólogos. No entanto, a LLC continua sendo uma doença incurável hoje.

6 CONCLUSÃO

É notório que as doenças neoplásicas constituem um desafio diagnóstico e


terapêutico em toda comunidade científica mundial. Desse modo, as leucemias
linfoides compõem um quadro de pesquisas incansáveis que objetivam detecção,
classificação e terapia precoces e eficazes. Como a LLA manifesta-se por meio de
quadros abruptos e agressivos e acomete costumeiramente a infância, sua alta taxa
de letalidade em ocasiões de não tratamento adequado, configura um cenário de
alerta mediante quaisquer suspeições. A curabilidade de 90% quando conduzida
corretamente, corrobora o supracitado. Quanto a LLC, apesar da incurabilidade e
acometimento mais frequente na sexta década de vida, é primordial seu estudo
pormenorizado com o intuito de detecção precoce e instituição terapêutica eficaz
objetivada na melhoria da qualidade de vida dos acometidos, bem como na
manutenção de estudos para que seja possível a elaboração de tratamentos com
desfechos curativos.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Tereza Joelma Barbosa. Avanços e perspectivas para o diagnóstico da


Leucemia Linfóide Aguda. Candombá [Internet], p. 40-55, 2009.

BARBOSA, Cássia Maria Passarelli Lupoli et al. Musculoskeletal manifestations as


the onset of acute leukemias in childhood. Jornal de pediatria, v. 78, n. 6, p. 481-
484, 2002.

BRINCKER, Hans. Population‐based age‐and sex‐specific incidence rates in the 4


main types of leukaemia. Scandinavian journal of haematology, v. 29, n. 3, p. 241-
249, 1982.
12

CAVALCANTE, Matheus Santos; ROSA, Isabelly Sabrina Santana; TORRES,


Fernanda. Leucemia linfoide aguda e seus principais conceitos. Revista Científica
da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 8, n. 2, p. 151-164, 2017.

CAZÉ, Marcelino Oliveira; BUENO, Denise; SANTOS, Maria Elisa Ferreira dos.
Estudo referencial de um protocolo quimioterápico para leucemia linfocítica aguda
infantil. Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 30, n. 1 (2010), p. 5-12, 2010.

COATES, V.; BEZNOS, G. W.; FRANÇOSO, L. A. Medicina do adolescente.


2ª. São Paulo, Sarvier, 2003.

FARIAS, Mariela Granero; CASTRO, Simone Martins de. Diagnóstico laboratorial


das leucemias linfóides agudas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina
Laboratorial, v. 40, n. 2, p. 91-98, 2004.

HERNÁNDEZ RAMÍREZ, Porfirio. Leucemia linfoide crónica: Aspectos clínicos y


biológicos. Revista Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, v. 15,
n. 1, p. 7-20, 1999.

HERNÁNDEZ RAMÍREZ, Porfirio. Leucemia linfoide crónica: Aspectos clínicos y


biológicos. Revista Cubana de Hematología, Inmunología y Hemoterapia, v. 15,
n. 1, p. 7-20, 1999.

MONTSERRAT, E. Leucemia linfática crónica: clínica, pronóstico y


terapia. Enciclopedia iberoamericana de Hematología, 1992.

QUIXABEIRA, Valéria Bernadete Leite; SADDI, Vera Aparecida. A importância da


imunofenotipagem e da citogenética no diagnóstico das leucemias: uma revisão da
literatura. RBAC, v. 40, n. 3, p. 199-202, 2008.

SOUZA, Marcelo Dos Santos. Estudo epidemiológico dos casos de leucemia


linfoide aguda nas crianças e adolescentes tratados no centro de tratamento
onco-hematológico infantil-CETOHI, do hospital regional de Mato Grosso do
Sul. 2013.

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