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Introdução.....................................................................................................................................2
Síntese das unidades 13 até 24...................................................................................................3
A Explosão Cultural no Período Contemporâneo: Novo Realismo..............................................3
O Novo Realismo (conceito).........................................................................................................3
Contextualização..........................................................................................................................3
Os seus representantes e suas principais obras.........................................................................3
2. O Colonialismo e a Estruturação Social em África...................................................................3
Causas da fixação dos Europeus em África................................................................................3
Conferência de Berlim..................................................................................................................4
A Partilha de África.......................................................................................................................4
Causas dos Conflitos Europeus em África...................................................................................4
As Grandes Potências Intervenientes no Processo da Partilha de África....................................5
As Teorias da Partilha..................................................................................................................5
O Modelo Centro - Periferia..........................................................................................................5
O Modelo Centro – Periferia (Conceitos).....................................................................................5
Características Da periferia:.........................................................................................................6
A Periferia (Incorporação Resistência, Adaptação).....................................................................6
Incorporação e Adaptação...........................................................................................................7
O Indigenato e o seu papel na demarcação dos espaços sociais: a especificidade sul africana 7
A Especificidade Sul Africana.......................................................................................................7
Caso do Apartheid........................................................................................................................7
O INDIGENATO E O SEU PAPEL NA DEMARCAÇÃO DOS ESPAÇOS SOCIAIS: A
ESPECIFICIDADE MOÇAMBICANA...........................................................................................8
A Especificidade Moçambicana....................................................................................................8
Factores do desenvolvimento da Cidade de Maputo...................................................................8
Caso Indiginato / Civilizado na Cidade de Maputo.......................................................................8
Reformas sociais em Moçambique e seu significado..................................................................8
Educação colonial em Moçambique.............................................................................................9
Processo de Assimilação.............................................................................................................9
Ensino técnico profissional.........................................................................................................10
O papel da igreja no ensino........................................................................................................10
A Educação e sua contribuição na mobilidade Social em Moçambique....................................11
Escola de São Benedito (Localização Geográfica da Escola)...................................................11
A Fundação da Escola...............................................................................................................11
Objectivos da Escola..................................................................................................................11
Funcionamento da Escola..........................................................................................................11
Penetração Branca (colonatos)..................................................................................................12
Reflexos Sociais de sua Implementação...................................................................................12
Caso colonato de revué..............................................................................................................12
Localização Geográfica do Colonato de Revué.........................................................................12
Planos de Fomento....................................................................................................................12
A essência dos planos do fomento.............................................................................................13
Características físicas – Geográfico – Populacionais do Colonato de Revué...........................13
Objectivos da Implantação do Colonato de Revué....................................................................13
Impacto Sócio Cultural do Colonato de Revué..........................................................................13
Impactos positivos......................................................................................................................14
Impactos negativos.....................................................................................................................14
Associação dos Naturais como Projecta Social em África. (Caso da África central).................14
Caso da África Central...............................................................................................................14
Contexto Histórico em que Surgem as Associações dos Naturais............................................14
Impacto das associações culturais.............................................................................................15
Associacão dos Naturais como Projecto Social em Africa e em Moçambique..........................15
Caso de Moçambique zona Sul..................................................................................................15
O Lugar da Negritude e Nativismo na Socialização em África...................................................15
A Negritude.................................................................................................................................15
O Surgimento da Ideia de Pertença a Raça Negra....................................................................15
O Renascimento Negro Americano............................................................................................16
Precursores e suas obras...........................................................................................................16
A Negritude na Europa...............................................................................................................16
Causas do Surgimento da Negritude.........................................................................................16
Objectivos da Negritude.............................................................................................................17
Ideologia da negritude................................................................................................................17
Reflexos da Negritude em África................................................................................................17
A Negritude nos países Africanos de expressão Portuguesa....................................................17
Impacto da Negritude em África.................................................................................................18
O nativismo (conceito)................................................................................................................18
Conclusão...................................................................................................................................19
Referências Bibliográficas..........................................................................................................20
Introdução
Síntese das unidades 13 até 24
2. O Colonialismo e a Estruturação Social em África
Causas da fixação dos Europeus em África
Têm sido apresentadas várias explicações no sentido de esclarecer a concorrência desenfreada dos
europeus por colónias que assolou a África no último quartel do século XIX, e que só terminou
praticamente quando todo o continente foi partilhado entre alguns estados europeus.
No entanto, um outro argumento apresentado na época pelos propagandistas coloniais europeus,
não se conjuga com a explicação de que a partilha se deveu a rivalidades europeias. “Ninguém
contesta que a questão do Congo levou directamente à primeira conferência europeia sobre a
partilha de África; a conferência de Berlim 1884/5” (FAGE, 1995:338).
Segundo Fage, idem: 407, a confrontação em Fachoda ( no alto Nilo ) em 1898, e a conquista da
república africânder nos três anos que se seguiram, foram os últimos incidentes da partilha de
África feita pelos europeus.
Conferência de Berlim
Nas duas últimas décadas do século XX, as potências europeias apressaram-se a dividir o mapa de
África entre si. Contudo, a implementação da divisão no terreno não foi rápido nem indolor. A
posse generalizada de armas, os códigos de honra militar e a hostilidade de longa data ao controlo
governamental, levaram a que a resistência popular em África se pautasse por conquistas mais
espectaculares do que na Índia por exemplo.
A Partilha de África
Causas dos Conflitos Europeus em África
A lenta penetração europeia em África no século XIX entrou numa escalada de lutas pela posse de
territórios no final da década de 1870, por várias razões. Uma foi uma iniciativa francesa no
Senegal em1876 por um novo governador, Briere de L’Isle. Faidherbe tinha seguido uma política
expansionista no país vinte anos antes mas a sua partida em 1865 e a derrota da França pela
Prússia em1871 fizera-a abrotar.
Acima de tudo a conferência determinou que as futuras reivindicações europeias quanto ao
território africano deveriam ser mais substanciais que predomínio informal de que a Inglaterra
gozava até então através do seu poder naval e comercial. A divisão subsequente foi ditada pelas
tentativas da Inglaterra para defender as suas pretensões mais valiosas, quer as posições
estratégicas que protegiam as rotas marítimas para a Índia quer áreas de comércio particularmente
extensivas como a Nigéria.
As Teorias da Partilha
Segundo Cossa, a partilha de África pode-se assegurar dentro das suas principais teorias em quatro
grandes domínios a saber: a) económica; b) psicológica (Darwinismo social, cristiaismo
envangelico, atavismo social); c) diplomática (prestigio nacional, equilíbrio de forças, estratégia
global); d) Da dimensão africana.
Características Da periferia:
Bairros de lata, de construção precária
Falta de infra-estrutura (como energia elétrica, água encanada, esgoto, coleta de lixo, etc.);
Casas de alvenaria;
Equipada de centros culturais e de saúde;
Existência de infraestruturas, rede electrica, sistemas de esgoto;
Residentes com rendas médias e altas.
O Centro (Hegemonia, Crescimento e Diferenciação)
Limitados pela inferioridade tecnológica, os africanos foram obrigados a decidir se lutavam ou
negociavam com os invasores que procuravam converter a decisão no papel em poder no terreno.
Tratava-se de uma questão de táctica, porque o objectivo dos africanos era o mesmo nos dois
casos: manter, quanto possível a independência e o poder naquelas circunstâncias.
Ao escolherem a táctica a seguir, os africanos viram-se forçados a considerar a situação no seu
conjunto. Os que já tinham experiência do poder bélico dos europeus poderiam pensar que seria
inútil resistir.
Incorporação e Adaptação
Os primeiros historiadores de África têm opiniões divergentes quanto ao período colonial. Para
uns este período foi apenas um episódio no fluxo contínuo da história africana. Para outros, ele
destruiu uma antiga tradição política que existia desde o tráfico de escravos.
O desacordo existe em parte porque uns pensaram na região ocidental da Nigéria e outros no
Congo Belga, já que o impacto colonial variou de lugar para lugar. As opiniões diferem também
porque a mudança colonial foi contraditória e subtil.
Caso do Apartheid
A primeira vez que se encontra registada a palavra apartheid foi num discurso de Jan Smuts, que
se tornou primeiro-ministro em 1919 (depois de Louis Botha).
Segundo ILIFFE, (1994:361/8), em 1948, o eleitorado maioritariamente branco foi confrontado
com uma opção a seguir. O national party de Malan propôs o apartheid. Uma palavra recente que
designava uma segregação mais rígida e centralizada, confinando cada raça a áreas específicas,
distribuindo africanos por fazendas ou cidades mas prometendo também que cada raça poderia pôr
em prática a sua própria cultura e seguir os seus próprios principios.
Os principais lideres Nacionalisas que lutaram veementimente contra o apartheid foram:
Nelson Mandela, Walter Sisulu, Gavan Mbequi, Oliver Tambo, Duma Nokwe).
Educação
Educação Tradicional
A educação é um processo de transmissão de natureza cultural de geração para geração e
consequentemente a integração dos mais novos na sociedade. Cada sociedade na África negra
estava organizada em clã, tribo reino que apresentava uma educação específica e adequada
produzindo deste modo a herança cultural orientada para as necessidades existentes em cada
sociedade. Portanto, o sistema de educação em Moçambique é informal e baseado no
funcionalismo e correspondia a vida tradicional das diferentes comunidades. (GOLIAS, 1993:17).
Assim, é indiscutível que mesmo antes da penetração dos asiáticos em Moçambique já existia
educação. Em cada sociedade, por mais pequena que fosse podia instruir, treinar para o trabalho e
para a vida da comunidade. Sabe-se que a educação tradicional visava uma tripla integração do
indivíduo: integração pessoal; integração cultural; integração social.
Processo de Assimilação
O governo procurou implantar nas suas colónias o sistema da assimilação, este consistia em
europeizar os povos dominados, quer pela escola, quer através de outros meios de propaganda do
seu meio ideológico.
Foi em pleno período republicano que a assimilação e o indiginato tiveram a sua expressão legal,
sobre tudo, a partir de 1917, que se determinou a divisão da sociedade em três extractos: os não
indígenas, os assimilados e os indígenas. Em situação colonial a assimilação é o processo que leva
o indígena a tornar-se semelhante pelos usos e costumes ao civilizado, como forma de adquirir a
cidadania (ROCHA, 2002:206).
Tipos de Ensino
Desde 1880 o ensino esteve confiado as igrejas portuguesas e não portuguesas (protestantes) e ao
estado colonial monárquico, em que existiam muitas barreiras para o acesso do nativo na educação
devido o legado do racismo e as politicas de exploração que o colonialismo tinha em vista.
A Fundação da Escola
Foi fundada em 22 de Agosto de 1947, pelo Bispo Dom Sebastião Suares de Resende.
Objectivos da Escola
Os seus objectivos eram ensinar a ler e escrever;
Preparar a mão-de-obra;
Incutir no indígena o espírito de servir o colonizador;
Incutir no indígena o espírito patriótico e o amor por ter nascido em terras portuguesas.
Funcionamento da Escola
Nesta escola havia alunos assimilados, indígenas e brancos na mesma sala, pois o Bispo Dom
Sebastião Suares de Resende, procurava transparecer que não havia descriminação racial na sua
missão pois pregava a igualdade de todos perante a Deus. Entretanto, havia diferenças no
tratamento dentro da sala, pois os assimilados e brancos não tinham castigos só os indíginas.
O aluno começava a estudar com 18 anos, e fazia 6 anos, podendo sair com 23 anos e ser usado
como mão-de-obra por exemplo nos CFMs.
Segundo Nivel, compreendia 4 classes (1ª, 2ª, 3ª, e 4ª classes).
Para além das disciplinas curriculares realizavam-se as actividades extra curriculares como
actividades manuais (corte e costura, bordados, culinária, para as meninas) produção agro –
pecuária para ambos sexos.
Os meninos aprendiam a carpintaria, seralharia, mecânica etc.
Os indígenas depois de fazer a 4ª classe recebiam os seus Certifricados e eram empregados.
Os assimilados podiam fazer exame de admissão para o liceu. Que era Pedro Anaia, actual escola
secundária da Manga, ou na actual Escola secundaria Mateus Sansão Mutemba.
Planos de Fomento
A essência dos planos do fomento
Até a IIª Guerra Mundial estava assegurada em Portugal, as condições internas para repressão da
luta de classes, garantindo assim uma forte acumulação de capital. A guerra veio reforçar o
processo de aculação de capital da burguesia portuguesa. A não particição na guerra (posição
ambígua de Portugal face aos blocos em conflito), e o fluxo constante de divisas provenientes
externos das colónias, proporcionaram a Portugal um reforço do seu próprio comércio externo,
uma acumulação de reservas e a duplicação das receitas públicas (HEDGES, 1993:161).
Características físicas – Geográfico – Populacionais do
Colonato de Revué
Com a realização do golpe de Estado e militar em Portugal (1926), apoiado por vastos sectores da
burguesia portuguesa e a posterior subida ao poder de Salazar (1928), foram promulgadas leis que
revelaram a intenção de estreitar relações económicas entre colónias e a metrópole.
Isto se fez através de várias medidas, entre as quais a abolição do sistema de companhia
magistáticas e de arrendamento dos prazos. (HEDGES, 1993: 28/29).
Segundo Newitt (1997), publicaram se vários diplomas dentre os quais “ a lei de reforma
Ultramarina” (1933), que pos termo a quaisquer direitos administrativo ou quase soberano das
companhias concesscionárias e transformou as colónias, numa entidade legal única com a própria
metrópole.
Impactos positivos
O colonizador defendeu no seu interesse, a presença de algumas das estruturas tradicionais,
da divisão étnica e regional do espírito místico e religiosos e das tendências ao
conservadorismo.
As realizações do SHER no campo social são avaliadas pelas infra-estruturais mais
disponíveis, designadamente um bairro habitacional apetrechado com mais moderno
equipamento de diversão e de lazer. A barragem de chicamba real, posteriormente
beneficiou os nativos assimilados (negros).
Impactos negativos
Tentativas de criação, através da instalação de colonatos, de barreiras para o
desenvolvimento de movimentos nacionalistas moçambicanos emergentes.
Impediu, por outro lado o desenvolvimento de muitas manifestações culturais e o
desabrochar de outras. Serra (2000: 463, 471)
A Negritude na Europa
Os Africanos em Paris: paris era o lugar mais propício da Europa para acolher o nascimento de um
movimento como a negritude. O ambiente era favorável do ponto de vista cultural e político. A
nova arte estava na moda, o exótico, o cubismo propusera a arte africana com a atenção do mundo
intelectual. A dança e a musica afro-americana o jazz, blues, eram a grande novidade. (…) París
tinha se tornado o ponto de encontro das duas vanguardas Anglófona e francófona.
Objectivos da Negritude
Munanga (1988:83), aponta 3 objectivos principais da negritude,
Buscar o desafio cultural do Mundo negro (a identidade negro africana);
Protestar contra a ordem;
Lutar pela emancipação de seus povos oprimidos e lançar o apelo de uma revisão das relações
entre os povos para que se chegasse a uma civilização não universal como a extensão de uma
regional imposta pela força – mas uma civilização do universal, encontro de todas as outras,
concertas e particulares.
Ideologia da negritude
Segundo Laranjeira, (1995:59) os povos negros eram considerados sem história e idólatras,
feiticeiros ou feitichistas, além de brutos, primitivos, incivilizados, cafres e selvagens. Carrilho
(1975:109) acrescenta que defensores da descriminação racial sustentavam que o negro era uma
criatura diversa do branco.
O nativismo (conceito)
Nativismo para a Antropologia é toda ação que procure valorizar a cultura de um lugar, em reação
à imposição de uma cultura externa, em geral dominante.
O nativismo faz-se sentir especialmente na hitória dos povos que foram colonizados por outros,
muitas vezes através de revoltas e motins, culminando mais adiante na própria emancipação - ou
na completa aculturação.
Conclusão
Referências Bibliográficas
1- BOHAEN, A. Adu. História Geral de África: África sob Dominação colonial 1880-1935. S.
Paulo: Ed. Ática, 1991.
2- COSSA, Hortêncio; MATARUCA, Simão. Moçambique e sua História.S/A.
3- FAGE, J. D. História da África, 1995.
4- FERNANDES, Dominguinhos. África e sua história. S/A.
5- GODINHO, Vitrino Magalhães, (Coord.). A história social: Problemas, Fontes e Métodos.
Lisboa, Edições Cosmo, 1967.
6- ILIFFE, John. Os africanos: História de um Continente. 1994.
7- KI-ZERBO. História da África Negra. VolII. 3ª ed. Mira Sintra, 1977.
8- LARANJEIRA, Pires. Literatura Africana de Expressão Portuguesa. Santa Maria da Feria: Ed.
Afrontamento, 1995.
9- MUNANGA, Kabengele. Negritude, Usos e Sentidos. 2ª ed. S. Paulo: Ed. Ática, 1988.